O filho de Jeff the killer

By ynitsed00

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A maçã podre não cai longe da árvore duas vezes... Jonah, o segundo filho de Jeff the killer e Sarah, não é... More

Cap- 1
Prologo
Cap-2
Cap-3
Cap-4
Cap 5
Cap 7
Cap 8
Cap 9
Cap 10
Cap 11
Cap 12
-;-

Cap 6

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By ynitsed00

Encontrei você quando seu coração estava partido
Eu enchi seu copo até ele transbordar
Fui tão longe para mantê-lo perto (mantê-lo você perto)
Eu estava com medo de deixá-lo sozinho - Without me- Halsey

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Escutem a música do YouTube com o cap ~~
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Obs: olha ela tão rápido aqui de novo.
Estou feliz que estejam gostando da história, leio todos os comentários diariamente. Sério só por causa dos comentários de vocês que eu escrevo. É isso. É o (único) "pagamento" mais divertido ❤️
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Daisy

Depois dos exercícios, um silêncio desconfortável caiu sobre nós.
Apertei os lábios indecisa do que fazer a seguir.

Eu estava cansada, com fome, suja e prestes a ter um colapso mental em que eu voltaria a ser eu e perceberia a enrascada em que eu me encontrava, mas algo dentro de mim se apegava desesperadamente a qualquer distração possível, qualquer coisa que fizesse com que eu passasse os próximos momentos ainda lúcida.

Ou o mais lúcida que alguém em minha posição poderia estar.

Ele também pareceu mudar. Eu podia perceber o momento em que ele se fechou e voltou ao humor inicial de quando nos apresentamos pela primeira vez a algumas horas atrás.
Eu me perguntava internamente se eu havia sido a culpada por aquilo.

Ele se virou e andou em direção a cama dele,
E eu fiquei parada assistindo com uma pontada de inveja. Seria pedir demais para o sequestrador ter colocado duas camas, para que eu pudesse usar uma?
Minha única opção para me sentar ou deitar era o chão.
Trágico como uma coisa tão simples como uma cama fazia tanta falta mas só percebemos isso quando é tarde demais.

Minhas pernas pareciam pesadas demais, como se eu tivesse corrido por muito tempo. Eu não queria me manter de pé, mas que outra opção eu tinha? Eu havia acabado de me levantar depois de me empoeirar toda sobre o chão como uma cabeça oca.

Enquanto isso, ele parecia estar bem melhor do que eu, sentou na cama suavemente, parecendo perdido em pensamentos.
Os olhos dele estavam distantes e sem foco, como se estivesse longe.

Deve estar planejando a vingança dele agora,
Lembrei.
Como devia ser cansativo para ele também, sozinho e sem nada para distrair-se além de pensar em maneiras de se vingar.

Cansativo e deprimente.

Como não havia nenhuma chance dele estar notando minha presença, me senti mais livre para me mexer um pouco.

Meus olhos foram em direção aos restos de madeira estraçalhadas que antes eram cadeiras desejando que elas estivessem boas. Como seria melhor sentar nelas, em vez do chão.
Mas não adiantava desejar coisas que não estavam a minha disposição e eu sabia disso.
Eu havia aprendido a muito tempo atrás que as coisas não iriam acontecer só porque eu queria.
Não importava o quanto eu quisesse.

Ao menos eu iria me escorar na parede por um tempo, decidi.

Como a vida era...imprevisível.
Escapar de um pesadelo para me encontrar em outro.
Parecia tudo uma piada de mal gosto.
Eu havia abandonado minha vida de agressões e sofrimento,tudo para quê?
Eu ao menos teria como escapar daquela vez?
Como vencer um inimigo que nem está ali?
Não havia como escapar. Estávamos trancados em um porão, a total mercê daquele homem.

O pai de Jonah.

