Five Years After You - LS |...

Autorstwa houisdirty

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Amantes desde a infância, Louis e Harry são jovens lobos apaixonados, mas quando convocado pelo exército, Sty... Więcej

Prologue
Stitches
Never Grow Up
Sunday Morning
Photograph
Wolves
Jealous
Everything Has Changed
Firework
Hold On
Nervous
When You're Ready
Beautiful Boy
Someone You Loved
Because I Had You
Empty Space
Better Together
Eye Of The Tiger
Animals
Home
Before You Go
Sweet Creature
Sweat
Say You Wont Let Go
I Get To Love You
Daughters
Here Comes The Sun
Light
Anyone
Marry You
28 (extra)
AVISO

Epilogue

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Autorstwa houisdirty


Alguns anos depois...

Uma semana para o baile da primavera...


— Tudo bem, querido? — Louis sorriu de lado para Henry, servindo a xícara do filho com uma boa quantia de chá.

O ômega de quase dezessete anos acena com a cabeça, agradecendo com um grunhido, bebericando o líquido quente em seguida.

O silêncio é cortado quando as gêmeas descem empurrando o irmão mais novo pelos ombros, os três se empurrando de forma implicante no meio da cozinha.

— Vocês vão amassar o uniforme! — Louis repreende com as sobrancelhas juntas, revirando os olhos azuis.

Os três de idade próxima sorriem sem mostrar os dentes, se acomodando na mesa familiar de café da manhã.

As alfas Styles cresceram rápido, se tornando lindas garotas de dez anos de idade, com seus cachos longos e escuros e olhos esverdeados. As meninas se mantinham juntas em qualquer circunstância, inclusive para proteger o irmão ômega de absolutamente nada.

Com o status definido, Ava e Evie rapidamente chegaram ao ombro do irmão mais velho, que assim como a mãe, não detinha uma altura avantajada. Henry, assim como Collin, o alfa caçula, tinham toda a aparência e trejeitos de Louis, enquanto as meninas eram a cópia do pai.

Com o passar dos anos, Harry se tornara o delegado da cidade e Louis deixou a escola para se tornar escritor, passando mais tempo com os filhos. A renda da família era boa, portanto, os quatro filhos estudavam em uma das melhores escolas particulares de Londres, o que com certeza garantia que os quatro usassem roupas sociais azul marinho e branco, deixando Louis irritado as sete da manhã pela forma que se jogavam nas cadeiras e tomavam café.

— Ele te convidou? — o alfa menor molha um biscoito no chá do irmão, mordendo em seguida.

— Não. — Henry grunhe, puxando a xícara para si com o cenho franzido. — Tenha seu próprio chá.

— Ele é um bundão, isso sim. — Evie revira os olhos verdes, arrumando o terno escuro. Ava concorda ao lado da irmã, se servindo de suco.

— Calem a boca. — o mais velho resmunga — Não estamos num bom momento, ok? Não acho que ele vá convidar. — o moreno volta os olhos azuis para o chá, bufando frustrado.

— Pensei que fossem só amigos. — Ava sussurra, espiando Louis de costas montando as panquecas.

— E somos. — o irmão assegura, mordendo o lábio em seguida.

— Vocês não se beijaram aquele dia? — o caçula sussurra, todos inclinados na direção de Henry para saber o que passava na vida do primogênito.

Diferente de quando era criança, Henry era bem apegado aos irmãos, o ômega era a referência das crianças e sua relação com eles era das melhores. Por ser o único irmão ômega, as crianças o respeitavam como se fosse Louis, apenas eram mais íntimos. Embora fossem crianças, os menores acreditavam que poderiam ser algo como melhores amigos de Henry, falando sobre paixonites e popularidade na escola.

Não havia segredo entre as crianças Styles.

Nem com a mamãe.

— Papai está vindo, pequenos fofoqueiros. — Louis alerta, todos se endireitando e fingindo casualidade durante o café.

Harry adentra o cômodo com a sobrancelha arqueada.

— Bom dia? — indaga confuso, beijando a testa de todos um a um, as crianças sorriem, enrugando o nariz quando o alfa abraça Louis por trás, beijando o pescoço do ômega. — Bom dia, querido.

— Bom dia, Haz. — Louis murmura, beijando a bochecha do alfa. — Vou levar as crianças hoje, ok?

— Por mim tudo bem. — o alfa dá de ombros, se sentando ao lado de Henry para o café da manhã. — Tudo bem? — o pai pergunta ao ômega que assente com a cabeça devagar.

— Alex não o convidou para o baile da primavera. — Collin diz, enchendo a boca com bolo em seguida.

— Isso é ruim? — o alfa franze o nariz, afagando o ombro do filhote. — O papai pode ir com você...Não seria legal, Henry Styles com o delegado da cidade? Parece radical.

— Parece coisa de perdedor. — Evie murmura passando a geleia na torrada despreocupadamente.

— O que? Por que? Eu sou bem jovem! — rebate indignado, a mão livre no peito largo.

— Pai, é coisa de perdedor. — Henry concorda — levar o pai no baile porque ninguém te convidou é fim de carreira, enterrar a dignidade, suicidio social. Bullying na certa. — o ômega bufa — Mas obrigado, você é sim jovem e bonitão, os ômegas da escola adoram quando você dá palestra lá.

— É bem nojento, na verdade. — Ava resmunga.

— Os alunos do terceiro dizem que você seria um belo sugar daddy, seja lá o que isso signifique. — Evie torce o nariz, se deliciando com as torradas.

— A conversa tá muito boa, mas vocês vão se atrasar! Dez minutos pra comer, escovar os dentes e pegar as bolsas.

— Que mandão. — Harry murmura, puxando Louis para sentar em seu colo. O menor enlaça os braços no pescoço do alfa, beijando o canto da boca do marido.

