Doce Garota - Supremacia Styl...

By astacyecaramelws

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O Início da Supremacia Styles - Quadrilogia [Degustação - Completo na Amazon] Um namoro falso, um casamento a... More

Aviso & Gatilhos
DG1
DG1 - Capítulo Um e Dois
DG1 - Capítulo Três e Quatro
DG1 - Capítulo Cinco e Seis
DG1 - Capítulo Sete e Oito
DG1 - Capítulo Nove
DG1 - Capítulo Dez
DG2
DG2 - Capítulo Dois
DG2 - Capítulo Três
DG2 - Capítulo Quatro
DG2 - Capítulo Cinco
DG3
DG3 - Capítulo Um e Dois
DG3 - Capítulo Três e Quatro
DG3 - Capítulo Cinco
DG3 - Capítulo Seis e Sete
DG3 - Capítulo Oito e Nove
DG3 - Capítulo Dez
DG4
DG4 - Capítulo Um e Dois
DG4 - Capítulo Três e Quatro
DG4 - Capítulo Cinco e Seis
DG4 - Capítulo Sete e Oito
DG4 - Capítulo Nove e Dez
Agradecimentos

DG2 - Capítulo Um

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By astacyecaramelws

Os capítulos de DG2 são enormes até mesmo no livro físico. Com isso, será publicado apenas 5 capítulos, ao invés de 10, como na parte 3 e 4. 

(1/5)

"Temos lugares que nós dois precisamos estar, mas não há nada que eu iria preferir fazer do que arruinar todos os meus planos por você."

Conversations In The Dark – John Legend.

Acordei com a luz do amanhecer do dia.

Encarei Rebecca que ainda estava dormindo, acariciei seu rosto e afastei o cabelo de sua nuca. Beijei sua testa e me levantei calmamente da cama para não a acordar.

Ela estava estranha desde ontem, por mais que tentasse disfarçar, sabia que algo tinha acontecido. Natalie resumiu o acontecimento de ontem com Karen com um ela implicou com a Becca de novo e minha mãe disse que era melhor que Rebecca falasse sobre sua consulta, ou seja, sabia de praticamente nada.

Assim que sai de seu banheiro, a vi coçando os olhos e ri de sua cara inchada, ela fez um coque em seu cabelo e se levantou cambaleando.

Rebecca escondeu o rosto nas mãos, como sempre fazia quando acordávamos juntos, e caminhou até o banheiro. Não me importava com sua cara inchada, seu cabelo bagunçado ou seu mau humor logo cedo, não via a hora de acordar todo dia ao seu lado em nossa casa.

Estava quase cochilando quando ela saiu arrumada do banheiro.

— Bom dia amor — disse selando nossos lábios, em seguida beijou a cabeça de Kurama e eu a puxei para um abraço.

— Você precisa parar com essa frescura — reclamei deslizando minhas mãos em sua nuca.

Parecia que depois que assumimos um para o outro os nossos sentimentos o frio na barriga estava mais intenso, assim como os toques, os beijos e olhares.

— Não vou parar — disse beijando a ponta de meu nariz — porque eu quero acordar linda sempre.

— Você acorda linda sempre — afirmei puxando levemente seu cabelo.

Ela fechou os olhos puxando um pouco a respiração e sorriu. Estava hipnotizado a olhando, ela abaixou o olhar e suas bochechas coraram.

— Preciso ir amor.

Concordei, mas antes de deixá-la ir, selei nossos lábios com calma. Ela me deu espaço e foi inevitável não deixar um sorriso aparecer em meu rosto.

Quando puxei levemente seu lábio inferior com os dentes, após beijá-la, e subi a mão em sua nuca até seu cabelo, ela segurou meu braço.

— Parou — disse abrindo os olhos —, te vejo mais tarde — disse se levantando.

Los Angeles, Estados Unidos,

Sexta-feira, 09:23.

Não aguentava mais o treinador falando as mesmas coisas de sempre, mas concordei com tudo para que ele parasse logo de falar.

O time foi dispensado do vestiário e eu fui o último a sair. Bárbara, do jornal, estava me aguardando próxima do laboratório de física que estava abandonado e acabou se tornando uma sala de cadeiras e mesas reservas. Entrei no laboratório e ela me encarou com os braços cruzados.

— Odiei ter que fazer papel de hétero só pra falar com o babaca do Julian — disparou.

Julian, o garoto que disse que eu estava comendo bem quando me viu com Rebecca, era capitão do time da escola que jogaria contra os Warriors na próxima semana.

— E o que descobriu? — Questionei indo direto ao ponto.

— Oliver e Kevin estão espalhando para os próximos times que Becca é seu ponto fraco. Pelo que entendi, estão querendo tirar vocês da jogada por ser o time mais forte e mais da metade dos meninos dos Warriors tem chance de participar da seleção de calouros de Stanford ano que vem, sendo assim, a oportunidade dos meninos dos times rivais são mínimas. Eles sabem que te desestabilizando e mexendo com a capitã vai afetar o time todo.

