Sophie Rockenbach
-Finalmente te encontrei.
-Eu mereço. -sussurro revirando o olhos
O que você quer, Bukovski?
-Você não pode sumir assim querida, não pode terminar nosso noivado e não dar explicações.-rosna irritado
-Não só posso, como fiz! - depois de descobrir que ele era o mandante da tentativa de assassinato dos meus pais, eu tentei procurar provas para poder matá-lo, mas a única prova que encontrei, desapareceu. E então fazem 2 anos que terminei com esse embuste e 1 ano que consegui despista-lo. Bom, hoje ele me encontrou.
-Não se esqueça quem eu sou, Sophie - ele agarra o meu braço e no mesmo instante eu me levanto
-E você, não se esqueça quem EU SOU! -digo as últimas palavras com raiva e puxo o meu braço.
-Está tudo bem aqui? -o ruivo maravilhoso pergunta e meus soldados chegam no mesmo instante.
-Isso não vai ficar assim Sophie! -Bukovski sai com raiva.
Olho para o ruivo e digo -Obrigada, mas não preciso ser salva - e sorrio.
-Não pensei que precisasse - diz se sentando na cadeira a minha frente - a princesa da máfia sabe se cuidar.
Olho para ele incrédula. Apesar da pele clara e os cabelos de fogo, sei que ele não é alemão.
-E você é? -pergunto com uma sobrancelha levantada .
-Eu poderia ficar ofendido por você não saber quem eu sou, Sophie -coloca a mão no peito -Lorenzo Rossi, ao seu dispor.
-E o que o chefe italiano está fazendo aqui? -droga, eu tinha que ficar encantada logo por esse cara?
-Vim te fazer uma proposta - ele sorri e que sorriso! Foco Sophie.
-Que seria? -balanço minhas mãos para ele continuar.
-Case-se comigo!
-O que? -minha voz sai numa intonação constrangedora -o que?
-Eu preciso de uma esposa pra deixar o conselho feliz, você precisa de um marido pra se tornar chefe da máfia alemã. Estou juntando o útil ao agradável. -diz juntando as mãos
-Olha senhor Rossi, meu pai vai se aposentar em 10 anos, acho que ainda tenho tempo- digo massageando minha testa, essa conversa está me dando dor de cabeça.
-Mas os atentados estão cada vez mais frequentes, tiveram sorte de ninguém ter se machucado.
-E o que senhor...
-Você!
-O que?
-Me chame de você -diz sorrindo
-E o que o SENHOR- digo com ênfase- ganha com isso? - ele ri
-Apenas a honra de te ter como esposa. - galanteador barato.
-Por favor senhor Rossi...
-Lorenzo, me chame de Lorenzo, Sophie.
-Rossi, se você quiser casar comigo, teria que pedir para o meu pai e não para mim -digo o óbvio
-Eu já pedi e ele disse que a decisão é sua. -meu pai sempre joga a bomba pra mim, mas eu gosto.
-Entendo, o que eu ganho com isso senh... Rossi? - ele sorri
-A máfia italiana e alemã juntas. -é claro que eu sei disso, mas preciso saber o que esse cara quer de verdade.
-Caso eu saiba - digo levantando o indicador - precisa ser virgem pra entrar pra famiglia. Não sei se está bem informado mas, a máfia alemã não é tão severa como a italiana. - sorrio falsa
-Touché! Mas eu sei que você é virgem Sophie, seu pai te deu a oportunidade de se casar com quem quiser e pra isso, você teria que se guardar. Estou errado? - pergunta levantando uma sobrancelha
-Elementar, caro Watson - balanço as mãos e ele ri - com uma condição!
-Qual?
-Eu não serei uma esposa troféu, Rossi. Não serei uma dona de casa submissa e recatada, não sou inocente como os italianos gostam. Eu luto pela minha família, pela minha máfia; fui treinada pra isso, pra ser uma máquina de matar.
Não pense que ficarei calada, não serei o seu troféu alemão! - digo séria
-E é justamente por isso que eu te escolhi Unerträglich! - ele sorri e me assusto
-Vejo que fez o seu dever de casa direitinho, Rossi - falo firme pra não mostrar a minha surpresa
-Como eu disse, não quero qualquer mulher ao meu lado. - fala sério
-Eu não sou inocente Rossi, ninguém me penetrou, isso é verdade, mas não quer dizer... - passo o meu indicador pelos lábios e ele arregala os olhos - Ainda quer se casar?
-Tentando se livrar de mim, Sophie? - ele sorri de um jeito cafajeste - Com uma condição!
-E qual seria?
-Vamos nos casar e morar na Itália
-Com uma condição - sorrio - a cada mês, vamos passar uma semana aqui na Alemanha e quando me tornar chef, ajustamos.
-Acho que estamos colocando condições demais - coça a cabeça
-É pegar ou largar, Rossi -falo vitoriosa
-Com uma condição
-Não foi você que acabou de reclamar?
-Elementar, caro Watson - diz sorrindo e eu sorrio de volta e balanço as mãos pra ele continuar - Na hora que eu estiver te fodendo, você vai gritar meu nome! - sussurra e isso me arrepia inteira
-Só se você me foder direito, Rossi!