- Então, no geral, não foi um dos melhores aniversários do Rony, não é? - Fred comentou.
Já havia se passado algum tempo desde as festas de final de ano. Depois que os alunos voltaram das férias de inverno, o pessoal do 6º ano começou a ter aulas de Aparatação, e de acordo com o que Harry contou à Kally, desde que ele começara a visitar Dumbledore periodicamente para conhecer melhor sobre Voldemort, ele tinha a missão de desvendar uma memória do Prof. Slughorn que havia sido alterada.
Durante esse tempo, uma menina do mesmo ano de Kally, Romilda Vane, mandou para Harry uma caixa com chocolates enfeitiçados com uma poção do amor, mas ao invés de Harry comer, Rony viu a caixa e comeu antes de Harry. Os dois foram até a sala de Slughorn para que o professor desse alguma poção que quebrasse o que Rony havia acabado de comer, mas Rony tomou uma bebida que havia sito envenenada, por isso, Kally, Fred, Jorge, Harry, Gina, Alisson e Hermione estavam à noite na Ala Hospitalar.
- Não foi bem assim que imaginamos entregar nosso presente. - Jorge disse, deixando um pacote na mesa de cabeceira e se sentando ao lado de Gina.
- É, quando imaginamos a cena, ele estava consciente. - Fred disse.
- Estávamos em Hogsmeade, esperando para fazer uma surpresa a ele. - Jorge disse.
- Vocês estavam em Hogsmeade? - Gina perguntou, surpresa.
- Estivemos pensando em comprar a Zonko's. Uma filial em Hogsmeade, sabe, mas não vai nos adiantar nada, se vocês não tiverem mais permissão de sair nos fins de semana e comprar os nossos artigos... mas deixa isso pra lá. - Fred disse, triste.
Ele puxou uma cadeira e sentou ao lado de Rony.
- Como foi exatamente que isso aconteceu, Harry? - Kally perguntou.
Ele contou sobre os chocolates e que levou Rony ao Prof. Slughorn.
- ...então enfiei um benzoar na boca de Rony e a respiração dele melhorou um pouco, Slughorn correu para buscar ajuda, McGonagall e Madame Pomfrey apareceram e o trouxeram aqui para cima. Acham que vai se curar. Madame Pomfrey disse que que terá de ficar aqui mais ou menos uma semana... tomando Essência de Arruda.
- Caramba, foi sorte você ter se lembrado do benzoar. - Jorge disse.
- Sorte que tinha um na sala. - Harry comentou.
Hermione deu uma fungada. Era a única dali que não falava nada.
- Mamãe e papai sabem? - Fred perguntou à Gina.
- Eles já viram o Rony, chegaram há uma hora, estão no escritório de Dumbledore agora, mas vão voltar logo... - Gina respondeu.
Todos ficaram em silêncio observando Rony.
- Então o veneno estava na garrafa? - Jorge perguntou.
- Estava. Slughorn serviu o hidromel... - Harry disse.
- Ele poderia ter posto alguma coisa na taça de Rony sem você ver? - Jorge perguntou.
- Provavelmente, mas porque Slughorn iria querer envenenar Rony?
- Não faço a menor ideia. - Fred respondeu. - Você acha que ele poderia ter trocado as taças por engano? Querendo envenenar você?
- Por que Slughorn iria querer envenenar Harry? - Kally perguntou.
- Não sei. - Fred respondeu. - Mas deve haver muita gente que gostaria de envenenar Harry, não? "O Eleito" e tudo o mais?
- Então você acha que Slughorn é um Comensal da Morte? - Alisson perguntou.
- Tudo é possível.
- Ele poderia estar dominado pela Maldição Imperius. - Jorge disse.
- Ou poderia ser inocente. O veneno poderia estar na garrafa, caso em que provavelmente era destinado ao próprio Slughorn. - Gina disse.
- Quem iria querer matar Slughorn?
- Dumbledore acha que Voldemort queria o apoio de Slughorn. O professor esteve escondido durante um ano antes de vir para Hogwarts. E... - Harry disse. - ... talvez Voldemort queira tirar Slughorn do caminho, talvez ache que ele pode ser valioso para Dumbledore...
