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1790 palavras;
Osamu a encontra pela primeira vez no mercado, você pega o último filé de atum apenas um segundo antes dele, olhando para ele com os olhos arregalados enquanto ele suspira.
"Oh, desculpe, você queria isso?" Ele balança a cabeça, acenando para você pegá-lo, os ombros caídos em derrota.
"Nah, você pode ficar com ele", ele murmura baixinho. "Acho que é um sinal de não fazer isso esta noite." Com uma sobrancelha levantada, você deixa sua mão cair frouxa ao seu lado, o último filé de atum pousado no gelo em sua bandeja. Vocês dois olham para ele momentaneamente. Olhando para trás, para o estranho, você percebe sua aparência por um momento.
Ele tem cabelo castanho escuro penteado para o lado esquerdo, um suéter preto sólido que de alguma forma enquadra seu corpo perfeitamente - tão perfeitamente, que você pode praticamente ver as curvas de seus músculos através do tecido.
Ele é atraente, você percebe, e parece que sabe cozinhar (afinal, ele está falando sobre fazer atum), mas principalmente, ele tem olhos gentis e uma suavidade em suas feições, que faz você sorrir calorosamente antes de apontar para o atum.
"Acha que vai precisar disso mais do que eu, posso fazer outra coisa para o jantar", você insiste, recuando e deixando que ele se apresentasse para reclamar seu prêmio. Ele olha para você por um momento, piscando ao compreender sua oferta, os olhos se suavizando um pouco mais.
"Você tem certeza? É justo e honesto, sabe, não seria um cavalheirismo da minha parte aceitar. " Você ri, e seu coração quase bate com o som.
"Sim, tenho certeza", você ri. "Este é um novo sinal de que você deve fazer atum", você diz com um sorriso, e ele não consegue lutar contra o sorriso em seu próprio rosto, alcançando (embora ainda um pouco hesitante) para o filé. Voltando-se para você, ele te olha nos olhos, sinceridade estampada nos seus enquanto ele acena para você mais uma vez.
"Obrigado. Meu irmão está vindo para o jantar e ele gosta de atum ", ele revira os olhos, mas há um carinho neles quando fala de seu irmão que faz seu coração palpitar. Relutantemente, você desvia o olhar, assentindo enquanto se vira e pega sua cesta para suas compras e dá a ele um último sorriso.
"Sem problemas, espero que o seu jantar corra bem", você fala baixinho. Ambos olham fixamente por um momento antes de suspirar. "Eu devo ir." Ele limpa a garganta, balançando a cabeça, dando um passo para o lado, deixando você passar por ele.
"Claro, tenha um bom dia", ele oferece.
Naquele dia, vocês dois se afastaram hesitantemente e se afastaram um do outro.
A segunda vez que você vê Osamu é quando está carregando mantimentos de novo, desta vez para seu apartamento. Ele entra no elevador no momento em que ele está fechando, olhando para a variedade de sacolas de supermercado no chão.
"Eu posso te ajudar a carregar isso se voc-" ele para de falar enquanto olha para cima para encontrar seus olhos. "Oh, ei, é você!" Radiante, ele estende a mão, enlaçando os dedos na mais pesada das suas malas, pegando-as sem esforço. "Tenho que te ajudar a carregar isso de volta", ele sorri, "pelo menos eu poderia fazer depois que você me fez esse favor." Seu sorriso era bonito, ele tinha uma covinha na bochecha esquerda e seus olhos enrugaram nos cantos quando se fecharam. Seu nariz se contraiu ligeiramente quando ele riu também, e você não pôde evitar ser atraída por ele.
"Bem, acho que isso nos deixa quites", você ri. "Eu sou [nome], a propósito", você oferece. Seu sorriso se alarga.
"Eu sou Osamu. Você mora neste prédio? " Com um bufo, você balança a cabeça.
"Não, eu só ia bater nas portas e perguntar às pessoas se elas gostariam de mantimentos de graça", você brinca, fazendo o rubor rastejar por seu pescoço enquanto ele olha para baixo com um leve constrangimento.
"Okay, desculpe. Eu adoraria mantimentos grátis, "ele murmura. "Não me oporia a isso se você decidisse que iria pegar isso como um passatempo secundário." O elevador apita no seu andar, e seus olhos se arregalam com a realização. "Ei, moramos no mesmo andar, quais são as chances?" Você não consegue suprimir o grande sorriso em seu rosto, virando-se para ele com olhos brilhantes. Sua respiração engata com a visão.
"Nós fazemos! Agora você pode preparar refeições para mim como faz para o seu irmão ", você brinca, caminhando pelo corredor com ele fazendo o mesmo, carregando a mais leve das suas malas enquanto ele carrega as mais pesadas. Quase parece doméstico, mas você tira o pensamento da cabeça, lembrando-se de que só conheceu esse homem duas vezes. Mas algo nele parecia certo.
"Você está na extremidade oposta da minha no corredor", ele observa, balançando a cabeça para si mesmo como se fosse uma informação útil. "É uma viagem meio longa descer até aqui pra pegar açúcar emprestado, mas acho que não é tão ruim", ele pisca. Você caminha até sua porta e quase pode sentir a decepção irradiar dele - a mesma decepção que irradia de você. Você decide dar um salto de fé.
"Você gostaria de entrar? Tenho açúcar suficiente para você pegar emprestado e tomar chá. " Seu rosto se ilumina instantaneamente.
Naquele dia, você e Osamu passaram a noite juntos, discutindo tópicos aleatórios enquanto você percebia que as coisas se encaixaram de alguma forma ao lado dele.
