Mad World; Draco Malfoy +18

By mimimarianaa

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Invisível aos olhos humanos. Um passado tenebroso e desconhecido. Um rapaz loucamente atraente e possessivo... More

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Livro Aberto
Fúria
Para Tudo Tem Uma Explicação
Isso Tem Que Acabar
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Tudo Está Fazendo Sentido
As Ações Tem Suas Consequências
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Você é o Desconhecido
Qual é o Meu Destino?
Este Não Pode Ser O Meu Destino
Confiança
Ligação Dos Pontos
A Morte Não é o Meu Destino
Uma Realidade Alternativa
Minha Ambição
Cachecol Verde e Branco
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Problemas
Sr. e Sra. Clifford
Maldita Tia Rosie
Círculos Prateados
Chuva, Lágrimas e Sangue
Velha Maluca
Natal Bruxo
Em Observação
Inferno
Morte no Singular
Recuperação
Investigações

Reviravoltas

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By mimimarianaa

O dia estava amanhecendo. Olhei em meu relógio e nele marcavam 6:58 da manhã.
O céu acinzantado era coberto por nuvens nebulosas prestes a chorar. Comigo não era diferente.
Eu me sentia como aquelas nuvens, extremamente cheias para descarregar tudo. A tristeza, o ódio... eu estava sentindo nojo, não só de Chester, meu próprio pai, mas de mim mesma por deixar que isso acontece-se. Eu não era digna de estar na grifinória e muito menos em outra casa. Eu não era digna de viver no mundo bruxo.
Perdi todas as minhas esperanças naquela noite de que tudo na minha vida seria fácil e do meu jeito. Todo o futuro que eu havia planejado para mim mesma, desabou como um prédio em um terremoto, bem rápido.
A culpa não era só voltada para mim ou para Chester, tenho certeza absoluta que Malfoy também tem um dedinho de culpa. Se ele não estivesse presente em minha vida, eu não teria mais um problema para resolver. Malfoy era um problema, um chiclete em meu sapato, um parasita.
Tudo o que eu sentia era um vazio, parece que o encontro com Chester me deixou morta por dentro.
Kathrina.
O nome ecoou na minha cabeça. O nome de minha falecida mãe. Agora eu sabia mais do que ninguém que todos estavam errados com relação à mim.
Eu não era como minha mãe, pelo menos não mais.
Chester destrancou o lado que eu mais temia.
Eu não vou deixar que ele vença. Não posso deixar.

Estava enlouquecendo. Toda essa história estava me deixando maluca. Ajoelhada no chão e com os dedos entre meus fios de cabelo. Minha cabeça girava.
Ouço a porta ser aberta de um jeito bruto. Braços fortes me envolvem em um abraço forte, de conforto.

- Está tudo bem, querida. - a voz de meu avô estava abafada.

Parecia que a minha audição estava se perdendo. Eu não escutava nada além de sons abafados.

- S/n? Filha, está tudo bem? O que houve? - a voz abafada de Lupin parecia mais preocupada que o normal.

Fecho meus olhos com força desejando que tudo isso acabe logo. Os abro de novo quando minha audição já estava melhor. Não percebi que chorava, meu rosto estava completamente molhado junto com a blusa de meu avô.
Eu não sabia mais o que estava acontecendo. Por que eles estavam tão preocupados?

- Vovô...? O que houve? - pergunto sussurrando.

- Ouvimos você gritar e viemos ver o que estava acontecendo. Você está bem?

- Na verdade não, estou um pouco tonta e... me sinto fraca demais.

- Acha que devemos levá-la ao médico, Charlie?

- Não. - digo com a voz firme. - Nada de médicos. Só... me deixem descansar um pouco.

Eu não gostava de ir ao hospital, aquele lugar me dava calafrios. Não pelos médicos em si, mas pelas coisas que tem, tudo muito branco parecendo um quarto de hospício, os utensílios cortantes para cirurgias... o medo de nunca sair de lá, sair de lá com vida. Enfim, inúmeras coisas.

- Claro, querida.- minha avó concorda.

