Amados dominadores. Perdões pela demora! Deu tudo errado quando fui escrever e o tempo correu contra mim... Não era pra isso acontecer, desculpe por passar tanto tempo assim sem notícias :XX
Mas como sei que você estão querendo saber o que vai acontecer agora... Não vou ocupar o tempo de vocês, aqui está o capítulo <3
Era tudo acontecendo ao mesmo tempo. Tanta coisa que eu sinceramente não sabia o que fazer nesse exato momento.
Um monte de sangue nas minhas mãos, um monte de sangue no chão. Sangue em todos os lugares! Uma das pessoas que eu aprendi a amar muito está no chão e sua vida está saindo de seu corpo a cada segundo que passa.
Uma das pessoas que tinha um lugar especial no meu coração, se desfez desse lugar quando colocou uma adaga no meu coração.
E eu não sei o que fazer.
Sinto um batimento fraco no coração do Martin, imediatamente eu me ponho de pé e falo com o Adam.
- Adam você.
- Sim, eu senti, será que ele ainda está...
- Vivo, mas não por muito tempo queridinha - Sarah fala e eu lanço para ele um olhar de gelo.
- Sarah, faz um favor pra mim e para você mesma, cala a sua boca - Adam fala sem muita paciência.
- Não está mais aqui quem o envenenou, opa, quer dizer... Estou aqui ainda.
Nesse momento Adam fica com o rosto vermelho e se levanta, pronto para partir para cima da Sarah e nem quero saber o que estava passando por aquela cabeça enfurecida. Antes que ele fosse muito longe eu seguro o seu braço.
- Não - ele para ao sentir o meu toque, mas não olha para mim.
- Ela está...
- Ela não pode mais fazer nada. Ela está te provocando e está conseguindo. Fica aqui Adam. Ela não vai à lugar nenhum e temos o Martin e...
- Você tem razão - Adam olha para mim e seus olhos estão bem mais suaves do quando ele levantou.
- O que vamos fazer? - outra batida fraca do coração do Martin me faz olhar para ele.
- Vamos atrás dos outros fugitivos do castelo, quem sabe algum deles não sabe como desfazer o efeito desse veneno. Tive sorte de ter a sua avó por perto.
- Mas agora ela ainda está dentro do castelo. E não acho que somente nós seremos capazes de furar o bloqueio que deve ter sido montado no perímetro.
- E nem sei se temos tempo de voltar por todo aquele caminho Meg.
- O que faremos Adam? - pergunto desesperada, com meus olhos se enchendo de lágrimas.
- Fica calma Meg - Adam se abaixa, fica bem perto de mim e me sacode de leve os ombros. - Vamos levantar agora e vamos atrás dos outros fugitivos do castelo. Vai dar certo, vamos conseguir ajudar o Martin...
- Certo - respondo. Adam me fala aquelas palavras tão sério que eu tenho que concordar com ele. Ficar desesperada não vai ajudar em nada, e o tempo está contra nós.
- Vem - Adam coloca o Martin com cuidado sobre os ombros e começa a descer da árvore, eu vou logo atrás dele.
Nem percebo que ainda tem pessoas ao meu redor. Elas estão falando, mas meu mundo estava todo concentrado no meu namorado de no meu guardião desacordado. Adam fala com ele e diz algumas coisas, mas eu já estou tão concentrada em encontrar qualquer traço do pessoal que fugiu que não presto atenção no que falam.
Só escuto as vozes do Adam, Calvin e Lucas distantes.
- Acho que encontrei alguma coisa - Adam fala e aponta para uma árvore que está a poucos metros de mim.
Me aproximo dela e vejo uma pequena flecha feita com sangue, apontando para a direção lesta da floresta.
- Será que são eles que estão nos informando o caminho por qual seguir? - pergunto cheia de esperança, encostando de leve na ponta da flecha e senti que o sangue ainda estava fresco. Mais uma batida fraca do coração do Martin me encheu de esperança.
- Vamos nessa direção, mas temos que ter cuidado, se for uma armadilha, temos que estar preparados...
- Pois eu vou na frente. Se for uma armadilha, dou um jeito de te avisar, você vai um pouco atrás de mim, vem carregando o Martin devagar.
- Certo.