Na terceira vez que você encontra Osamu, você não o encontra de fato. Você aprendeu um pouco sobre o estranho no final do corredor, ele era um ex-jogador de vôlei, ele parou para seguir sua paixão por culinária e era dono do restaurante pelo qual você passava com frequência. Ele de alguma forma se esqueceu de mencionar que seu irmão também era seu irmão gêmeo.
Desta vez, você passa por volta do horário de fechamento com pressa para chegar à estação de trem antes de perder a última para o seu destino, avistando uma figura familiar esperando do lado de fora do prédio Onigiri Miya com uma jaqueta preta, passando pelo telefone. Conforme você se aproxima, você percebe que os cabelos escuros familiares agora são de um loiro claro, fazendo você inclinar a cabeça.
"Ei, você trocou de cabelo, gostei", você sorri, estendendo a mão e passando os dedos pelos fios, sentindo a maciez contra sua pele. Ele olha para cima, olhando para você com perplexidade, piscando para você por um momento.
"Eu... hum... sim, obrigado, eu acho," ele gagueja. Antes que ele possa abrir a boca novamente, você faz beicinho triste.
"Eu realmente preciso ir, estou prestes a perder meu trem, vejo você mais tarde, no entanto," você dá um tapinha em sua bochecha com um sorriso, fugindo antes que ele possa dizer mais alguma coisa.
Você não percebeu que estava falando com o irmão dele enquanto ele esperava do lado de fora que Osamu fechasse, encarando sua figura em confusão por um momento antes de encolher os ombros e voltar para o telefone.
Naquele dia, Osamu observa de sua janela enquanto ele se fecha, os olhos turvos e o ânimo para baixo ao testemunhar você passar os dedos pelo cabelo de seu irmão e dar um tapinha afetuoso em sua bochecha, virando-se rapidamente antes que ele possa ver qualquer coisa mais que racha seu coração.
Na terceira vez em que você encontra Osamu, é um pouco mais tarde, consistindo em você encurralá-lo pelo elevador antes que ele possa entrar, alcançando e fechando-o para que as pessoas que estão olhando para você possam deixá-lo com privacidade. Lá, no corredor vazio, bem ao lado do elevador do seu apartamento, Osamu se recusa a encontrar seus olhos.
"Você tem me evitado." Ele encolhe os ombros.
"Não, não estou."
"Sim, você está.", você bufa. "Passamos uma noite inteira juntos, você some e eu não te vejo mais, "você diz suavemente. "Eu pensei.." ele olha para cima, olhando para você com cuidado enquanto você pára.
"Pensou o quê?"
"Achei que estávamos nos dando muito bem", você admite. Osamu sorri amargamente, balançando a cabeça.
"Sim, mas não tão bem quanto com meu irmão, hein?" Inclinando a cabeça, você franze as sobrancelhas em confusão.
"O que?"
"Eu não sou burro, você sabe", ele zomba. "Vi vocês chegarem perto dele na frente da minha loja. Poderia ter perguntado se você queria conhecê-lo, não precisava me amarrar ", ele murmura, os olhos baixos e os punhos cerrados. Seus olhos se arregalam em compreensão, e você rapidamente olha para cima, vendo o mesmo cabelo castanho com o qual estava acostumado - cabelo que não era muito loiro. Você não pode deixar de bufar com a sua confusão, mas você rapidamente para quando ele olha para você com mágoa brilhando em seus olhos. "O mínimo que você pode fazer é rir pelas minhas costas, não pela minha cara," ele diz, a voz firme. Seu coração aperta.
Com ternura, você se estica, levando a mão ao rosto dele, movendo-se lentamente para que ele tenha a chance de se afastar. Ele fica rígido, olhando para você com uma expressão cautelosa enquanto sua mão pousa suavemente em sua bochecha quente, moldando-se contra ela enquanto seu polegar roça a carne em movimentos de vaivém.
"Você tem um gêmeo", você murmura. "Teria sido um bom aviso, você sabe. Seu irmão provavelmente pensa que sou uma estranha. " Osamu engole em seco, a sensação de sua pele contra a dele deixando-o em chamas, as mãos coçando para agarrar sua cintura.
"Você não conhece meu irmão?"
"É ele quem gosta de atum?" Ele bufa uma pequena risada, as mãos finalmente encontrando sua cintura, esfregando para cima e para baixo as laterais suavemente.
"Sim, ele é o idiota que gosta de atum", ele concorda. Desta vez, ele olha para o chão, evitando seus olhos ao perceber repentinamente interesse em seus sapatos. "Desculpe, a propósito. Não deveria ter tirado conclusões precipitadas, "ele sussurra. E de alguma forma, apesar de ser apenas a terceira vez que você o encontra, você lentamente se inclina, passando seus lábios sobre os dele.
"Ele é gostoso", você sussurra. Ele estreita os olhos.
"Oh sim?"
"Sim, ele se parece com você", você respira. "Mas eu tenho uma queda por caras que cozinham atum em vez de apenas comê-lo." E Osamu ri, mostrando a você a covinha esquerda que aquece seu coração. Ele preenche a lacuna, pressionando seus lábios nos seus, puxando você contra seu peito em um beijo ardente que o faz esquecer tudo que antecedeu este momento. Tudo o que ele podia sentir, tudo que ele podia pensar, tudo que ele podia compreender era você.
Naquele dia, a terceira vez que você encontra Miya Osamu, você finalmente o torna seu.