— Que nojo. — Henry resmunga, engolindo o café para se levantar e se livrar do excesso de afeto dos pais.

O primogênito realmente achava lindo o amor que os pais tinham, era uma história que até seus quinze enquanto um ômega romântico, Henry pedia para Louis repetir tudo desde o início. Ele realmente amava ouvir, mas não era fã dos estalos dos beijos apaixonados dos mais velhos ao seu lado.

Nojento.

-

— Mãe, podemos conversar a sós quando eu chegar em casa? — o de olhos azuis pisca pidonho, sentado no banco da frente enquanto os menores chacoalham os ombros ao som de Katy Perry no banco traseiro.

— Você fez S-E-X-O? — Louis sussurra soletrando, as sobrancelhas juntas. Henry franze o nariz negando com a cabeça.

— Por que soletrou? — Styles murmura, pegando a mochila vermelha.

— Oras, não quero meus filhotes repetindo tudo que eu digo, fui chamado na escola porque repetiam C-U pra tudo. — Louis dá de ombros, beijando a bochecha morna do filho ômega. — Papai busca vocês hoje, então te espero no escritório. Boa aula, amor.

— Valeu, mãe. — ele sorri, descendo do carro junto com os irmãos que logo estão ao redor do aloirado.

Louis suspira com os lábios prensados, observando suas crianças caminhando para dentro da grande escola, ele acena para Alex quando o jovem alfa passa em frente ao conversível do tio, acompanhado de Lily, a irmã caçula também alfa.

Com muito a se fazer, Louis deixou o recinto escolar e voltou para sua casa onde passaria o resto do dia dentro do escritório editando um dos últimos livros a serem lançados na temporada.

Quando a família Styles aumentou, o casal juntou as economias e foram em busca de outra casa, a que moravam hoje, sendo um grande sobrado bem localizado próximo ao centro da cidade. Como uma boa família cheia de crianças, Harry e Louis acabaram cedendo aos pedidos dos filhos por um animal de estimação, um gato enorme que se assustava todas às vezes que as crianças tomavam sua forma lobo para atazanar o bichano, eles eventualmente pararam quando Louis ameaçou doar o gato para ser feliz em um lar de meias raças.

Falando em meias raças...

Pouco a pouco Luke acabou deixando de fazer parte da vida de Henry, o garoto claramente lembrava do antigo padrasto, mas não mais nutria um sentimento pelo homem, esse que agora era casado com Taylor e tinha um par de filhotes que frequentavam a escola ao lado.

Niall e Shawn estavam há cinco anos morando no Canadá com seu único filho, um pequeno alfa de quatro anos de idade. O casal costumava vir á Inglaterra durante as férias para visitar os amigos, esses que continuaram na terra da rainha, onde sentiam que pertenciam.

Enquanto Harry domava a delegacia onde Liam costumava ser delegado, o alfa moreno estava no FBI, quase aposentando, o que era o que Zayn mais queria, considerando o pouco tempo do alfa em casa devido ao emprego corrido.

Com Harry na delegacia e Louis escrevendo livros, os filhotes Styles se destacavam ao lado dos filhotes Payne. Amigos desde o ventre, Henry e Alex estavam se estranhando há algumas semanas, quando se beijaram pela primeira vez.

Não era surpresa para ninguém que em algum momento os amigos se veriam de outra forma, afinal, além de crescerem juntos, os status eventualmente falariam mais alto. Alex era um alfa robusto como o pai, com cabelos escuros e bagunçados tinha os olhos como de Zayn, um âmbar cativante que tinha toda a atenção dos oceanos de Henry.

Desde que se beijaram, os amigos evitavam falar sobre o fatídico encontro de línguas durante o campeonato de futebol. Alex era atacante e ao fazer um gol, buscou os lábios do ômega que estava na reserva do time. Seus pais vibraram na arquibancada, mas assim como os filhos, fingiram não saber de nada.

A questão é, eles tinham medo de que se não dessem certo como casal, acabariam com a longa amizade.

Besteira, eles eram destinados.

— E aí. — Henry murmura quando Alex abre o armário ao lado do seu.

O alfa pigarreia, acenando com a cabeça.

Ava e Evie, assim como Collin, estudavam no outro andar, mas costumavam levar alguns minutos no encalço do irmão mais velho, então lá estava os três alfinhas espiando o desenrolar da história.

Antes que Evie provocasse Alex como de costume, Josh, o capitão do time se aproxima com um sorriso largo, sequer notando os três pares de presinhas afiadas expostas para ele.

— Styles! — ele diz alegre quando se aproxima do ômega, Henry murmurando um 'olá' em resposta. — Você já tem um par para o baile da primavera? — o alfa sorri ladino.

Os olhos azuis e verdes se voltam para Alex com curiosidade, o alfa pareceu congelar em frente ao armário.

— Ah, não. — o menor sorri simpático, arrumando a franja com delicadeza.

— Eu queria saber então, você gostaria de-

Alex fecha a porta do armário com força, causando um eco no corredor e um pulo sutil do ômega.

— Você está pensando em convidar meu ômega para o baile ou o que? — o moreno arqueia as sobrancelhas, um tanto intimidador, os filhotes desejavam um balde de pipoca.

— Seu ômega? — Josh ri nasalado, confuso. — Não sabia que namoravam.

— Nós vamos a todos os bailes juntos, você deve ter percebido, não seja sonso. — Alex revira os olhos, segurando os livros com uma mão. — Henry? Vamos?

O ômega pisca absorto, encarando os irmãos mais novos.

— Hum, vou levar eles até o andar superior.

— Eu vou junto. — o alfa diz sério, esbarrando no ombro de Josh antes de seguir o ômega e seus irmãos escada acima.

— Mandou bem, Alex. — Collin estufa o peito ao caminhar ao lado do alfa, cutucando-o com o cotovelo.

