Umbrella

By slytheringirlsince96

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Ansiava seu toque como se fosse uma droga, mesmo sabendo que aquilo poderia acabar me destruindo. Draco Malfo... More

Informações
You have my heart
And we'll never be worlds apart
Maybe in magazines
But you'll still be my star
Baby 'cause in the dark
You can't see shiny cars
And that's when you need me there
With you I'll always share
Because
When the sun shines
We'll shine together
Told you I'll be here forever
Said I'll always be your friend
Took an oath
I'ma stick it out 'til the end
Now that it's raining more than ever
Know that we'll still have each other
You can stand under my umbrella
Under my umbrella
You can run into my arms
It's okay, don't be alarmed
There's no distance in between our love
So gon' and let the rain pour
I'll be all you need and more
It's raining, raining
So what you trying to do to me
It's like we can't stop
we're enemies
But we get along when I'm inside you
You're like a drug that's killing me
I cut you out entirely
But I get so high when I'm inside you
You can start over
You can run free
You can find other fish in the sea
You can pretend it's meant to be
But you can't stay away from me
I can still hear you making that sound
Taking me down rolling on the ground
You can pretend that it was me
But no
Aviso!
Baby I'm preying on you tonight
Hunt you down eat you alive
Just like animals
Animals
Like animals

Come into me

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By slytheringirlsince96

Harry pov

O sol invadia a cobertura e assim que refletia através das enormes janelas era possível ver resquícios de vidro... Reluzindo por todo o chão.

Sirius, Remus e eu estávamos exaustos. Fisicamente e emocionalmente.

Me adiantei e preparei um café muito forte para nós. Nos sentamos em volta da mesa em silêncio.

Assim como foi por toda a madrugada, sem conversas... Apenas estar ali presente, todos estávamos ali por Draco.

Remus apertou a mão de Sirius por cima da mesa e ambos me olharam e indicaram o corredor.

Draco estava caminhando até nós, cabisbaixo.

-Bom dia - ele nos cumprimentou se servindo de uma xícara de café.

-Bom dia - respondemos ao mesmo tempo a ele que assentiu e caminhou novamente até o quarto.

-Hã... Sirius? - Draco parou e se virou para nós - Poderia me mandar os documentos referente a Riddle's? Hoje eu pretendo trabalhar em casa.

-Claro - ele se levantou puxando Remus com ele - Nós só vamos levar Teddy na creche e estamos indo para lá.

-E Teddy está bem? - ele se sentou no sofá jogando a cabeça no encosto atrás dele - Ele está gostando da creche?

Olhei para os dois os incentivando a continuar falando.

-Ah... - Sirius abriu a geladeira e pegou alguns ovos - É o Teddy! Ele sempre se dá bem onde vai... Cadê o bacon?

-Por Deus Sirius - Remus se levantou e abriu a geladeira - Aqui está - chacoalhou o bacon em frente ao rosto do marido - Estava ao lados dos ovos, como você não viu?

Olhei de relance para Draco que revirou os olhos e sorriu, tornando a beber seu café.

-Quero torradas com abacate também - me levantei para ir me sentar ao lado do meu namorado - Vai querer também questionei a ele que assentiu - Duas torradas com abacate, por favor.

-Ovos, bacon e duas torradas com abacate saindo chefe! - Sirius disse enquanto vestia um avental.

Remus começou a ajudar descascando a fruta.

-Como você...

-Antes de qualquer coisa - Draco me interrompeu falando baixo para que somente eu pudesse ouvir - Por favor, cuidado com o que vai perguntar - ele segurou minha mão - Não consigo mentir para você mas, não quero falar sobre... - Ele suspirou - Pelo menos por enquanto.

Nessa manhã seus cabelos estavam bagunçados como os meus, afastei alguns fios e o puxei deixando um beijo repleto de amor em sua testa.

-Certo, eu entendo - me afastei lentamente - Então, como você está?

