My First Kiss Vol. 2 - JakeHo...

By _MayYeomra_

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///////////////////////////////////////////////////////// Um ano no futuro. Um romance. Novas histórias. Segr... More

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Prólogo
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Epílogo

Capítulo 12

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By _MayYeomra_

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STARS

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Domingo, 03 de abril


Um celular novo...

Sunghoon tem um celular relativamente novo, celular esse que eu já havia percebido logo no começo das aulas não ser o mesmo que ele tinha um tempo atrás.
Os pais de Sung se separaram faz pouco tempo, como Jay disse, há uns 6 ou 7 meses, basicamente por volta de setembro/outubro do ano passado. Jay também disse que a separação deles foi algo fechado, poucas pessoas souberam, ele só soube quando Sunghoon contou pra ele que iria se mudar da casa antiga. Quem poderia ter me contado? Sério. Quem? Certeza que a Yuna não sabia, ela não tem muita intimidade com ele. Minha mãe? Tendo por conclusão o choque que a mesma teve quando leu a carta, provavelmente, também não tinha conhecimento desse assunto ou simplismente não quis tocar nele comigo quando eu recebia suas ligações.

Ok. Voltando a linha de raciocínio... Sunghoon consegui/comprou o celular novo a partir do momento que começou a morar apenas com a mãe, se desfazendo daquele que o "pai" havia clonado com o dele. E por medo, ou sei lá, até mesmo por precaução, ele não leva o mesmo nos encontros familiares, provavelmente para evitar que algo do tipo aconteça novamente...

E se tudo for como estou imaginando, apesar de não ter mais o pai o mirando, Hoon não tentou me mandar mais mensagens ou qualquer coisa que seja pra mim porque...

...Ele acha que eu li a carta.

...

  Sem perceber minha presença Sunghoon continua com um sorriso meigo no rosto enquanto se estabiliza no chão após sair do assento traseiro do táxi amarelo.

Fico estático o olhando sem desviar nem um segundo, sinto vontade de correr até ele e abraça-lo, de sorrir de orelha a orelha porque quando todas as minhas esperanças de tentar mudar tudo hoje acabaram, o universo lutou ao meu favor e o trouxe para mim, Sunghoon bem ali, há alguns metros de distância. Mas não consigo fazer nada, meu corpo paralisa e me sinto preso em mim mesmo.

   Sua cabeça se vira um pouquinho, como se fosse dar uma olhada ao prédio que pretende entrar antes de finalizar seu trajeto e fechar a porta do carro, e é nesse momento que seus olhos se encontram com os meus. A expressão do Sunghoon muda lentamente para  uma totalmente incerta enquanto simultâneamente seu pequeno sorriso se desmancha devagar, sinto que ele não sabe o que fazer, pois com toda certeza sou a última pessoa que esperava encontrar aqui. 

   Sunghoon quebra o contato visual apenas para fechar a porta e agradecer o motorista, e em seguida começa a caminhar em minha direção. Não sei se é exatamente à mim que ele está vindo, ou simplismente a entrada do dormitório, visto que estou parado praticamente na frente da mesma.

   Cada paso que ele dá sinto meu corpo esfriar. Cada vez que o cabelo sedoso e charmoso dele balança contra o vento e suas pálpebras piscam como se resolvesse cálculos eu fraquejo mais. Ele mantém o rosto amigável, porém confuso. Eu deveria sorrir. Ele com certeza deve estar pensando se deveria me cumprimentar ou apenas me ignorar e passar direto. Devo estar parecendo uma estátua estranha. Ok. Abro um sorriso hesitante e vejo seus músculos faciais se aliviarem de certa forma. Ele retribui um tanto apreensivo enquanto a brisa faz seu casaco praticamente voar em volta de seu corpo.

    Isso é muito inquietante, passamos praticamente duas semanas nos ignorando pelo refeitório e corredores da faculdade, e nem havíamos brigado BRIGADO para tal atitude. É meio complicado, na verdade é totalmente complicado.

  Quando estamos perto o suficiente para uma conversa, com o clima meio tímido e inseguro, tento me manter calmo e resolvo falar:

— Oi — Minhas mãos tremem ao fitar seu rosto frente a frente.

— Oi — responde com um fundo questionável, como "Oi? Por quê ? Quê? Como? Para quê". Seus olhos recaem sobre mim. Percebo que estou parecendo um maltrapilho. Acabado. E. Com. Fome. — Tá tudo bem? Jay me falou que você tinha viajado, o que tá fazendo aqui?

— Eu fui. — respondo apertando os dedos contra meu casaco bege. — Mas já voltei, preciso... resolver algo. — Meu estômago gela e Sunghoon apenas concorda — Ele me disse que você tinha ido para Busan. — questiono deixando uma retórica de " o que tá fazendo aqui também?"