- Boa sorte, você vai precisar - Sarah despeja mais uma vez seu veneno em mim e eu fico enfurecida com o simples som da sua voz.
Calvin leva ela sob sua custódia e seus pulsos estão vermelhos de tanto que ela já tentou escapar. Faço uma pedra grande e faço com ela se choque contra o seu estômago. Sarah cospe uma bola de sangue no chão.
- CALA A BOCA - grito com ela.
Ela abre um sorriso vermelho e Calvin a põe para andar novamente. Meus olhos embaçam de lágrimas de ódio e só me acalmo quando sinto uma mão no meu ombro. Adam.
- Não perca sua cabeça agora. Vamos encontrar um jeito. Mas você tem que ficar com a sua cabeça no lugar. As nossas emoções estão em frangalhos, se alguém cair, caímos todos.
- Mas ela...
- Não vale à pena. Vamos lá Meg, me mostre a mulher cheia da garra por quem eu me apaixonei...
Sorrio meio de lado e concordo. Mais uma vez Adam me puxa desse abismo de ira. Olho para o Lucas que no acompanha com o rosto conturbado, ele não está entendendo o que está acontecendo...
As batidas do coração do Martin estão ficando cada vez mais espaçadas e a cada batida eu só conseguia pensar que a outra demorava uma eternidade e meia.
Começamos a seguir o caminho que a pequena flecha apontava, e depois de muitos metros não encontramos sinal de que aquilo fosse alguma armadilha...
Um assobio fraco me chama a atenção.
- Quem fez isso? - pergunto olhando para os lados.
- Isso o que? - Calvin pergunta.
- Esse assobio... - pergunto olhando entre as moitas, procurando a origem do barulho.
- Que assobio? - Adam pergunta e começa a andar mais devagar. Escuto outro assobio e a fonte está se aproximando.
- Esse assobio - falo, mas eles parecem não escutar. - Vocês não estão ouvindo?
- Não Megan, desculpe - Calvin fala e Sarah cai na gargalhada.
- Está tão desesperada que você começou a escutar coisas foi Megan? - ela fala em tom de deboche. Minha paciência com ela estava curta e pronta para explodir.
- Acho que deve ter sido somente o zunido de uma mosca insignificante - soltei esse comentário ácido para extrair um pouco da minha raiva.
- Será que é uma armadilha? - Adam pergunta preocupado.
- Não sou uma armadilha - uma voz conhecida ecoa na minha mente.
- Fred? - pergunto olhando para todos os lados tentando encontrar o dono daquela voz.
- Fred? - Adam e Calvin perguntam em uníssono.
- Aqui estou eu Megan - Fred fala atrás de mim e eu vejo que parece que ele não está muito feliz em estar aqui.
- O que você está fazendo aqui você disse que não ia mais me ajudar... - falo, olhando para ele, mas o resto me olha com uma cara esquisita.
- Quem não ia ajudar com o que Meg? - Adam pergunta.
- Adam, sei que parece loucura, mas tem alguém aqui, ele já me ajudou muito, mas não sei porque ele não aparece para vocês. Não estou ficando louca, nem perdendo o juízo, eu juro que ele está aqui.
- Quem?
- Fred. Mas isso é uma lona história, e estamos sem tempo. Quero saber o que ele faz aqui - desvio o meu olhar do Adam e olho para o Fred que está flutuando a poucos centímetros de mim. - Então... O que você faz aqui.
- Vim tentar de ajudar - ele responde sério.
- Mas você me parece um pouco sério ou raivoso demais, você realmente quer me ajudar?
- Na realidade não. Mas como um futuro senhor do destino, eu tenho o dever de estar aqui e te ajudar a escrever o seu.
- Como?
- Longa história. Você quer que eu te ajude a tentar salvar o Martin, ou quer que eu te conte a minha história de vida? - ele pergunta.
- O Martin! O Martin! - peço desesperada. - Mas eu espero que um dia você ainda me conte o que você é.
- Quem sabe se o destino quiser... Sim, mas agora vamos tentar salvar o Martin.
- Vamos! - falo segurando forte o meu peito. Estou tão nervosa que o meu coração parece que vai explodir à qualquer momento.
- Uns cem metros para a sua direita você vai encontrar uma pequena clareira. Leve o Martin para lá, você vai precisar de um local claro e calmo. Martin não tem mais muito tempo. Só temos mais três batidas do seu coração.
