Stranger - Sebastian Stan

By whoselle_

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Onde katherine conhece um estranho em uma noite que a faz mudar completamente. Ele não era como ninguém que e... More

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By whoselle_

Sebastian Stan Point of View 

4 meses depois... 

Após sair do quarto, caminhei pelo corredor até chegar a cozinha onde minha mãe arrumava a mesa e a comida cheirava por toda a casa. Ela estava preparando um dos meus pratos favoritos de quando eu era criança. Ela parecia estar diferente do que era antes que eu lembrava. Ela parecia feliz e mais leve. 

Depois de ajuda-la a acabar com suas divídas pendentes, ela usou o dinheiro que tinha guardado no banco para comprar essa casa aonde vivia. A casa ficava em uma pequena fazenda próximo a cidade mas longe o suficiente de toda a vida corrida que tinha lá. 

— Precisa de ajuda? — Perguntei chamando sua atenção e ela sorriu negando com a cabeça. 

— Não, já acabei tudo. — Ela disse indo até o fogão e desligando a boca que estava ligada. — Está tudo bem? — Me olhou enquanto lavava suas mãos.

— Sim, por que? — A encarei e ela deu de ombros secando suas mãos em seguida.

— Sua cabeça anda longe ultimamente. — Ela se aproximou. — Aconteceu alguma coisa?

— Não é nada. — Tentei desviar do assunto mas ela cruzou os braços ainda me encarando.

— É a Katherine, não é? — A olhei apreensivo e assenti com a cabeça. — Você sabe que já pode voltar, não é? — Franzi o cenho a olhando.

— Esta me expulsando? — Arqueei uma sombrancelha e ela riu fraco.

— Não, mas você sabe que não precisa ficar aqui pra sempre. — Ela disse. — Você já fez muito por mim, agora precisa ir atrás do que quer. — Ela disse tocando meu braço.

— E esse é problema, eu não posso. — Caminhei até a mesa e puxei a cadeira me sentando na mesma. — Não sei se ela ainda iria querer me ver.

— É por causa daquele lance com o pai dela? — Assenti com a cabeça. — E você está fazendo algo pra resolver isso?

Apenas a olhei e ela puxou a cadeira do outro lado e sentou colocando seus cotovelos sob a mesa.

— Não é tão simples quanto parece ser. — Murmurei desviando o olhar e observando o tempo lá fora pela janela.

— Ninguém disse que seria. — Ela disse. — Eu estou tentando te conhecer depois de todos esses anos e só me surpreendo com o homem que se tornou. — Ela disse me observando e a olhei. — Eu acho que você pode qualquer coisa e não tem ninguém nesse mundo que possa te impedir. — Deu um pequeno sorriso.

— Ela não iria querer olhar na minha cara. — Falei a olhando. — Eu saí sem me despedir, então, com certeza ela deve estar com muita raiva de mim.

— É, você foi bem idiota em fazer isso. — Franzi o cenho olhando pra ela. — Mas acontece, cometemos erros e estamos aqui para concertar também. — Me olhou dando de ombros. — Então não perca seu tempo aqui vendo o tempo passar e vá atrás dela. — Ri fraco.

— Você faz soar simples, sabia? — Ela sorriu. — E eu gostaria que fosse assim.

— Se tem algo que eu aprendi em todos esses anos é que qualquer tentativa é válida. — Ela me observou e tocou em minha mão que estava na mesa. — E olha o que aconteceu, você está aqui. — Ela apertou de leve a minha mão.

Suspirei baixo ficando pensativo sobre suas palavras. Todo esse tempo que tinha se passado, eu acreditava que Katherine estaria furiosa comigo ou até tivesse me esquecido o mais rápido possível. Ela não tinha noção da própria capacidade mas eu a conhecia muito bem e sabia que ela faria de tudo pra mudar toda a situação. Seja lá o que fizesse, ela teria se esforçado bastante pra me deixar no passado enterrado e talvez até morto.

Desde a minha chegada a Romênia eu não conseguia tirar seu rosto da cabeça, eu a via por toda parte, sentia o seu perfume nas minhas roupas. Eu procurava manter seu toque em minha memória para assim nunca esquecer de como era senti-la tão perto.