— Você conseguiu tirar tudo isso de Julian? — Questionei admirado.

— Por ele ser um tarado sem noção e burro, foi fácil fazer ele falar — disse com expressão enojada.

— Eu sabia que ele era um tarado sem noção, por isso disse que não precisava ir falar com ele — adverti a olhando seriamente por ter feito algo que pedi para não fazer.

Barbara riu dando de ombros.

— Não posso mentir, gosto de fofocas e Eric e Adam estavam só esperando Julian passar do limite para irem para cima.

Me aproximei da porta negando com a cabeça e a abrindo.

— Não faça isso outra vez, é perigoso, há outros meios de saber de uma fofoca.

Ela riu concordando.

Saímos e eu caminhei até o campo de futebol americano. Natalie estava tirando algumas fotos e Calleb observava Josh jogar, como sempre fazia. O olhei e ele pareceu entender pois começou a caminhar em minha direção.

— Natalie — chamei, ela me olhou e, também, se aproximou —, o que aconteceu ontem entre Karen e Rebecca? — Questionei ainda observando os meninos do time — Tá cansado, Eric? — Disse em voz alta quando o vi desacelerando, ele negou e voltou a correr mais rápido.

— Ela usou sua vida sexual passada pra afetar Becca e se quer saber, acho que funcionou — Natalie disparou sem rodeios e eu a olhei. — Conheço ela, por mais que se mantenha forte e diga que está tudo bem, não está.

— Karen ainda questionou sobre como ela se sentia sabendo que várias já dormiram com você, ficou nítido que nossa docinho ficou mal, não sei como ela se manteve forte, eu já estava louco pra acabar com Karen — Calleb admitiu —, mas imagino que foi horrível, quando cheguei elas queriam saber sobre a primeira vez de vocês — eu e Natalie automaticamente nos olhamos.

— E ela não quis dizer sobre o que estavam falando antes de Luce e Calleb chegarem. Sabe como Rebecca é, prefere guardar para evitar confusões a falar tudo — disse Natalie e concordei balançando a cabeça.

— IRONSIDE! — O treinador me gritou, me despedi deles e me afastei.

— Oi treinador.

— E aí garoto — deu dois tapinhas nas minhas costas. — Escuta, o time reserva está muito desanimado, preciso que você fique mais no pé deles.

— Pode deixar, vou participar do treino hoje — ele concordou.

Os treinos pareciam ser pesados vendo de fora, mas quem estava fazendo nem sentia.

Quando parei percebi que o time estava dividido. O time oficial que jogaria nos próximos jogos, composto por Elliot, Peter, Josh, Eric, Adam, Brian, Phillipe, Cole, Richard e Noah estavam de um lado conversando com Natalie, o que era bem estranho já que minha irmã sempre dizia que o time era um bando de sem noção; e do outro lado estavam os meninos reservas.

— Capitão, vem aqui — Peter chamou.

— Vocês vão continuar sendo reservas se treinarem nesse ânimo, até minha avó faz melhor — disparei passando pelos reservas que logo começaram a treinar com mais firmeza e me aproximei dos outros meninos e de Natalie. — O que está fazendo aqui, baixinha? — Fingi apoiar meu braço em sua cabeça e ela me empurrou.

— Seu time me chamou para conversar — explicou e olhou para os reservas em seguida para os oficiais. — Quer dizer, alguns deles

— Sua irmã estava dando alguns conselhos para os meninos — Elliot explicou, Natalie parou ao lado dele e o abraçou pela cintura.

— Conselhos sobre o quê? — Questionei ainda sem entender.

— Sua irmã deu uma ideia, estávamos pensando em pedir uma desculpa coletiva a Rebecca por... você sabe, até mesmo quando Oliver estava aqui — Peter começou.

— E comentamos isso com os outros meninos — Josh disse e olhou Phillipe e Noah, eles se entreolharam e Phillipe tomou a frente.

— Eles não concordaram, disse que ela é linda e devia estar acostumada com os olhares e que seria idiotice pedir desculpas, que era desnecessário.

— E que pedir desculpas não muda nada já que eles não se arrependem de achá-la bonita e que os pensamentos não vão mudar — Noah disparou e eu senti um calor, movido pela raiva, subir pelo meu corpo.

— Então os únicos do time que vão viajar com a gente são os que estão aqui agora — Natalie explicou — Ah, alguns da natação também vão.

Apenas concordei e em poucos minutos o treino terminou.

Depois de tomar um banho rápido, sai do vestiário e caminhei até meu armário para pegar a chave da moto. Vi Karen sair da sala onde o grêmio se reunia. Pensei se valeria a pena perder meu intervalo, mas podia me atrasar na volta.

— Karen — antes que eu terminasse, ela já estava caminhando em minha direção.

— Oi Cam — disse erguendo a mão para me tocar, a segurei e puxei até o estacionamento. — Não precisa ser tão grosso — reclamou quando soltei seu pulso.