Eu estava tão confusa. Eu quase poderia dizer que tinha uma afinidade com Jonah. Eu não o conhecia o bastante, e talvez por isso mesmo que eu achava isso. Se não estivéssemos presos em um mesmo local, ao menos nos falaríamos? Eu achava difícil que sim.
Quem ele era, de verdade?
E isso realmente importava, agora?
Eu estava presa a ele, não importa quem ele era ou não. Eu não tinha escolha.
Suspirei, deprimida. Minha vida deixaria de ser uma confusão, um dia?

Imersa em minha auto piedade e pensamentos sombrios, só notei que Jonah havia se levantado e caminhando em minha direção quando ele já estava tão próximo que estávamos a apenas poucos passos de distância.

Os olhos dele me olhavam fixamente de uma maneira assustadora. Eu não entendia o porque da mudança repentina.
A primeira coisa que veio em minha mente foi que ele finalmente iria se tornar o que o pai dele falou. Ele iria me matar.

Mas ele não o fez.
Alguns segundos depois percebi que havia me enganado e ele sequer parecia notar minha presença.
Ele não estava olhando para mim, e sim mais para cima.
Franzi a testa confusa, seguindo o olhar dele.

Em seguida, fez sentido.
Perdida em pensamentos eu não tinha percebido mas... havia um barulho, que não havia antes. Era muito sutil, mas...

Eu ouvi de novo! Definitivamente eu estava ouvindo barulhos.

Eram passos.
E estavam vindo lá de cima.
Do outro lado da porta.

O choque me golpeou e eu não sabia o que fazer, assustada demais para raciocinar direito.

Não Jonah. Ele olhava em direção a porta com uma expressão de puro ódio.
Era assustador e eu estava internamente aliviada que não era direcionado a mim.

Automaticamente eu me coloquei atrás dele, com o coração martelando.
Eu não importava que eu não o conhecia, eu não me importava que ele poderia ser perigoso,
naquele momento eu preferia ele do que o homem que havia me sequestrado e me nocauteado. A lembrança das mãos dele em meu pescoço e em como foi desesperador ficar sem ar até perder a consciência me atingiram sem piedade e eu me encolhi, horrorizada.
Eu sabia que poderia ter que lidar com ele de novo, mas a sua inesperada chegada me deixou sem chão. Eu não queria passar por aquilo de novo.

A porta se abriu e eu arregalei os olhos enquanto podia sentir as costas de Jonah se endurecerem. Escondida atrás dele, eu queria poder estar invisível. Me paralisei, tentando não fazer nenhum movimento. Eu não queria atrair a atenção ele para mim o máximo de tempo que eu pudesse. Se apenas funcionasse...

O homem era exatamente como eu lembrava.
Não conseguia deixar de olhar para ele, mesmo que estivesse aterrorizada.
Ele estava com uma caixa de aparência grande nas duas mãos, segurando tranquilamente.

Franzi a testa, minha atenção voando para a porta aberta mesmo sabendo que não havia nada que eu pudesse fazer.

Ele estava longe de nós, sem contar com as escadas. O tempo que levaria para eu ou Jonah subir por elas seria o bastante para ele ir embora e fechar a porta novamente sem ao menos se esforçar.

Mas era doloroso ver a única chance de saída daquele lugar tão próxima e tão distante ao mesmo tempo.

— Eu trouxe comida. — Ele falou alto,
Inspecionando Jonah com o olhar. Eu só esperava que ele não fizesse o mesmo comigo, e me encolhi ainda mais enquanto assistia sobre os ombros de Jonah. Ele era alto, pelo menos vinte centímetros mais do que eu, e eu queria usar aquilo ao meu favor ao ficar atrás dele.

Espera, ele havia dito comida? A felicidade quase me deixou tonta. Eu estava faminta, e cada hora que se passava a fome aumentava ainda mais.
Eu  temia que passássemos fome como parte de seu propósito distorcido, e quase não podia acreditar que o homem realmente tinha vindo trazer comida para nós. Procurei com os olhos mas não havia nada a vista, o que significava que devia estar dentro da caixa que ele carregava.

Eu não fazia ideia do que ele tinha trazido e eu também não me importava.

Teríamos comida.