Havia colocado uma das minhas secretárias para se comunicar com Tom apenas sobre os negócios das empresas. No começo eu me isolei completamente de todos e tentei me concentrar em ajudar a minha mãe com seus problemas financeiros. Ela estava indo a terapia para tratar dos danos psicológicos que seu ex marido havia causado por tantos anos. Ela estava ficando cada vez melhor com o passar das semanas, falava sobre aproveitar a sua vida viajando e conhecendo lugares que sempre quis conhecer.

Eu estava feliz por vê-la bem. Por tantos anos eu havia a condenado e culpado por todas as coisas ruins do passado, mas percebi que o quanto ela se arrependia e que tudo aquilo não era sua culpa, afinal, ela estava sendo manipulada o tempo todo. E vejo que perdoa-la conseguiu nos aproximar e ficarmos bem um com o outro.

— Você está bem? — Minha mãe perguntou me tirando dos meus pensamentos.

— É, estou. — Falei me levantando e indo ajudá-la a pegar as panelas com a comida para colocar na mesa.

Eu podia sentir seu olhar sobre mim mas finge não notar em nenhum momento. E talvez ela estivesse certa, eu deveria ir atrás dela. Tentar isso poderia ser perigoso, e isso confundia a minha cabeça mais ainda.

(...)

Brooke Donovan Point of View

1 mês depois.

Florença, Itália.

Meus pés estavam me matando de tanto andar pela cidade junto a Tom. Nos havíamos chegado na Itália a 2 dias e finalmente havíamos encontrado uma pista de onde Katherine poderia estar. Mas encontrá-la pessoalmente seria mais difícil do que imaginávamos. Tom havia percebido que estávamos sendo seguidos desde o dia em que chegamos. O que significava que Derek estava na nossa cola o tempo todo.

Nós dois então fingiamos ser meros turistas passeando pela cidade e conhecendo os lugares. A cada esquina que viravamos, tentávamos despistas os 2 homens que nos seguia de forma indiscreta.

— Meus pés estão me matando. — Reclamei ao lado de Tom.

— Vamos parar um pouco. — Ele disse dobrando o mapa que tinha em mãos e paramos em uma cafeteria do bairro onde estávamos.

Nos sentamos na mesa do lado de fora e havia alguns clientes sentados em frente ao restaurante.

— Eles estão aqui? — Perguntei para Tom que olhou atrás de mim e assentiu com a cabeça. — Droga, vai ser impossível encontrá-la desse jeito.

— Calma, B. — Ele disse tocando em minha mão e sorrindo para mim. — Você anda muito estressada ultimamente.

— Não tem como não ficar com toda essa situação. — Virei o rosto irritada.

— Precisa de ajuda com isso? — Ele arqueou sua sombrancelha me olhando com um sorriso.

— Não me desconcentra. — Segurei meu riso o olhando e ele sorriu novamente acariciando minha mão. — Minha raiva é só o que me move agora.

— Tudo bem. — Ele disse assentindo com a cabeça. Uma garçonete logo se aproximou da mesa com uma pequena caderneta em mãos.

— Bom dia, o que vocês vão querer? — Ela perguntou gentilmente.

— Que libere a porta dos fundos pra nós. — Tom passou a nota de 200 euros pela mesa a olhando com um sorriso no rosto. A moça nos olhou e sorriu assentindo com a cabeça. — Nos convide para entrar e experimentar algo novo. — Ele disse e a moça passou a mão pela mesa pegando a nota.

— Vocês dois não gostaria de provas nossa nova receita de torta de morango? — Ela disse em um tom normal. Tom desviou seu olhar para atrás de mim e sorriu para mim.

— Adoraríamos. — Falei sorrindo para a mesma e nós dois nos levantamos da mesa e seguimos a garota para dentro do restaurante.

Tom olhava para trás enquanto seguimos a mesma até a cozinha. Ao entrarmos por lá, algumas pessoas que preparavam a comida nos olhavam mas logo seguiam com seus trabalhos. Ao passarmos pelo corredor, a garota abriu a porta dos fundos para nós que dava a um beco do outro lado da rua.

Tom agradeceu a garota e saímos às pressas até chegarmos a esquina, Tom chamou um táxi e entramos no mesmo rapidamente.

