Um Amor Em Meio Ao Caos

Від Rebeca_norberto

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É capaz encontrar paz em meio ao caos? Julie encontrou calmaria em John e vice versa e juntos se sentiram mai... Більше

*Nota da autora*
Epígrafe
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Epilogo

Capítulo 32

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Від Rebeca_norberto

Julie

Ver Hanna seguir John, fez o meu estômago embrulhar, mas não tive muito tempo para pensar nisso.

— Julie? — Encarei o garçom e todos os encararam também. — A dona da camionete está aqui?

— Eu. — Ergui o braço chamando sua atenção e das pessoas na mesa.

— Precisa retirar o carro de onde está. — Avisou. — Está atrapalhando a passagem de alguns carros. — Estranhei, mas pedi licença, me levantei e saí.

No estacionamento pouco iluminado, vi que não tinha como atrapalhar nada e que não havia carros querendo saí, o lugar estava sem movimento e o único som que foi emitido, foi de uma moto que passou rápido pela pista principal, fiquei sem entender, mas mesmo assim caminhei para mais perto do carro e antes que eu pudesse chegar lá, alguém me atacou por trás tampando minha boca.

— Calada! — Sussurrou em meu ouvido.

Aquela voz me causou um arrepio na espinha e um pânico invadiu meu corpo.

Ele me encostou no fundo da camionete de forma brusca e depois me virou para ele que, sorria de uma maneira estranha.

— Vou tirar a mão da sua boca, mas não vai gritar, está ouvindo? — Assenti e ele tirou a mão dos meus lábios bem devagar, esperando ver a minha reação.

Eu poderia gritar, mas não consegui, um nó se formou em minha garganta, minha vista ficou embaçada e eu me senti sozinha, não sabia o que ia acontecer ali.

O que eu mais temia estava ali, na minha frente, com um sorriso diabólico no rosto e os olhos sombrios.

Onde estava o homem, no qual, um dia fui capaz de amar?

Como não enxerguei o monstro que ele era?

— O que você quer? — Perguntei com a voz embargada.

— Não está óbvio? — Deslizou a mão pela minha cintura. — Antes de irmos, preciso saber de uma coisinha. — Sua mão livre acariciou meu rosto.

— Não vou para lugar nenhum. — Avisei tentando me afastar de seu toque.

— Claro que vai. — Avisou rindo. — Vamos realizar o que passamos seis anos planejando, faremos a família mais linda e feliz. — Ele agarrou meu rosto e juntou nossos lábios com brutalidade.

Em desespero mordi seu lábio, o gosto de sangue invadiu minha boca e ele gemeu se afastando de mim.

— Vagabunda! — Me xingou cuspindo no chão, pensei que conseguiria fugir dele, mas antes que eu tentasse, ele agarrou meu braço. — Você me ama, Julie, por que me machucou? — Perguntou com uma voz triste.

— Eu não te amo. — Cuspi as palavras. — E odeio saber que um dia conseguir amar você. — Riu.

— Me disseram que estava vivendo um romance aqui. Não acreditei, até porque sei que você não me trairia. — Ri. — Preciso que me diga que é tudo mentira.

— Primeiro, não traí você, porque você e eu não existe mais. — Sorri. — E não, não é mentira. — Nesse momento senti o meu rosto arder, depois de ter sido atingido pela sua mão pesada.

— Filho da puta! — Ouvi o berro de John e o corpo de Paul se afastou do meu de forma brusca e só não caí graças a camionete.

Assim que levantei a vista, lá estava o Tyler tentando tirar John de cima dele, os convidados de John apareceram no estacionamento e Hanna parecia desesperada no meio deles.

— John! — Gritei. — Por favor, pare! — Pedi e então Tyler o tirou de cima dele e o Átila segurou Paul que se debatia querendo ir para cima dele com o rosto ensanguentado.

Corri até John e vi os pequenos ferimentos em seu rosto também, mas ele não parecia se importar, apenas tomou o meu rosto com as mãos com uma expressão preocupada.

— Você está bem? — Me analisava. — Ah, Julie, me desculpa. — Me abraçou e era tudo que eu precisava, chorei aliviada por ele estar ali.

— Que bom que apareceu. — Sussurrei próximo ao seu ouvido e ele depositou um beijo no topo da minha cabeça.

