Reviver

By whataehy

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Park Jimin era um promissor dançarino clássico que viu seus sonhos serem interrompidos ao receber o diagnósti... More

Prólogo
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Epílogo

Capítulo 18

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By whataehy

Jimin havia acordado extremamente animado. O despertador tocou às 7h00 e ele nem sequer resmungou ou tentou voltar a dormir, muito pelo contrário, jogou a coberta para o alto e se levantou em um pulo, lhe causando até tonteira pelo movimento brusco. O motivo da animação? Kim Namjoon, ou melhor, o dia perfeito que havia planejado ter com ele. De acordo com o cronograma que passou o dia anterior planejando, eles iriam tomar um belo café da manhã na padaria Moulin de la Vierge e logo depois seguiriam até Notre-Dame, onde cumpririam o terceiro item da lista e passariam o resto do dia.

Visando não se atrasar nenhum minuto, o Park correu para tomar seu banho e fazer suas higienes, optando no fim, por vestir uma roupa leve, já que o dia se encontrava ameno. Se perfumou com a melhor colônia que tinha e passou de leve as mãos nos fios, a fim de manter uma aparência despojada. Arrumado, mas não de um jeito apelativo. Desceu as escadas correndo, estalou um beijo na bochecha da mãe que estava na cozinha e saiu porta afora, pegando a bicicleta e caminhando em direção ao parque onde havia marcado de se encontrar com Namjoon. Dessa vez, não o buscaria na pousada, como era de costume, eles se encontrariam e seguiriam juntos até o local do encontro. A ideia era curtir o passeio pedalando pelas ruas charmosas de Paris.

Ao chegarem na padaria, os dois se sentaram em uma mesa no canto do estabelecimento, que tocava uma música ambiente. Era aconchegante e o cheirinho de doces saindo do forno trouxe boas lembranças para Jimin, que quase sentiu seus olhos marejar. Depois de olharem os doces postos na vitrine, o mais novo optou por escolher uma torta de frutas vermelhas e um chocolate quente, enquanto Namjoon escolheu macarons e um café expresso. Clássico e Jimin achou uma graça. Quando os pedidos chegaram, o Park nem pôde acreditar que estava de frente para aquele doce de novo e foi logo colocando na boca, soltando um murmúrio prazeroso.

— Você estava mesmo com fome, hm? — brinca Namjoon com um sorrisinho.

Jimin cora e esconde o rosto na caneca de chocolate quente, bebendo um gole para disfarçar.

— Desculpe... — responde constrangido. — É que faz muito tempo que não como um desses, acho que estava com desejo. — ri um pouquinho.

— Não precisa se desculpar, é bonito de ver. Você parece uma criança comendo todo empolgado, dá vontade de cuidar.

Então o loiro riu ainda mais, tentando disfarçar a quentura que se apossou de suas bochechas e estômago. Ao se recuperar, resolveu perguntar algo que sempre o intrigou desde o momento que conheceu o poeta.

— Como você consegue ser assim?

— Assim como? — respondeu com outra pergunta. Jimin parecia um gatinho curioso e isso estava o fazendo querer rir.

— Assim, sabe... — falou devagar, tentando buscar palavras para expressar o que era Kim Namjoon. — Você é sempre tão certeiro e cuidadoso com as palavras, sabe como deixar as pessoas confortáveis mesmo dizendo coisas constrangedoras. Você também fala tudo o que pensa.

— Nem tudo, acho que se eu falasse tudo o que penso, entraria em problemas — respondeu divertido — Mas é verdade que eu tento ser o mais sincero possível com as minhas palavras, acho que é o mínimo que devo às pessoas.

— Isso é incrível, gostaria de ser mais assim.

— Você pode, é mais questão de ser cara de pau — piscou para Jimin — Mas já que você tocou no assunto, posso fazer uma pergunta?

— Claro!

— Essa padaria é um item da sua lista, certo? — o loiro assentiu — Por que escolheu ela e por que um desejo tão simplista?

Jimin abriu, fechou a boca e encarou seu colo. Namjoon já estava prestes a se desculpar pela pergunta quando os olhos castanhos o encararam de novo e ele abriu um sorriso pequeno.