— Valeu? — o moreno pisca confuso, acenando quando as gêmeas entram em sua sala de aula, fazendo um sinal de forca para o alfa.

— Aham! Valeu. — Collin diz sorridente, abraçando Henry antes de entrar na sala. Mesmo sendo alfa, Collin era um tanto carinhoso, provavelmente características do pai.

— O que foi aquilo? — Henry resmunga ao parar no corredor, empurrando o alfa pelo peito. — Se não vai me convidar para o baile, não impeça que outro me convide! — ele rosna contido, o dedo no peito do alfa o pressionando contra os armários vermelhos.

— Nós sempre vamos ao baile juntos! — o moreno resmunga, afastando o dedo acusador do ômega.

— Você é um covarde de merda! Você me beijou e depois correu igual um filhote medroso, e ainda quer que eu pense que vamos juntos ao baile? Por favor. — Henry ri nasalado, apertando os livros contra o peito. — Você é tão...tão...Cuzão!

Alex parte os lábios surpresos, piscando para o ômega.

— Não ouse. — ele resmunga autoritário. — Quer ir ao baile comigo?

— Não. — Henry dá de ombros, se virando para descer as escadas. — Vou aceitar o convite de Josh.

— Ômega! — Alex rosna, caminhando no encalço do amigo. — Não fugi como um filhote, ok? Apenas acho que fui imprudente e não quero estragar nossa amizade.

— Amizade. — Henry gargalha audacioso. — Amigos não agem como nós agimos, Alex. Amigos não se beijam ou dividem a cama. — o ômega dá de ombros, negando com a cabeça. — Se você fugiu depois de um beijo, não quero ver depois do meu primeiro cio! Prefiro passar sozinho, tenha um bom dia.

— Henry! — Payne resmunga frustrado, encarando o rebolar do ômega sair do seu campo de visão.

-

— O pai dele tinha tanta atitude com Zayn, Alex precisa de umas aulas. — Louis torce o nariz, acariciando os cabelos do filho deitado em seu colo. — Está tudo bem, ok? Não queira marcar as coisas, Henry, tudo acontece como deve ser.

— Ele é o único que eu confio, mãe, mas é tão tapado! — o ômega mais novo funga. — E se meu cio não vier? Eu faço dezessete em alguns meses.

— Vai vir, mas não veja isso como algo legal porque pode ser bem desconfortável, ok? — Louis aconselha, alisando a bochecha do filho. — Podemos ir ao médico ver sobre as vitaminas, se você quiser...E Henry?

— Sim? — ele pisca os olhos aguados para a mãe, secando os olhos.

— Nosso período é algo muito importante, mas também muito carnal e bem animalesco, eu acho que...Merda, nunca me imaginei dizendo isso, mas acho que sua primeira vez não deveria ser em um cio, amor.

— Eu vou morrer virgem. — o filhote dramatiza, arrancando uma gargalhada da mãe.

— Não vou achar ruim se isso acontecer. — Louis provoca, rindo quando escuta a voz grossa do alfa atrás da porta resmungando um "nem eu". — Alfa! — ele repreende, Harry abrindo a porta em seguida.

— Não estava ouvindo nada, eu juro! — ele levanta as mãos em defesa, fazendo um bico quando vê o filhote com os olhos avermelhados. — Se você quiser eu posso jogar um balde de água nele.

— No Alex? Não. — ele ri nasalado, sorrindo para o pai.

— Então mande ele parar, é muito desafinado. — Harry bufa, se sentando na cadeira livre no escritório.

— Parar o que? Alex está aqui?

— Fazendo uma serenata horrível na janela do seu quarto. — Harry bufa, esfregando a testa. — Se livre dele ou eu vou lá.

Henry assente, abraçando Louis antes de deixar o cômodo e correr até seu quarto. Afastando as cortinas brancas, ele se aproxima da sacada onde consegue ver Alex com uma caixa de som ao lado cantando com a mão no peito, Elliot, amigo dos dois, segurava um cartaz colorido com um pedido de desculpas e convite ao baile em letras grandes.

O ômega nega com a cabeça, mordendo o lábio inferior até a música acabar.

— Devo ir embora? — Alex pergunta inseguro, sorrindo quando o ômega nega.

Henry deixa o quarto às pressas, descendo as escadas e partindo até o jardim onde encontra o alfa de braços abertos, ele não hesita em pular no colo do outro, ficando realmente surpreso quando o maior toma seus lábios.

— Seja meu par, seja meu ômega. — Alex murmura, sorrindo quando Henry assente, abraçando o outro pelo pescoço.

Louis e os filhotes aplaudem junto com Elliot, enquanto Harry tem os braços cruzados na altura do peito. Descalço, o alfa encara a cena com a sobrancelha arqueada, Louis cutuca sua barriga com o cotovelo.

— Sorria. — ele murmura.

— Eu não! Ninguém me pediu nada. — ele bufa mal humorado, recostado no batente da porta.

— Tio Harry...– Alex pigarreia, se aproximando do alfa com uma pose respeitosa.

— Senhor Styles agora, moleque.

— Certo, perdão. — ele arregala os olhos, se curvando para Louis e Harry em seguida. — Senhor, gostaria de pedir a mão do Henry em namoro. — ele sorri sem mostrar os dentes, segurando o primogênito do casal pela cintura.

— O que acontece se eu disser não? — Harry estala a língua no céu da boca, guinchando quando Louis o belisca com força.

— Isso. — o ômega sorri cinico, afagando o local em seguida. — Seja bem vindo a família que você sempre fez parte, Alex. Cuide do meu bebê ou esqueça suas bolinhas.

— É isso aí! — os três alfinhas dizem juntos.

— Já pode me dar algumas libras pro snickers da semana. — Ava dá de ombros, estendendo a mão, Louis a estapeia antes, mandando todos para dentro para fazer um bolo.

