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A verdade é que eu gosto de você, e eu não quero que vá embora.
Ele coloca uma mecha do meu cabelo atrás da orelha.
Seus olhos azuis pareciam olhar no fundo da minha alma.
- Eu só queria ter mais um pouco de tempo com você.
Ele continua, tento falar algo mas a minha boca se recusa. Ele gruda sua testa na minha selando seus lábios gelado aos meus em um selinho calmo e longo.
- Quando estiver pronta volta pra me Sn, não importa quanto tempo passe eu sempre vou estar te esperando, nessa vida ou em outra.
Ele coloca uma das suas mãos em meu ombro e com a outra ele ergue a varinha em minha direção.
Minhas lágrimas começaram a rolar exageradamente pelo meu rosto enquanto eu negava freneticamente com minha cabeça, minhas mãos grudadas no colarinho do seu terno preto.
- Eu não vou conseguir me lembrar de você.
Digo com um esforço espantaso para não gaguejar.
- Mas eu vou sempre me lembrar de você, é isso que importa
- Draco eu não quero ir.
- Obliviate.
Foi a última coisa que escutei depois dele ter me empurrado em um tipo de portal, seu rosto ia desaparecendo em câmera lenta enquanto eu caía.
- Sn, acorda.
Um espasmo me faz pular assustada, olho para a mesa onde aparentemente eu tinha dormido, alguns rostos curiosos me encaravam incluído o dele.
- Você tá chorando?
Pansy falava mais para sí mesmo do que pra me.
Passo a mão pelo meu rosto sentindo o molhado das lágrimas, Draco me olhava como se nunca tivesse visto uma garota chorar antes, olho para Pansy novamente que me encarava assustada.
- Eu vou ao banheiro.
Digo saindo do salão principal correndo, entrando no primeiro banheiro que encontrei.
Mas que droga de sonho foi aquele?
Passo a mão molhada no rosto pra vê se melhora a situação do meu rosto que parecia um tomate inchado.
- Sn tudo bem?
Olho para o espelho vendo o reflexo de Pansy sobre ele, meu coração continuava a bater tão forte que parecia que a cada momento ele iria explodir.
- Sim Pansy, só foi um pesadelo.
- Deu pra perceber, mas que diabos o Draco tava fazendo no seu pesadelo?
Meus olhos pareciam que iam saltar pelas órbitas, giro rapidamente para encara-la.
- Como sabes?
- Você fala enquanto sonha sabia? acho que todo a mesa da Sonserina escultou você falar o nome dele enquanto chorava.
- Aí meu Deus.
Só me faltava essa.
- Sorte que só deu para escutar o nome dele, as outras coisas que você falou não deu para ouvir.
- É que ultimamente eu ando muito estressada, tendo sonhos esquisitos mas esse foi o primeiro que ele apareceu.
- Você só tá precisando se divertir um pouquinho, vamos fazer um passeio noturno hoje, e você vem comigo.
O restante do dia foi ótimo, os alunos da Sonserina me olhando estranho, eu fugindo do Draco morrendo de vergonha, e agora eu pensando naquele maldito sonho/pesadelo.
Obliviate, eu já li esse nome em algum lugar, mas não conseguia me lembrar.
"Eu sempre vou está te esperando Sn, seja nessa ou em outra vida". Ou em outra vida? O que isso significava? Eu falava para me mesma que era apenas um sonho mas aquilo não saía da minha cabeça. Porque ele? Porque o Draco?
- Psiu, sonhando de novo? - Pansy fala baixinho da porta do dormitório. - Vem.
Atravessamos o campo de quadribol e entramos na floresta, eu estava tão ansiosa para um tipo de distração que não percebi que o que eu estava fazendo era uma idiotice.
- O quê estamos fazendo Pansy?
Pergunto já me arrependendo de ter vindo, a luz que saía da ponta da varinha não era forte o suficiente para evitar alguns tropeços.
Depois de andarmos por quase 10 minutos ela para, olhando ao redor com uma cara nada boa.
- Era pra eles nos encontrarem aqui.
- Pansy.
- Eu tenho certeza que é aqui.
- Não vai me dizer que estamos perdidas?
Escuto um farfalhar de folhas secas sendo pisoteadas, Pansy rapidamente apaga a sua varinha cruzando seus braços nos meus.
O farfalhar vai ficando mais alto enquanto eu tentava controlar minha respiração, como se ela fosse capaz de nos denunciar, Pansy apertava cada vez mais o meu braço e parecia que eu iria desmaiar a qualquer segundo, até a luz da varinha aparecer no nosso campo de visão e uma cara conhecida.
- Ah vocês estão aí.
- Crabbe é você.
Pansy diz me puxando na direção dele.
- Você quase nos matou de susto.
Digo aliviada.
- Só se for você Sn, eu tava bem tranquila já sabia que era ele.
Pansy diz, Crabbe pede para acompanharmos ele.
Chegamos em uma clarera, Draco, Zabine e Goyle já estavam lá.
- Ninguém me falou que ela iria vim.
Ele diz apontando para me com o queixo, típico.
- Não sei porque tá surpreso, Pansy não anda mais sem ela.
Zabine diz.
Pansy olha em seu relógio de pulso.
- Faltam três minutos.
- Três minutos para quê?
Pergunto.
- Você vai ver.
Na nossa frente tinha uma tronco caído, nos sentamos atrás dele de um modo que só mostrasse dos nossos olhos para cima.
- Cinco segundos, quatro, três, dois...