-Nada bem - ele colocou as duas pernas no sofá e as abraçou - Nada bem...

-Eu estava pensando - o trouxe para mais perto de mim o envolvendo em um abraço - Já que você não vai na empresa hoje, que tal você ir ver seus pais?

-Pode ser... Acho que vai ser bom vê-los. - ele se afastou - Vai ir trabalhar hoje?

-Foi bom você me lembrar disso - me inclinei e peguei meu celular - Não vou, só tenho que avisar meu chefe.

-Deixei meu celular no escritório - me informou mas eu estalei a língua demonstrando que não tinha problema.

-Pelo menos eu avisei a ele que não vou hoje - sorri e deixei mais um beijo em sua testa.

-Obrigado Harry - ele sussurrou para mim,

-Eu não fiz nada demais - sorri voltando a acariciar seus cabelos.

-Você fez tudo!

-Café da manhã pombinhos! - Sirius apareceu na sala com uma bandeja enorme e começou a distribuir os pratos - Torrada para você - me estendeu e eu a peguei imediatamente - Torrada para você - estendeu o prato para Draco que sorriu em agradecimento - Bacon com ovos para o meu amor - Remus pegou o prato e beijou Sirius que agora estava sorrindo como um bobo - E o resto é para mim.

Ficamos 1 hora saboreando aquele delicioso café da manhã, até que Draco se levantou e foi para o quarto. Esperei até escutar o barulho do chuveiro.

-O que nós vamos fazer? - Remus questionou

-Quem nós vamos matar? - Sirius complementou e dessa vez Remus não bateu nele nem o repreendeu, era um desejo de todos nós.

-Alguma coisa passou batido naquela reunião, ou depois dela... - disse olhando a todo momento para ver se Draco não estava ouvindo - Mas eu não sei se podemos fazer alguma coisa, por enquanto...

-O que? - Sirius praticamente gritou - Como assim? - Remus puxou a barra da sua camiseta o fazendo sentar novamente.

-Ele não quer falar sobre o que aconteceu - comecei a explicar - E se nós fomos atrás vai ser como se estivesse traindo a confiança dele.

Sirius bufou e revirou os olhos ao mesmo tempo que Remus assentia em compreensão.

-Certo - Sirius se levantou - Temos que ir, mas qualquer coisa nos avise.

-Vocês também! - eles assentiram.

-Obrigado por cuidar dele - Remus me abraçou tão forte e carinhoso que eu me senti extremamente acolhido. - Vamos nos falando.

Eles foram embora e eu comecei a limpar a bagunça que o Sirius tinha deixado pra trás quando fez o nosso café da manhã.

Fiquei agradecido pelos pais de Draco.

Sem dúvida alguma eles haviam escolhido as melhores pessoas para serem os padrinhos do filho dele. E com certeza eles iriam destruir quem fez o que fez contra Draco.

E que Deus tenha misericórdia dele, porque nós não iremos ter.

Fui pra o quarto e Draco ainda estava no banheiro, aproveitei para arrumar a cama e abrir as cortinas.

-Harry? - assustei com sua voz atrás de mim - Desculpa te assustar.

-Tudo bem - coloquei a mão no coração em um gesto dramático.

-Pode me emprestar seu celular?

-Claro - estendi o aparelho para ele - Quer que eu vá pegar seu celular?

-Faria isso? - ele estava tão fragilizado, a cada coisa que eu fazia por ele parecia atingi-lo tão profundamente.

Como se ele sentisse que não podia me pedir nada.

-Claro! Posso passar naquela padaria e pegar uns churros para gente. - fui até o guarda roupa pegar uma blusa de frio - O que acha?

Ele olhava para baixo e assentia timidamente, ele não exalava mais aquela confiança que fazia com que todos ao seu redor se encolhesse.

Me aproximei e ele se afastou, em um rápido reflexo.