— É. Eu fui também. Meus pais planejaram um feriado em família — Sua expressão recai com um certo desgosto, entretanto ele continua com um singelo e pequeno curvar nos lábios — Mas sabe, as coisas não estavam... — Enquanto procura palavras sinto o peso dos seus sentimentos com relação a família. Sei que ainda dói e, eu tô falando de exatamente tudo— Bom, revigorantes ou sei lá.— Sorri soprado com os olhos voltados ao chão e em seguida os ergue para mim. Amargurados. — Aí eu resolvi voltar. Não sei porque ainda insistem nisso.

— Não sabia que seus pais haviam se separado — comento baixinho e ele estreita a visão — Jay me contou. Não sei como você está em relação a isso, mas sabe, eu sin...

— Minha mãe não merecia continuar vivendo com um idiota arrogante e petulante, que se acha melhor que tudo e que todos. — Me interrompe calmo e olhando para os próprios pés, nos seus olhos eu vejo raiva, ressentimento, e acima de tudo, um grande alívio — Estamos bem sem ele...

   Uma onda gigantesca de empatia, fraternidade e compreensão me atinge com muita força e toma conta de tudo que eu imagino ter controle, algo repentino, algo que involuntariamente me faz dar um passo em sua direção, e antes que ele pudesse me empurrar ou me direcionar uma expressão que provavelmente me faria ficar intimidado eu rapidamente o abraço.

   Ele hesita por cerca de um segundo enquanto a ponta dos meus dedos correm suavemente sobre seus ombros, mas logo permiti envolver-se naquele gesto de carinho e cuidado quando a palma das minhas mãos se espalham por suas costas, sentindo as dele, com um grande receio e um leveza quase intocável, encostarem nas minhas costas.

   Apoio meu queixo em seu ombro e posso sentir seu rosto desentendido, medroso, hesitante, posso sentir seu corpo querendo recuar...
  Eu... Só quero protegê-lo e dizer que tá tudo bem, só quero poder mudar o mundo pra que ele não sofra outra vez, só quero falar que ele não errou em escolher ser quem realmente é, dizer que ele é muito especial.

  E então eu tenho a certeza, a forma natural que ele falou comigo, como se eu não tivesse descoberto tudo agora. Ele realmente acha que eu li a carta... Ele acha que eu sei de tudo o que aconteceu desde o começo... Ele acha que eu escolhi não responde- lo na época que me enviou a correspondência... Ele acha que eu decidi deixar ele para trás e seguir em frente...

Eu preciso concertar tanta coisa. Meu Deus.

   Ficamos abraçados por um tempinho, até Hoon se afastar fazendo nossos olhos se fundirem, e por um instante isso é tudo que acontece.
   Não sei o que dizer, sinto meu coração morrer aos poucos, mas não quero desviar. Não quero parar de olhar suas orbes confusas, porém refletidas em mim. Orbes essas que vão de um lado ao outro, olhando dentro dos meus olhos com muita cautela.
Sunghoon pisca, eu pisco em seguida, e quando aquilo já estava ficando constrangedor ele resolve falar:

— Você tá indo para casa? — diz piscando rapidamente várias vezes, como se estivesse tentando se recompor e organizar suas ideias e pensamentos.

— A princípio. — repondo desviando ligeiramente pro carrinho azul do estacionamento — Esqueci a chave da minha casa.

— Sua mãe não veio?

— Vim sozinho. — Volto a o fitar — Ela ficou em Yangsan

— E onde você vai dormir? — indaga um tanto perplexo e demoro um pouco para responder

— Não sei — sou sincero. Ele para, pensa, me encara. — Pensei em voltar para lá com minha mãe, mas não tenho dinheiro o suficiente para isso.

— Olha, o Jay não tá. Você pode dormir aqui se quiser, a cama dele tá desocupada.

— Ele pode não gostar — Tento não parecer desesperado.

— Quê? — soa incrédulo — O Jay não se importa. E também, que tipo de ser humano eu seria se te deixasse dormir na rua? — Abro um sorriso

— Um ser humano terrível — ele sorri e entende como um "sim".

— Ok. Então, vamos subir

— Espera! — Estendo a mão para o mesmo não começar andar — Você quer sair comigo? — pergunto totalmente nervoso. Ele só me convidou para dormir no dormitório por solidariedade e eu já tô o chamando para um "encontro" ( pelo menos na minha cabeça é um). — E-eu... tô morrendo de fome. — completo

— Ah, claro. Onde você quer ir?

— Hum — penso um pouco — Tava pensando em ir ao Café da Leyde.

  E o rosto dele se abre num sorriso de lado.
Café da Leyde é o lugar mais bonito próximo da nossa universidade. Já fui lá com a Yuna depois do Jay me fazer uma ótima propaganda, ele disse que foi com Sunghoon, e que amaram o lugar.
   É parecido com uma filial Starbucks, só que com mais opções de frappuccino ( incluindo o surpreendente sabor maracujá ), diversas tortas e bolos deliciosos com preços que cabem no meu orçamento. A decoração é aconchegante, cheia de coisa antiga ( ou vintage ) e uma iluminação baixa e gostosinha. Eu não entendo muito de encontros românticos, mas acho que o Café da Leyde é o lugar perfeito pra isso!

