Venenosa (DEGUSTAÇÃO)

By FeFriederickJhones

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Anitta é uma mulher linda, capaz de atrair a atenção de qualquer homem e a inveja de todas as mulheres, ela s... More

Prólogo
Cap 01 - Beneficente?
Cap 02 - Darei um jeito
Cap 03 - Uma barraquinha?
Cap 04 - A doçura tem nome
Cap 06 - Está mesmo interessado?
Cap 07 - O Alvo
Cap 08 - Muralha
Cap 09 - Tranquilidade que acaba
Cap 10 - Novidades boas?
Cap 11 - Inesperado
Cap 12 - Tomando espaço
Bônus
Cap 13 - Arriscar
Cap 14 - Pressentimento
Cap 15 - Cala a boca!
Não me matem!
Cap 16 - Veja o céu
Cap 17 - Fogo, muito fogo
Sobre a história
Cap 18 - Negócios
Cap 19 - Presa
SORTEIO!!!!!
TERÇA-FEIRA
Cap 20 - Busca Desesperada
Cap 21 - O que você quer?
Cap 22 - Achei você
Cap 23 - Pela Porta da Frente
Cap 24 - Contar a verdade
Cap 25 - Desabando com mentiras
Avisos!
Cap 26 - Um lixo
Cap 27 - Amigas?
Pergunta
Cap 28 - Uma chance
Cap 29 - Não, não, não!
Do Passado
Cap 30 - Desafio
Cap 31 - Apenas relaxe
Loucura
Cap 32 - Pesadelos
Cap 33 - Ela tem medo
Cap 34 - Quem você é?
Cap 35 - Tarde demais
Cap 36 - Terror nos olhos
Cap 37 - Acertou
Sobre hoje...
Cap 38 - Diante dos olhos
Trilha Sonora
Cap 39 - Seguir para...
Reta Final
Cap 41 - Águas Turvas
Cap 42 - Peso que machuca - Parte 1
Cap 42 - Parte 2
Cap 43 - Voando
Cap 44 - Como me encontrou?
Último cap - Marretas e Tijolos Quebrados
Epílogo
Agradecimentos
O que você aprendeu?
AVISO!
Cenas Extras
Venenosa Completo com Cenas extras!
ÍMÃ DE TRASTE EM E-BOOK!!!!
Livro NOVO!!!!

Cap 05 - Não me esqueci de você

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By FeFriederickJhones

Anitta

Philipe está falando alguma coisa sobre seu novo Hotel em Madagascar e uma viagem que fará de uma semana, faço minhas perguntas interessadas, mas minha mente não está ali. Ele diz que Gregory estará à minha disposição como sempre, e confesso que no momento não me importo.

-Você está bem minha querida?

-Sim, claro. Por que não estaria?

Ele exibe um sorriso quase irônico, que conheço bem, existe algo que ele não gosta. Respiro fundo, controlando o tremor que começou em meu ventre. Isso tem se tornado frequente, ainda mais na presença de Philipe.

-Exatamente, por que não estaria? – Tomou um gole do seu whisky – Tem tudo, um belo apartamento, um closet de dar inveja a qualquer mulher, dinheiro para qualquer necessidade... – Pausou seu discurso humilhante – E até um motorista para servi-la. Não é magnífico?

Apenas assenti com meu sorriso tenso, torcendo para que ele não note como me irrita a forma como magnífico saí de sua boca, é degradante, ele me faz sentir uma...

-Você é um homem muito generoso querido.

-Eu sei, e espero que sua generosidade comigo continue.

Novamente balanço a cabeça e tomo um gole da minha água saborizada, tentando que o nó na minha garganta se dissolva. Mas não funciona.

-E como anda Charlie?

A menção ao nome do meu irmão me faz gelar.

-Eu não sei dizer.

-É mesmo?

-Sim.

-Então ele não apareceu pedindo mais dinheiro? Ele não foi surrado e você não o levou ao seu apartamento?

Engoli seco e tentei não demonstrar meu nervosismo. Philipe podia saber o que tinha acontecido, mas eu duvidava. Ele era um bom jogador e costumava blefar para conseguir o que queria. Eu já o vi fazer isso com inúmeras pessoas, agora era minha vez de manter a frieza e jogar também.

-Ah querido, Charlie não seria bobo de me procurar, ele sabe que você não gosta dele.