-Eu... Me desculpa - sua voz estava trêmula.

-Não peça desculpa - estiquei a mão devagar para alisar seu rosto, testando o toque, esperando que ele negasse, mas ele assentiu - Eu não vou demorar ok?

-Ok - ele pôs sua mão sobre a minha - Eu vou ficar bem, prometo!

-Você não tem que me prometer nada - me sentei na cama e dei umas batidas ao meu lado para que ele se sentasse também - Eu não sei o que aconteceu com você, mas assim como você disse que não consegue mentir para mim eu vou fazer o mesmo para você - ele se virou de frente para mim prestando muita atenção - Eu estou em uma luta interna para não ir ver as câmeras de segurança e saber o que houve ontem...

-Harry... - o pânico tomou força em seu jeito.

-Mas eu não vou fazer isso - tentei tranquiliza-lo - O que eu vou fazer é estar aqui por você e para você, te esperando... E isso, é uma promessa que eu faço questão de manter.

-Aconteceu algo comigo - eu assenti - Acho que eu nunca tive que lidar com isso antes...- seu olhar era vago, olhava para tudo, menos para mim - ...Mas agora eu tenho, e preciso de ajuda...

-Que tipo de ajuda?

-Eu vou marcar uma terapia para mim - ele respondeu baixinho, enquanto eu sorria orgulhoso - Acho que vai ser bom para mim.

-Isso é muito bom Draco - o parabenizei e vi uma ameaça de um sorriso tímido em seu rosto.

-Eu vou ligar agora para marcar uma consulta - ele sinalizou o celular e eu me levantei - Você... Pode ficar para ouvir, se quiser...

-Claro que eu quero - me sentei novamente esperando que ele fizesse a ligação.

Draco estava inquieto, puxava a barra da camisa a todo momento, andava de um lado para o outro.

Quebrado. Totalmente quebrado.

-Alô, gostaria de falar com a Dr. Lovegood... Sim eu espero - Draco mordia os lábios constantemente - Oi Dr. Lovegood, eu sou Draco Malfoy e gostaria de marcar algumas sessões com você... Quanto mais rápido melhor - ele riu nervosamente - Hoje? Pode ser... Obrigado!

Ele caiu na cama colocando o braço sobre a testa, ficamos assim por alguns minutos. Eu sentando encarando minhas mãos e ele deitado respirando profundamente encarando o teto.

-Eu vou hoje às 10:30 - ele me informou ainda olhando para cima.

-Você está bem?

-Acho que eu estou com medo, e... apreensivo - se sentou e me devolveu meu celular - Você pode... você pode me levar?

Chacoalhei a cabeça e sorri.

-Claro que eu posso - senti sua mão sobre meu ombro, me virei e encontrei a imensidão azul... Totalmente opaca, não havia mais aquele brilho tão característico dele. Draco tentou me dar seu melhor sorriso, e isso só partiu mais meu coração.

As 10:20 eu o deixei na frente do escritório da Dra Lovegood. Sua perna foi balançando por todo o caminho.

-Eu vou estar aqui quando você sair tá bom? - informei a ele que assentiu rapidamente, quase como se estivesse aliviado em saber.

Esperei que ele entrasse e dirigi até a empresa. Eu precisava dos meus dois pontos seguros para conseguir dar apoio total e incondicional ao homem que eu amo.

Estava sentindo um turbilhão dentro de mim, e Draco seria a pessoa que eu despejaria essas coisas. Mas no momento eu não podia.

Não agora, ele era a minha prioridade, sua saúde e bem estar eram a minha prioridade.

Assim que eu cheguei a Malfoy Ltda me encaminhei diretamente ao último andar para buscar o celular do Draco.

-Bom dia - cumprimentei a recepcionista que me recebeu - Draco pediu que eu pegasse o celular que ele esqueceu no escritório.

-Harry - uma voz grossa me chamou - Draco está bem?