— Você caiu? — Sunghoon pergunta após eu ter dado uns 5 passos para entrarmos no dormitório depois de temos concordado em deixar as mochilas lá em cima antes de sairmos. Ele para, e por eu estar um pouco à frente, me viro para trás para vê-lo.

  Fico confuso, mas logo tudo se esclarece em minha mente ao perceber que eu havia mancado enquanto andava. Nego com a cabeça e baixo o olhar para o meu sapato. Um sapato sem meia, que com toda certeza causou uns 5 calos diferentes em cada pé.
   Ele provavelmente entendeu, porque se aproxima de mim estendendo a mão em minha direção

— Me dá sua mochila — pede — Me espera aqui. Já volto. — e então sobe com as duas "bagagens".

   Ok. Eu não sei por onde começar. Como dizer. Eu só não sei...

   O cara do Uber me ofereceu uma menta de hortelã que com toda certeza estava fora da validade, pena que só fui descobrir isso depois de já ter jogado na minha boca. Ah, e sim, apesar do nosso destino ser relativamente bem perto, tipo, bem perto, Sunghoon insistiu para pegarmos um Uber que ele vai pagar, já que só tenho dinheiro para uma refeição modesta. Tentei convencê-lo de ir a pé, apesar de estar repleto de bolhas, mas, perdi qualquer argumento quando ele disse: "tô um pouco cansado para ir andando".

   No carro, ficamos quietos e com um assento de distância entre nós por decisão dele, já que fui o primeiro a entrar, ele que tinha a opção de escolher entre ficar do meu lado ou não. E Tudo bem. Ele preferiu ficar distante. Mas não posso desistir, essas pequenas coisas não irão me fazer desistir de tudo que eu planejei dizer, e que na verdade, por algum motivo, já sumiu completamente da minha cabeça.

  Chegamos, o café está meio lotado, mas encontramos uma mesa para dois lá no fundo. A mesa é redonda e pequena, o que faz com que nossas pernas fiquem se esbarrando o tempo inteiro. Não que eu esteja reclamando.

  Uma garçonete simpática anota nossos pedidos, olhamos um para o outro e passamos por mais quarenta segundos de silêncio.
  Talvez não tenha sido uma boa ideia ter deixado meu celular na mochila. Poderia fingir mexer nele para aliviar a tensão, ou até mesmo pesquisar algo como:

" Como puxar assunto sem parecer estranho"

" Que assunto puxar com o ex-namorado"

" Como saber se ele ainda tá afim"

" É estranho falar sobre como o pernalonga e o gato de botas são muito atraentes"

— Você trouxe seu celular? — pergunto. E talvez esse não tenha sido o melhor assunto a ter puxado. Não é nada criativo

— Não. Eu deixei lá no... — Seu corpo para e os olhos arregalam levemente ao se dar conta de algo em sua mente. O encaro tentando entender o que está tentando dizer. — Como a gente vai pedir o Uber para voltar?

Meu rosto se alivia e eu faço a mesma cara que fiz há meia hora atrás.

— Ok. De novo: — Ponho as duas mãos em cima da mesa, de forma que pareça "frio e calculista"— A gente pode ir andando.

— Mas o seu pé... — Novamente ele para hesitante. Em seguida taca um foda-se e volta a falar — O seu pé tá doendo!

— Eu literalmente passei o dia todo andando para chegar até aqui. Um quarteirão a mais não vai fazer muita diferença. — digo simplista e ele concorda um pouco inconformado.

— Jake? — Seus dedos passam pelas mechas de cabelo postas a frente do seu rosto — Olha, não quero ser evasivo. Mas... o que você veio resolver aqui é muito grave? — questiona e rapidamente explica o motivo, sem me dá a chance de responder — Porque eu sei que você é bem atencioso com sua mãe e com todas essas coisas familiares e, provavelmente o feriado de hoje é especial para vocês.

— Verdade — assinto sorrindo — Se eu tivesse lá agora, estaríamos fazendo uma espécie de amigo secreto de chocolate. É meio estranho porque somos só três pessoas, quase sempre é minha tia que me tira e, em todas as vezes eu ganho uma escultura de chocolate em formato do pingente do  "coração do oceano". Você conhece? — ele nega enquanto seu músculos faciais se contraem na tentativa de não rir — E aquele colar caro que o noivo da Rose da para ela no filme do Titanic — Seu desentendimento é substituído por um "aahh" ao entender ao que eu me referia — Apesar de ser melancólico, é o preferido da minha tia. Assistíamos quase todo fim de semana quando eu morava com ela. E eu acho que tô falando demais agora — solto sem graça

— Gosto de te ouvir

   Involuntariamente sorrio e me sinto envergonhado e tímido por um curto momento.