Logo começaram surgir risadas infantis do outro lado da clarera, meu primeiro impulso foi agarrar o primeiro braço ao meu lado, isso não era um bom sinal, risadas infantis nunca eram um bom sinal.
- Que suspense todo é esse?
Falo não aguentando mais o silêncio, ganhando um "Shhhh" de todo mundo em respostas.
As risadas começaram a ficar bem mais altas até que os meus olhos não acreditavam no que estavam vendo.
Milhares de luzes azuis e brancas começaram a surgir, elas pareciam dançar ao som da brisa que sacudiram as árvores lentamente, elas não tinha nenhuma forma que eu conseguisse distinguir era como se fosse estrelas, elas flutuavam tão leve quanto uma pena, aquilo era a coisa mais linda que os meus olhos mortais já tinham visto.
Senti uma única lágrima cair pela minha bochecha, durou apenas 40 segundos e eu estava parada a cinco minutos no mesmo lugar, olhando para o lugar que até pouco tempo era banhado por um show de luzes.
- Você gostou?
A voz de Draco soou me tirando do transe.
- Eu amei.
- Que ótimo, agora você pode soltar meu braço?
- Opa, desculpa.
Nem mesmo o azedo humor do Draco poderia tirar minha paz nesse momento.
- O que era aquilo?
- Aquilo minha cara Sn, eram milhares de fadas da noite, elas estão imigrando por conta do inverno, são bem barulhentas e incrivelmente lindas.
- Elas são.
- Os alunos da Corvinal que tem sorte, morro de inveja deles, eles podem vê sem nem sair do próprio salão comunal.
Zabine completa.
- O show acabou, agora a gente tem que voltar.
Draco diz.
- Ah mas bem que a gente podia brincar um pouquinho.
Pansy sugere.
- No meio da floresta? Tá ficando doida?
Goyle diz.
- Amanhã a gente não tem aula pela manhã, já que estamos aqui, vamos aproveitar.
- Ah dane-se. - Zabine diz quebrando um graveto em seis partes. - Quem pegar o menor conta.
Todos pegamos um graveto da mão dele, dessa vez a Pansy não tinha tido sorte.
Assim que ela começou a contar eu saí sem rumo pelo mato, me escondendo atrás de uma árvore enorme, me sentei no chão escorando minha cabeça no tronco, o frio era bem agradável mesmo estando na floresta, a noite, no escuro, brincando como crianças de oito anos.
Tudo aconteceu tão rápido, que quando eu percebi tinha alguém caído ao meu lado.
- Draco?
Ele se arrasta até mim, sentando ao meu lado.
- Pode vazar daqui, é o meu esconderijo.
- Shhhh, fica quieta.
Ele diz impaciente.
- Pra quem não queria brincar você tá levando super a sério isso né?
Seis minutos se passaram e o silêncio já estava ficando constrangedor.
- Ela tá demorando né?
Ganho um silêncio como resposta.
- Sabe sobre eu ter gritado o seu nome hoje no almoço-
- Eu não preciso saber do seu sonho Sn, eu já entendi que você tem um Crush por me.
- Bom, é que na verdade era um pesadelo e eu não tenho um crush em você. - Ele rir como se aquilo fosse impossível. - Na verdade é no Harry que eu tenho um crush, ele é bem mais agradável do que você.
Provoco.
- Ele beija melhor do que eu Sn?
Que atrevido.
- Sim. - Minto. - Ele beija muito bem.
- Você tá mentindo.
- Porque se importaria? Além do mais sobre aquele nosso beijo: "Isso que aconteceu foi um erro Sn". E como tem tando certeza que o seu beijo é melhor que o dele?
Uso as mesmas palavras dele de algumas semana atrás.
- Eu tenho meus meios Sn, agora dá pra calar a boca?
- Que meios? Até parece que já beijou o Harry.
Ele passa a mão pelos cabelos platinado já impaciente.
- Coloquei alguns dos meus subordinados do primeiro ano andarem atrás de você, sei que você nunca beijou o Harry.
Ele diz calmamente.
- Isso foi específico.
- Era só porque eu fiquei curioso sobre a garota que tinha viajado no tempo, e eu não confiava em você, então coloquei eles para te vijiarem apenas.
- Então quer dizer que você confia em me agora Davidzinho?
O meu sorrisinho não conseguiu se conter.
- Você não é uma ameaça, é muito desprovida de magia e inteligência pra isso.
Ele diz enquanto olhava para atrás da árvore observando se vinha alguém, meu sorriso logo se desfez.
- Ridículo.
Quinze minutos, nada da Pansy, meus olhos já estavam ardendo de sono, me acomodei no ombro de Draco pra ficar um pouco mais confortável.
- Saí.
Ele diz.
- A cala essa sua boca.
Tudo ficou em silêncio quarenta minutos, o sono já me invadia por completo mas ainda assim continuava acordada.
Senti uma mão exitante passear pelos meus cabelos, os toques eram leves como se tivesse medo que a qualquer hora eu fosse desaparecer.
- Se você soubesse que aquilo não foi nem por um estante um erro.
A voz dele tinha um tom calmo que eu nunca tinha ouvido antes, aquilo me deixava tão tranquila, como se eu já tivesse sentido aquele toque antes.
Eu queria ficar alí, pra sempre.
- Achei vocês. - Pansy grita me fazendo saltar de susto. - Vamos.
♡
Essa fic vai chegar na parte 100 e eu ainda não vou ter terminado ela.
~xoxo💕