-Olá Blaise, ele só acordou indisposto hoje - ele me olhava como se soubesse que eu estava mentindo em casa uma das minhas palavras - Mas, eu te informo qualquer coisa tá bom?

-Certo - ele estendeu a mão e eu a apertei - Por favor faça isso.

Fui até o escritório dele e facilmente localizei seu celular em cima da mesa. Estava descarregado, deve ter sido por isso que em algum momento minhas mensagens pararam de chegar.

Desci para o meu andar e entrei sem bater na porta na sala de Remus, e me atirei na cadeira em sua frente.

-Harry? - Remus se levantou e se sentou ao meu lado - Está tudo bem?

E esse foi meu estopim, comecei a chorar como uma criança e Remus sendo o excelente pai que é com Teddy me abraçou e deixou que eu chorasse.

Deixou que eu colocasse todo o meu medo, minha raiva e inseguranças para fora.

Como em todas as salas tinha uma janela enorme uma em frente para outra, Sirius viu o que estava acontecendo e rapidamente foi para a sala de Remus.

Assim que ele entrou meu olhar se encontrou ao dele e ele me deu um sorriso triste e depois se ajoelhou na minha frente. Remus massageava meus ombros e Sirius estava sentado no chão me olhando com carinho.

Ninguém disse nada, eles esperaram que eu me acalmasse.

-Os olhos dele... - eu soluçava a todo momento - Não... Não brilham mais...

-Shh... - Remus me puxou para um abraço forte e eu rapidamente me segurei em seus braços - Vai ficar tudo bem...

Aos poucos fui me acalmando, Sirius me trouxe um copo de água e eu demorei para conseguir beber tudo, minha garganta estava doendo devido a força que eu estava chorando.

Quando finalmente eu consegui respirar mais aliviado Remus voltou ao seu lugar e Sirius se sentou na cadeira ao lado da que eu estava.

-É do Draco? - Sirius indicou o celular e eu confirmei - Vou colocar para carregar.

-E então? - Remus perguntou

-Ele está na terapia agora - os dois me escutavam atentamente - Ele disse que algo aconteceu com ele, mas que não está pronto para falar sobre isso agora... Então ele decidiu começar uma terapia.

-Isso é bom - Remus parecia aliviado - É a melhor coisa a se fazer agora... Concertar o que se quebrou para conseguir superar o que aconteceu com ele.

-Gente... - Sirius chamou a nossa atenção e colocou o celular do Draco na mesa.

A todo momento chegava mensagens de um número desconhecido.

"Vai fugir mesmo?"
"Ainda temos negócios para resolver"
"Por que não está me respondendo?"
"Já pensou o que iram falar do grande Draco Malfoy?"

-Que porra é essa? - bati na mesa me erguendo - De quem é esse número?

-Espera um pouco - Remus digitou o número no próprio celular e ligou. - Bom dia, posso falar com o Taylor? Não tem ninguém com esse nome? Tem certeza? Bom é que me passaram esse número a respeito de um negócio, aqui da Malfoy Ltda, mas desculpe o incômodo... - Remus fingiu que desligaria mas a voz voltou a falar de uma forma afobada - Bom, não sei se há possibilidade de um novo sócio... Mas me passa seu nome que eu irei salvar seu contato e eu verei o que posso fazer... Certo, até. - e desligou.

-Quem é o filho da puta? - Sirius perguntou já estalando os dedos.

-Peter Petigrew. - Remus respondeu nervoso, passando as mãos nos cabelos - Que merda!

-E agora? - indaguei - É melhor eu excluir essas mensagens ou deixar que o Draco leia?

-Você tem a senha dele? - Sirius me perguntou e eu neguei - Então ele terá que ver.