A mão de minha avó se encontrava sobre seu peito que subia e descia devagar. Ela também estava tentando se acalmar. A mulher de roupão e pantufas da cor de um magenta terrível se aproximou.

- Acho que você devia tomar um banho. Vem a vovó vai te dar um banho.

Ela estende a mão e eu a pego. Me ajudam a levantar, minha avó me segura com a mão esquerda em minha cintura e a outra segurando minha mão me direcionando até o banheiro. Meu avô abre a porta, entramos e ele fecha. Me apoio no balcão da pia.
A mulher vai até a banheira no fundo do banheiro e liga uma das torneiras. A água quente percorre até a banheira, em menos de 5 minutos a banheira se encheu. O vapor da água subia já começando a embaçar o espelho.
Com um sorriso doce ela vem até mim me ajudando a me despir.
Suas mãos ásperas entram em contato com a minha pele nua quando ela me direciona até a banheira me ajudando a entrar.
A água quente relaxou meus músculos.
Minha avó pegou uma vasilha do lado da banheira, pegou um pouco de água e molhou meus cabelos.
Minha cabeça ficou vazia, sem pensamentos. Apenas aproveitando os dedinhos delicados da senhora de meia idade acariciar meus cabelos. Com shampoo e condicionador, a mulher lavou meus cabelos delicadamente.
O rosto de Malfoy veio a minha cabeça. A raiva voltou a me consumir. Tentei esquecer, mas só piorou. As lembranças do que Malfoy havia imaginado outro dia vieram a minha cabeça. Seu corpo sobre o meu em sua cama. Meu corpo começou a esquentar mais do que o normal.
A mulher enxáguou meus cabelos e se levantou da cadeirinha que estava sentada.

- Eu vou te deixar aqui, se precisar é só chamar. - ela beija o topo da minha cabeça e sai.

Fecho os meus olhos e as imagens daquele parasita voltam a minha mente. Tento relaxar e esquecer, pensar em outra coisa.
Lembro-me de Chester dizendo sobre as nossas mentes. Conectadas.

Se você estiver fazendo isso, eu peço que pare agora mesmo.

Silêncio e nada mais. Relaxo, deslizo e afundo para debaixo d'água.
Malfoy estava arruinando a minha cabeça. Agora que eu sentia mais raiva do que o normal do loiro, não seria mais tão prazeroso vê-lo tentar me conquistar. Eu queria distância dele. Ele mentiu várias vezes sobre mim para tentar subir em um pódio que nem existe.
Ele só me queria como um prêmio. Com certeza ele só estava fazendo o que estava fazendo para me colocar em sua cama, ser sua submissa e me usar como bem entender. Para ele eu não era nada, nada além do que um pedaço de carne para o prazer.
Estava ficando sem ar, volto a superfície tirando a água de meu rosto.
Respiro fundo para que o ar volte para meus pulmões. Olhando para meu corpo sob a água senti uma vontade imensa de me tocar.
Minha mão foi em direção a minha intimidade. Malfoy apareceu em minha mente. Paro no mesmo instante.

- Não, não vou fazer isso pensando nele. - sussuro.

Respiro fundo. Fiquei mais alguns minutos e a água começou a esfriar. Saio da água, pego a toalha e me enrolo nela. Lentamente saio do banheiro e vou até meu quarto. Meu guarda-roupa ainda tinha algumas peças que eu não levei. Coloquei uma roupa íntima preta, uma blusa de manga comprida branca simples e uma calça cargo preta. Voltei ao banheiro e sequei meu cabelo com o secador. Finalizei ele o amarrando em um rabo de cavalo e sai do banheiro indo para o andar debaixo.
Meus familiares me olharam e dei um sorriso de leve.

- Como você está? - perguntou Lupin.

- Melhor... eu acho... - dei de ombros.

- A sua crise de pânico está piorando, S/n. Não quer ficar aqui por algum tempo? - perguntou meu avô.

- Posso conversar com Dumbledore. - afirmou Lupin.

- Não. Eu vou ficar bem. Ron vai estar comigo.