Katherine Young Point of View

2:00 PM

Dei com a mão para o meu chefe que sorriu para mim e em seguida sai da cafeteria ajustando a minha bolsa nos ombros. Caminhei pela calçada pegando meu celular e colocando meus fones de ouvido e colocando uma música.

Enquanto caminhava pelas calçadas da rua, me perdi em meus pensamentos.

Havia se passado 3 meses depois que sai de Nova Iorque e vim para a Itália com meu pai. Ele me deixou escolher o destino e achei que aqui seria o lugar perfeito para recomeçar. Nas primeiras semanas eu me mantive trancada em meu quarto na enorme mansão longe da cidade que meu pai tinha comprado para morarmos. Eu achava um exagero e por semanas, me perdi pela casa incontáveis vezes.

Depois de um tempo, percebi que não poderia ficar trancado em meu quarto para sempre enquanto pensava em Sebastian e no que ele poderia estar fazendo no momento, se sentia minha falta ou se ao menos lembrava de mim. Aquilo era uma tortura constante. Então, decidi seguir em frente para valer.

Resolvi ir no salão e finalmente tomei coragem para mexer em meu cabelo e fazer uma mudança radical. Acredite, eu estava precisando disso. Então deixei que pintassem meu cabelo de loiro e confesso que me apaixonei por mim mesma diante do espelho vendo o resultado.

Meu pai continuava a tentar se aproximar de mim forçando conversas e carinhos inconvenientes e eu seguia como planejado, fingia estar bem com ele e sempre o abraçava de volta. Ele passava boa parte do dia fora e as vezes viajava nos finais de semana para trabalhar. No primeiro mês eu resolvi me aventurar fugindo em um final de semana escondido dele e acabei sendo pega pelos seguranças que ele havia deixado de olho em mim. Eu sabia que ele não confiava 100% em mim e aquilo gerou mais brigas entre nós dois.

Enquanto eu descutia com ele sobre minha liberdade para sair, ele fingia bancar o pai protetor e claro, eu fingia acreditar em suas palavras. Mas as coisas nunca ficavam 100% bem entre nós dois. Foi então que comecei a aprimorar as minhas habilidades de fuga e hoje eu conseguia despistar seus homens com facilidade, enquanto eles passavam horas varrendo a cidade a minha procura, eu os observava de longe. Eu sempre carregava uma peruca de cabelo vermelho na bolsa, e acredite, eles não me reconheciam quando colocava o cabelo junto a óculos escuros.

Depois de um tempo indo a festas clandestinas que eu encontrava enquanto passeava pela cidade, conheci várias pessoas que me ajudaram a me divertir durante a noite. Pietro e Alexia eram meus parceiros de copo. Os dois eram melhores amigos e eram inseparáveis, eles sabia das melhores festas que rolavam pela cidade e estavam me chamando sempre.

Em uma das noites loucas que estávamos juntos, Alexia havia ficado pelada no meio da rua vazia. Ela era mais pirada que Pietro que se divertia com as maluquices da amiga. Mas além disso, ambos me ajudavam bastante a me distrair e a conhecer um lado da vida que eu não conhecia antes e claro, lados meus que eu não havia explorado antes.

Me lembrei então da noite em que nos três estávamos juntos sentados no telhado de uma casa onde rolava uma festa de faculdade. Alexia havia apostado comigo que se alguém garoto se recusasse a me beijar, eu teria que recorrer a uma garota. E assim eu fiz, de primeira eu achei que não seria recusada pois o cara parecia estar interessado em mim, até a sua namorada surgir e ter um surto ao nós ver conversando.

Sai de cena enquanto os dois discutiam lá e Pietro e Alexia riam de longe me perseguindo o tempo todo para ter certeza de que eu cumpriria com a aposta. Foi então que avistei uma garota que estava sozinha perto da parede na sala. Ela estava cercada pelos amigos mas estava quieta e calada com um copo de bebida em mãos.

Foi quando tentei uma aproximação e começamos a conversar sobre a festa. Logo, convenci ela a irmos a um lugar mais privado, um dos quartos no andar de cima. Deixei a porta entre aberta e vi as sombras de Pietro e Alexia perto da porta nos observando. A garota logo se mostrou interessada e me empurrou contra a parede me beijando rapidamente.