— Jasper me contou sobre a noite de vocês — disparei seriamente e ela ficou pálida — e que você ofereceu muita coisa para ele aceitar apostar Rebecca, muita coisa mesmo. Não esperava que você chegasse a esse ponto, isso também é um tipo de prostituição — ela engoliu em seco e seus olhos marejados não me comoveram — eu não jogaria baixo se você não tivesse tocado na minha garota.

— Cameron, eu posso explicar...

— Não, não pode. E não quero saber. Não ache normal o que você está fazendo por status, olha a que ponto está chegando, Karen, você não precisa disso — afirmei cruzando os braços — e ir justamente em Jasper.

— Eu sei, ele achou um absurdo, como se ela fosse da família dele...

Me aproximei dela e olhei em seus olhos. Ela pareceu se encolher um pouco.

— Assim que Rebecca chegar, você vai pedir desculpas a ela. Não quero saber mais de você falando da minha vida antes de Rebecca, nem durante e nem depois. Não dirija a palavra a ela, estamos entendidos? — Questionei friamente a vendo engolir em seco outra vez — E se eu souber que você encostou mais uma vez nela...

— Isso não vai acontecer, Cameron, prometo — disse em voz baixa.

— Ótimo! — Disse firme.

Subi na moto relaxando os músculos de meu corpo. Odiava aquele tipo de coisa, sabia que Rebecca me odiaria se soubesse, estava com nojo da história de Karen e com raiva, fora que não aguentava mais ficar longe da minha garota. Desde ontem sem poder estar com ela de verdade estava me matando.

Los Angeles, Estados Unidos,

Sexta-feira, 11:12.

Natalie se sentou ao meu lado enquanto eu observava o treino, a segunda parte dele.

— Ficou sozinho no intervalo? — Questionou colocando a câmera de lado.

— Sim.

— Está tudo bem? — A olhei rindo.

— Saudades dela — reclamei me encostando na bancada de cima e Natalie riu alto.

— Gosto de te ver assim — disse me olhando e sorrindo.

— Apaixonado e com saudade?

— Feliz.

Eu e ela nos olhamos por instantes, ambos sabendo o significado daquilo.

Felicidade era algo que por muito tempo achei que não merecia ou que nunca mais teria.

— Você se permitindo também, é ótimo ver isso — concordei balançando a cabeça.

— Mamãe falou sobre a consulta de Rebecca? — Questionei e ela concordou — A situação é muito ruim?

— Irmão, ela já tem problemas com a alimentação dela, depois que descobriu a diabete parece que piorou, ela não come direito e ficar sem comer o dia todo não é normal — explicou. — Ela vai começar a fazer exercícios por conta da dosagem da medicação e o médico quer diminuir, mas como vai aguentar se não come direito?

Natalie parou de falar quando Melissa começou a se aproximar. A olhei e olhei as líderes, senti meu corpo ficar tenso e o dia pareceu horrível quando vi Katherine chegando e se juntando as meninas.

— Posso falar com você? — Melissa questionou, sua voz quase nem saiu e ela parecia ter acabado de chorar.

Nada me comovia dentre essas garotas, nem mesmo Melissa que foi minha amiga no ano passado. Depois que começou a me tratar como objeto sexual o tempo todo e me assediar, nossa amizade perdeu completamente o significado. Natalie dizia que ela tinha mudado, isso porque não sabia dos acontecimentos entre mim e Melissa, mas eu sabia o quanto ela insistiu pra transar comigo outra vez e as coisas que ela fazia pra conseguir o que queria.

— Agora não Melissa.

— Por favor, Cameron — implorou.

Natalie encostou em meu ombro, a olhei e ela apenas balançou a cabeça positivamente como se tentasse me incentivar a conversar.

Suspirei aceitando.

Entramos na escola e o corredor estava vazio. Me encostei em meu armário e a olhei.

— Se for mais uma proposta de sexo, a resposta é não.

— Não, não é isso — disse abaixando a cabeça. — Andei pensando em tudo o que já aconteceu entre a gente — começou, mas meu cérebro parou de processar o que ela falava quando vi Rebecca entrar na escola e passar pelo corredor sorridente enquanto conversava com Neji — Eu te amo sim e...

— Podemos conversar depois? — Questionei ainda com os meus olhos presos em Rebecca, Melissa seguiu meu olhar e abaixou a cabeça.

— Claro, não quero atrapalhar — disse desanimada e praticamente correu até o banheiro feminino.

Não me importei muito. Algumas pessoas diziam que ela estava sofrendo porque realmente gostava de mim, mas isso jamais entraria na minha cabeça, depois que conheci Rebecca descobri que quem ama jamais agiria como Melissa, jamais me assediaria e acharia normal, jamais espalharia como foi a primeira vez só para ter status ou para passar por cima de alguma amiga, jamais tentaria ter sexo na base de pressão.