- Pessoal - praticamente grito e as pessoas que vão na minha frente param e olham para mim. - Temos que ir para cá agora, Martin não tem mais muito tempo e...
- Como você sabe disso? - Calvin pergunta desconfiado.
- Eu só sei Calvin, por favor, vamos lá, eu já cometi o erro de não confiar nele antes e esse é o preço que estamos pagando agora.
- Pra mim isso já é mais do que suficiente - Adam muda a sua trajetória e começa a caminhar na direção que eu estou apontando.
Lucas vem logo atrás dele e ele me parece um pouco mais calmo. Calvin vem segundos depois, carregando a Sarah.
- Obrigada - agradeço a todos por estarem colaborando e por Fred estar tentando ajudar o Martin.
Escuto uma batida do coração do Martin. Merda! Só temos mais duas batidas. Mas vai dar tempo. Vamos conseguir.
Como Fred tinha dito, poucos metros depois entramos numa pequena clareira no meio da floresta. Uma grama baixa se fazia presente, junto comum pequeno tronco de árvore. Vagalumes brilhavam lentamente ali e escutava o som de grilos distantes.
- Coloque o corpo do Martin aqui no chão e retire a camisa dele - Fred fala, ficando ao meu lado.
- Adam, coloca o Martin aqui - aponto para a grama que estava na minha frente.
Adam faz isso sem pestanejar e fica ao meu lado também. Lucas, Calvin e Sarah observam tudo mais distantes, de frente para mim. Retiro a camisa que ele está vestindo e me assusto com o que eu vejo.
Seu peito está negro como a mais negra das noites e suas veias estão altas e pulsantes. A escuridão parece estar se concentrando em seu coração e eu tenho que respirar fundo uma vez para conseguir me acalmar.
- E agora, o que eu faço? - pergunto, olhando para o Fred.
- Você abre um corte em todo o peito dele e repete exatamente as palavras que eu vou te falar.
- Um corte? Isso não vai matá-lo?
- O corpo de um guardião é bem mais resistente do que você imagina. Ele vai resistir, esse veneno que vai levar a sua vida.
- Onde eu encontro uma faca nesse momento?
- Faca? - Adam retira uma lâmina da sua mochila, uma lâmina dourada, com um cabo feito de madeira, ela não é muito grande, mas parece que é bem afiada, acho que vai servir. - Essa serve?
- Serve - tomo a lâmina da mão dele e a encosto de leve no peito do Martin. Medo me domina, minhas mãos tremem um pouco e eu não tenho coragem para cortá-lo.
- Vamos Megan, tem que ser você a fazer o corte. Coragem - Fred fala e quando eu escuto outra batida no coração do Martin eu sei que só falta uma e eu tenho que engolir meu medo.
A lâmina vai descendo pelo peito do Martin, banhando o dourado com um vermelho bem escuro. Martin parece que nem sentiu nada.
- Repita as minhas palavras - Fred falou.
Ele começou a falar palavras que pareciam ser totalmente desconexas para mim. Mas a cada sílaba, um líquido preto ia saindo de dentro dele. Bem como saiu do braço do Adam quando ele foi atingido por esse mesmo veneno.
Tum.
A última batida do coração do Martin. Ou pelo assim foi o que o Fred tinha me dito. Acho que o meu coração parou por alguns segundos, mas eu estava tão concentrada no que estava fazendo, que continuei repetindo as palavras que o Fred me dizia.
Mas eu já estava num modo automático. Cada célula do meu corpo estava rezando para que o Martin abrisse os olhos e respirasse. Que ele me olhasse e me dissesse que ele ia ficar bem.
- Megan! - Fred chama a minha atenção. - Todo o veneno já saiu do seu corpo.
- Ele vai ficar bem? - falo, ainda manipulando a grande bola de veneno preto.
- Isso eu não disse, eu disse que todo o veneno saiu do seu organismo. Agora resta a ele e a vontade de viver.
- E o que eu faço com isso?
- Deixa a terra cuidar desse veneno. A terra curará.
O veneno que estava suspenso com muita terra, volta para o chão, onde ele é sugado pela terra e então eu não o controlo mais.
