Um Amor Em Meio Ao Caos

By Rebeca_norberto

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É capaz encontrar paz em meio ao caos? Julie encontrou calmaria em John e vice versa e juntos se sentiram mai... More

*Nota da autora*
Epígrafe
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Epilogo

Capítulo 29

31 14 2
By Rebeca_norberto

John

As coisas estavam fluindo de forma tão maravilhosa, sem atrasos, sem problemas, a empresa estava melhor do que nunca.

— Quando você falava que ia construir o seu império eu achava que você estava brincando. — Tyler comentou.

— Porque achava isso?

— Porque o seu pai tem um bar que é o mais popular da cidade, desde que me entendo como gente, achei que seu império já estava montado.

— Te entendo.

— Como está você e a Julie?

— Confuso, eu não sei o que ela sente, uma hora parece querer e outra hora parece ainda ser louca pelo ex doente dela. — Assentiu. — Mas está melhor do que eu esperava, tem horas que ela parece estar tão próxima de deixar o passado para trás e isso me dá esperança.

— Torço por vocês. — Falou levantando o copo de whisky.

***

Já havia se passado dez minutos e nada dela, até que seu macacão amarelo, refletiu no meio das pessoas e apesar do salto alto, ela permanecia baixinha no meio da multidão.

— Até que enfim.

— Julie não engoliu a minha história, ficou fazendo perguntas e para pegar o vestido no quarto dela foi uma missão quase impossível. — Ana disparou a falar. — Mas peguei. — Mostrou a bolsa branca enorme em seu braço.

— Que bom, vamos andando então. — Passamos a caminhar lado a lado.

— Já tem ideia de como quer?

— Sim! — Falei animado e contei a ela como queria o vestido.

— Vai ficar perfeito nela! — Falou animada. — Quanto tempo passou planejando?

— Não muito.

— Gostei da cor vermelha, minha vontade é de pintar todas as roupas claras dela, mas ainda há respeito em nossa relação. — Ri e ela também.

Ana tinha um senso de humor incrível, impossível não rir quando estava com ela.

Procuramos a roupa em diversas lojas e nada me agradou, foram mais de dez lugares e não havia nada do jeito que eu havia imaginado.

— E agora? — Perguntou ao sair da última loja que tinha em mente.

— Será que ela vai sentir falta do vestido que você trouxe? — Caminhamos até o carro.

— Com certeza! Semana passada eu peguei um short estampado dela e antes mesmo de eu usar ela já estava procurando. — Revirou os olhos. — Mas eu posso enrolar ela.

— Ótimo, vou encomendar um. — Ela me entregou o vestido azul bebê e eu guardei no porta luvas do carro.

— Você está mesmo apaixonado por ela. — Comentou sorrindo.

— Não tenho culpa se ela é tão incrível. — Sorriu. – Você acha que tenho alguma chance?

— Acho sim, segue em frente, mas se magoar ela eu mesma vou atrás de você. — Ri da forma como ela falou.

— Não se preocupe com isso.

Depois que deixei Ana perto da rua dela, fui até uma costureira, encomendar o vestido.

A noite fui ver a Melanie, Dália havia me dito pela manhã que ela havia acordado cabisbaixa.

— Como foi seu dia? — Ela estava mexendo no tablet no sofá a minha frente.

— Foi normal. — Falou sem olhar para mim.

— E como está se sentindo? — Me olhou.

— Sou maluca? — Franzi o cenho.

— Claro que não! Porque está perguntando isso? — Ela apertou os lábios.

— Uma menina na sala ontem, disse que quem vai no psicólogo é maluco, porque o tio dela era.

— Ela está muito errada, Mel. Todo mundo precisa de alguém que nos ajude a lidar com problemas internos, nos quais sozinhos não somos capazes de lidar.

— E por que você não vai em um? — Ri.

— Boa pergunta. — Molhei os lábios. — Eu deveria ir, todos deveríamos ir. Você não é maluca, ok? — Assentiu. — Agora vem aqui me dá um abraço e atenção. — Ela sorriu e veio até mim, me abraçando.

— Quando vamos sair com a Julie de novo? — Perguntou saindo do meu abraço.

— Não sei.

— Podíamos fazer um almoço para ela.

— Que ideia ótima. Quando quer fazer isso? — Se sentou ao meu lado.

— Que tal no domingo?

— Vou falar com ela. — Assentiu com um sorriso largo no rosto.

Ela ficou bem empolgada, deu a sugestões de pratos, pratos esses que nunca havíamos feito, as chances de dar tudo errado eram grandes, mas o que eu não fazia para manter a minha irmã contente?

***

A sexta foi corrida, houve atrasos de algumas encomendas e consequentemente atrasamos as entregas, passei o dia um pouco irritado.

— Até mais e desculpa outra vez. — Falei me despedindo de um dos nossos clientes.

— John. — Jeremy, o gerente, apareceu na porta do escritório. — Tem uma mulher procurando por você.

— Que mulher?

— Não sei, só falou que queria falar com você.

— Deixe-a entrar, por favor. — Assentiu.

Em frações de segundos a mãe de Hanna entrou na sala, era tudo o que me faltava.

— Olá, John.

— Sra. Lawrence, o que faz aqui?