- Aquele menino é de ouro. - disse minha avó.

- Poderia ficar com ele. - disse meu avô brincando, mas sabia que tinha um pingo de verdade.

- Ron está namorando e... ele é meu melhor amigo... seria estranho. Nunca o olhei de outra forma.

Meu avô faz uma careta.

Não era o que parecia, bufa o homem.

Sorri e me sentei à mesa. Minha avó coloca um prato com ovos e bacon, uma tigela ao lado continha uma salada de frutas, junto de um copo de suco de laranja. Me sinto um pouco enjoada só de olhar. Esboço um sorriso agradecendo e vou comendo a contra gosto. Estava realmente muito bom, mas o enjoo não estava ajudando.
Parecia um efeito colateral de Chester, toda as vezes que ele estava em minha mente eu ficava em algum estado péssimo. Parecia algum tipo de droga prejudicial.
Mas agora eu queria saber se a raiva por qualquer que eu senti dias atrás era algum efeito colateral.
Comi meu café da manhã e meus avós ainda pareciam preocupados.

Ela não teve uma crise assim em anos... o que pode ter acontecido? Será que aquele rapaz que ela conheceu tem algo a ver?, o mais velho pensava calmamente.

Tadinha, ela deve estar sofrendo tanto lá, será que ela tem alguma amiga além de Ron para ajudá-la?, como sempre, minha avó muito doce.

Havia uma grande diferença entre meus avós. Meu avô era mais bruto, indo pela lógica e agindo muitas vezes por impulso. Já minha avó era mais doce, ela agia com mais hesitação e praticidade, era mais calma. Porém quando explodia nem mesmo meu avô segurava ela.
Os dois completavam um ao outro. Peças de um quebra-cabeça que se encaixavam perfeitamente.

- Está pronta para ir? - Lupin me olhava esperando a minha resposta.

Eu queria ficar só mais um pouco, pelo menos uma hora. Neguei com a cabeça e meus avós relaxaram na cadeira.

- Quero ficar só mais um pouco. - disse em voz baixa.

Estava sem forças até para falar. Lupin assentiu.
Nós ficamos mais uma hora e meia. Voltei para meu quarto para pegar minhas roupas de ontem. Coloquei o mesmo sobretudo e coloquei as outras roupas em uma bolsa pequena.
Estávamos nos despedindo de meus avós em frente a confeitaria.

- Tens certeza de que não quer ficar? - minha avó pergunta arrumando meu sobretudo.

- Tenho, eu vou me cuidar. Caso eu queira voltar mando uma carta.

Ela assentiu com seu sorriso doce. A mulher me deu um abraço forte por um pequeno prazo de tempo. Eu tinha certeza de que ela não queria me soltar. Minha avó me solta dando o lugar para meu avô que fez o mesmo.

- Se cuide, minha princesa. - ele beija o topo de minha cabeça.

- Amo vocês. - digo baixo e sorrindo.

Não esperamos que falassem algo. Saímos andando até algum beco. Lupin estava um pouco inquieto, suas mãos tremiam e seu rosto virava sempre para olhar ao redor.

- Lupin, está tudo bem? - pergunto.

- Está, só estou pensando.

Ele se acalmou um pouco. Suspirou e parou.

- O que foi? - pergunto confusa pelo ato repentino.

- Nada, não é nada demais.

Lupin ficou um instante em silêncio. Aquilo já estava me deixando nervosa.
Ele levantou a mão com o dedo indicador levantado. Abriu a boca para falar, porém nada disse. Tentei ler a sua mente, mas estava vazia, escura. Estava ficando muito nervosa com todo o seu silêncio. Será que eu vou ter que arrancar dele na marra?

- Lupin, você está me matando desse jeito.

- Desculpe. Eu só queria saber o que serviu de gatilho para o seu ataque de pânico.

Eu não poderia dizer que Chester havia aparecido em meu quarto durante a madrugada. Na verdade, não poderia dizer a ninguém sobre Chester e meu "acordo" com ele. Mais uma vez terei de mentir.