— Gosto de estar com elas, afinal são minha família. Mas também me sinto bem agora. Acho que posso abrir mão do meu "coração do oceano" para poder estar aqui, em um encontro com você.  — Digo sem perceber e com muita naturalidade, e em seguida me dou conta do que disse levando as mãos até a boca quando Sunghoon incrédulo perguntou:

— Um encontro? — Meu rosto esquenta.

— Sim. Eu acho . Quer dizer. Somos duas pessoas saindo juntas para comer juntas. Aí pensei que... Sei lá. Você pode chamar de outro nome. Tipo, "rolê", "esquenta", "passeio", "voltinha" ou...— ele gargalha de leve

— Ok. Um encontro.

— Sua namorada pode não gostar de como isso soa.— Puta merda. Não acredito. Eu não acredito que eu falei isso. Alguém, por favor, arranque a minha língua fora. Que boca, cara! Que boca! Não estou acreditando nisso. Deus, de todas as pessoas, por que eu? Sério, eu sempre pego folhetos sobre o senhor na rua, cara. Não faz isso.

  Sunghoon me olha como se quisesse arrancar os ouvidos. Eu simplesmente soltei o lema dos caras que invés de perguntar "você tem namorado?" dizem um "seu namorado pode não gostar" só para descobrirem o status amoroso de alguém. Grandes investigadores de meio período, eu diria.

— O quê? — Sunghoon pergunta descrente — Não. Não foi isso que eu quis dizer. Tipo... — pausa a linha de raciocínio— Espera! Você tá dizendo que tá considerando isso como um encontro...— hesita — amoroso?

— Ahh e-eu — Só... S O C O R R O — Não. Quer dizer. Não sei. Eu só...

— Pedido número 15 — A garçonete chega pondo uma torta de limão e um bolo de morango com cupuaçu na mesa, dois copos de capuccino com creme de leite. Meu coração tenta alinhar as batidas enquanto a moça distribui tudo. "Fui salvo pelo gongo"

   A garçonete sai deixando um "bom apetite" junto de um sorriso receptivo. Baixo os olhos para minha torta começando a ajeita-la para me deleitar em seu sabor.
Sinto o olhar de Sunghoon parado sobre mim, provavelmente esperando minha resposta sem conclusões de segundos atrás. Para todos os efeitos, eu já esqueci, preciso me recuperar porque tô com todas letras: "metendo os braços pelas pernas". Dou a primeira colherada e Sunghoon nem se meche. Então, finalmente ergo o olhar e ele me fita curioso, com uma postura invejável e um mínimo curvar nos lábios. Elegante e olhar infiltrante.

— Que foi? — pergunto inquieto.

— De onde você tirou que eu tenho uma namorada?

— Não tem? — Tento parecer natural, em seguida olhando para torta e dando mais uma colherada grande. Ele endireita ainda mais coluna soltando uma risada soprada quando responde óbvio :

— Não.

— Bom, é que o Jay acha que você tava junto com aquela garota que você anda pela universidade. — Sunghoon ri descrente e me fita como quem está olhando para peças espalhadas de um quebra- cabeça e diz sobressaido:

— "O Jay acha"?

— Sim...— Desvio o olhar apreensivo — Ele não te falou?

— Ok. O nome dela é Sana — explica — Se mudou para cá a poucos dias e... ela é minha prima. — Paro de mastigar instantâneamente e o encaro surpreso e de boca cheia — O Jay sabe disso.

— Ahh. — Engulo com pressa — Legal — Tá bom. Eu sou uma vergonha. Uma tremenda de uma vergonha — Sana né? — Tento mudar o assunto buscando encontrar uma posição pra deixar minhas mãos quietas — O nome dela também começa com "S", igual o seu, tipo, "Os SS". É coisa de família ou foi algo não planejado? Só pode ter sido planejado. Você tem outro primo? Certeza que deve se chamar "Sonserina". Espera. Não. Sonserina não. "Grifinoia" seria bem melhor, mas começa com "G", apesar de que isso nem é nome de pessoa, na real poderia ser, só que...

— Jake! — Interrompe e posso sentir que ele ainda espera alguma coisa sobre a mancada de "O Jay acha"

— Tá bom. Ok. — Suspiro tomando coragem e penso por uns segundos e volto a falar em um tom mais calmo e baixo — Não é nada grave — As sombrancelhas de Sunghoon se juntam em sua testa — O que você perguntou antes... — explico — sobre o que eu vim resolver aqui. Não é nada grave

— Ah. Entendi — Sua feição mostra uma cara um pouco inconformada, como "Ok. Lá vai ele mudando de assunto outra vez só para se safar"

— Mas tem um motivo. Um motivo muito importante para mim — Sem dizer nada ele apenas me observa por um curto período. Não fala nada, nada, nada — Você não quer saber?