A ferida do Martin não sangra, ele não se mexe, ele não dá nenhum sinal de vida.
- O que aconteceu Fred, ele deveria estar pelo menos respirando, porque o coração dele não está mais batendo, o que está acontecendo e... - as palavras ficam presas na minha garganta e não falo mais nada.
Sem falar nada eu começo a fechar a sua ferida. Ela não se fecha completamente, mas pelo menos agora ele não tem mais o seu peito aberto. Minhas lágrimas se misturam a umidade do ar que eu estou usando no processo de cura da ferida dele.
Um silêncio mortal toma conta daquele pequeno pedaço de floresta.
Não.
Eu tirei todo o veneno.
Ele vai viver.
Respira Martin.
Respira.
Qualquer coisa.
Qualquer movimento.
Nada.
Minutos depois a realidade cai por cima de mim como um balde água de gelo. Como um choque que percorresse todo o meu corpo e esvaísse.
Simplesmente caio em cima do seu corpo. Ele estava esfriando. Choro copiosamente em cima do meu guardião. Ele não estava mais aqui. Seu coração não voltaria a bater. Seus olhos não se abririam.
Martin tinha partido daquela vida.
Não consigo segurar o grito cru que vem da minha garganta. Uma dor real se apodera do meu coração. Adam me abraça e não fala mais nada.
Nem em seus braços eu consigo encontrar algum tipo de paz. Tudo que está dentro de mim parece estar sendo dilacerado e revirado.
- Sinto muito Meg - Fred fala na minha frente.
Pelos seus olhos vejo a sua sinceridade. Sei que ele está compartilhando a minha dor. Sei que ele tentou me ajudar.
- Eu sei - mexo meus lábios, sem fazer nenhum som.
Um rido abafado vem da direção onde Sarah, Lucas e Calvin estavam. Nem preciso ser um gênio para saber que é ela que está rindo da minha dor. Ela está rindo do meu sofrimento.
- Você - me solto do abraço do Adam e vou na direção dela.
- Megan não... - Adam fala, sentindo o ódio na minha voz.
- Não - me viro pro Adam e peço para ele parar. - Ela pode ter feito o que ela quiser, mas não vou deixar que ela se divirta da minha dor. Isso eu não aceito.
- Megan seu coração está machucado, você não está pensando direito... Por favor, não faça nada do que você possa se arrepender...
- Nunca estive vendo com tanta clareza. A raiva está me ajudando a ver melhor. Adam, por favor, me deixa só falar o que eu quero para ela...
- Certo - sei que ele está contrariado, mas ele sabe que eu tenho que descarregar o que eu tenho no meu peito.
- Onde estávamos? - me viro para a Sarah. - Ah sim claro! Como poderia me esquecer.
- Ele morreu, não morreu? - ela fala com uma satisfação.
- Calada! Você pode me maltratar, matar as pessoas que eu amo, mas eu não vou permitir que você ria da minha dor. Nem que eu tenha que proporcionar a mesma dor que eu estou sentindo à você...
- Estou morrendo de medo.
- Pois deveria - falo. Desejando do fundo do meu coração que ela sentisse a mesma dor que eu sentia naquele momento.
Tudo o que ela tinha por dentro sangrando e apertando. O coração apertando tanto que parecia parar de bater por alguns momentos. O sangue tão frio em suas veias que parecia estar parado.
Sarah começou a gritar e caiu no chão. Ela se contorcia no chão e balançava a cabeça em negativa diversas vezes.
- Megan seus olhos! - Calvin fala assustado e eu não sei do que ele está falando.
Sento em cima do corpo da Sarah e seguro sua boca, ela está gritando demais.
- O que é que tem? - pergunto erguendo o meu olhar para ele.
- Você... Você está chorando sangue!
Bem, como eu já tinha dito antes, não vou ter mais como dedicar um capítulo por dominador, senão não vai ter livro suficiente, kkkkkkk Então esse capítulo é dedicado à @joaparecida5, @Ju25cavalcanti e @CamilaGrushk
Três leitoras tão queridas, que me acompanham sempre e me dão o maior apoio <3 Obrigada flores lindas, e espero que você tenham gostado do capítulo. E se você gostou do capítulo, não esquece de deixar uma estrelinha *--* Ajuda muito na divulgção do livro :D