Mantive meu olhar fixo no dele, tinha de manter meu papel a todo custo. Muita coisa estava em jogo. Ele flexionou a cabeça assentindo, quase imperceptivelmente e o jantar continuou normalmente. Expirei devagar, para ele não perceber meu alívio ao mudarmos de assunto.

Apesar do jantar ser delicioso, num dos meus restaurantes favoritos, eu não via a hora de ir embora. Sabia que provavelmente Philipe iria me levar a um de seus hotéis para passar a noite, mas aquela ideia me revirava o estômago. Quando ele pediu a conta e ligou para Gregory, novamente suspirei aliviada. Gregory sempre é chamado para me levar para casa.

-Boa noite querida, como disse, eu viajo amanhã, aproveite a semana para colocar a cabeça em ordem.

Deu um beijo no topo da minha cabeça e abriu a porta do carro para que eu entrasse.

-Boa noite querido, e uma excelente viagem.

Philipe tinha um jeito rebuscado de dar avisos e eu sabia que ele tinha me alertado, não me queria perto de Charlie, esse era o acordo. Precisava avisá-lo para manter-se longe por um tempo, para o caso de Philipe ter colocado alguém para me vigiar. Tenha certeza de que ele é capaz de fazer isso.

Depois do banho, me jogo aliviada na cama. Esse é o único lugar que tenho total liberdade. Não preciso ser a dama exemplar de sorriso perfeito e cabelo impecável, aqui eu durmo de pijama de algodão com desenhos infantis, amarro meu cabelo num coque desastroso e não uso qualquer maquiagem. Quero dormir e ter uma noite sem sonhos, eles nunca são bons mesmo. Mas quando fecho os olhos, a primeira coisa que vejo me assusta, o rosto de alguém que sequer deveria surgir em meus pensamentos: Heitor. Lembro do seu sorriso e olhos cristalinos, meu pulso acelera um pouco e eu abro os olhos novamente. Preciso de tranquilidade e essa imagem só me causa tumulto interno. Tento voltar a dormir, mas sempre que fecho os olhos, o mesmo sorriso surge. Então faço o que sempre me acalma. Levanto, vou até a cômoda, pego meu álbum de recortes, lá está, minha praia preferida, a mulher de sorriso fácil e a felicidade na Riviera Francesa. É meu amuleto e funciona bem, respiro mais lentamente, levo o álbum para cama e o rosto some da minha imaginação, dando lugar a um mar calmo de águas cristalinas... Como os olhos de Heitor.

**************

Estou atrasada para minha aula de pilates, depois tenho depilação e consulta com um neurologista. Philipe paga um plano de saúde muito bom para mim, que eu raramente uso, só que tenho sentido tantas dores de cabeça, que preferi verificar. Enquanto corro para o ponto de táxi, sinto meu celular vibrar dentro da bolsa, deixo para conferir no caminho, não dá tempo de parar.

-Rua Alberto Canriega, número 234, por favor. Estou bastante atrasada.

O taxista só precisava dessa informação para seguir a todo vapor, costurando no trânsito. Peguei o celular e era uma mensagem, número desconhecido.

“Não me esqueci de você Anitta”

Um frio percorre meu corpo, fazendo meu coração acelerar. É uma frase aleatória, algo que poderia até indicar uma saudade, uma lembrança boa, mas eu sei quem mandou essa frase e o que quer dizer com isso. E não é nada bom, ao contrário.

-Moço, por favor, eu mudei de ideia.

Dou o novo endereço e o taxista faz o retorno, resmungando alguma coisa. Eu digo rapidamente que darei uma boa recompensa pela alteração e ele parece satisfeito, eu só queria que ele parasse de falar. Minha mente está em ebulição e só consigo pensar direito ao ar livre. Chegamos a um Parque que adoro, pela hora do dia, está bem vazio, o que me deixa feliz. Pago uma boa gorjeta, além do valor do taxímetro e ele sente que ganhou o dia.

Começo a caminhar lentamente, até chegar num banco que fica embaixo de uma grande e velha mangueira, de frente para um lago. Os patos estão nadando calmamente na água, o sol está firme e poucas nuvens desenham o céu. Eu deveria me sentir em paz num lugar como esse, mas só consigo tremer, não choro, porque minhas lágrimas secaram há um bom tempo, mas o nó na garganta continua.