— Não precisa me contar se você estiver se sentindo desconfortável ou se for algo muito pessoal. Sério. Eu só perguntei porque você tá meio estranho desde a hora que te vi.  Apreensivo e nervoso, não sei direito, poderia pensar que é sobre nossa última conversa de dias atrás, mas não é, sei que não é. Você tá preocupado, eufórico, parecido como daquela vez que você jogou uma bola e quebrou toda a tela da televisão de 80 polegadas da sua mãe e não sabia o que fazer...

— Tem a ver com relacionamentos — digo o ignorando e meu coração gela outra vez — Sabe? Relacionamentos... românticos — O atravesso com o meu olhar na esperança que entenda o que tento dizer.

— Você tá querendo que eu adivinhe? — questiona com um ponto de interrogação desenhado no rosto

— É, pode ser.

Minha respiração que eu nem havia percebido que tinha prendido se solta. Vamos devagar. Eu consigo. Eu... Não vou surtar. Não vou surtar. Não vou surtar. Vou surtar

— Huum — A palma da mão de Sunghoon cobre a boca e a pontinha do seu nariz enquanto ele pensa — Tá relacionado com o Hanbin?

— Quê? Não. — digo um tanto desesperado e rápido demais. Respiro. Me acalmo — Não tem na nada a ver com ele

— Mas você disse que gostav...

— Sim eu disse — interrompo e rapidamente passo a mão sobre meus fios de cabelo na tentativa de aliviar a tensão — Mas... Eu preciso te contar a verdade — Sem uma reação revigorante do Park eu continuo —
Eu não deveria ter mentido pra mim mesmo, nem pra ele e muito menos pra você... Aquilo, não era verdade. Eu sabia o que eu realmente tava sentindo e com toda certeza o Hanbin não era o motivo. Mas eu tive medo... Medo de ser verdadeiro.

— Voce mentiu pra ele? — diz um tanto decepcionado

— Naquele dia no ginásio, ele queria ajuda pra saber o que sentiria se por acaso ficasse com um cara. E isso porque ele já havia sentido que gostava e, inclusive, tava gostando de um garoto ultimamente. Eu tentei ajudar ele e por diversas vezes em nossa conversa pensei que talvez poderia ser eu a pessoa que ele gostava — corrijo: — gosta.

— E era você?

— Eu fui meio que o vilão da história dele — Uma risada desengonçada se desprende da minha garganta — Ontem a gente conversou e esclarecemos tudo. E no final da história eu descobri de quem ele realmente gosta. E nossa! Eu literalmente não esperava que fosse essa pessoa.

— Quem é? — comenta totalmente curioso.

— Eles começaram a se falar naquela festa do começo do ano, e o Hanbin já começou gostar dele desde aí.

— É o Jay?

— Quê!? — Enfatizo o óbvio: — Não.

— Eu conheço? — assinto fazendo um pequeno suspense — Quem é Jake? Fala logo!

— O Geonu.

Agora com as duas mãos na boca vejo Sunghoon expandir os olhos em surpresa.

— O meu Geonu? Você tá falando sério? — concordo — Eu... tô passado. Meu Deus. — Tenta digerir — E eles já tão? Sabe? Juntos?

— O Hanbin queria me contar isso antes de poder dar um passo com relação à eles. Provavelmente ele deu a resposta hoje. Não sei — Hoon entra em choque novamente:

— Foi o Geonu que se declarou primeiro?

— Sim. Eles sempre conversavam e o Han já até tinha suspeitado de algumas atitudes suspeitas dele. Ai foi ontem mesmo, pela manhã, que o Geonu ligou pra ele e se declarou.

— Meu deus. Eu... Espera! — Sua expressão rapidamente é substituída por uma meio atenciosa e preocupada — E você? Tá tudo bem com isso?

— Eu me senti mal mesmo por ter atrapalhado eles.

— Tem certeza? O Hanbin é muito legal, e você...

— Qual parte do "Aquilo não era verdade" você não entendeu? Eu não gosto dele dessa forma. Nunca gostei.

   Seus olhos escorregam do meu rosto para os pratinhos azuis com bolo sobre a mesa de madeira. Quieto.
Respiro fundo e volto a falar:

— O motivo para ter vindo até aqui hoje... — fazemos contato visual e sinto meus órgãos se espremerem— foi unicamente você

Meu coração escala o meu corpo e começa a bater no meu pescoço com a mudez de Sunghoon. Novamente ele não disse nada e a inquietação no meu corpo drasticamente aumenta.

— Eu quero me desculpar... — retomei — por não ter respondido aquela carta que você me mandou um tempo atrás. — Sem expressão alguma ele retira suas orbes do contato com as minhas e solta baixinho e com um tom reflexivo :

— Nossa...