Ouvi Paul pedir que soltassem ele várias vezes, mas depois de poucos segundos, o que escutei foi o barulho de vidro se quebrando, me afastei de John que estava com os olhos arregalados e assim que me virei, lá estava ele destruindo o meu carro com uma barra de ferro, meu coração se partiu

Já podia se ouvir a sirene da polícia se aproximando.

— Paul, para! — Gritei já chorando, mas ele me ignorou.

Avancei em direção a ele, mas John me segurou.

— Não, Julie. — Falou me encarando. — Ele pode te machucar.

— Você destruiu a minha vida! — Gritou golpeando o carro outra vez.

Naquele momento todo e qualquer sentimento que ainda havia em mim, relacionado a aquele homem, sumiram, ele carregará um sorriso maquiavélico enquanto golpeava o meu carro, sabia o que aquilo me causará, diferente de mim, ele me conhecia, sabia exatamente todos os meus pontos fracos, tudo o que poderia me atingir e me destruir, eu o dei tudo isso de presente, dei todas as armas nas mãos daquele maldito, por isso me encontrará naquela situação dolorosa.

Os policias chegaram, ele largou a barra de ferro e levantou os braços, nossos olhares estavam presos um no outro, observei a cena em que os policiais o algemaram, enquanto soluçava, os braços de John me apertaram ainda mais.

Diante toda aquela situação, ainda fomos interrogados, na delegacia, dei queixa dele, me senti leve depois de falar com a policial que foi bem paciente comigo, já que eu mais chorei do que falei.

Paul não era mais um problema que eu teria que lidar.

Ao sair da sala, avistei John sentado em um dos bancos de espera, sorriu fraco ao me ver, caminhei até ele que levantou.

— Me desculpa. — Estávamos um pouco distantes um do outro.

— Você não tem culpa de nada. — Avisei e o abracei. — Como ele me achou? — Fiz a pergunta de forma retorica e não esperava a resposta que estava por vim.

— Foi a Hanna. — Me afastei de seus braços.

— O que? — Ele me fez sentar no banco, sentou ao meu lado e contou que ela havia feito e como.

— Mas acabou agora. — Jogou meu cabelo para trás da orelha. — Eu vou cuidar de você. — Beijou minha testa e uma sensação gostosa tomou meu corpo.

— Julie! — Ana veio em minha direção desesperada e me abraçou. — Meu Deus, ainda bem que está bem. — Quando ela se afastou de mim vi Clarissa, que se aproximou e me abraçou também.

Tyler também estava, ficou junto a Ana.

— Ficamos tão preocupadas. — Sorri fraco para elas.

— Foi horrível, mas acabou. — Contei.

— Como ele te achou? — Ana perguntou, suspirei e contei a elas. — Eu não acredito! — Berrou.

— Nem eu.

O som do salto batendo no chão duro da delegacia, anunciou a chegada dela, Ana ameaçou avançar, mas Tyler a agarrou, a mesma protestou e a olhou torto.

Hanna parecia extremamente arrependida.

— Julie, me desculpa. — Seu olhar não estava em mim, ela queria o perdão dele, não o meu, seu arrependimento não era por quase ter destruído a minha vida e sim porque acreditava que suas chances imaginarias com John, haviam acabado de uma vez por todas.

Me levantei de forma brusca e seu olhar finalmente se prendeu em mim e antes que ela abrisse a boca outra vez, no impulso dei um tapa em seu rosto e todos pareceram surpresos.

— Engula suas desculpas. — Senti as mãos de John em meus braços, como se achasse que eu a atacaria outra vez e ele estaria pronto para me impedir.

Ela alisou o rosto com uma expressão assustada e os seus olhos azuis brilharam.

— John! — Ela o chamou com uma voz carregada de suplica.

— É melhor você ir, Hanna. — John avisou.

Podia jurar que um sorriso debochado se abriu no rosto de Ana, mas ela pareceu se segurar, porém Tyler nem se esforçou para isso.

Sem disfarçar engoliu o choro, ergueu a cabeça, deu as costas e saiu com passos lentos.

Antes de qualquer comentário o policial se aproximou.

— Senhorita Gonzales. — O mesmo carregava uma sacola nas mãos. — Aqui estão as coisas que tiramos do seu carro. — Me entregou a sacola, engoli a seco suas palavras.

— Obrigada. — Sussurrei, ele assentiu saindo.

— Quer que eu te deixe em casa ou vai com Ana? — John se posicionou em minha frente, pensei por alguns segundos e percebi que a noite que era para ser dele foi totalmente destruída por minha causa.