Encarei Rebecca que observou Melissa correndo até o banheiro, era nítido sua expressão confusa. Ela abraçou rapidamente Neji e caminhou até mim com a graciosidade de sempre. Senti um frio na barriga e consegui perceber que suas bochechas estavam avermelhadas a cada momento em que ela se aproximava. Aquela garota era incrivelmente linda.

— Oi amor — disse sorrindo e selou nossos lábios.

Soltei a respiração enquanto a abraçava.

A olhei e finalmente selei nossos lábios com calma, pela primeira vez ela deixou que a beijasse em público. Talvez por não ter muita ninguém no corredor. Estava tão perdido e envolvido em seus lábios que não conseguia ouvir nada a não ser sua respiração ofegante, o que era uma das coisas que mais gostava de ouvir.

Afastamos nossos lábios e ela sorriu ao me olhar.

— Nossa, você viu que beijo bonito — uma garota disse passando pela gente com um garoto.

Os dois riram baixo e Rebecca abaixou a cabeça novamente com as bochechas avermelhadas.

— Tudo bem, minha princesa? — Questionei acariciando seu rosto — Como foi a reunião?

— Foi incrível. Achei que seria difícil, que surtaria com tanta pressão e quando vi alguns diretores de Stanford eu quase chorei, mas foi muito tranquilo — ela beijou meu ombro e entrelaçou o braço no meu para caminharmos até o estacionamento. — Todos pareciam saber que eu e você estamos namorando — ela riu — um dos olheiros estava lá e disse então você é a famosa capitã dos Warriors? e todos diretores e olheiros me olharam admirados — explicou empolgada de forma que era lindo de ver. — Não sabia que tinha uma seleção de calouros em Stanford.

Paramos próximos de seu carro.

— É, começou faz dois anos apenas. Um projeto para ajudar os jogadores a entrar na universidade, a natação, pintura e futebol feminino também têm.

— Entendi — disse envolvendo os braços em meus ombros.

Percebi que seu sorriso se desfez.

— Teve algum problema na reunião? — Apertei sua cintura com meus braços envoltos e ela prendeu um pouco a respiração.

— Não, foi tudo bem — afirmou se soltando de mim e a puxei cuidadosamente pelo braço.

— Amor...

— Não foi nada — insistiu conseguindo se soltar de mim.

A segurei pela cintura e a pressionei contra o carro.

— Para de esconder as coisas de mim — pedi olhando em seus olhos.

— Você também faz isso — rebateu.

— Eu não faço isso — disse calmamente.

— Você sempre faz isso. Tudo o que eu sei sobre você foram outras pessoas que me contaram — argumentou sem tirar os olhos dos meus.

— Você sabe que pode me perguntar qualquer coisa — ela negou e eu abaixei a cabeça.

— Amor — levantou meu rosto pelo queixo —, sabemos que não é assim, você criou uma barreira tão grande para não mostrar seus sentimentos que acaba acontecendo isso entre a gente. Sobre o que você teve com Melissa foi ela quem me contou, quando defendeu Jace foi ele quem me contou, sobre o que aconteceu entre você, Alice e Andrew foram Natalie e Elliot que me contaram, sobre ter sumido de casa e sua relação com tio Arthur foi sua mãe quem me contou e sobre Aaron e Lucca, eles quem me falaram ontem. A única coisa que você de fato me falou foi que morou com seus avós. Às vezes acho que só através de outras pessoas eu fico sabendo algo de você — confessou mantendo o tom calmo.

Fiquei instantes em silêncio assimilando nossas palavras.

— Nós dois fazemos isso — foi tudo o que eu disse.

— Eu já me abri muito mais com você. Já te contei sobre me sentir culpada, sobre meus traumas, sobre...

— Sua alimentação foi sua avó quem me contou, sobre o que as meninas daqui da escola fazem são seus amigos que me contam, sobre os meninos falarem coisas horríveis sobre você na minha ausência foi parte do time quem me contou. Não preciso ter controle sobre sua vida, mas tem muitas coisas que você também não me conta e até quando alguma coisa é sobre mim, você não quer contar como está fazendo agora — repliquei.

Ela afastou o cabelo dos ombros.

— Cameron — Katherine se aproximou —, preciso falar com você.

Senti uma dor no estômago e mesmo assim me virei para a garota.

— Não tenho nada para fala com você — disparei a olhando nos olhos.

Ela pareceu assustada e deu um passo para trás.

— Por favor? Não aguento mais carregar o que aconteceu naquela noi...

— Não ouse terminar — disse pausadamente e seriamente e ela quase que choramingou. — Vai, Katherine, vai embora.

Voltei meu olhar para Rebecca depois que a outra garota saiu.

— Acredito que seja mais uma coisa que eu não sei — disse soltando um suspiro desanimada.

Era um assunto tão doloroso que não sabia se era capaz de falar sobre.

— Rebecca...