- Eu não sei, tanto é que eu só fui me ligar que estava tendo uma crise de pânico quando vocês entraram no meu quarto.

Ele assentiu meio desconfiado.

- Não precisa se preocupar, ok? Eu vou ficar bem.

Coloco a mão em seu ombro e ele sorri. Voltamos a andar e entramos em um beco, desaparatamos para um beco próximo da casa de Sirius. Andamos para frente da casa e a mesma se revelou. Entramos e Lupin anunciou que havíamos chegado. Sirius apareceu no fim do corredor e abriu um sorriso.

- Como foi na casa de seus avós? - perguntou me dando um abraço.

- Poderia ter sido pior. - digo com a voz falha.

Lupin andou para mais adentro da casa e sumiu me deixando a sós com Sirius. Sirius me olhou bem como se estivesse me estudando.

- Você está estranha, aconteceu algo de ruim?

- Só mais... uma crise de pânico, só que essa foi mais intensa. - revelei de cabeça baixa.

- Pior do que as outras? - assenti. - Essas suas crises de pânico estão piorando cada vez mais...

- É... estão.

- E seu estado está péssimo, a quanto tempo não dorme? - perguntou olhando meu rosto e o acariciando.

- Não tem importância.

Ele se endireitou como se não gosta-se da minha resposta. Seu olhar era de reprovação. Engoli em seco.

- Quer comer algo? - ele não mudou sua postura falando de um jeito mais severo.

- Não, eu já comi.

Ele assentiu meio relutante e me deu espaço para passar. Ando em passos apressados até a sala de jantar. Entrando no cômodo, vi Dobby conversando com Lupin.

- Dobby. - sorrio ao ver o pequeno elfo.

Me aproximo do mesmo e abaixo o abraçando. Dobby se espanta com os ato repentino, porém retribui.

- S/n Clifford parece animada hoje. - diz o elfo ao se soltar do abraço.

- É... um pouco, meu amigo.

Ele sorri e olha para meu colar.

- Este... não é o colar de Kathrina Clifford? - perguntou confuso.

Sirius e Lupin se entre olharam. Dobby ficou envergonhado, parecia que os dois homens não queriam que eu soube-se. Mas por quê?

- Dobby contou algum segredo que não devia?

- Não Dobby, pretendíamos contar alguma hora. - disse Lupin o reconfortando.

- Quanto tempo iria demorar? - pergunto já sentindo uma onda de fúria me contaminando.

- Nós não queriamos contar porque não sabíamos exatamente o que você sente por sua mãe, S/n. Tínhamos esse medo de que você não aceita-se o presente, o único que sua mãe deixou. - confessou Sirius.

Aquilo já estava acabando com a minha cabeça. Quantos segredos obscuros do meu passado há mais a serem contados?
Por que eles não me contam tudo de uma vez?

- Vocês tem mais alguma coisa para me contar? Por que vejo que estão escondendo coisas demais. - eu não conseguia olhar em seus rostos.

- Algumas coisas que não contamos são para a sua segurança. - Lupin se aproxima na intensão de me tocar.

- Nem pense em tocar em mim.

Me afasto dele, ele recua.
Sinto meu rosto molhando, não me dei conta de quando comecei a chorar. Eles queriam me esconder do que eu realmente sou. E se eu for, na verdade, um unicórnio e eles não me contaram?

- Eu não sou mais uma criança. Eu sei me proteger, então não tem o porquê de esconderem coisas sobre mim... de mim.

- S/n entenda... - começou Sirius.

- Não. Eu não vou entender. - interrompo com a voz rouca. - Eu não sei qual é a fascinação de vocês em me proteger. Eu não sou uma garotinha indefesa. Eu sou uma mulher praticamente adulta. Vocês me fazem pensar que eu não sou forte o suficiente para me proteger sozinha, como se eu não consegui-se nem mesmo lutar contra um Pelúcio.