— Ana, eu vou mais tarde. — Falei encarando-a, um sorriso divertido se formou em seu rosto.

— Está bem.

As meninas me abraçaram e nos despedimos.

— Para onde vamos? — Perguntou ele depois que as meninas saíram acompanhadas por Tyler.

— Fazer essa noite valer a pena. Era para ser sua noite e....— Ele colocou o dedo indicador em meus lábios, acariciou meu rosto e beijou minha testa.

— Nada disso é culpa sua. — Seus dedos ainda alisavam meu rosto. — Não ouse dizer o que pensou em dizer. — Apertei os lábios e forcei um sorriso. — Foi uma fatalidade, não poderíamos imaginar que isso iria acontecer.

— Obrigada por aparecer. — Toquei em seu rosto e sem muito esforço, graças ao salto, alcancei os seus lábios, em um beijo rápido. — Esse vestido não merece uma noite assim.

— Vou melhorar ela. — Sorri. — Mas antes, me dê um minuto. — Assenti e ele saiu em direção ao balcão, me sentei em um dos bancos e logo John voltou, pegou em minha mão e me tirou de lá.

Usei uns lenços que havia no seu carro para limpar a maquiagem que estava borrada em meu rosto.

Ele estacionou em frente a um restaurante, o vestido ganhou a noite merecida, um ambiente extremamente delicado e chique, o som do violino deixava tudo ainda mais elegante.

Ignorei o episódio dramático daquela noite e foquei em me divertir, apesar do olhar de preocupação de John sobre mim, vez ou outra.

Rimos, brindamos com um bom vinho e desfrutamos daquele momento como se nada houvesse acontecido antes, — apesar da dor que carregava pela perda do meu carro, não pelo carro em si, mas pelas belas memorias que ele carregava — talvez aquela noite precisasse ser daquele jeito, o ponto final precisava ser colocado naquela história toda, não se pode começar um novo parágrafo sem finalizar o outro e finalmente eu e Paul havíamos acabado e não tinha mais os meus "E se", sabia que queria mais, eu merecia mais, eu merecia ser feliz.

Precisava deixar de verdade o passado para trás, viver o presente, planejar o meu futuro, voltar a pensar alto como fazia aos meus doze anos.

***

— É uma pena ter que te deixar em casa. — Sussurrou com seu rosto próximo ao meu, logo depois do beijo caloroso que o mesmo havia depositado em meus lábios. — Porque não saímos para almoçar amanhã? — Jogou uma mecha do meu cabelo para trás da orelha.

— Minha vez de cozinhar. — Avisei e ele abriu um sorriso divertido no rosto. — E se Ana e Tyler estivesse também? — Sugeri.

— Por mim tudo bem. — Sorri.

— Então até amanhã. — Dei um beijo rápido em seus lábios e saí do carro.

— Até amanhã. — Soltou uma piscadela e eu segui para o prédio.

Encontrei Ana na sala em frente à televisão, com um balde de pipoca em mãos e lagrimas no rosto.

Praticamente corri até a mesma.

— O que aconteceu? — Perguntei preocupada.

— Jack não deveria morrer. — Protestou ela, me deixando confusa, mas ao seguir seu olhar me dei conta de que ela estava assistindo "Titanic".

Suspirei aliviada por não ser nada com ela.

— Me assustou, Ana. — Reclamei e ela pausou o filme.

— Eu te assustei? — Limpou o rosto com o lençol que a enrolava. — Quem se assustou hoje foi eu. — Sorriu. — Daria tudo para ter a sensação prazerosa e libertadora que foi a que você sentiu ao atingir o rosto daquela megera oxigenada. — Revirei os olhos, não senti nada de bom, se não estivesse tão abalada, jamais teria tocado nela.

— Não foi nada libertador e muito menos prazeroso, mas entendo por que ache que foi. — Tirei os saltos que já estavam me incomodando. — Ela pagou um detetive, pensei que só veria isso em filme!

— A existência dela me incomoda, só pelo fato dela ser uma das modelos com que Tyler precisa trabalhar e me desculpa pelo que eu vou dizer agora, mas que bom que ela gosta é do John. — Ri.

— Não diria que ela gosta, mas sim ama. — Levantei. — Amanhã farei um almoço para John e você e Tyler estão mais do que convidados a está aqui.

— Programa de casal, eu amo! — Falou animada.

— É claro que ama. — Ri e segui para o banheiro precisava de um banho e de uma noite de descanso.

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