Corte de Asas e Liberdade

By Shayury_Darling

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Nesta e Cassian depois de anos tiveram filhos, mas... um deles fora tirado de si, uma bela menina, fora dada... More

Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 25
Capítulo 26

Capítulo 24

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By Shayury_Darling

Safira.

Seria hoje a reunião, eu não estava nervosa, quem deveria estar eram os grão-senhores por terem me feito acordar cedo.

Eu estava emburrada e irritada, os hormônios da gravidez não ajudavam em nada com o meu humor ácido de hoje.

— Amor...

Eu encarei Helion e ele deu um passo instintivo para trás.

— Uhum, não me faça depositar meu péssimo humor hoje em você, Heli, deixe para eu fazer isso com os outros grão-senhores que me fizeram acordar às dez da madrugada!

— São dez horas da manhã, amor. -ele corrigiu.

Helion fugiu do travesseiro que eu atirei contra ele.

— Não importa, atrapalhou o meu sono e o dos meus bebês. —murmurei acariciando a minha barriga— e nós três estamos putas da vida.

— Calma, meu Sol, quer chocolate antes de ir? -ele perguntou com cautela.

— Não... Quero outra coisa. —o encarei de cima a baixo— quão mal que esteja na hora de irmos.

Ele sorriu felino, atravessando até mim, ele tomou meus lábios em um beijo sedento.

— Já está me desejando a essa hora? Amor. -ele ronronou.

— Para de me seduzir se não eu não chego nessa reunião e fico mais puta ainda, um puta saciada, mas ainda sim puta. -falei.

— Certo, certo. -ele riu beijando o meu pescoço.

Nós atravessamos, estávamos diante das grandes portas.

— Fechadas. —bufou Helion— deixe que eu...

Eu revirei os olhos e Rajar rugiu, meu poder escancarou as portas com um único rompante, o rugido ainda ecoando quando todos os grão-senhores se viraram assustados.

Eu e Helion adentramos, minhas asas illyrianas se abriram com um esticar, as chamas prateadas rodopiando pelas pontas, meu poder emanando por todo o lugar fazendo todos enrijecerem em suas cadeiras, meu pai deu um risinho e eu pisquei para ele enquanto adentrava, todos, todos baixaram a cabeça em submissão.

— Merda. -murmurou Beron.

Rajar rugiu em sua direção, caminhando ao meu lado, o rosnado do enorme leão branco ecoando pela sala.

Meu vestido que parecia ser feito de luz brilhou conforme eu caminhava.

Sorri felina na direção de todos que estremeceram.

— Por que estão tão calados? Não cortei a língua de ninguém ainda. -sorri afiada, meus dentes brilhando como navalhas.

Helion sorriu arrogante, meu pai já estava do meu lado, puxando a cadeira para eu sentar, me olhando com um olhar preocupado apesar da máscara de cortesão que usava assim como tio Azriel.

Agradeci com um olhar e Helion sentou ao meu lado.

— Espero terem tido um.. excelente motivo para me convocarem nesta reunião, senhores. —ronronei— eu estava extremamente ocupada.

Dormindo e comendo chocolates. -Helion soltou um risinho.

Meu sono da beleza é extremamente importante para eu continuar magnífica. -argumentei.

Oh sim.

Vai ficar sem mim hoje a noite. -anfinetei.

Durma por uma semana amor, e coma todos os doces do reino, eu deixo. -ele disse rapidamente.

Minha risada ecoou na mente do grão-senhor.

Eris fora o que tomou coragem alí.

— Perdão, senhora, não a convocaríamos se não fosse realmente sério. -ele disse com um respeito admirável.

Ele tomou todo o poder do pai, e se tornou grão-senhor, e faz Beron de escravo, o pune e o tortura, sua mãe vive com Lucien até onde sei.

— Até agora não entendo a utilidade dessa fêmea. -bufou Beron.

Helion sorriu, seu rosnado encaminhado ao ex grão-senhor e eu sorri felina.

— E até hoje eu não entendo qual a utilidade dos seus chifres, mas este não é o caso, pois não? -rebati com um sorriso afiado.

Meu pai sorriu divertido assim como tio Azriel e tia Feyre e tio Rhys.

— Sua...

— Senhora. —o tratei de corrigir— se quiser continuar com sua língua no lugar aconselho que comece a me respeitar.

Meu poder emanou e todos ficaram pálidos.

Eu sorri e abri a mão fazendo uma esfera de vida surgir em minha palma, não qualquer vida, a vida dele.

— Essa é a sua vida, Beron querido. —ronronei— o que aconteceria se eu apagasse para sempre essa chama desnecessária?

Ele estremeceu encarando a esfera pálido.

— O que aconteceria? -eu comecei a fechar lentamente os dedos, a esfera diminuindo e se apertando.

O macho levou as mãos a garganta, se engasgando, o rosto perdendo toda a cor e os olhos toda a alma.

Todos ofegaram quando caiu na cadeira se debatendo, tentando buscar o ar.

Com um movimento a minha esfera sumiu, e o macho voltou a respirar. Ele ofegava, de alívio e espanto.

— Fui bem clara?— o encarei— Desculpem-me, a gravidez está me deixando nervosa, principalmente quando sou provocada. -sorri docemente.

— Espero que os perca. -ele cuspiu.

Mas dessa vez Helion quem agiu, um segundo ele estava do meu lado e do outro ele estava em cima de Beron, o socando.

Tio Rhys e tia Feyre sorriram com animação e meu pai apostava com tio Az.