— Eu deveria ter respondido. Eu sei.

— Não. Não é isso. E que... Uau. Eu escrevi aquilo já tem uns...

— 1 ano

— 1 ano — ele repete em sussurro, meio espantado — É estranho você ter vindo falar disso agora. Claro, você não era obrigado a tocar nesse assunto. Mas... — suspira pesado — Por que resolveu desenterrar isso?

— Desculpa ter ignorado — digo para baixo

— Não, relaxa. Foi sua escolha e, tá tudo bem. Confesso que... foi um pouco complicado ter que aceitar que você queria deixar tudo para trás. Mas não havia nada que eu pudesse fazer. Não se sinta mal por ter escolhido o que com certeza foi o melhor para você hoje Jake. Porque eu sabia que...

— Sunghoon! — chamo rapidamente — Eu nunca li aquela carta — Ele para bruscamente — Não até ontem na verdade. — Um sorriso constrangido se forma em meus lábios

  Como se um filme passa-se em sua mente Sunghoon não consegue se mover. Apenas me encara em choque, tentando digerir as informações.
  Sinto meu corpo esquentar e a adrenalina subir as veias. Preciso dizer. Preciso dizer. Ok.
Pego com delicadeza sua mão deixando um leve carinho no dorso, o olho por mais longos segundos e digo:

— É tarde demais para dizer "Bom dia11"?

Vejo sua garganta engolir seco. Seus olhos piscarem freneticamente e olharem para diversos pontos de uma forma bem ágil. Ele para. Olha para nossas mãos entrelaçadas. Meu peito aperta repleto de confusão. Me encara e com cuidado se desfaz do carinho da minha mão e volta a olhar sem jeito e com receio para os pratos azuis.
Começo a respirar e me sinto desajeitado na banqueta, como se eu não coubesse mais nela. Não sei explicar. Meu olhos ardem e o coração aperta. Não. Vou. Desistir

...

— V-você já terminou? — ele se pronuncia intercalando o olhar entre minha refeição e a sua. Minha torta está pela metade.

  Sem me dar tempo para responder ele simplismente se levanta retirando algumas cédulas da carteira e pondo em cima da mesa de uma forma meio nervosa e me evitando totalmente. Me levanto pondo a mão rapidamente em seu braço

— Onde você vai? — pergunto.

— Preciso ir para casa.

— Mas você nem comeu tudo — Olho para o seu bolo de morango com cupuaçu praticamente intacto.

— Tudo bem. Não tô com fome.

— Me espera. Vou com você. — Me movimento tentando sair de perto da mesa e ele dita imediatamente:

— Não! — Seu rosto meio assustado se contrai e eu paro — Eu vou sozinho. Fica aqui, peço para um Uber vir te buscar quando eu chegar. Não se preocupa, vou pagar.

— Sunghoon! Para! — peço baixinho por conta dos olhares das pessoas do local sobre nós dois.

— Fica aqui! — ordena no mesmo tom e me olhando firmemente — Por favor — implora e sem forças minha mão escorrega lentamente sobre seu braço até estar de volta ao meu corpo e longe dele. Ele me dá uma última olhada amedrontada e sussurra já saindo:  — Não vem atrás de mim.

  Suas costas se viram. Meu corpo enfraquece e balança. A porta se abre e ele sai sem nenhum pé atrás, me deixando ali, plantado e com o coração pulando apertado na minha caixa torácica . Me sinto rejeitado. Eu. Me sinto. Totalmente. Pisado. Esmagado.
  Meu nariz puxa a respiração pesada e engole as lágrimas que querem descer por incapacidade.

Eu. Não. Vou. Desistir!

Em passos apressados chego ate a porta selada e a abro como se minha vida dependesse daquilo. E... LITERALMENTE o céu está se desmanchando em água. Uma chuva forte cai e da varanda em frente ao café da Dalva meus olhos percorrem a paisagem um tanto nublada e iluminada pelos postes de luzes brancas. O tempo simplismente voou e já é noite. Apesar do céu está fechado ainda é possível avistar com um pouco de dificuldade a lua tentando se destacar dentre as nuvens pesadas que caem sem alívio

Onde está ele?

Avisto seu semblante já um pouco distante. Caminhando lentamente no meio da pista e sendo completando encharcado. O trânsito está parado. Acredito que não passe das 19 HS da noite, mas todo mundo resolveu se esconder do temporal e Sunghoon está ali, bem no centro dele, sem se importar com sua roupa, seu cabelo,  seus sapatos ou sua própria saúde.

— SUNGHOON!?— grito, mas ele não escuta. É impossível.

Quer saber? Foda- se

Salto da pequena calçada de concreto e já sinto as gostas deslizando por meu corpo enquanto corro com presa sentindo meus pés gritarem com o incomodo. Não dou a mínima por mais que esteja mancando vez ou outra. Corro. Corro.