— Tinham outros representantes na reunião hoje, uma garota da escola Rivel disse que era fácil você namorar uma santinha e debochou dizendo que para mim devia ser um pesadelo — ela suspirou. — Detesto isso, sabe? Mas não podia começar uma discussão ali.

— Capitães, compramos sorvete, estamos indo para o campo — Josh avisou se aproximando com Peter que não parava de batucar os dedos em uma caixa de isopor.

— Estamos indo — avisei, eles saíram e eu voltei meu olhar para Rebecca. — Não gosto do que estão fazendo com você, prometo dar um jeito — ela negou.

— Você não pode brigar com todo mundo que falar esse tipo de coisa, é nosso fardo por estarmos em Liberty, cada acontecimento é motivo de falatório em outros lugares — disse me puxando para irmos até o campo.

— ...estou dizendo que entre o capitão e a capitã, acho que a capitã cairia mais fácil se apostássemos isso — ouvi Josh, que estava abraçado com Calleb, dizer.

— Apostar o quê? — Rebecca questionou se sentando no meio do campo, ao lado de Peter e eu me sentei atrás dela a abraçando.

Natalie passou um sorvete de pote de chocolate com menta para Rebecca e um de céu azul para mim.

— Estávamos falando sobre vocês não conseguirem ficar um dia inteiro sem se beijarem e que se o Cameron te provocar, você cai — Natalie explicou.

Tanto eu quanto os meninos começamos a rir.

— Pois eu já acho que se a Rebecca quiser ela tem o capitão nas mãos — Calleb disparou.

Por dentro eu concordava, se ela descobrisse o poder que tem sobre mim eu estaria muito ferrado.

— Eu concordo — disse uma das líderes.

— Estou meio a meio — Natalie disse.

Um falatório sobre o assunto começou entre as meninas e os meninos. Rebecca me olhou e eu não consegui evitar rir toda vez que os meninos diziam que ela quem perderia.

— Se Rebecca ganhar, faremos o que ela quiser — Peter disse em voz alta e ela abriu um sorriso como se gostasse da ideia.

— Qualquer coisa? — Questionou e o time parou a olhando.

— Qualquer coisa — disseram juntos.

— Sei que eu ganharia, mas ainda não aceitei nada — afirmei e Rebecca me olhou.

— Não aceitou porque sabe que vai perder — rebateu com tom provocativo.

Todos murmuram um uh e eu sorri passando a língua nos lábios.

— Ótimo — repliquei —, quando eu ganhar, quero que as pessoas que torcem por Rebecca participem de dois treinamentos de domingo, os mais pesados em que a gente acorda cedo, vai correr e essas coisas.

— E na escola vão usar camisetas escrito eu amo os Warriors com a foto do time durante uma semana inteira — Peter disse e o time oficial que estava presente riram dando toques de mãos.

Olhei Rebecca de forma desafiadora mesmo sabendo que me arrependeria. As meninas deixaram mostrar um pouco de insegurança, mas logo reverteram a situação quando a capitã limpou a garganta para falar.

— Caso eu ganhe — começou tendo a atenção de todos —, quando o time for para a final, na entrada vocês dançarão Beyoncé com as líderes de torcida — a olhei desacreditado, as meninas e Calleb comemoraram, os meninos do time acharam graça, mas fecharam a cara para manter a postura. — Porém, vocês vão ter que já começar a comemorar nas danças das vitórias de cada ponto e o gran finale será na final. E vamos ter uma noite das garotas com direito a unhas pintadas e tudo mais, já que se eu perder serão dois dias de treinamento, se eu ganhar serão duas noites das garotas — ela me olhou e todos me olharam esperançosos.

O olhar desafiador de Rebecca me motivava a aceitar qualquer provocação vinda dela.

— Já pode encomendar as camisetas — disse com firmeza e deixei um sorrisinho aparecer em meus lábios.

Ela sorriu me dando um aperto de mão.

— Então a partir da meia noite até às onze e cinquenta e nove de sábado vocês vão se provocar até um ceder primeiro — Calleb explicou.

— Aproveitem o hoje então — Luce disse aos risos — Rebecca eu acredito em você!

— Por favor, eu não quero usar foto dos meninos — Barbara, do jornal, choramingou.

— Mas vai — Adam provocou rindo.

Envolvi meus braços em Rebecca e a apertei enquanto o pessoal se provocava usando eu e ela como principal assunto. Aproximei meus lábios de sua orelha.

— Não se esqueça que na arte de provocar eu sempre fui o melhor — sussurrei a vendo se arrepiar — e você não passa de uma iniciante — provoquei a vendo rir.

Rebecca não retrucou e então me dei conta de que ela guardaria tudo para o momento certo. Gostava de ver que comigo ela sentia a liberdade de conhecer a si mesma.

Ouvimos o sinal de fim do intervalo, me levantei primeiro e a puxei para se levantar.

— Rebecca — ela a olhou e Karen engoliu em seco —, quero te pedir desculpas por tudo o que te falei — Rebecca franziu o cenho, assim como Calleb e Natalie. — Me desculpe.