-

— Papai? — Collin segura na porta espiando dentro do quarto, encontrando o alfa deitado em seu ninho com o braço sobre os olhos.

— Aconteceu algo? — o alfa se senta alerta, suspirando quando o caçula nega, se aproximando timidamente do ninho dos pais.

Collin era tão meigo que fazia Harry lembrar de Henry quando filhote, sempre com bochechas coradas e pedidos em sussurros.

— Podemos ter uma conversa de alfa? — o filhote murmura, se sentando próximo ao pai.

— De alfa, hum? Claro, o que há? — o maior se deita novamente, batendo no travesseiro para que o filhote faça o mesmo.

Collin o faz, deitado de frente para o pai com suas bochechas rosas e olhos curiosos.

— O baile da primaveira está chegando...

— Estou sabendo...— Harry murmura despreocupado, piscando devagar. — Isso é importante na sua idade também?

— Não muito, mas tem uma ômega...

— Uma ômega, sim? Ela é da sua sala? — o alfa o encoraja, se mostrando o mais sério possível.

Seus filhotes não eram tão filhotes e isso o fazia querer sair correndo pela floresta em gritos.

— Sim, sim. Ela tem dentes grandes e usa um óculos lilás, ela tem os cabelos laranjas, cor de fogo, sabe? Irado. — o filhote suspira apaixonado. — Queria que ela fosse meu par.

— Ela parece linda, amor. Por que não a convida, então? — Harry diz, a bochecha apoiada no punho, assim como o cotovelo em meio aos travesseiros.

— Ela parece irritada quando chego perto, talvez seja meu cheiro. — ele dá de ombros — Ela diz que eu cheiro a cachorro molhado.

— Um filhote de labrador. — o pai bate o indicador no nariz da criança, o fazendo sorrir. — Quando eu tinha sua idade, sua mãe dizia coisas terríveis quando eu me aproximava, ele disse para toda a vila que eu tinha cheiro de suor e hálito de cebola, meses mais tarde eu descobri que era pra afastar outros ômegas, então ele me teria só pra ele. — o alfa sorriu de lado, arrumando o cabelo do filhote. — Leve flores e chocolate para a cabelo de fogo, faça um cartão bonito e deixe no armário dela, se ela não aceitar, aprenda a lidar com a frustração. Um alfa de verdade aceita um não, ok?

— Ok, papai. — o menor sorri grato, aceitando de bom grado o cafuné do alfa.

— Minhas crianças estão deixando de ser crianças, não posso aceitar. — o alfa resmunga, puxando o filhote para um abraço. — Seja pequeno pra sempre, meu caçula! — ele faz cócegas no menor, parando quando o menor ri alto demais. — Eu te amo, você será um grande alfa, Collin.

— Como você. — o filhote sorri, aproveitando para se aconchegar no pai e tirar um cochilo.

— Único, você será um alfa único, muito melhor que eu. — Harry assegura, aromatizando sua criança depois de uma longa semana.

-

— Vai combinar com nossos olhos! — Evie diz ao empurrar um par de vestidos no peito da irmã gêmea, Louis olhando outros na grande loja de vestidos. — Mamãe, olha, olha!

A sorte das meninas eram a altura, porque a maioria dos vestidos era para meninas mais velhas, a maioria que tivesse busto, o que com certeza suas crianças não tinham.

— Uau! Vão provar? Eu amei. — o ômega sorri analisando o vestido verde com detalhes em azul, quando elas assentem, Louis guia suas meninas para o provador, ajudando-as a fechá-lo nas costas. — Então?

— Podemos ficar com esses? — Ava sorri largo no espelho, observando a mãe pelo reflexo.

— Não querem ver mais nenhum? Alguma outra loja, talvez? — a mãe arqueia a sobrancelha, odiava arrependimentos.

— Não! Esse é meu vestido ideal. — Evie diz convicta, rodopiando dentro do provador.

Louis revira os olhos assentindo.

— Ok, tirem, não quero pagar por algo estragado! — ele torce o nariz — Vamos pagar e encontrar os meninos na loja da frente, tudo bem?

— Podemos tomar sorvete? Por favorzinho! — elas dizem juntas, mãos unidas e biquinhos projetados para frente.

— O cara da grana é seu pai, eu sou apenas um escritor! — Louis dramatiza.

— Um grande escritor! — Evie exclama.

— Rico também, vive comprando cuecas para o papai depois de gritar pela casa toda que mais uma estava furada. — Ava diz séria, segurando a risada.

— Não contem a ninguém, ok? Segredos com a mamãe. — Louis sussurra, se abaixando na altura das meninas. — Seu pai teve pulga em um dos encontros de lobos da delegacia, desde então ele coça o bumbum até furar a cueca.

Não era verdade, mas as garotinhas explodiram em risadas, então Louis estava pra lá de satisfeito.

Amava pintar a imagem de Harry como um alfa bobalhão para seus filhos, embora ele pudesse ser bem assustador quando queria.

-

— Noite da pizza, papai! Por favor! — as gêmeas rodeavam o alfa que tentava caminhar com o par de smoking dos filhos no ombro.

— Vocês vão me deixar tonto e eu vou cair! — ele bufa ao parar pela milésima vez no caminho para o carro.

— Mais tonto? — Louis provoca, carregando a sacola com os vestidos das gêmeas, não eram espalhafatosos estilo princesa, mas era a cara das meninas.

— Louis. — o alfa cerra os olhos para o ômega ao seu lado, recebendo um beijo no maxilar em resposta. — Andem na minha frente ou não tem pizza, nem comida, nem sorvete, nem água pra ninguém!

— Nem pra mim? — Louis sussurra.

— Só pra você.

Os filhos do casal fazem um som de vômito ao mesmo tempo, recebendo um rosnado imponente do pai em resposta, logo trataram de se recompor e se ajeitarem no grande carro.