O homem colocou a caixa no chão. Os movimentos dele eram despreocupados, casuais. Isso me assustou mais do que qualquer outra coisa.
Eu sabia o dano que aquelas pessoas podiam causar.
Ele arqueou a sobrancelha — Não recebo nenhum obrigado?

Eu estava... totalmente sem palavras. Não fiz nenhuma tentativa de responder, era claro que ele não estava falando isso para mim.
Ele estava provocando Jonah, brincando com ele.

Isso não faria nenhum bem.
Nenhum mesmo.

— Me solte. — foi a resposta ácida de Jonah.
Ele havia falado mais baixo do que o homem, mas diferente dele, havia tanta tensão naquelas palavras. Jonah não iria brincar de volta. Era a vida dele que estava sendo controlada, e era a liberdade dele que foi tirada.

Arregalei os olhos, presa no meio da disputa, sem poder fazer nada.

O homem agitou a cabeça parecendo desapontado— Ainda nessa Jonah? Você não está cansado? — ele caçoou, com a voz sarcástica.

Tomei uma respiração funda quando o corpo de Jonah se inclinou para frente, de maneira impulsiva. Ele parecia próximo a fazer uma besteira que nos faria ser mortos.
Sem tempo para pensar direito, apenas reagir, o segurei pelo braço com as duas mãos, empurrando ele para trás comigo.
Eu não deveria toca-lo, eu não queria toca-lo,
mas foi instinto. O que qualquer pessoa faria se visse uma criança prestes a brincar com um leão, ou uma pessoa indo em direção a um buraco e não houvesse como avisa-los? Pisaria na frente deles e evitaria o desastre, isso sim.

Ele não pareceu notar minha interrupção mais do que sequer reconhecer o perigo que estava nos colocando, embora tenha parado em seco onde estava, em vez de seguir em frente. Eu iria levar isso como uma vitória.

— O que você quer!? Você não sabe o quanto você é patético? Você não faz ideia do que...

A tensão se construía dentro de mim com as palavras dele. Eu segurei a vontade de fechar os olhos.

— Voltarei em alguns dias.— o homem murmurou sem alterar a voz, e seus olhos miraram em mim pela primeira vez. Meu coração faltou uma batida com as palavras dele. Era uma ameaça. Para mim. Ele sorriu um pouco, apenas por um segundo enquanto me olhava no fundo dos olhos.

Senti um arrepio.
De repente eu percebi que ainda segurava o braço de Jonah e estava envolta perto dele, próxima demais.O homem parecia doentiamente satisfeito, o que me fez enjoar do estômago.

— Não! Não me deixe aqui novamente, seu...

A porta foi fechada com um baque e ele se foi.
Tão simples como apareceu, ele foi embora.
Com apenas a promessa de que iria voltar em algum momento, e para sabe se lá o quê.

Com a partida dele, eu pude respirar de novo.
O medo, a sensação de perigo, era desesperadora.
Tudo aquilo me trouxe de volta, e eu me sentia como uma criança de novo. Presa, sem saída.
Sem ter como tomar rédeas da minha própria vida. Eu estava mais uma vez paralisada, sem mexer um músculo, menos as minhas mãos. Elas balançavam com tremores, até que eu olhei para baixo e percebi que não era eu que estava tremendo.

Era Jonah.

— Fique longe, Daisy.

Arregalei os olhos, envergonhada por ser pega ainda segurando ele. Soltei o braço dele do meu agarro mortal e me afastei alguns passos.

— Desculpe.

— Só... fique longe de mim.E não faça nenhum som. — ele avisou entre dentes, falando com dificuldade.

Fechei a boca com um aceno apreensivamente.
Eu estava gelada até os ossos.
Eu não esperava aquilo.

Olhei cada vez mais preocupada enquanto ele andava devagar até a cama roboticamente, como se não tivesse controle do próprio corpo.
Não fiz nada além de assistir com temor, enquanto ele parecia lutar para se controlar.
Era uma visão aterradora.

Ele caiu sentado sobre a cama, de uma maneira não natural. O rosto dele estava contorcido numa carranca de concentração e ele apertava a boca e os olhos sem parar.
Eu observei com piedade enquanto ele trincava os dentes, parecendo atormentado.

