Stranger - Sebastian Stan

By whoselle_

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Onde katherine conhece um estranho em uma noite que a faz mudar completamente. Ele não era como ninguém que e... More

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By whoselle_

Sebastian Stan Point of View 

Meu corpo inteiro doía, mesmo estando medicado, as dores permaneciam me incomodando. Katherine havia insistido para que eu fosse para seu apartamento, e eu sabia que seria uma péssima ideia, pois seu pai saberia disso. A noite passada foi mais um aviso para desaparecer o mais rápido possível, eu estava ficando sem tempo e estressado com toda essa situação. 

Katherine não sabia de nada mas eu sabia que ela iria ficar desconfiada por um tempo, afinal, o que aconteceu foi muito estranho para ela. O homem que Derek havia mandado ao meu apartamento era forte e me pegou de surpresa no escuro, mal consegui ver um rosto enquanto caímos no chão lutando. Eu precisava resolver toda essa bagunça o mais rápido possível antes que fosse tarde. 

— Toma cuidado. — Ela disse me ajudando a me deitar na cama. Ela arrumou os travesseiros atrás de mim e ri fraco. 

— Deixa, eu ajeito. — Ela negou com a cabeça continuando a mexer neles até que eu me deitasse. 

— Tudo bem? — Assenti com a cabeça. Eu podia ver em seu rosto o quanto ela estava preocupada comigo. Ela cuidava de mim como se eu fosse uma criança frágil, o que era fofo. Mas ao mesmo tempo me fazia me sentir mal por deixa-la no escuro sobre a verdade. 

— Deita aqui do meu lado e descansa, você já fez demais. — Falei segurando em sua mão. 

— Eu vou preparar algo pra você comer. — Ela disse sentando ao meu lado na cama. — E ai eu venho ficar deitada com você. — Ela sorriu de lado. 

— Não precisa fazer tudo isso. — Falei tocando sua mão. 

— Você está todo machucado, mal consegue dobrar o joelho e não está podendo fazer força. — Ela disse me olhando. — Eu acho que eu preciso sim. — Ri fraco e a mesma me deu um beijo nos lábios. — Eu não demoro, tá? 

— Tudo bem. — Murmurei. — Eu tenho uma bela visão daqui. — Falei apontando para a cozinha e ela riu se levantando. 

— Se precisar de algo, me chama. — Ela disse sorrindo e foi até o banheiro, após alguns minutos, ela saiu com uma roupa diferente e mais confortável. 

Ela seguiu até a cozinha e começou a mexer nos armários. A luz do sol iluminava o quarto e peguei meu celular discando o número de Tom.

Ele logo atendeu. 

— Como estão as coisas? — Perguntei olhando para Katherine na cozinha concentrada. 

— Ele fez uma bagunça enorme no seu apartamento antes de você chegar. — Tom disse e suspirei pesado. — Está completamente destruído. 

— Droga. — Murmurei. — Consegui alguma coisa nas camêras de segurança? 

— O cara é esperto, ele apagou o segurança na sala de camêras e apagou as fitas. — Revirei os olhos. 

— Mas é claro que ele fez isso. 

— Derek sabe como esconder os rastros dele, não vai ser fácil pegar esse cara. — Tom disse. — Mas a polícia abriu uma investigação para tentar identificar. 

— Não, isso não. — Murmurei baixo virando o rosto para abafar minha voz. — Não deixem que façam isso, se a Katherine descobre ou o Derek desconfia que eu vou desafiá-lo novamente, ele vai machucar ela. 

— Vai ser difícil fazer isso, Stan. É a droga da polícia. 

— Dê um jeito. — Falei ríspido. — Sem investigaçõs, entendeu? — Ouvi sua respiração pesada do outro lado da linha. 

— Beleza. Eu vou passar ai pra deixar suas coisas. — Ele disse. 

— Certo. — Encerrei a ligação e baixei o telefone. 