Louis e Harry arrumaram as compras no porta malas, tomando seus lugares no carro para voltarem para casa. Com os dedos entrelaçados aos do alfa, Louis estava inclinado para trás ouvindo seus filhos e suas expectativas para o baile.

— Então ela aceitou? Isso é muito legal, Collin! Tire fotos para a mamãe? — Louis sorri para o caçula. — E vocês, bruxinhas? Não tem um par?

— Somos autossuficientes, mamãe, então vamos juntas. — Evie diz com as sobrancelhas arqueadas, Louis fazendo o mesmo com a resposta da criança.

— Autossuficiente, hum? O que acha disso, Harry? — o ômega encara o marido centrado no trânsito, ele lambe os lábios.

— Acho que anteontem tive que colocar um amontado de edredons no sol porque alguém foi autossuficiente para não usar o banheiro.

— Pai! — Ava resmunga com as bochechas vermelhas. — A culpa é do Henry! Ele colocou aquele filme de terror idiota e eu fiquei com medo de ir no banheiro de noite.

— Por que minha culpa? Se não gosta, era só sair. — o ômega se defende.

— E deixar você sozinho com Alex? Até parece. — Evie provoca, recebendo um empurrão na testa do irmão mais velho.

— Nesse caso pode fazer xixi no ninho mais vezes. — Harry dá de ombros, sorrindo com a barulheira dos filhos discutindo entre si.

— Você é terrível, alfa. — Louis nega com a cabeça, trazendo as mãos unidas para si e beijando o nó dos dedos do alfa.

— Aprendi com você, mamãe. — o alfa pisca, estacionando na garagem alguns minutos depois.

-

Na noite do baile, Harry e Louis correram por toda a casa para ajudarem os filhos a se arrumarem a tempo, considerando que pais não participavam do evento, o que era uma merda porque Louis daria tudo pra ver suas filhas entrando juntas com aqueles narizes cumpridos empinados, Collin todo tímido com a tal cabelo de fogo que logo descobriram o nome Laila, e claro, seu primogênito dançando com Alex.

O que não era novidade, mas seria o primeiro evento deles como um casal de verdade.

— Está nervoso? — Louis murmura ao arrumar a gravata borboleta do filhote, ajeitando a franja em seguida. — Não fomos ao médico, por tudo que é sagrado pra você, use aquela coisa plástica horrível.

— Camisinha? — Henry torce o nariz. — Pensei que lobos não usassem.

— Não usamos, contanto que controlemos natalidade com medicação, atrapalha o nó, mas não é seu caso, então use aquela merda ou eu corto seu pau fora. — Louis diz ao segurar o queixo do outro. — Eu te amo, não se pressione, eu sei que é uma coisa de baile, já tive sua idade, mas se você não quiser apenas não faça, tudo bem?

— Tudo bem. Obrigado, mãe. — o outro sorri, abraçando Louis pelos ombros. — Por favor, não faça mais irmãos hoje.

— Moleque atrevido, cuida da sua vida! — Louis puxa a orelha do filho de leve, fazendo uma careta. — Você acha que eu não transo há nove anos? Não se iluda, a mamãe é jovem.

— Que nojo. — Henry resmunga, suspirando antes de abrir a porta.

— Você começou. Eu te amo, mocinho! — Louis diz, batendo na bunda do filho.

Henry resmunga, mas ambos descem a escada juntos.

Como em todo clichê, lá estava Alex aguardando pelo seu ômega no fim da escada, Harry ao lado segurando a câmera com uma cara de poucos amigos. Ava, Evie e Collin reviravam os olhos pela cena, fingindo com toda força que eles jamais fariam aquilo com seus ômegas daqui uns anos.

Fariam até mais.

— Você está lindo. — Alex sussurra, beijando a bochecha rubra do outro.

— Eu que fiz. — Harry dá de ombros, os posicionando para a foto.

Depois do clique, se dispersaram por alguns minutos então o alfa prensou Alex na cozinha o dando inúmeras recomendações com ar de ameaça, o jovem apenas assentiu freneticamente, sentindo o ar voltar a circular quando deixou a casa dos Styles. No carro que era do pai, Alex acomodou todos os Styles, deixando estranhamente silenciosa a casa dos sogros.

— Está com medo? — Louis murmura, deitado no peito do alfa enquanto assistem um filme piegas, aguardando a pizza.

— Medo não, só...Desconfortável. — o alfa bufa, aconchegando Louis sobre si, afagando a cintura do marido com carinho.

— Eu também, pra ser bem sincero. — o menor suspira. — Não estou verdadeiramente pronto para vê-lo crescer, mas...Droga, nós eramos iguais, sim? É só o ciclo da vida.

— Ano que vem é o último ano dele na escola, então a faculdade...— Harry lamenta, encarando a televisão enquanto acaricia Louis.

— Vamos aproveitar, sim? Aproveitá-lo, aproveitar nossos monstrinhos alfa, oh, depois teremos netos e podemos aproveitá-los também!

— Não acho que seja muito legal você falar de netos quando deixei aquele merdinha Payne trazer meu filho ás quatro da manhã, amor. — Harry revira os olhos, se ajeitando para deitar no sofá com Louis sobre si.

— Não pense sobre, estou falando do futuro. — o de olhos azuis beija o marido num selar de lábios singelo. — Futuro distante, hum? Uns...Dez anos! — Louis sorri, beijando o maxilar do outro. — Estamos sozinhos em um sábado a noite, o quão estranho isso é? — Louis murmura, beijando todo o rosto do alfa.

— Muito estranho. — o alfa diz de olhos fechados, afagando às nadegas do ômega. — Posso aproveitar meu ômega antes de dar meia noite e ter que buscar os nossos pirralhos?