As lágrimas escorriam cada vez mais pelo meu rosto. Dobby segurou a minha mão na tentativa de me acalmar. Sirius e Lupin estavam de cabeça baixa.
Respiro fundo e então me direciono para as escadas. Dobby vem atrás de mim. Batendo os pés vou em direção ao quarto de Sirius, espero Dobby entrar e bato a porta com o máximo de força possível.
Me encosto na porta e escorrego até o chão. Minha cabeça se afundou entre meus joelhos.
Dobby ficou quieto, mas seus pensamentos eram um misto de preocupação, tristeza e confusão.

- Dobby pode fazer algo por S/n Clifford? - perguntou baixo se sentando na minha frente.

- Não precisa, Dobby. - levanto minha cabeça e enxugo as lágrimas. - Por que eles insistem em esconder as coisas de mim?

Penso um pouco que era um pouco de hipocrisia de minha parte já que eu também escondo coisas. Porém não estou escondendo algo sobre eles mesmos. Eu queria saber sobre mim, me conhecer. Eles sabem quem eles realmente são, seus antepassados. Eu não sei nem 20% dos meus.
Chester com certeza me contaria alguma coisa mesmo se eu não pedi-se. Porém as chances de ele mentir para me juntar a ele eram grandes.
Olho para elfo com um olhar choroso.

- Remus Lupin e Sirius Black fazem isso para a segurança de S/n Clifford.

Reviro os olhos. Segurança. Claro que era por segurança, eles provavelmente não viam nada além de uma menininha gentil e introvertida em mim. Isso estava me deixando frustrada. Eu preciso saber do meu passado mais do que ninguém.

- Pela minha segurança... - afundo meu rosto nos joelhos mais um vez. - Acho que... vou tentar dormir um pouco, não consegui dormir esta noite.

Me levanto, caminho até a cama e pego uma das mantas e vou até o sofá do quarto perto da lareira,não queria ser uma intrusa e deitar em cama alheia.
Me deito e fecho os olhos. Ouço a porta ranger duas vezes indicando que alguém - provavelmente Dobby - abriu e fechou a porta.
Com poucos suspiros sou tomada pela escuridão de meu sono profundo.


LUPIN P.O.V.

Respiro fundo ao ver S/n subir as escadas batendo os pés. Ela está mais teimosa do que o normal. Ouço uma das portas do andar de cima se fechar com uma força extrema. Nunca a vi com tanta raiva.
Lentamente me viro para Sirius, o mesmo estava com as mãos na cintura e olhava para baixo.

- Acha que estamos errados? - perguntou o moreno.

- Acho, estamos escondendo dela o que ela mais quer saber e não é sobre poções.

Ele assentiu devagar.

- É, estamos errados.

Ficamos em silêncio um instante. Doía saber que S/n agora chorava por nossa causa. Tudo o que está acontecendo vem como um tapa em sua cara.
Antes ela era só uma garotinha, agora estava se tornando uma mulher. Antes ela era introvertida, agora ela tem muitos amigos. Antes ela não pensava ou tinha problemas com rapazes, agora tinha Draco Malfoy. Antes ela era minha filha, agora é filha de Chester.
Eu queria que ela cresce-se sem saber da existência de seu pai de sangue. Porém no fundo eu sabia que não importava quantas mentiras contassemos para ela, aquela pequena garotinha inocente parecia saber de tudo.
Ouço passos na escada novamente, pensando ser a S/n me viro rapidamente. Era apenas Dobby.

- Como ela está, Dobby?

- S/n Clifford está dormindo. Está muito chateada e cansada.

- Obrigado Dobby, já pode ir se desejar. - agradeceu Sirius.

- Obrigado, senhor.

Dobby desaparatou e o silêncio voltou a reinar.
Logo Sirius tossiu chamando minha atenção.

- Você mimou ela demais, Lupin. - disse em reprovação

- Eu não mimei ela, apenas dei o amor que ela merecia.

- Ah claro Lupin. - debochou indignado. - A Ordem toda sabe que se a S/n decidir roubar o banco Gringotes você daria o maior apoio a ela e ainda ajudaria. - o moreno levantou um pouco a voz.

- Não é bem assim. - digo calmo. - Eu só não interfiro nas decisões dela.