Virei o rosto e vi Katherine mexendo em algo no fogo e a observei por alguns segundos. Todos os momentos que passamos juntos se passaram como um filme em minha mente, o dia em que nos conhecemos, quando fugimos do seu pai, o museu. Cada momento com ela foi único e honestamente, os melhores momentos da minha vida. Eu tinha sorte de tê-la, mas iria perdê-la futuramente. 

Peguei o celular novamente e disquei o número e esperei alguns segundos até a pessoa atender. 

(...)

— Com licença. — Ouvi a voz de Tom vindo da sala e depois o som da porta fechar. Katherine saiu do banheiro e sorriu o olhando. 

— Que bom que está aqui. — Ela disse dando um abraço nele que carregava uma mala pequena minha. — Fica de olho nele por que eu preciso ir no mercado comprar umas coisas, ok? — Ele assentiu com a cabeça. 

— Relaxa, eu olho ele. — Ele disse passando por ela e deixando a mala perto da cama. 

— Eu não sou uma criança. — Murmurei olhando os dois. 

— Tão fofo, não é? — Katherine disse olhando para Tom e depois me olhou sorrindo. Tom riu e revirei os olhos. — Eu volto daqui a pouco. — Ela disse me lançando um beijo e saiu rapidamente do apartamento. 

Me ajeitei na cama e Tom sentou na ponta da cama. 

— Como se sente? Pronto pra lutar de novo? — Tom disse dando um tapa na minha perna onde estava machucada e o xinguei, ele riu se desculpando. 

— Eu vou me recuperar logo. — Falei sério. — Preciso que faça algo. 

— Diz. — Ele disse me olhando e fiquei pensativo por alguns segundos. 

— Quero que feche a conta no hotel e prepare minhas coisas para a viajem. — Falei e ele franziu o cenho. 

— Que viajem? — Ele perguntou mas logo descobriu do que se tratava. — Qual é, Stan. — Ele se levantou balançando a cabeça. — Você vai mesmo fazer isso? — Ele perguntou me encarando e respirei fundo tentando manter a paciência. 

— Eu não tenho outra escolha, Tom. — Falei. — Eu não posso deixar que nada aconteça a ela. — O encarei. 

— E como tem tanta certeza de que ele não está esperando você cair fora e tentar machucá-la? — Ele me encarou. 

— É por isso que eu quero que permaneça aqui. — Ele molhou os lábios e cruzou os braços. — Você e a Brooke podem cuidar dela. 

— Cara, eu não sei. — Ele disse preocupado. 

— Tom! — Exclamei o encarando. — Eu só vou te pedir isso. — Ele me fitou com os olhos e logo se viu sem saída a não ser aceitar o meu pedido. 

— Tá, eu vou organizar tudo. — Ele murmurou. — Pra onde vai? — Ele perguntou. 

— Romênia. — Relaxei na cama. — Vou voltar com a minha mãe, então reserve tudo. — Ele assentiu. 

— E quanto a Katherine? — Ele perguntou cruzando os braços. 

— Ela não pode saber de nada. — Murmurei respirando fundo. — Por isso você e a Brooke devem cuidar dela, mas não deixem que ela venha atrás de mim. 

— Isso vai ser meio difícil. — Ele disse sentando na cama novamente. — Ela não desiste fácil. 

Então faça ela desistir. — O encarei. — Não posso arriscar que algo aconteça a ela, eu não me perdoaria por isso. 

— Você deve gostar mesmo dela. — Ele disse e logo semicerrou seus olhos por alguns segundos. 

Eu a amo. — Limpei a garganta e senti tudo ficar pior ao confessar aquilo para Tom. O peso nos meus ombros de ter que deixá-la só piorava. 

[...]

Katherine Young Point of View

Após o almoço, Sebastian dormia sereno na cama enquanto eu limpava a cozinha. Depois de acabar tudo, decidi tomar um banho e alguns minutos depois de acabar o banho, alguém bateu na porta.

Fui até a mesma e abri a porta e dei de cara com a mãe de Sebastian. Ela parecia nervosa e sorriu para mim ao me encarar.