Ele parecia tão perdido. Não se parecia em nada com a pessoa que havia rido comigo a minutos atrás, e me chamado de preguiçosa.
A aparição do pai dele fez aquilo.
Eu sabia como era horrível os sintomas.
Nos últimos tempos, eu quase não sentia nada com o aparecimento do meu tio.
Eu estava quase... acostumada e em aceitação.
Eu não mais me encolhia quando ele gritava,
Nem chorava quando ele me deixava de castigo por pedir por coisas básicas como comer.
Eu apenas... ficava lá.
Do que adiantaria? Eu já havia me revoltado e gritado e chorado com todas minhas forças.

Mas eu não podia deixar de simpatizar com aquela expressão de total desamparo, e era difícil não reconhecer a semelhança comigo mesma.

— Pense que está em outro lugar. — Me encontrei dizendo, mesmo que ele tenha mandado que eu me calasse. Eu não havia quebrado a outra regra, e estava longe o bastante para que eu tivesse que aumentar minha voz para ele poder ouvi-la.

Ele balançou a cabeça.

— Isso não vai funcionar. Você precisa calar a boca.

Engoli em seco. A voz dele, estava tão diferente, como se estivesse com a garganta fechada.

— Não tenha medo, ele não pode machucar você.

— Eu não estou com medo dele me machucar, estou com medo de machucar você. — os olhos dele se focaram em mim, e havia tanta devastação neles.

Tomei uma respiração profunda,

— Mas você não quer me machucar.

Ele negou com a cabeça, o movimento quase imperceptível. Ele estava olhando para longe de novo, me evitando.

— Você quer machucar a ele não é?— percebi,
e estava claro aquilo agora. Ele temia que iria me machucar no seu ataque de raiva. Ele queria machucar o homem que nos prendeu ali, o pai dele.

— Me fala. Seus planos de vingança... o que você tem planejado fazer com ele? Quando sair daqui? — perguntei, esperando que aquilo fosse distraí-lo.

Como eu queria, isso trouxe a atenção dele de volta ao presente, ao menos um pouco—O quê? — ele parecia surpreso, mas ainda não iria olhar para mim.

Continuei— Eu entendo a vontade de se vingar de alguém que te fez mal. Eu já estive em uma situação em que eu tive que machucar alguém ruim. Mas ele mereceu. Eu não. E você sabe que eu não mereço isso Jonah, então... o que você quer fazer com ele?

Ele franziu a testa mais profundamente.

— Eu quero matá-lo. Eu quero prender ele em um caixão e assistir ele asfixiar até a morte.

Eu acenei incentivando ele a continuar, mesmo que ele não pudesse me ver.
Eu queria que ele falasse, eu precisava que ele falasse e imaginasse uma situação diferente da real. Só assim ele esqueceria onde ele se encontrava naquele momento.

— Eu quero arrancar a língua dele e fazê-lo se engasgar com o próprio sangue. Eu quero que ele se sinta totalmente sem esperança e apodreça aos poucos enquanto eu arranco cada parte do corpo dele.— A forma como a voz dele endureceu mostrou que ele estava falando sério, e eu tentei não me afetar por aquela imagem mental que ele estava criando.

Certo. Como alguém podia responder a aquilo?

— Temos tempo— tentei parecer firme, enquanto por dentro me perguntava se incitar aquelas atitudes era inteligente— você terá a sua vingança, e sairemos daqui.— frisei a parte que dizia que nós dois sairíamos.
Eu queria acreditar naquilo, eu precisava.

Ele não respondeu, mas não negou também.

Apoiei as mãos no estômago para tentar acalmar os nervos. Tentei bloquear os pensamentos negativos e fiz uma pausa, me concentrando na minha respiração.
Eu ainda estava com fome.
Como eu queria correr em direção aquela caixa lá em cima. Era nossa esperança e a única maneira de fazer a dor ir embora mas eu não podia deixar Jonah sozinho.