— Deve. — Louis murmura, derretendo sobre o corpo do alfa que mesmo depois de dez anos continuava exalando virilidade e atraindo seu ômega. — Alfa, estou com aquela calcinha que você gosta. — o menor provoca, puxando o lábio do marido entre os dentes.

— A lilás com a borboletinha? — Harry indaga com os olhos abertos, deslizando o short de tecido mole do ômega quando ele assente. Ele aperta a bunda do marido, a carne firme o fazendo gemer antecipadamente. — Tão macio.

— Todo seu. — Louis sussurra, quase gritando de susto quando a campainha toca. Alarmado, o alfa corre até a porta, deixando um Louis com short nos tornozelos e sem camiseta no sofá.

Era a pizza.

Harry respira fundo ao deixar a caixa na pequena mesa na sala.

— Desculpe, me assustei, pensei que-

— Harry, você precisa relaxar! Eles estão na escola, Henry está lá. — Louis suspira, puxando o alfa para se sentar.

Ele o coloca de lado no sofá, massageando os ombros tensos do marido.

— Você deveria estar mais tenso que eu, não? Você é a mãe! — Harry bufa, relaxando sob os dedos ágeis de Louis.

— Eu sou e conheço meus filhotes, conheço Henry que também é um ômega e jamais deixaria seus irmãos mais novos largados em um baile de noite. Em duas horas vamos buscá-los, Haz.

— Certo, desculpe. Vou relaxar, prometo. — o alfa murmura, fechando os olhos para apreciar a massagem.

Louis distribui mordidas pelas costas larga, deslizando as mãos mornas pelo peitoral do outro, dedilhando a barriga e por fim o laço da calça de moletom.

— Você quer relaxar comigo? — Louis murmura com os lábios colados na nuca do outro.

— Sim, ômega. — o alfa pende o pescoço para trás, se entregando as lambidas e mordidas do ômega. — Tão bom pra mim, eu te amo.

— Também te amo. — Louis sorri contra a pele alva do marido, marcando-o com as pequenas presas. — Vamos comer a pizza e tomar um banho juntos, hum? É raro conseguir isso.

— Concordo. — o alfa funga, relaxado sob os feromônios do ômega.

-

— Que horas são? — Louis resmunga sob a fumaça do chuveiro, se ensaboando com calma.

— Onze e vinte. Temos quarenta minutos. — Harry anuncia quando entra no box, virando o ômega de costas com as mãos na parede, agilmente o alfa toma o membro semi ereto na palma da mão, massageando a glande do marido. — Quarenta minutos. — ele murmura contra a pele molhada do pescoço de Louis, lambendo-a em seguida.

— Porra. — o menor guincha, apoiando a cabeça no ombro do alfa.

Harry sobe a outra mão pelo peitoral do ômega, beliscando o mamilo rijo.

— Hum, você é como vinho, amor. — o alfa murmura, inalando o aroma doce do ômega preenchendo o banheiro. Ele desliga o registro, deixando o membro totalmente duro de Louis de lado. — Posso? — indaga ao afastar a nadega farta do outro, pincelando a glande na entrada apertada.

— Uma lambidinha antes? — Louis sorri olhando o marido por cima do ombro.

— Claro. Não goze, por favor. — o de olhos verdes suplica, se abaixando atrás do outro com ambas mãos sobre as nadegas, expondo a entrada macia. Harry lambe debaixo para cima, massageando o períneo com a língua. — Tão gostoso. — ele murmura com a viscosidade da lubrificação de Louis presente da lingua, o menor geme abafado com a testa na parede, massageando as próprias bolas.

— Alfa. — ele murmura de olhos fechados, contraindo a entrada ao redor do dedo cumprido do marido. — Mais.

— Estou indo, doce. — o outro diz, beijando a tatuagem de pinguim que Louis fizera, era um tanto estranha mas combinava com seu ômega, ele morde a região com devoção enquanto adentra um segundo dedo, tesourando o ômega barulhento. — Assim?

Louis assente, esfregando a própria glande com o polegar.

— Acho que...Uh, acho que estou vindo.

— Você está trapaceando! — Harry rosna, estapeando a coxa dourada de Louis.

— E daí? São só trinta minutos agora. — o ômega resmunga, se virando de frente e surpreendendo Harry ao adentrar a boca do maior. — Melhor assim.

Harry revira os olhos, agarrando a bunda do outro e forçando o vai e vem com a boca, ele rodeia o pau do marido com a língua, sugando a ponta até formar vincos nas bochechas. Louis geme alto, puxando os fios molhados para trás, ele não tarda em molhar a garganta de Harry com o líquido quente, o outro sorri, lambendo-o devagar.

Entre mordidas e beijos no ventre e coxas, Harry aguarda Louis se recompor, o tomando por trás assim que o ômega se vira o assegurando que está bem.

— Isso foi rude. — o menor geme, espalmando as mãos na parede. — Eu gostei.

— Eu sei. — o alfa grunhe, uma mão no quadril e a outra no pescoço do ômega enquanto o fode com agilidade.

Ele afasta o quadril, entrando de uma vez, causando solavancos em um Louis que se resume em gemidos e grunhidos altos.

— Puta merda, Harry! — ele arfa, mantendo os pés firmes no chão para não cair, o alfa se afasta, pegando Louis no colo e se encaixando no ômega novamente.

O de olhos azuis tem as costas contra a parede fria, deslizando a cada estocada funda por parte do marido, com os braços ao redor do pescoço do alfa, Louis puxa os fios da nuca, fincando as unhas no ombro alheio, Harry rosna excitado, avançando contra o pescoço marcado do outro, mordendo em cima da cicatriz de ligação. O ômega revira os olhos, se contraindo ao redor do pau rijo em sua entrada, os jatos finos pintando a pele tatuada de Harry.