-O que esse cara tá querendo? - Eu perguntei e nem dei espaço para que eles me respondesse - O único que pode responder é o Draco, mas ele é o último que precisa de mais merda desse tipo!  - me levantei prestes a socar alguém - Agora eu vou ir lá buscá-lo da terapia e ele vai ver isso e vai ficar mal de novo - comecei a gesticular enquanto andava de um lado para outro - E então ele vai se machucar de novo e eu não vou poder impedir...

-Harry! - Remus gritou me fazendo parar imediatamente - Não é sobre isso, não é assim que funcionam as coisas!

-Harry - Sirius veio em minha direção me puxando para a cadeira - Você nunca vai poder evitar que o Draco se magoe ou se machuque, mas você pode demonstrar apoio à ele, mostrar que ele não esta sozinho.

-Dessa forma... - Remus começou a complementar - Ele vai se sentir forte novamente.

Concordei com eles, apesar de ser difícil eu não conseguia o proteger de todas as coisas. Mas eu faria o possível e o impossível para sempre tentar fazer isso.

-Obrigado vocês dois - me levantei e peguei o celular -Estava precisando disso!

Abracei um de cada vez e escutei com felicidade todas as recomendações que ambos me fizeram.

Atravessei alguns sinais vermelhos para chegar no consultório antes que Draco terminasse a sessão. Estacionei de qualquer jeito e corri para dentro.

Me sentei na sala de espera e comecei a folhear algumas revistas, 15 minutos depois a porta da sala se abriu e um Draco mais leve saiu de lá.

Novamente o pânico tomou conta de mim, eu não queria que ele visse as mensagens, não o queria triste... Eu poderia quebrar o celular dele mas ele ia me achar louco.

Suspirei e me lembrei da conversa com Sirius e Remus. Draco conseguia, e se ele achasse que não eu estaria ali do seu lado enumerando todas as razões para fazê-lo voltar acreditar que sim, é claro que ele consegue.

-Oi - ele disse assim que chegou mais perto de mim - Você está bem?

-Eu? Tô sim... Por que a pergunta?

-É que você está vermelho - ele sorriu e passou uma mão no meu cabelo - E soado.

-Ahh... Estou com calor - disse enquanto fingia me abanar com uma mão - Tá tudo bem? Foi tudo bem?

-Vai ficar e sim, foi tudo bem - Draco começou a andar em direção a porta - Vou voltar amanhã.

-Que bom! - tomei a frente e abri a porta para que ele pudesse entrar no carro. Dei a volta e tomei meu lugar atrás do volante.

-Você pegou meu celular? - suspirei pesadamente e entreguei o aparelho à ele, não dei partida no carro, esperei que ele lesse as mensagens.

Suas mãos começaram a tremer um pouco e eu me odiei por não ter quebrado aquela droga de celular, ele guardou o aparelho no bolso da calça e começou a inspirar e expirar lentamente.

De repente ele olhou para o banco de trás e depois para mim.

-Você não comprou os churros? - me questionou e eu me surpreendi com aquilo.

-Eu... Eu ainda não comprei - o corrigi vendo ele rir - Vou passar lá agora.

Dei partida no carro e fomos para a padaria, vez ou outra eu olhava para o lado só para conferir se estava tudo bem.

E não parecia que estava bem, mas também não parecia que estava mal. E isso poderia ser descrito como progresso.

Compramos muita coisa porque Draco queria passar a tarde com os pais, então quis levar algumas coisas para um café da tarde com eles. Peguei algumas besteira para comermos quando ele chegasse de lá.

Não era o momento de eu estar junto com eles, não era o momento de um cara indo apresentar o namorado para os pais.

Era o momento de um cara que estava mal e precisa do colo da mãe e da companhia do pai.

E assim foi, o deixei na casa dos pais e subi com um monte de sacolas para a cobertura.

Horas se passaram e Draco voltou para casa. Era um alívio vê-lo entrando ali.

Estava deitado no sofá quando ele chegou, andou até onde eu estava e deu dois tapinhas na minha perna.