No começo parecia estranho e ela era a primeira pessoa que eu beijava a um tempo, então as lembranças de Sebastian vieram na minha mente e eu quis vacilar e fugir dali. Mas me contive e tentei afastar os pensamentos me concentrando somente na garota e confesso, eu estava gostando daquilo.

Essa foi uma das grandes aventuras durante esses meses na Itália e só melhorava. Alexia e Pietro já haviam entrado escondidos na minha casa sem serem vistos pelos seguranças e ambos sabiam muito bem do que acontecia pela cidade, eles estavam por dentro de tudo, tinha uma rede enorme de contatos. Eles sabiam quem vendiam drogas, onde havia festas clandestinas, quem estava traindo quem. Eu os adorava.

E por um tempo, embarcar em aventuras com os dois me ajudou a ficar bem. Eu havia entrado em contato com a Rebeca Alexander, a designer que havia me mandado um email a um tempo atrás e tínhamos feito uma reunião pelo Skype. Nós duas conversamos por horas e eu mostrei mais dos meus desenhos para ela, ela então me contratou para ajuda-la em alguns designes da sua nova coleção que iria ser lançada no próximo verão. E claro, eu aceitei.

Meu pai não sabia de nada daquilo, preferi manter em segredo o meu trabalho com a Rebeca e busquei um emprego pela cidade. Eu tinha planos em mente e um deles era ir embora da Itália assim que tivesse dinheiro suficiente. Eu estava juntando cada centavo que eu recebia do meu salário para conseguir seguir com esse plano e até o momento estava funcionando. Meu pai não sabia de nada, os únicos que sabiam disso eram Alexia e Pietro que me ajudavam também a conseguir uma vaga em finais de senanas em algumas festas como garçonete.

Meus planos eram de ir para a Califórnia e assim, me livrar do meu pai por completo. Mas nada disso seria fácil, ele poderia me alcançar em qualquer lugar e eu precisava resolver essas questões com ele. Eu não sabia como fazer aquilo, e confrontá-lo não seria uma boa ideia mas poderia me ajudar a pensar em algo.

Senti meu celular vibrar e a música parar de tocar. Olhei a tela e vi que era meu pai, ignorei sua ligação e olhei para trás avistando um táxi vindo, ergui minha mão o chamando e o mesmo parou ao meu lado. Entrei no mesmo e dei meu endereço para voltar para casa.

Peguei meu celular para checar as mensagens e vi os vídeos que o Pietro havia me mandado de Alexia bêbada e pelada se jogando na piscina da sua casa. Ri enquanto assistia e desliguei a tela. Respirei fundo encostando a cabeça no banco de trás do carro e olhei pela janela para a rua.

Ao passar meus olhos rapidamente pelas pessoas que passavam pela calçada, pude jurar que havia visto Brooke. Olhei para trás mas não pude ver nada pois o taxista acelerou e tudo ficou distante. Pensando na mesma, eu sentia muita falta dela e me sentia mal sempre que parava para pensar no dia em que fui embora. Eu sabia que tinha sido necessário ter deixado tudo para trás, mas não foi justo abandona-la.

Afinal, ela era uma das minhas melhores amigas. Por um tempo eu havia procurado seu né pelas redes sociais, mas haviam desaparecido. Não havia um rastro seu pela internet e aquilo me parecia estranho, afinal, Brooke sempre foi de se mostrar nas redes sociais, mas aparentemente as coisas haviam mudado na minha ausência.

Depois de alguns minutos, o taxista parou o carro em uma rua antes da minha casa e lhe entreguei algumas notas. Caminhei pela calçada e ao entrar na rua da minha casa, ela tinha uma vista incrível para a cidade e ficava em uma colina não tão alta e era mais afastada das casas vizinhas.

Avistei dois seguranças descendo de um carro que estava parado na entrada da casa e ao me aproximar, os dois me olharam seriamente.

— Que foi? Não conseguiu me alcançar? — Ri passando pelo portão e segui andando em direção a entrada da casa.

Abri a porta e caminhei até a sala. O interior da casa era enorme e aparentava estar vazio, até ouvir passos pesados vindo da sala de leitura e avistei meu pai caminhar em minha direção.

— Onde estava? — Ele perguntou e suspirei o encarando.

E lá vamos nós de novo.

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