— Alfa. — ele choraminga quando o nó de Harry os ata, o outro rapidamente indo lamber seu doce ômega, beijando seu rosto e pescoço, deixando que o banheiro seja tomado pelos feromônios apaixonados do de olhos verdes.

— Tudo bem. — Harry sorri de lado, segurando Louis pelas pernas trêmulas. — Não se mexa. — ele alerta, lambendo a mordida para auxiliar na cicatrização. — Lindo, meu lindo. — ele sussurra, satisfeito com os sons alegres que Louis emite. — Vamos tomar um banho e buscar nossos filhotes, hum? — ele sussurra, esfregando o nariz contra o de Louis quando o ômega assente.

— Podemos ter todos no nosso ninho hoje? — Louis murmura sonolento, piscando em direção ao alfa.

— Sim, claro. — ele sorri, grunhindo quando o nó desincha e ele enfim escorrega para fora do ômega.

Com certa preguiça, Harry dá banho em Louis calmamente, massageando cada parte do ômega com alegria, verdadeiramente relaxado.

— Já deve ser meia noite. — Louis murmura, esfregando a bochecha no peito do marido enquanto esse ensaboa seus cabelos dourados.

— Estamos terminando, ômega, chegamos lá em dez minutos. — Harry assegura, enxaguando em seguida.

De banho tomado e devidamente vestidos, o casal se aconchegou no carro de Louis, Harry no banco do motorista cantarolando de mãos dadas com o esposo enquanto dirige em direção á escola.

Depois de muito rodar para enfim conseguir estacionar, o casal visualiza seus filhotes sorridentes parados na calçada. Collin se despede do par com um beijo na bochecha, as gêmeas torcem o nariz enquanto Henry e Alex aguardam que os adultos venham até eles.

— Ocorreu tudo bem? — Louis arqueia a sobrancelha, acenando para a garotinha ruiva.

— Sim, agora a galera mais velha tá combinando de sair. Eu posso? — o de olhos azuis sorri em súplica, Louis dando de ombros enquanto Harry revira os olhos, mas aceita. — Legal! Ás quatro estarei em casa, prometo.

— Eu estarei na sala te esperando. — Harry avisa, beijando a testa do primogênito antes de se despedirem e levarem os outros para o carro.

O peito do alfa estava enfim em paz com as crianças tagarelando algo sobre poncho ser gelatina em seu estado líquido e não ter refrigerante bom.

Ainda eram crianças, afinal, isso acalmou seu lobo medroso.

— Querem fazer uma coisa bem adulta e radical? — Louis diz, recebendo todos os pares de olhos em cima de si. — Que tal...Dormir com a mamãe e o papai hoje? — ele anuncia entusiasmado.

Ninguém demonstrou tanto interesse, então Harry pigarreou.

— Em forma de lobo, depois de muito sorvete?

— EU! — os três gritaram, arrancando um sorrisinho alegre do ômega.

Louis e Harry dormiram rodeados por seus pequenos alfas de pelo mesclado e cheiros misturados, uma aura gostosa, mas que mesmo em meio a tanto cansaço não impediu que ás quatro em ponto o alfa estivesse em sua forma lobo aguardando o filhote na porta da sala.

Era quatro e meia quando Henry abriu a porta, acenando sorridente provavelmente para Alex do lado de fora, ele deu um pulo quando fechou a porta e enxergou no breu da sala os olhos verdes brilhantes do lobo preto.

— Pai! Que susto. — ele reclama com a mão no peito, respirando fundo antes de pisar para frente.

Harry bufa pelo focinho ao olhar o relógio de parede, rodeando o garoto que parecia minúsculo perto do grande lobo.

— Foram só trinta minutos. — ele murmura culpado, afagando o pelo escuro quando Harry para em frente ao primogênito, fungando-o descaradamente, o lobo expõe as presas insatisfeito. — Estou de castigo? — o alfa acena, dando as costas ao garoto que cheirava a tudo, menos ao seu filhote.

-

Na manhã seguinte, a família Styles aproveitou o domingo, Louis notando o afastamento de Harry e Henry com as sobrancelhas arqueadas.

Quando teve a oportunidade, Louis rodeou o primogênito com perguntas, sorridente quando o filhote descreveu sua noite com Alex como mágica e apaixonante.

— E que horas você chegou, hum? — Louis diz, degustando seu sorvete no parque enquanto Harry e os outros jogam futebol mais afastados.

— Quatro e meia, papai estava na sala me esperando com aquelas presas enormes, foi assustador pra caralho. — o menor bufa, observando os irmãos driblando o pai.

— Então você está de castigo. — Louis presume, se deliciando com a massa de morango.

— Só não sei do que. — ele ri sem humor — Ele não falou comigo hoje.

— Ele está com ciúmes, vai passar. Quando tive minha primeira vez com seu pai, seu avô ficou uma semana sem falar comigo. — Louis revira os olhos, sorrindo em seguida. — Então sua vó me disse que ele chorou naqueles sete dias porque eu não era mais um filhote, e depois ele agiu como se nada tivesse acontecido.

— Não quero que ele fique uma semana fingindo que eu não existo. — Henry resmunga, enciumado ao ver os irmãos sobre Harry jogado na grama, gargalhando.

— Ele não vai, seu pai é...Um bunda mole. — Louis dá de ombros. — Quase infartou ontem com todos fora de casa, engasgou com o queijo da pizza quando o celular tocou, pensou que era um pedido de socorro. — o ômega revira os olhos, olhando o filhote. — Ele ama você, é um pouco difícil ver nossos filhos crescendo.

— Tudo bem. Obrigado por não me ignorar também. — Henry sorri de lado, aproveitando os carinhos da mãe.

— Nunca, bebê. — Louis sorri, abraçando o garoto de lado.