— Ah, sim. Ok — disse ainda sem entender.

Karen saiu andando após ouvir Rebecca.

— O que você fez? — Questionou me olhando.

— Nada demais.

Ouvi seu suspiro desanimado e ela negou com a cabeça. Natalie a olhou, em seguida olhou Calleb e ambos saíram rapidamente.

— Não ficarei cobrando que fale algo para mim, sempre optei por te deixar falar quando estiver confortável para isso, mas me incomoda não saber de nada ou coisas que são voltadas a mim e me sinto no direito de estar incomodada. Um relacionamento precisa de comunicação e confiança, mas você não me dá espaço nem mesmo para te conhecer, Cameron — admitiu.

Senti uma dor no estômago e perdi a fala, sem saber o que viria após isso.

— Você... — senti minhas mãos suarem frio — o que está querendo dizer?

Ela me olhou confusa.

— Que precisamos nos ajudar — ela riu como se fosse obvio. — Sei que não sou a pessoa mais fácil de lidar — admitiu deslizando as mãos em minha cintura e senti meus músculos relaxarem —, mas precisamos parar de achar que um não aguenta os problemas do outro. Seu peso, vai ser meu e vamos carregar juntos — suspirei aliviado e ela me encarou. — O que achou que eu diria?

— Achei que terminaria comigo — desabafei me sentindo uma criança.

— Não baby, meu amor não é frágil e muito menos raso — disse selando nossos lábios. — Preciso ir, prometi a Natalie que compraríamos biquínis iguais — ela riu selando nossos lábios outra vez.

A observei caminhar até minha irmã e as perdi de vista quando foram para o estacionamento. Ela não tinha noção do quanto suas palavras mudavam tudo para mim.

Los Angeles, Estados Unidos,

Sexta-feira, 16:23.

Bati na porta da casa de Rebecca e quem me atendeu foi Nádia, não conseguia entender seu olhar em mim, mas havia algo de errado.

— Boa tarde, Rebecca está no quarto — avisou me dando passagem para passar.

Pensei em questionar o que fiz, mas Nádia estava totalmente fechada e não tinha espaço para conversas. Ela era alguns anos mais velha que eu e Rebecca, antes parecia flexível de conversar, mas agora, algo estava estranho e eu não fazia ideia do quê.

Subi as escadas calmamente e lá estava Rebecca cantando enquanto arrumava sua bolsa.

Ela gritou quando a assustei apertando sua cintura e gargalhou se entregando aos meus braços. A puxei pela nuca selando nossos lábios e me deliciando em seu beijo. Estava com saudade de senti-la, de estar apenas com ela e de tê-la só para mim.

A pressionei contra a parede enquanto nossas línguas se massageavam lentamente. Senti suas unhas deslizarem em minhas costas e então percebi que estava totalmente em suas mãos, ela mordeu meu lábio inferior quando puxei seu cabelo e eu a queria mais... muito mais.

— Eu amo seu beijo — afirmei lhe dando leves beijinhos — e amo saber que você é minha.

— E você é meu? — Questionou olhando em meus olhos.

Sorri afastando as mechas de cabelo de seu rosto.

Sempre fui — deslizei os dedos em seus lábios —, mas preferia disfarçar através de implicações.

Sua fala pareceu sumir e tudo o que ela fez foi me beijar outra vez, com mais intensidade, mais vontade. Sorri sentindo seus lábios descerem em meu pescoço.

Meu corpo se arrepiou por inteiro e por mais envolvido que eu estivesse, sabia que precisávamos conversar. Mesmo um pouco receoso, era momento de me abrir para a garota com quem queria passar o resto da minha vida.

— Becca — ela me olhou assim que a chamei e eu acariciei seu rosto —, quero falar com você antes de viajarmos.

Ela concordou percebendo que era sério e nos sentamos em sua cama.

— Ensaiei mentalmente tudo o que queria te falar e agora simplesmente não sei por onde começar — admiti um pouco sem jeito.

— Sobre o que estamos falando?

— Sobre tudo. Meu passado, meu presente, as meninas da escola. Quero me conheça sim, amor, mas nunca precisei fazer isso com outra pessoa e não sei por onde começar — ela riu beijando meu rosto.

— Não vou mentir que quero saber o que você disse a Karen, o que aconteceu entre você e Katherine porque sinto que tem algo muito estranho, mas sempre que te olho, penso na sua tatuagem — ela se sentou entre minhas pernas e me olhou. — Uma vez você me disse que explicaria o motivo e juro que tentei imaginar qualquer coisa que te levasse a fazer algo assim — ela pensou um pouco e eu senti um incômodo em voltar nesse assunto. — Acha que consegue me explicar? Temos tempo.

Puxei o ar para os meus pulmões. Ela segurou minhas mãos e as beijou. Por algum motivo sentia que não desistiria de mim por conta do meu passado.