— Você é a Katherine, certo? — Ela perguntou e assenti com a cabeça. — Desculpa aparecer assim sem avisar na sua casa, mas o Tom me mandou seu endereço. — Ela disse. — Eu queria muito ver o Sebastian.

— Oh, claro, pode entrar. — Abri mais a porta dando espaço para ela passar e sorri para mesma. — Fique a vontade, ele está dormindo agora.

— Eu acabei esquecendo de avisar que viria vê-lo aqui. — Ela disse e sorri.

— Está tudo bem, fique quanto tempo quiser. — Falei. — Deseja alguma coisa?

— Água, por favor. — Sorri indo até a cozinha e busquei água para a mesma que estava sentada no sofá.

A entreguei o copo de água e me sentei na poltrona em frente ao sofá.

— Como ele está? — Ela perguntou um pouco apreensiva.

— Está melhorando aos poucos. — Respondi mais baixo. — Não foi nada grave.

— Eu ainda estou confusa. — Ela disse terminando sua água e colocando o copo sob a mesa de centro. — Quem poderia fazer algo assim com ele?

— Eu não sei, estou tão no escuro quanto você. — Falei suspirando baixo. — Ele disse que não conseguiu ver o rosto de quem fez isso. — Ela respirou fundo preocupada.

— Mas e você, como está? — Ela me perguntou e a observei. — Você está sempre ao lado dele, deve ter tido um baita susto.

— É, um susto grande. — Ri fraco. — Mas estou mais tranquila por ele estar aqui e bem. — Sorri pequeno.

Ela me observou por alguns segundos.

— Ele gosta muito de você, sabia? — Ela disse cruzando suas pernas. — Ele fala muito de você.

— De mim? — Franzi o cenho e sorri sem graça.

— Você o encanta. — Ela disse sorrindo. — Fico feliz que ele tenha você na vida dele.

Sorri baixando o olhar.

— Não por muito tempo. — Murmurei para mim mesma.

— Ele sempre foi um pouco difícil com palavras. — Ela disse chamando minha atenção. — Nunca soube dizer bem o que sentia, mas a forma como ele diz o que sente é pelo seu olhar. — A encarei. — Aposto que ele tem muito a dizer a você.

Suas palavras me deixaram pensativas e pude ouvir um ranjido vindo do quarto e ao desviar o olhar, Sebastian estava de pé nos observando.

— Ei. — Fiquei de pé o olhando e ele encarou sua mãe, parecia estar sem reação. — Está tudo bem? — Perguntei me aproximando aos poucos.

Ele tentou andar um pouco mas quase perdia o equilíbrio e apressei os passos para chegar até ele e o ajudar.

— Querido. — Sua mãe disse chegando também para ajudá-lo. — Não deveria fazer esforço, você está muito machucado. — Disse me ajudando a levá-lo até o sofá.

— Eu estou bem. — Disse baixo.

— Teimoso. — Murmurei o vendo me olhar com um sorriso pequeno.

— O que vocês duas estavam fofocando sobre mim? — Ele perguntou ao sentir-se no sofá.

— Você tinha uma bunda linda quando era bebê. — Brinquei o olhando e ele fez careta olhando para a mãe.

— Você mostrou pra ela? — Sua mãe riu balançando a cabeça. — Engraçadinha. — Disse sorrindo pra mim e sorri de volta.

— Vou deixar vocês dois a sós, se precisar de algo, é só me chamar. — Sorri para os dois e fui em direção ao meu quarto.

As palavras da mãe de Sebastian estavam martelando em minha mente. E ela tinha razão sobre ele não ser um homem de muitas palavras, ele sempre desviava de assuntos que falavam sobre seus sentimentos, e isso, as vezes, o tornava um estranho misterioso para mim.

Tentei afastar meus pensamentos enquanto trocava os lençóis da cama e a arrumava. Limpei toda a bagunça que tinha no quarto e ouvi uma notificação em meu celular que estava encima da escrivaninha. Ao pegar o mesmo, vi que havia recebido um email de uma designer.