-Não - ele me empurrou para que eu me deitasse novamente, já que eu tinha feito menção de me sentar - É para você colocar a perna no meu colo.

-Ahh tá - fiz como ele pediu - Como foi com seus pais?

-Foi bom - ele começou a acariciar a minha perna - Meu pai parecia mais lúcido então eu aproveitei bastante.

-Fico feliz em saber disso! - realmente ter passado a tarde toda com os pais ajudou Draco.

Ficamos algumas horas assistindo qualquer coisa que passava na televisão, quando uma mensagem que eu recebi fez meu coração disparar.

-Eu já volto - me levantei e fui até a porta da cozinha, abri e dei de cara com Sirius e Teddy, fiz sinal para que eles ficassem quietos.

Sirius me mandou uma mensagem dizendo que Teddy estava com saudades do dinho dele e que eles já estavam na porta da casa do Draco.

Se tem alguém que conseguia trazer felicidade para Draco era o Teddy.

Peguei Teddy no colo e coloquei sua mochila nas minhas costas. Sirius disse baixinho que dali umas 2 horas voltaria para pega-lo.

Fui caminhando lentamente até a sala e Draco estava  tão concentrado na TV que nem nos viu chegando.

Limpei a garganta chamando sua atenção.

-Temos visita! - indiquei o garotinho nos meus braços e Draco abriu um sorriso que eu senti muita falta.

-Oi dinho - ele estendeu os braços para que Draco o pegasse no colo - Eu vim te ver!

Draco apertou o afilhado nos braços e olhou para mim.

-Obrigado - disse olhando nos meus olhos

-Di nada - Teddy respondeu fazendo nós dois rir - Tô com fome.

Ainda bem que tínhamos passado na padaria mais cedo, coloquei tudo o que coube em uma bandeja e levei para os meus meninos na sala.

Comemos escutando toda a rotina do Teddy, ele nos contou tudo... Desde o que comeu no café da manhã, seu dia na creche, sobre os professores... Tudo!

-Aí meu papai falou que o dinho tava dodói - Teddy desceu do sofá e pegou a mochila dele - Quando eu fico dodói meus papais contam historinhas para mim e eu fico bom - ele tirou um livro da mochila e foi para frente do Draco - vou ti contar uma historinha e você vai melhorar.

Teddy segurou a mão de Draco e o levantou do sofá, o levando até o quarto. Acompanhei os dois porque eu estava derretido com aquela cena e eu não queria perder nenhum momento.

Draco colocou o menino na cama e se deitou ao lado dele, Teddy olhou para mim e deu algumas batidinhas no lugar ao lado dele e é claro que eu fui! Teddy estava sentado com o livro no colo e Draco e eu deitados, cada um de um lado.

-Era uma vez... - ele abriu o livro e começou a nos contar uma história - Três irmãos que tinham que passar por um rio - ele virou a página - E esse rio não tinha ponte, mas os irmãos eram todos mágicos - ele apontava para as figuras dos livros e nós prestávamos o máximo de atenção - Então eles fizeram uma ponte...

E no fim da história, notei que Draco tinha melhorado. Teddy havia trazido um lindo fio de esperança.


———————————————-

Prontinho meus amores! 3 capítulos novinhos para vocês passarem bem o final de semana ❤️

Pois é, Draco foi abusado quando criança...

Já quero haver que não irei entrar em detalhes exatos de como eram os abusos, mais para frente ele irá falar mais sobre.

Mas sem nenhum detalhe nojento, só o assunto é gatilho suficiente.

Esperavam por essa? Quais suas expectativas para essa fase da fic???

Sugestões? Críticas?

Lembrando: criança não consente nada! E adultos só podem consentiram se estiverem plenamente consciente!!!

Qualquer coisa, converse com uma pessoa de confiança e seja forte! ❤️

Vejo vocês semana que vem (já tenho 5 capítulos novinhos em folha rsrs)

❤️

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