- Mas deveria dar um puxão de orelha nela as vezes, Lupin. - apoiou uma das mãos na cadeira a sua frente.

- Não me diga como educar a minha filha, Sirius. - ele já estava me tirando do sério.

- Ela não é SUA FILHA, LUPIN!

- MAS EU A CRIEI COMO SE FOSSE!

Tentei me acalmar ao lembrar que S/n dormia no andar de cima.

- Não quero que volte para este tipo de conversa. Afinal, você também a considera uma filha assim como também considera Harry.

- Comigo é diferente, eu não a criei.

- Exatamente, então não deve me dizer como cuidar da minha filha.

Sirius se cala. Ele sabia que eu estava certo.
Como eu queria o dom de S/n para poder ler sua mente.

- Certo... - ele ficou em silêncio mais uma vez. - Quer continuar pesquisando sobre o paradeiro de Chester?

- É claro.

*

Ficamos pesquisando sobre o Chester durante toda a tarde. Já estava ficando frustrado já que não tivemos nem um avanço. A última notícia de Chester foi que foi visto no mundo trouxa, mais precisamente no Canadá.
Já eram 16:39. Precisavamos ir o quanto antes. Me levanto e passo a mão em minha nuca.

- Vou acordar a S/n para irmos embora.

- Já está na hora de irem? - ele parecia desanimado com a notícia.

- S/n pode ter problemas se chegar tarde. - ele assentiu.

Andei em direção as escadas e subi. Agora precisava saber em que quarto S/n estava. A mesma não gostava de se sentir uma intrusa então provavelmente não estaria no quarto de Regulus. Os outros quartos eu nunca vi ela sentir quaisquer curiosidade para vê-los. Então o mais provável é que esteja no quarto do próprio Sirius.
Bati de leve na porta, não sabia se estava acordada. Entrei e não a vi no quarto, estranho. Andei pelo quarto já ficando nervoso até vê-la dormindo no sofá. As costas do sofá estava virada para a porta, por isso eu não a vi.
Suspiro aliviado. Me aproximo da menina adormecida. Seu sono era sereno. Será que estava tendo um sonho bom?
Decido acorda-la.


S/N P.O.V.


Acordo com alguém me balançando levemente. Queria continuar dormindo já que este foi o único sono que eu tive onde me senti bem. Não tive nenhum pesadelo sequer. O que é muito bom.
Abro lentamente meus olhos e tenho em vista o rosto de Lupin na minha frente. Seu sorriso era tímido.

- Nós temos que ir.

- Ah claro.

Me sento no sofá esfregando meus olhos. Lupin se senta ao meu lado e hesita um pouco em falar.

- Me desculpe, querida. Eu não devia esconder nada de você, mas é que...

- Eu já entendi, não preciso de explicação. - o interrompi.

Eu realmente não queria falar sobre o assunto. Eu acordei agora de bom humor, parecia que um peso enorme tinha saído de meus ombros. Me levantei e sorri para o mais velho.

- Está perdoado. Agora vamos. - digo já indo em direção a porta.

Lupin me seguiu. Descemos as escadas e vimos Sirius sentado a mesa com vários papéis espalhados.

- Não sabia que precisava estudar depois dos anos letivos em Hogwarts. - debochei.

O moreno me olhou com uma das sobrancelhas levantadas e sorriu.

- Pelo visto você dormiu bem.

Assenti levemente. Ele se levantou e se aproximou.

- Bom, então... vocês já vão... né?

Eu não sei como me desculpar, era nítido como ele estava sobre pedir desculpas. Nervoso e orgulhoso demais.

- Vamos sim. Mas iremos voltar assim que possível.

- Assim eu espero.

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Oii gente, tudo bom?

Espero que tenham gostado do capítulo!

Desculpem a demora, minha desculpa dessa vez é a escola. Então por tanto se eu demorar demais para postar é porque tenho muitas atividades para fazer.

Votem, comentem e compartilhem!

Obrigada pelas 434 leituras!

Amo vocês!!💕💕💕

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