— Você sabe que eu também cresci na igreja, certo? — Ela concordou.

Então comecei a explicar que no ano retrasado eu frequentei uma igreja onde gostava de estar, onde não tinha tamanha pressão que algumas têm. Eu era baterista da banda e quando disse aquilo, vi um sorriso se formar em seus lábios, mas logo ele desapareceu quando citei a filha do pastor, que cantava na banda e era dois anos mais velha que eu.

—... e ela sempre ficava em cima de mim. Por eu brincar muito com as pessoas, todos achavam que eu ficava com várias ou que dava em cima dela porque falava e brincava com todo mundo, mas eu nem ligava, era um virgem que gostava de assistir anime e jogar videogame — ri lembrando das melhores épocas da minha vida antes de não conseguir mais sorrir com sinceridade.

Comecei a contar sobre quando Hilary, a filha do pastor, começou a me ajudar com aulas de violão e que ela sempre pedia para eu tirar a camisa.

— E eu, todo ingênuo e burro, tirava — ri novamente tentando descontrair, mas Rebecca se manteve séria e eu continuei. — Depois que comecei a fazer academia ela pedia sempre, passava a mão em mim e essas coisas.

Foi impossível, enquanto contava a Rebecca, não lembrar do quanto Hilary começou a insistir para que eu a beijasse. Ainda conseguia ver ela se sentando em meu colo e se esfregando em mim, até que me estressei e naquele dia fui embora.

E na noite que fui para igreja o pai dela me chamou porque ela tinha dito que eu tentei pegá-la a força, mas que não denunciaria porque considerava nossa família. Depois de uma discussão maior do que consigo descrever, chegamos em casa e por causa de tamanha mentira meu pai ficou cego e eu apanhei como nunca na minha vida, minha mãe não conseguiu intervir porque eu não deixei, não queria que ela visse nada. Ele só parou de me bater porque a fivela do cinto soltou e rasgou as minhas costas.

Vi os olhos de Rebecca marejarem e ela apertou mais forte minha mão, ela fechou os olhos como se sentisse tudo o que falei e beijou minhas mãos.

Quando um dos seguranças arrombou a porta, meu pai estava imóvel olhando o que fez, minha mãe surtou e me levou para casa do meu avô paterno.

Ri fraco tentando disfarçar que isso era passado, mas algumas coisas não passavam de uma hora para a outra e Rebecca me abraçou forte.

— Meu Deus amor — sussurrou acariciando minha nuca —, eu sinto muito — envolvi meus braços nela sentindo a paz que sempre me transmitia.

Falar sobre isso era como tirar um peso enorme das minhas costas.

— E por conta disso, fiz a tatuagem. Se olhar bem dá para ver que tem uma cicatriz.

— Deixa eu ver? — Pediu saindo do meu colo.

A olhei por instantes e me virei.

Levantei a blusa e senti seus dedos contornando a tatuagem, logo ela achou a cicatriz. Quando seus lábios beijaram minha cicatriz, por algum motivo, prendi a respiração.

— Isso não muda nada entre nós, faz parte da pessoa por quem eu me apaixonei — a olhei e ela sorriu — e como está sua relação com tio Arthur?

— Não pense que meu pai é um monstro, estamos muito bem agora — afirmei, ela me olhou por segundos e concordou. — Quase não brigamos para falar a verdade, quando estamos juntos falamos de negócios, de você, sobre a faculdade, os jogos e outras coisas. Não tem espaço para brigas e nem motivos. Ele ainda me pressiona quanto a faculdade, mas estamos muito bem. Consigo até morar com ele sem sumir — ri dando de ombros.

— Fiquei sabendo que você parecia um de mestre dos magos e sumia — ela riu bagunçando meu cabelo.

— Agora se sumir estou na casa da minha namorada — a puxei selando nossos lábios. Seu sorriso foi se desfazendo.

— Não sei o que aconteceu entre você e Katherine, mas percebo que ela te incomoda. Não quero que ela vá para a casa da sua família sendo que é uma pessoa que te deixa desconfortável — disse deslizando as unhas em meus braços.

— A história do meu pai já foi muito pesada, essa então... — Suspirei.

Ela olhou o relógio e me olhou.

— Se não quiser contar, tudo bem, mas que ela não vai hoje, te garanto que não vai!

Tentei sorrir, mas não conseguia.

Juntei toda minha coragem e mesmo com um nó na garganta, me forcei a falar.

— Ela se aproveitou de mim bêbado.

Rebecca me encarou sem reação, como se não conseguisse processar o que eu tinha acabado de falar. Sua voz pareceu sumir e ela ficou apenas me olhando com os olhos arregalados, depois que engoliu em seco conseguiu dizer:

— Ela... ela o quê? — Questionou com a voz quase falhando.

— Não me lembro direito.

Rebecca se encostou na cama e me puxou para um abraço. Me deitei em suas pernas como uma criança e ela acariciou meu cabelo, como se não fizesse ideia do que deveria fazer.