E o pior, eu não sabia se podia virar as costas para ele naquele momento. Literalmente falando.

———————————————————————

Eu via tudo vermelho.
Estava acontecendo de novo.
Aquela parte do meu cérebro que estava quebrada, foi ativada outra vez.
Eu precisava destruir o que havia ocasionado aquilo. A urgência corria por cada pensamento e músculos do meu corpo.
E a pessoa que ocasionou isso, o motivo da minha raiva, não estava em qualquer lugar para ser encontrado.

Eu concentrei toda minha energia em focar onde eu estava.
Eu sabia que não havia como machucar a pessoa culpada.
Ele havia ido embora.
Mais uma vez, ele havia me deixado aqui, e tinha ido embora.

Mais uma vez, eu não pude fazer nada para detê-lo.

A única distração era imaginar inúmeras situações em que ele acabaria morto, no final.
Os flashs passavam pela minha mente, cada vez mais violentos que o anterior.
O fato que eu não podia realizar nenhuma daquelas imagens mentais, me causavam uma dor física real e desconcertante.

Eu não tinha como alcançá-lo.
E iria ficar cada vez pior.

Eu sabia o que viria a seguir.
Eu havia matado pessoas demais para saber qual seria meu próximo passo.

— Daisy. Está vendo uns pedaços de madeira, da mesa? Pegue um deles. O maior que tiver, e suba as escadas— mandei, tão rápido que as palavras saíram bagunçadas. Mas não havia tempo, e eu estava perdendo a sanidade a cada minuto.

Não olhei para ela para ver como ela iria receber aquilo,concentrado em minhas próprias mãos. Em como elas tremiam. Toda minha força de vontade estava agora redirecionada a segurar a necessidade de bater em alguma coisa.

Mas não havia coisas aqui. Apenas pessoa.
Lembre-se, é uma pessoa.

Ela não era uma mesa, ou uma cadeira inútil.

Eu esperava que ela já tivesse me obedecido, até agora.

Se não, eu mesmo pegaria aquele pedaço de madeira. Não que eu precisasse dele, com a raiva que eu estava, preferiria usar os punhos.
Seria mais prazeroso infligir a dor com minhas próprias mãos.

Não! Não era aquilo que eu queria.
Eu tinha que me lembrar, que não era para ela a minha raiva.
O motivo era ele.
Eu precisava avisar a ela. Eu precisava encontrar a voz de novo, abrir a porra da boca e explicar o que tinha que ser feito.
Mas nesses momentos, falar era difícil, para dizer o mínimo. Os impulsos violentos pareciam exigir toda minha atenção.
Eu não tinha outra opção, embora.
Era falar ou matar alguém.
E matar parecia tão mais fácil.

Não alguém, me corrigi tentando me parar.
Era Daisy.
Eu não queria matá-la. Ela não me fez nada.
Droga, ela não fez absolutamente nada.

— Daisy, fique lá... por um tempo. E se eu fizer... alguma coisa, me ataque — consegui dizer, entrecortadamente.

Ela não havia dito nada ainda. Ou isso ou o zumbido em meu ouvido que estava cada vez maior, havia silenciado qualquer resposta.
Não importa, era ainda melhor.
Eu não podia lidar com a voz dela. O fato dela não responder era o que estava me segurando até ali. Eu poderia fingir que estava sozinho, que não tinha ninguém ali. Que eu não machucaria ninguém. Com isso em mente, me senti mais seguro para continuar.

—Voce tem que ser rápida, e ir em direção a cabeça. Ou entre o espaço dos meus olhos. Isso provavelmente será melhor, vai ser o bastante para me parar mas não vai me matar. Vá, agora.

Não que eu fosse simplesmente ser derrubado tão fácil em outra ocasião, mas naquela eu iria fazer um esforço para me sabotar o máximo que eu conseguisse. Era tudo que eu poderia oferecer.

Ele não estava aqui.
A pessoa que eu queria matar não estava aqui.

Eu só esperava que repetir isso uma e outra vez, fosse o bastante.

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