Naquela mesma noite fora a primeira depois de muitos anos que Louis e Harry tiveram uma discussão sobre o gelo que o alfa estava dando no filho, o que para Louis era um tanto quanto ridículo, castigá-lo por descumprir o horário era válido, ignorá-lo por não ser virgem era no mínimo patético.

Louis entendia os dois lados, era horrível para Harry que seu filhote, único filhote ômega, não fosse mais tão filhote, embora ainda fosse um adolescente com espinhas e mau humor matinal, mas se ele quisesse que Henry confiasse nele para contá-lo sobre, não deveria afastá-lo daquela forma. Obviamente Louis estava sendo uma mãe protetora e defendendo os sentimentos do filhote, não é como se ele fosse um traidor ou algo assim.

De todo modo, Harry dormiu na sala, e se sentiu culpado quando sentiu frio de madrugada e antes que levantasse em busca de uma manta, Henry havia chego na ponta dos pés colocado um edredom sobre o pai, saindo de fininho em seguida.

Então pela manhã, Harry saiu para caminhar junto de Henry.

— A mamãe te mordeu? — Henry torce o nariz, ouvindo todo o desabafo do pai.

— Não foi pra machucar, mas ele estava bem irritado. — o alfa deu de ombros, as mãos dentro do bolso da bermuda.

— Não quero que briguem por minha causa. — Henry suspira, arrumando o boné na cabeça. — Só fiquei chateado porque você estava todo brincalhão com os outros e comigo nem um bom dia...

— Me desculpe, filhote, só...Estava digerindo, me senti horrível quando você entrou em casa e não cheirava como você. — Harry encolhe os ombros envergonhado, recebendo um sorriso do filhote.

— Você pode me aromatizar, pai, eu ainda sou seu filhote.

— Promete? — o alfa para a caminhada, piscando devagar quando o outro assente, o abraçando com força. — Eu te amo, meu carrapatinho.

— Eu te amo, pai. — o filhote funga, ronronando com o aroma de proteção. — Aquela padaria ainda existe, compre uns bolinhos com geleia para a mamãe.

— Acho que ele prefere uma faxina na casa, mas os bolinhos parecem bons. — o alfa ri, colocando a aba do boné do filho para trás. — Meu lindo garoto, você cresceu muito.

— Valeu, pai. — ele sussurra timido, escondendo o rosto na camiseta do alfa. — Vamos buscar os bolinhos.

— Vamos buscar o perdão em forma de bolinhos.

Ambos riem, caminhando abraçados até a costumeira padaria onde Harry levava Henry.

Depois de Harry arrumar a garagem e limpar toda a casa, afofar e aromatizar todos os ninhos, Louis aceitou os bolinhos e o pedido de desculpas do alfa, ele decretou aquele dia como dia da família, aproveitaram para conversar com todos á mesa sobre confiança e diálogo, os menores pareceram entender, começando a contar seus segredos 'obscuros' para os pais, não era sobre aquilo, mas Louis ficou feliz que confiaram neles para contá-los.

Foi o marco onde entenderam que a linha entre a infância e a adolescência, assim como a vida adulta, estavam prestes a ser rompidas, e estava tudo bem contanto que ainda fossem uma família.

Louis e Harry estavam gratos por tê-los e mesmo quando sua casa estivesse vazia, eles teriam um ao outro e inúmeras histórias para recordar, assim como na casa que em todo canto sempre teria uma marca de cada um de seus filhos.

Na parede da cozinha havia riscos com giz, quatro cores diferentes marcando a altura de cada um, atrás do guarda roupa das gêmeas havia uma arte feita por ambas com tinta, assim como escondido pelas cortinas, no quarto de Collin havia riscos que fizera com uma moeda, estava feliz quando o fez, pensando que era aquele o poder do dinheiro que tanto diziam.

Louis e Harry nunca sairiam daquela casa, porque mesmo quando não tivesse mais o cheiro cítrico de cada um dos seus filhos, ainda teria a memória em cada canto de parede, e talvez, se realmente viessem a ter netos, eles os deixariam virar sua casa de cabeça para baixo, reforçando cada travessura que seus pais um dia fizeram ali.

-

— Eles ainda correm atrás da cauda. — Harry resmunga, se desfazendo das calças para se transformar. Louis ri ao seu lado fazendo o mesmo.

Aproveitando a última semana antes que Henry fosse para a faculdade, a família Styles aproveitava sua forma lobo naquela mesma floresta onde tudo começou.

Harry alcançou os filhotes na margem do rio, empurrando um a um com o focinho de forma provocativa, o alfa amava irritar seus pequenos alfinhas e testar seus rosnados nada intimidadores, Louis vinha logo a trás, mimando seu primogênito que estaria do outro lado do país em uma semana.

Ele prometeu visitar seu apartamento e de Alex para ver se estava limpo e se havia comida de verdade nos armários.

Era noite de lua cheia, então quando a luminosidade do luar tocou o ponto mais alto do céu, Louis pensou que fosse justo agradecer á sabe-se lá quem pela linda família que construíram, ao lado do marido e dos filhotes, se juntaram em um uivo conjunto, marcando pra sempre o coração azul e verde dos grandes lobos que encaravam a lua, usufruindo dos uivos finos e cheiros ainda juvenis dos filhos.

-x-

Acho que...É isso!

Com certeza me vejo fazendo alguns bônus dessa fic, tem tanta coisa a ser mostrada, não? A vida do Henry com o Alex na faculdade, casamento dos dois, a puberdade e adolescência das gêmeas e do Collin, a velhice dos larry e afins...É. Com certeza. ❤️

Obrigada mais uma vez. :)

A próxima att é o prólogo da minha nova fic, espero que gostem! Caso queira algum tipo de contato com essa pobre autora, podem me chamar na dm! Pretendo fazer um grupo no WhatsApp.

Meu twitter por enquanto é @houisdirty.

Tommo way is all the love. X :)

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