Desacelero quando já estou relativamente perto e continuo apenas andando

— Sunghoon!!? ESPERA SUNGHOON!

Ele escuta e se vira bruscamente em minha direção com os olhos arregalados

— JAKE?!! — Eu paro. Ele para  — Eu te disse para ficar! O que tá fazendo aqui? Seu pé tá machucado e vai acabar doente!!

— Digo o mesmo para você!! — Conversamos com um tom um tanto mais elevado por conta do barulho forte e a distância não muito longa — Enlouqueceu de sair debaixo dessa chuva??!

— Jake volta para lá!

— NÃO! Você precisa me escutar! — Pauso — ...Eu não tenho culpa por não ter lido sua carta! Quer dizer. Tá. Eu tenho na verdade. Mas só fiz isso por estar  triste porque você havia terminado comigo! Mas eu não sabia! Não sabia da verdade. Você não consegue me entender? Eu tô aqui tentando me redimir, dizer que errei e que ainda gosto de você sem me importar se você ainda sente ou não algo por mim!

— Você sabe muito bem do que eu sinto por você! — Ele responde rapidamente — Você sabe que eu me afastei de você só por conta de não conseguir ficar sem te tocar e sem te olhar. Você sabe que aqueles joguinhos foram apenas desculpas para mim poder ficar com você porque eu adoro te abraçar, adoro sentir que você está comigo, adoro seu sorriso, esse seu estilo meio bad boy, mas que no fundo é o cara mais fofo e gentil do mundo, adoro o jeito que você fica quando está com vergonha, o jeito que você joga o cabelo para trás, seu atenciosidade, seu perfume amadeirado e tudo o que há em você e, cada momento que passo do teu lado é motivo para mim sorrir feito um bobo o dia inteiro, e você sempre foi o único capaz disso. Não é algo que eu tente esconder!— Pausa — E apesar de tudo, apesar das suas escolhas que na realidade nem existiriam, no fundo eu sempre alimentei minhas esperanças e estive te esperando, esperando o dia que você voltaria, porque... depois de tanto tempo, eu nunca, nunca deixei te amar.

"Nunca deixei te amar"

— Sungh...— Dando um mero passo em sua direção eu digo e logo sou interrompido.

— Não estou chateado por você não ter lido — Sua voz sai mais suave e baixa, pesada eu diria — Mas é que agora, eu sei que você... você só tá com pena— Dou mais um passo —  Só está com pena porque descobriu a verdade. Só porque descobriu que eu sou um filho de merda e um idiota que conseguiu afastar todos de si, inclusive, você.

Mais um passo, mais um, outro e, estamos a centímetros de distância. Ele puxa o ar com dificuldade, olha para o lado e depois para mim. Orbes pesadas, sombrancelhas caídas. Com cuidado levo minhas mãos até seu rosto, passo os dedos sutilmente deslizando por suas bochechas até estar em sua mandíbula. Os olhos dele estão marejados e receosos, porém presos aos meus. A agitação em meu peito nem importa mais. Suspiro com força e o puxo ao meu encontro colando minha testa a sua. Fecho os olhos e novamente ele fala baixo e arrastado:

— Não quero seu sentimento piedoso por conta dos meus problemas Jake. Você não precisa se obrigar a isso.

Sem dizer absolutamente nada continuo ali sentindo as gotas de água deslizarem por nossos rostos e descer até a pontinha do nariz e ir de encontro com o chão. Meus dedos massageiam sua nuca com delicadeza e ele respira lentamente.

— Por favor— digo trêmulo e quase sem som—...Não diz isso

Passando-se um tempo, ergo minha cabeça, nossas faces ficam próximas e eu o fito intensamente sem tirar minhas mãos de onde estavam. Me aproximo e Sunghoon permanece imóvel, mais um pouco e meu nariz roça contra o seu algumas vezes, mais um pouco e nossos lábios se tocam de forma calma e singela. Um simples selar demorado, porém cheio de tanta coisa.

  Um estalo baixo se faz soar quando nos separamos minimamente. Ele permanece quieto, e quando seus olhos se reabrem, sua expressão ainda é a mesma. Receosa.
  Sunghoon me olha como se estivesse pensando em alguma coisa. Ele pisca os olhos olhando
para diferentes partes do meu rosto. Em algumas delas, ele aperta mais os olhos. Em outras,
abre mais. Seus olhos parecem perdidos na minha cara. Como se contasse cada pintinha e cílio. Como quem está lendo as atrações disponíveis no teatro, o cardápio da cafeteira, uma placa na rua com letras muito pequenas. Meticulosamente; pensativamente.

— Ontem... — digo baixando as minhas mãos, ainda perto — enquanto eu olhava a lua, vi uma estrela cadente. — Um pouco sem jeito sorrio pequeno —  Sei que pode ser bobo pensar que ela poderia realizar desejos, mas a primeira coisa que pensei foi em você. E fiz um pedido que talvez não seja possível, depende de você reescrever qual será o final. Está fora do meu alcance nesse momento. Mas você está aqui no meu coração, então, quem poderia me parar se eu decidir que você é o meu destino?O único que eu deveria encontrar?...