— Eu costumava vir aqui com meus pais quando criança. Era nosso passeio de domingo. Vinhamos aqui, comprávamos todos os doces que eu quisesse e fazíamos um piquenique de frente para a torre Eiffel. Eu passava a semana toda ansiando pelo fim de semana, sabia? Meu pai me chamava de formiguinha... — a voz dele foi ficando mais baixa e melancólica conforme contava a história e Namjoon não ousou interromper, então apenas estendeu a mão e apertou a do menor, como um sinal de que ele podia continuar — Mas então eu cresci, e parei de vir para sair com os meus amigos e então quando eu estava me formando no ensino médio, o meu pai faleceu e nunca mais tive coragem de voltar aqui sozinho.

Ele se calou e enxugou as poucas lágrimas que escorreram enquanto falava, dando um sorriso radiante para o Kim, que apertou mais forte sua mão, depositando um carinho com o dedão. Quando o Namjoon achou que ele já tinha acabado, Jimin voltou a falar:

— Daí eu resolvi colocar esse item na lista, porque eu pensei que queria muito voltar aqui, mas que queria que fosse com alguém especial, para poder me confortar caso a lembrança fosse dolorosa demais, assim como você está fazendo agora. Acho que de todos os desejos bobos de adolescente, esse foi o mais verdadeiro. — terminou enquanto dava de ombro.

O Kim sorriu para si.

— Fico feliz de ter sido essa pessoa, de verdade.

— Vou admitir algo bem constrangedor agora. Essa lista originalmente era para ser feita com o "meu amor". — fez aspas e uma voz engraçada ao proferir essas palavras. — Mas eu percebi que se fosse esperar esse amor que eu imaginava quando mais novo, nunca iria cumprir essa lista e percebi também que nos últimos tempos, quando eu imaginava quem poderia cumprir essa lista comigo, eu pensava em você. Então Kim Namjoon, também fico feliz de ter sido você.

(...)

Ao terminarem o café da manhã, os dois seguiram para a catedral de Notre Dame, onde era o destino final do roteiro do dia. Ao estacionar as bicicletas, Jimin puxou Namjoon pela mão em uma animação contagiante e a passos apressados, caminharam até chegar na pedra de mármore, mais conhecida como Marco Zero ou Point Zero.

— Hyung, chegamos no lugar do segundo item na minha lista a ser cumprido hoje. Mas antes quero que você cumpra seu ritual de turista.

— Que ritual? — perguntou o Kim, confuso.

Jimin soltou uma risadinha e começou a falar com uma voz engraçada que deveria imitar um guia turístico:

— Reza a lenda, que toda pessoa que vier visitar Paris e der uma volta do ponto, vai voltar aqui outras vezes.

— A cidade por si só já faz essa mágica acontecer. E as pessoas também. — respondeu enquanto encarava o mais novo, que corou.

— Mas não custa nada um reforço — deu de ombro.

— Você vai fazer comigo?

— Eu já moro aqui, não funcionaria.

— Você pode pedir por mim, não custa nada um reforço — repetiu a frase do outro, levantando a sobrancelha.

O Park revirou os olhos, mas concordou com a cabeça e juntos, os dois deram 5 voltas no local. Só para garantir.

— Então, qual seu desejo da lista agora?

— Bom, além dos poderes de trazer de volta turistas apaixonados pela cidade, essa pedrinha aqui também realiza outros desejos.

— Precisamos dar outra volta? Já sinto minha cabeça rodar.

— Não, seu bobo. Feche os olhos e faça um pedido, simples assim. Acha que consegue? — falou a última frase com ironia.

Dessa vez, foi Namjoon quem revirou os olhos, mas obedeceu prontamente. O Kim pediu para que seu livro fosse aprovado e que continuasse a ter momentos, assim, felizes. Já Jimin, pediu para conseguisse voltar a sonhar. Logo depois, decidiram ir conhecer a catedral de Notre-Dame, Namjoon não era uma pessoa religiosa, mas era um grande amante da arte e a arquitetura do local era de tirar o fôlego. No fim da visita, terminaram o passeio almoçando em um bistrô modesto ali perto. De corações cheios, os dois sentiram que talvez estivessem bem perto de realizar seus respectivos desejos

(...)

Segue algumas imagens dos pontos que eles visitaram:

Moulin de la Vierge 

Marco zero

Catedral Notre-Dame 

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