— Como assim? — Questionou calmamente.

— No começo do ano, pouco tempo depois que você voltou, o irmão dela veio para a cidade, fez uma social com os amigos mais próximos e me chamou. Não gosto muito de beber, mas naquele dia acabei aceitando. Passei mal e Nathan me deixou ficar no quarto dele, vomitei tudo o que tinha no estômago e capotei na cama. Fiquei muito ruim mesmo. Na verdade, não lembro direito o que aconteceu depois que passei mal, mas lembro dela se sentando em meu colo, beijando meu corpo e... — balancei a cabeça tentando tirar aqueles pensamentos da minha mente — não lembro de mais nada depois dela tentando abrir minha calça — admiti com a voz carregada de peso, era como se aquilo fosse me sufocar, eu realmente não sabia o que tinha vindo depois. — Queria ter conseguido fazê-la parar, mas nem conseguia me mexer. Só resmunguei um para, não quero, mas não tive forças — admiti.

Uma lágrima silenciosa desceu no rosto de Rebecca e eu toquei em sua mão quando me sentei na cama.

— Isso não é justo! — Disse dando espaço para mais lágrimas escorrerem em seu rosto.

Um nó se formou em minha garganta me fazendo sentir que tinha errado em ter contado aquela história.

— Ela não vai! De jeito nenhum! E você para de se culpar pelo que essa garota fez — pediu como se lesse meus pensamentos e se levantou limpando as lágrimas. — Precisamos denunciá-la. Você não pode ficar na mesma escola que aquela garota — me levantei, ela não parava quieta e começou a andar de um lado para o outro euforicamente. — Meu pai vai pegar o caso, ela nunca mais vai pisar em Liberty. Meu Deus, se ela aparecer na minha frente não vou conseguir amar o próximo.

Ri da inquietação de Rebecca. Me sentei na cama e a puxei pela cintura.

— Não, amor, não quero voltar nesse assunto — suas bochechas e nariz estavam avermelhados. — Por favor não. É uma escolha minha.

— Mas Cameron...

— Por favor, Rebecca, não me faça ter que contar isso para mais alguém, por favor — supliquei a olhando nos olhos.

Ela soltou a respiração e passou as mãos em meu cabelo.

Se arrumou se sentando em minhas pernas, apertei sua cintura e selei nossos lábios.

— Não quero que mais ninguém saiba — pedi e ela concordou parecendo ser um esforço enorme ter que guardar aquilo.

— Não concordo, mas sim, essa decisão é sua e se é isso que você quer eu respeito mesmo odiando você ter que vê-la todo dia na escola — ela me empurrou me fazendo deitar na cama e colocou as mãos na altura de minha cabeça —, mas ela não vai pra casa dos seus avós. Estamos entendidos, senhor Styles? — Questionou olhando nos meus olhos.

— Sim, futura senhora Styles — sorri subindo a mão em sua nuca e envolvi seu pescoço, a puxei para selar nossos lábios, mas ela não deixou.

— Como você se sente depois de ter me contado essas coisas? — Questionou jogando o cabelo para o lado.

A olhei por instantes, amava quando ela fazia aquilo e demorava um pouco mais para me recuperar e afastar meu desejo.

— Mais leve — admiti e ela sorriu selando nossos lábios.

Ela ficou com os lábios próximos dos meus e olhou em meus olhos. Tentei beijá-la e ela não deixou, tentei outra vez e ela novamente desviou. Riu de mim e quando fiquei sério, ameaçou me beijar.

Estava ficando louco para sentir seus lábios e era nítido que ela queria. A puxei pelo pescoço e a beijei com calma. De início ela sorriu, em seguida me beijou na mesma intensidade.

Ouvimos duas batidas na porta e nos separamos. Rebecca se levantou e abriu a porta.

— Seus amigos já chegaram, senhorita — ouvi Nádia dizer.

— Já estamos descendo — avisou com graciosidade.

Assim que Nádia saiu, ela voltou e terminou de arrumar suas coisas.

Me levantei e caminhei até ela, a abracei por trás enquanto ela fechava sua bolsa.

— Está pronta para perder, capitã? — Provoquei afastando o cabelo de sua nuca e deixando leves beijinhos em seu pescoço.

A ouvi arfar. Ela se virou calmamente para mim e sorriu de forma maléfica.

— Você me subestima demais, senhor Styles — disse passando os dedos em minha nuca —, mas sabemos a verdade — a olhei confuso.

— Que verdade?

Ela sorriu aproximando os lábios de meu ouvido.

Senti suas unhas deslizando em minhas costas e faltou ar em meus pulmões.

— Que a mim você sabe que não vai conseguir resistir — sussurrou e em seguida roçou os lábios em minha nuca.

Minha fala sumiu e pisquei pelo menos três vezes tentando me recompor. Meu fim de semana seria longo.

Ela riu selando nossos lábios.

— Vamos, amor?

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