— Eu não sou o único que você deveria encontrar.— diz arrastado

— Mas é o único que eu quero encontrar. — pauso — Sunghoon eu não sabia da verdade e com todas as minhas forças queria poder voltar ao dia que eu simplesmente joguei aquela carta em uma gaveta qualquer e a leria, eu faria tudo diferente, mudaria o passado. Mas isso é impossível

— Esse foi o seu pedido?

— Não. Antes que eu te diga, quero que você saiba que assim como aquela estrela, eu estou caindo e me afundando a cada dia. Eu estava errado em achar que conseguiria, estava errado quando disse que não precisava mais de você, porque eu preciso! Por medo, procurei um jeito de sufocar tudo o que sinto, eu tentei, juro que tentei, mas fracassei porque não posso mais enganar a você e nem a mim mesmo que novamente minha mente, meu corpo e meu coração estão totalmente apaixonados e loucos por você, Sunghoon.

Então ele sorri. Finalmente sorri para mim. Um simples e pequeno sorriso que faz meu corpo explodir em alívio e um peso cair ao chão junto com minhas inseguranças e incapacidades.

— Se eu pudesse, talvez, corrigir um erro, queria que fosse o da nossa primeira briga. Se eu pudesse, então,
repetir o que foi bom queria que fosse o nosso primeiro beijo. Se eu pudesse, ainda, desfazer um ato, queria que fosse o de ter te magoado. E se eu pudesse, por último, fazer um pedido, faria o que fiz ontem pela madrugada... Mudar as estrelas. — falo e ele estreita os olhos — Esse foi o meu pedido. Poder mudar as estrelas

— As estrelas? — Com o rosto desentendido e iluminado pelo brilho da lua quase escondida dentre as nuvens carregadas de água Sunghoon pergunta — Mas é... Como?

— É. Eu sei. — dito sorrindo — Você tá certo, é impossível. — Meus pulmões se enchem e o sangue desce para a ponta dos meus dedos — Então...— levo minhas mão direita até o bolso do meu casaco marrom, retirando a mesma caixinha azul de alianças que nunca chegamos a usar. Vejo seus olhos dilatarem e solto uma risada ao ver que a mesma estava totalmente encharcada. A abro e a ergo junto com meus olhos meio trêmulos e lacrimejantes, até estarem fundidos com os dele — Por que não reescrevemos as estrelas?

E aí, seu pequeno sorriso é totalmente substituído por um brilhante e enorme enquanto seu olhar brilha. Ele pega uma das alianças e põe em meu dedo anelar sem dizer nada. Ponho a caixinha no bolso retirando a outra aliança e faço o mesmo com ele. Ele me encara. Visão brilhante. Sorriso radiante. Olhos marejados.

— Reescrever uma história, reescrever com você, nossa história, nossa história de amor. Vamos... reescrever as estrelas.

Ele fala e rapidamente me agarra em um abraço apertado fazendo meus pés saírem do chão enquanto ele da um giro calmo que entra em harmonia com o seu cheiro, seu sorriso, com a lua, com a chuva, com tudo. Pessoas costumam dizer que a perfeição não existe, mas entro em conflito com essa afirmação toda vez que esses momentos com Sunghoon invadem meu interior e o aquecem.

  Quando meus pés voltam ao chão não tenho nem tempo de olhar para Sunghoon, pois seus lábios já estão dentre os meus de uma forma necessitada, necessitada de carinho, de tempo, de espera, de respostas, de amor. O sabor dos nossos lábios se misturando com a chuva doce e sorrisos de um beijo sobre o luar nublado.

Apenas um beijo, o melhor... O começo, a metade, o inteiro. Eu e ele... nós... juntos e apaixonados arrumando o passado, selando o presente e sonhando com o futuro.

Beijo que eu queria poder emoldurar, pintar, escrever em versos. O artista? Eu. O poetisa? Sunghoon. A moldura? O amor. Nosso amor. Uma obra- prima feita com detalhes e paixão.

Olhei para o céu sentindo o coração aquecer com a certeza de que... As estrelas estão sendo refeitas. Nossas estrelas.

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✧✧

Notes:

Oii♥️

Meu Deus. Eu tô chorando tantoaaaaa

Sofooafoowkdkwowpd
Não sei nem oq eu dizer aq kkkkkk

Espero que tenham gostado ♥️♥️

Hoje mesmo eu solto o prólogo, ele é pequeno, tipo, não tem nem 2.000 palavras. Lá eu escrevo um textinho melhor para a despedida de "My First Kiss 2" e agradecimentos a vocês.

⭐Não esquece do votinho

✧✧

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