- Hope querida, o jantar está pronto - Lílian Potter gritava de dentro da casa de campo em que lhe fora herdada.
Sua filha, Hope Lílian Potter, era a ômega mais bela de todo o mundo. Era o que todos diziam desde que ela fora tirada de sua barriga.
Hope tinha lindos cabelos ruivos encaracolados que honravam fortemente o sangue escocês que corria em suas veias, sua pele era branca como a mais polida das porcelanas, e seu corpinho era pequeno demais, ainda menor do que o da sua mãe quando a mesma nascera.
Ela tinha uma grande particularidade...ela tinha os olhos bicolores, era uma anomalia, mas, em Hope Potter era como se fosse a mais bela das perfeições, um olho verde e o outro azul, os antigos diziam que isso era um trauma lidado em uma vida passada, mas, os Potter's acreditavam de que aquilo era apenas uma belíssima forma de deixar a sua pequena esperança mais bonita.
Hope era um milagre concedido para o mundo, ela era a última ômega, uma ômega nascida da junção de uma beta submissa e um alfa dominante, era quase impossível, mas, Hope veio ao mundo, como uma ômega pura, ela tinha o sangue completamente ômega, aquilo deu o que falar na época em que ela nascera.
O que não trouxe apenas coisas boas...os Potter's foram perseguidos pelo atual líder do poder bruxo, Lorde Voldemort, eles estavam fugindo e se escondendo em uma floresta encantada da Escócia, a terra das ninfas e fadas.
Todos queriam a pequena Hope, ela era a salvação, as plantas não estavam sobrevivendo, os mares estavam revoltos e animais se revoltavam no mundo bruxo, estava em desequilíbrio e todos sabiam que a ômega era a salvação, entretanto, eles queriam força-la não por livre e espontânea vontade, eles iriam esgota-lá até que o seu mundo estivesse em equilibro...seus pais nunca permitiriam tal coisa...nunca.
A pequena ruiva corria pelo campo, tocando com suas mãozinhas, todas as flores e seres em que conseguia alcançar, ela havia descoberto que além de uma bruxinha, ela também era como uma sacerdotisa de Nyx, sua mãe dizia isso para ela, e ela amava a ideia de passar horas dançando em adoração com a sua mãe.
- Olá pequena joaninha - a pequena criança de cinco anos comentava ao parar em em frente à um arbusto - borboletinhas, eu amo borboletinhas - Hope ria ao ver borboletas azuis e verdes repousando em seus cabelos.
Hope sorria alegremente, ela amava sua casinha, ela amava a floresta, tudo era verde e bonito, assim como sua mamãe Nyx era linda e bonita, ela dizia em todas as noites como Hope era especial.
Um barulho de galho seco sendo pisado ecoa no bosque e as borboletinhas e todos os animais murcham com a visita de quem quer que fosse.
- Oh...onde vão? - Hope pergunta sem entender, se virando para trás e tendo que inclinar seu rosto para ver a muralha em sua frente, era um homem muito grande...todo vestido de preto, enquanto Hope estava vestida com um vestido azul com desenhos de borboletas e uma coroa de rosas azuis em seus cabelos revoltos - olá - ela diz para o homem ao estender sua mãozinha pequena para o alto nas pontas dos seus pés.
- Bebê ômega - a voz grossa do homem soa fortemente no ar...estava feito, ele a havia encontrado.
A pequena fadinha vestida de azul sorri abertamente, e se gruda a perna dele em um abraço caloroso que para o homem...apenas ela sabia dar, apenas ela se atreveria a se aproximar.