-Anitta?

Quase pulo do banco e viro para trás. Heitor. Ele me olha surpreso e se aproxima, sentando ao meu lado. Está ainda mais lindo, com os cabelos bagunçados e o rosto corado pela corrida, uma calça de moletom cinza chumbo e uma blusa preta regata, os olhos ainda mais cristalinos, talvez pelo sol que o deixava diferente.

-Oi. – Falei e voltei a fitar o lago.

-Você está bem?

-Por que não estaria?

Ele se calou, eu pensei que o afastaria com minha agressividade, mas ele me surpreendeu, tomando minha mão entre as suas. Suas mãos eram bem maiores que a minha, eram firmes, um pouco calosas e quentes.

-Porque você está tremendo.

Olhei-o e havia preocupação em seu rosto. Ninguém me olhava daquele jeito terno, nem Charlie. Fiquei calada, com medo de dizer qualquer coisa que denunciasse o pânico que eu estava sentindo.

-Não precisa me contar nada, só não fique sozinha quando se sente assim.

-Eu sempre estive sozinha.

Minhas palavras eram cortantes, mesmo que eu não quisesse.

-Não precisa mais estar.

-Você me oferece algo que eu não pedi.

Ele deu um sorriso gentil.

-Muitas vezes não enxergamos o que precisamos. – Respondeu tranquilo ainda segurando minha mão – E muito menos, temos coragem para pedir.

-Por que você não me deixa em paz?  

Minha voz saiu fraca, quase um sussurro, eu me odiei por isso. Heitor chegou mais perto, sua mão tocou meu rosto e aquela proximidade me fazia sentir seu cheiro de limão com algo amadeirado, muito bom na verdade.

-Do que você tem medo Anitta? Estou chegando perto demais?

Soltei o ar que estava prendendo, eu precisava dar uma resposta que encerrasse aquele assunto, mas nada bom o suficiente surgia em minha mente. Heitor continuou me fitando, eu continuei calada.

-Ei cara! Não vai correr mais?

Heitor virou e um homem loiro, de olhos verdes, nos olhava ofegante. Era bonito e eu já o conhecia das festas de Philipe, era um veterinário, filho de um grande magnata do aço. Heitor tinha um amigo tão rico?

-Anitta, esse é David, um conhecido.

-Olá. – Disse estendendo a mão que ele apertou gentilmente.

-Muito prazer senhorita.

-Eu e o David nos conhecemos aqui no parque, corremos juntos.

David balançou a cabeça com um movimento rápido.

-Anitta é uma amiga, nos encontramos por acaso.

-Acho que interrompi a conversa de vocês.

-Sem problemas David, eu já estava de saída. – Disse me levantando.

-Quer uma carona Anitta?

-Não Heitor, obrigada, não preciso de uma corrida de moto nesse momento.

Dei um sorriso para os dois e saí o mais rápido possível, sem parecer que eu estava fugindo. Mas eu estava.

Do lado de fora do Parque, peguei o celular e liguei para Charlie, ele demorou, mas atendeu.

-Oi Annie.

-Charlie, preciso te pedir duas coisas.

-Está tudo bem? Sua voz ta estranha.

-Apenas me ouça ok?

-Ok.

-Primeiro, não apareça lá em casa nas próximas semanas, não sei como, mas Philipe está desconfiado.

-Esse velhote é um pé no saco! – Resmungou.

-Você sabe que precisamos dele.

-Ok. E a segunda coisa?

-Recebi uma mensagem hoje.

-E?

-Ele voltou.

Charlie ficou em silêncio por alguns segundos.

-Tem certeza?

-Sim.

-Droga! Como ele nos achou?

-Ele me achou. Você não tem nada com isso.

-Você sabe que não é bem assim Annie.

-Preciso que procure por ele, precisamos nos prevenir, saber se ele anda pela cidade ou se foi uma mensagem aleatória para me assustar.

-Annie, nós já sabemos que nada que ele faça é aleatório.

Engoli seco.

-Sabemos.

-Mas não se assuste está bem? Eu vou dar um jeito de saber de tudo.

-Só tome cuidado Charlie, mande mensagens avisando.

-Aviso sim, mas quem tem de tomar cuidado é você.

-Eu sei.

Desliguei o telefone, tomei um táxi e fui para o médico. A dor de cabeça tinha acabado de piorar.

 

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