— Não vai fazer nada? -questionou Eris.

Mas ele estava se divertindo muito.

Eu parei de encarar o cumprimento das minhas unhas e o encarei e depois a briga.

— Não, deixa ele sofrer mais um pouquinho. -falei.

Quando ouvi o som de osso estalar e o grito de Beron eu sorri satisfeita.

— Amor, venha. —chamei— não suje seu belo traje com o sangue dessa... Criatura com chifres.

Helion parou, se erguendo, ofegando.

— Dá próxima vez que eu o ouvir falar da minha parceira ou ousar ameaçá-la e ameaçar as minhas filhas, nem mesmo a própria mãe nesta sala me impede de te matar. -ele rosnou.

— Eu mesma não, perda de tempo. -sorri divertida.

Helion voltou ao seu lugar e eu segurei sua mão por baixo da mesa, a acariciando.

Eris assentiu para um soldado outonal que pegou um Beron desacordado e o levou para fora.

— Bela visão. —falei vendo o macho desacordado ser rebocado— tia Feyre querida, faça um quadro disto depois para mim, vou adorar.

Tia Feyre sorriu divertida.

— Com gosto.

Eu encarei a todos.

— Onde estávamos? -questionei.

— Falaríamos sobre as rainhas humanas. -Viviane tomou a frente.

— Perfeita como sempre Vivi. —pisquei para a grã-senhora que sorriu divertida— algum passo das vadias velhas que eu ainda não estou sabendo?

— Elas estão em busca de aliados, elas já tem um ao seu lado. —Kallias se pronunciou— o líder dos renegados.

Eu trinquei a mandíbula e Rajar rosnou ao meu lado.

Por poucos segundos todos se perderam na beleza mortal da grande fera branca que estava a todo o instante atento.

— Disso eu já sabia. -rosnei.

— E elas conseguiram outro aliado, ou melhor, aliada. -disse Eris sério.

— Quem?

— A mãe dos falecidos príncipes gêmeos..

Tua Feyre travou no lugar.

— Os mesmos que você matou na primaveril. -cantarolou Eris encarando minha tia.

— Só pode ser piada. -bufamos eu e tio Rhys.

— Ela tem grandes exércitos. —continuou Thesan— elas tem vantagem, uma enorme vantagem.

Todos me encararam.

— Onde querem chegar? Apesar de eu ter idéia. -questionei.

— Com você na fronteira costa dos nossos exércitos, está suposta guerra estará ganha com todas as letras. —disse Eris— você é a mãe, talvez nem precisemos de exércitos.

Helion rosnou sacudindo a mesa.

— Na condição que estou não posso arriscar, não posso conjurar tamanho poder estando grávida, Eris. -falei firme.

— Ela não vai. -grunhiu Helion.

— Pera aí que eu também não disse que não ia participar do barraco. -encarei o meu parceiro.

Ele me olhou incrédulo.

— Não posso fazer muito para vocês, mas....

Todos se inclinaram para ouvir.

— Posso imortalizar os nossos exércitos, digo na questão da morte. -falei.

Talvez, li na biblioteca e um feitiço mediano de morte não causava danos corporais a um ser como eu.

— O que quer dizer? -questionou Tamlin.

Ah é, esqueci que o outro corno estava aqui.

— Eu posso deixá-los na beira do precipício. —tracei um pequeno círculo no braço da cadeira— um exército de mortos incansáveis que podem ou não ganhar a guerra, mas que será um grande trunfo.

— Você fará um exército de mortos vivos? -Viviane franziu o cenho.

— Sim, um exército de "mortos" não poderia ser morto, por mais que os nossos inimigos tentassem, não poderiam os matar, nem com mil facadas ou o poder que fosse, nada é acima de mim neste mundo e no outro, portanto, vencerão a guerra, eu espero. —expliquei— um exército que não podem matar, pensem como será vantajoso.

A sala ficou em silêncio.

— É uma boa idéia. —disse tio Rhys— mas arriscada.

— Não se eu estiver por trás dela,  querido tio. —falei— eu os deixarei no meio da ponte da vida e da morte.

Todos me encararam.

— Eles não iriam morrer de fato, estariam agarrados as cordas da vida, e quando a guerra chegasse ao fim, eu os puxaria, sem danos, sem ferimentos, estariam intactos e com a vitória nas costas. -ofereci.

Todos pareceram pensar, por longos segundos.

Tem certeza que pode fazer isso? -questionou Helion.

Eu testei antes, querido, não sou boba e nem burra de prometer algo que eu não saiba fazer, eu testei com uma lagartixa.

Pela Safira. -ele murmurou.

Ela saiu inteira, foi e voltou, eu tenho treinado a mais tempo do que você possa imaginar, Helion, eu não passei só dois anos no mar, foram dois anos de treino, eu fiz isso com um tubarão branco, e ele também está inteiro, não sei agora se ele ainda está vivo ou se foi devorado por outro, mas a questão é que deu certo. -falei.

Quando voltei a minha todos me encararam.

— Estamos de acordo. -disseram juntos.

Eu sorri.

— Então preparem seus exércitos, senhores, que a guerra venha e acabe no mesmo instante que cruzarmos nossas espadas contra os corações dos nossos inimigos. -me ergui.

Todos baixaram as cabeças diante de mim, diante da mãe e senhora de todos eles.

*Até o próximo capítulo ☄️ deixem seu comentário e seu voto pfvr ☄️*.

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