Kally agora estava muito quieta, pois sabia quase com certeza quem havia posto o veneno na garrafa, mas para o bem de Draco, resolveu ficar em silêncio.
- Mas você disse que Slughorn tinha pensado em dar a garrafa a Dumbledore no Natal. Então o envenenador poderia muito bem estar atrás do Dumbledore. - Gina disse.
Antes de qualquer um falar mais alguma coisa, Rony começou a falar bem baixinho.
- Her-mi-o-ne.
Todos ficaram quietos, tentando entender o que ele dizia, mas depois de murmurar palavras incompreensíveis, Rony voltou a roncar.
A porta da Ala Hospitalar se escancarou, era Hagrid.
- Passei o dia todo na Floresta! Aragogue piorou, estive lendo para ele... só me levantei para jantar agora há pouco, e a Profa. Sprout me contou o que aconteceu com Rony. Como é que ele está?
- Nada mal. Dizem que vai ficar bom. - Harry respondeu.
- Somente sete visitas de cada vez! - Madame Pomfrey avisou, saindo de sua sala.
- Com o Hagrid são sete. - Fred disse.
- Na verdade, agora somos oito. - Hermione disse.
- Tudo bem... - Alisson disse. - Vou voltar a comunal. Mas qualquer notícia me avisem!
- Tudo bem. - Disseram.
Alisson deixou a ala hospitalar, e voltou para a comunal da Lufa-Lufa.
- Não acredito. Simplesmente não acredito... olha só ele deitado aí... quem iria querer fazer mal a ele? - Hagrid disse.
- É justamente o que estamos discutindo. Não sabemos. - Harry disse.
- Acho que há uma ligação entre os ataques. - Hermione falou.
- Como é que você chegou a essa conclusão? - Fred perguntou.
- Bem, primeiro, os dois primeiros deveriam ter sido fatais, mas não foram, embora tenha sido por pura sorte. Por outro lado, nem o veneno nem o colar parecem ter atingido a pessoa que deviam matar. É claro que de certa forma isso torna o mandante dos atentados ainda mais perigoso, porque parece que não se importa com o número de pessoas que liquida até realmente chegar à sua vítima.
Antes que qualquer um falasse mais alguma coisa, o Sr. e a Sra. Weasley entraram na Ala Hospitalar.
- Dumbledore nos contou como você salvou Rony com o benzoar. Ah, Harry, que podemos dizer? Você salvou Gina... salvou Arthur... Agora salvou Rony... - a Sra. Weasley disse.
- Não precisa... eu não... - Harry disse, constrangido.
- Parece que metade da nossa família lhe deve a vida, agora que paro para pensar. Bem, só o que posso dizer é que foi um dia de sorte para os Weasley quando Rony resolveu sentar no seu compartimento no Expresso de Hogwarts, Harry. - o Sr. Weasley disse.
Kally resolveu sair dali, deu uma desculpa sobre dever de casa e saiu.
No caminho da sala comunal, esbarrou em Draco e Blaise.
- Desculpa, estava distraída. - Ela disse para os dois.
- Não tem problema. Onde você estava? Estávamos procurando por você. - Draco perguntou.
- Ah, eu estava na Ala Hospitalar, Rony está incosciente. - Kally disse, os dois olharam para ela confusos. - Longa história. Enfim, o que queriam falar comigo?
- A gente estava curioso em saber porque o seu pai está todo estranho com Draco. Você tinha que ver na aula de DCAT. - Blaise disse.
- Estranho como? - Kally perguntou.
- Ele me ignorou durante toda a aula. E quando tentei falar com ele ou perguntar qualquer coisa sobre a matéria, ele tirou pontos da Sonserina! - Draco respondeu. - Deve ser sério porque nunca Snape tirou pontos da nossa Casa antes...
- Draco... meu pai sabe. - Kally disse, murmurando a última parte.
- Sabe do que? - Ele perguntou, ainda bem confuso.
- Ele descobriu onde eu estava no dia que Katie Bell tocou no colar. - Kally disse, tentando fazer ele entender.
Por uns segundos ele ainda não tinha entendido, depois caiu a ficha.
- K-Kally... Ele deve querer me matar! - Draco sussurrou.
- Tente não fazer contato visual ou se comunicar comigo quando ele estiver perto, está bem? Pelo menos por enquanto...