"Olá, Crawford. Eu adorei os seus desenhos e pude perceber que você tem muito talento. Gostaria de conhecê-la pessoalmente nas próximas semanas. Eu estarei em NY nos próximos dias e estarei livre para marcar um horário, se assim desejar.

Rebeca Alexander."

Meu coração acelerou lendo aquela mensagem. Um sorriso surgiu em meu rosto e não pude deixar de conter a felicidade que senti ao ler aquilo. Eu havia mandado meus desenhos para Designers que estavam começando suas marcas recentemente, mas não tinha em mente que alguém iria se interessar pelos meus desenhos.

Talvez aquilo fosse um sinal de algo bom que viria em breve.

[...]

Sebastian Stan Point of View

— E você já respondeu? — Perguntei a olhando enquanto acariciava seus cabelos.

— Ainda não, mas irei. — Ela me olhou com seus olhos brilhantes e um sorriso animado no rosto. — Essa pode ser a oportunidade que eu preciso pra finalmente seguir uma carreira.

— Com certeza é uma ótima oportunidade. — Respondi sorrindo.

Ela estava deitada entre minhas pernas encima de mim, seu rosto estava deitado sobre o meu peito.

— Será que ele vai descobrir? — Ela levantou a cabeça me olhando preocupada.

— Quem? — Toquei em seu rosto.

— O meu pai. — Disse me olhando. — Eu não quero que ele estrague isso...

— E não vai. — Acariciei seu rosto. — Não pense nisso agora. — Ela me olhou um pouco apreensiva. — Se pensar tanto no seu medo do seu pai, vai acabar perdendo essa oportunidade. — Ela assentiu com a cabeça.

— Você tem razão. — Suspirou. — Não posso deixar que ele tire mais nada de mim. — Desviei o olhar pensando sobre suas palavras e respirei fundo.

— Vai ficar tudo bem. — Murmurei a olhando e ela deitou sua cabeça novamente em meu peito e tornei a acariciar seus cabelos macios.

Meus pensamentos estavam me deixando estressado e apreensivo naquela hora. Eu não conseguia parar de pensar em como ela ficaria quando eu fosse embora, e pior ainda, quando descobrisse a verdade. Eu sabia que haveria uma chance dela me odiar por fazer isso, mas que ela me odiasse e estivesse segura pelo menos.

Nós estávamos assistindo a um filme qualquer que ela havia colocado e me peguei a observando novamente. Seu rosto sereno enquanto assistia atentamente ao filme, suas reações engraçadas em certas cenas que a chocavam. Por um segundo, pensei em fugir com ela naquele mesmo momento, mas eu sabia que não poderia fazer aquilo. Colocá-la em risco e provocar a ira do seu pai mais uma vez não seria correto.

A tela do meu celular acendeu encima da escrivaninha ao lado da cama chamando minha atenção e peguei o mesmo.

Você tem menos de 24 horas para sair da cidade.

Era mais um aviso de Derek. Ele estava enchendo o meu celular de ligações e mensagens de ameaça. Isso não poderia continuar acontecendo. Derek poderia ter controle sobre a situação no momento, mas eu sabia que isso não iria durar para sempre. Não iria permitir que durasse.

Quando percebi, Katherine havia caído no sono. Sua respiração calma enquanto seu peito subia e descia devagar. A arrumei a colocando deitada ao meu lado da cama e me virei para observa-la.

Você foi a melhor coisa que me aconteceu. — Sussurrei acariciando seu rosto. — Me desculpa. — Aproximei meu rosto do seu e depositei um beijo demorado em sua testa.

Respirei fundo e a observei por mais um tempo sentindo um nó se formar em minha garganta. Meus olhos ardiam enquanto eu a observava dormir calmamente. Desliguei a TV que fazia barulho e tudo ficou silencioso. A luz da lua iluminava o quarto pela janela aberta.

Reparei em cada detalhe do seu rosto e do seu corpo guardando em minha memória minhas últimas lembranças.

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