— Sem formalidades hoje, me chame de Leila. — Sentou-se à minha frente, com uma cara enfezada. — Vim falar sobre a minha filha.

"Nossa que surpresa!" Pensei.

— O que é que tem ela?

— Nós, Lawrence, merecemos um tratamento respeitoso.

— Na verdade, todo mundo merece. — Rebati.

— Estou surpresa por saber que tem consciência disso. — Franzi o cenho.

— Por que está dizendo isso?

— Desrespeitou a minha filha, a dispensou de maneira indelicada e o pior, a bloqueou. — Falou indignada.

— Me perdoe, Leila, mas acho que a sua filha me desrespeitou. Ela não aceitou a minha decisão e não me deixava em paz, não tive outra opção. — Contei. — Ela me sufocou.

— Isso não vai ficar assim. — Ajeitou a bolsa. — Você é um monstro, despedaçou a minha filha, esperava mais de você. — Cuspiu as palavras, levantou-se e saiu.

Passei o dia estressado, tendo que lidar com os atrasos e com as palavras da mãe de Hanna.

No fim do dia, nem ao menos passei no meu apartamento, fui direto para o bar, senti o olhar de Julie sobre mim, mas eu não a olhei, não queria descarregar em cima de quem não tinha nada a ver e muito menos nela, apenas sentei em uma mesa e esperei que alguém viesse me atender, só não esperava que fosse a mesma que iria fazer.

— John. — A olhei e forcei um sorriso.

— Oi, Julie. — Ela não retribuiu o sorriso.

— Você está bem? — Pensei em mentir, mas para que?

— Não, você me traz vodka, por favor? — Ela molhou os lábios com a língua e limpou a garganta.

— Vamos conversar depois daqui?

— Não estou uma boa companhia hoje, Julie. — Avisei.

— Não tem problema, vamos até a praia. Preciso de você sóbrio para dirigir. — Sorriu.

— E seu carro? — Deu de ombros.

— Ana pode levar ele.

— Tudo isso para eu não beber? — Ela franziu o cenho.

— Eu disse isso? — Sorri.

— Não, mas está parecendo.

— Às vezes é melhor conversar do que destruir seu fígado. — Piscou para mim. — Preciso trabalhar agora. — Assenti e ela saiu.

A noite pareceu mais longa que o normal, mas chegou ao fim.

— Vamos? — As outras meninas ainda limpavam o lugar.

— Vamos. — Levantei. — Boa noite, meninas. — Elas acenaram para mim e então saímos.

Fomos o caminho todo em silêncio, Julie não parecia incomodada, na verdade, ela parecia estar muito bem, vez ou outra trocávamos olhares e sorriso, mas não falávamos nada.

Até que chegamos na praia, descemos do carro e nos sentamos na areia.

Ela estava com o uniforme ridículo do bar e a noite não estava tão fresca, estava serena, ainda mais perto do mar, tirei meu paletó e cobri seus braços.

— Obrigada. — Sorri. — Quer me falar o que aconteceu?

— Alguns problemas na empresa, mas nada grave. — Ela me olhou como se esperasse mais. — A mãe de Hanna foi até o meu escritório hoje. — Soltei uma risada nasal. — Me chamou de desrespeitador, insensível e monstro.

— Por que? — Perguntou confusa.

— Porque eu bloqueei o contato de Hanna. — Falei. — Ela não me deixava em paz. Nunca tive a intenção de magoa-la. Foram as escolhas dela e de certa forma as minhas também, mas eu avisei, avisei que ela estava se machucando. — Suspirei.

— Acontece, John.

— Mas poderia ter sido evitado. E para não ver ela sofrer, eu insisti.

— Você poderia ter adiantado a dor, mas ela ia sentir de qualquer jeito. — Ela pegou na minha mão. — Não se culpe, tenho certeza que ela vai superar.

— Obrigado. — Ela sorriu e recostou o corpo sobre mim, como fez no cinema.

Deslizei a mão pela sua cintura e ficamos ali, apenas ouvindo o som do mar e da nossa respiração.

— Como está a Melanie? — Perguntou com a voz baixa.

— Bem, que bom que tocou no assunto. — Ela se afastou de mim e me encarou. — Ela quer fazer um almoço para você no domingo. — Sorriu. — Lá no meu apartamento.

— Vocês vão cozinhar? — Perguntou desconfiada, com um sorrisinho lindo no rosto.

— Vamos tentar. — Avisei.

— Já estou ansiosa.

— Então isso é um sim?

— Isso é um Com certeza. — Tirei a mecha que estava no seu rosto e joguei para trás de sua orelha.

— Perfeito. — Sorri para ela. — Eu poderia passar a madrugada inteira aqui com você.

— E o que te impede?

— Amanhã de manhã, tem a consulta da Mel e a tarde vou tentar resolver os atrasos da empresa. — Assentiu.

— Eu só falei e falei, nem perguntei como está.

— Estou bem. — Abriu um sorriso largo. — Me sentindo livre.

— Você é livre.

— Mas não me sentia assim. — Suspirou. — Bloqueei o número dele. — Ela riu e eu também.

— Nossa, estou tão feliz por você.

— Claro que está. — Me olhou com um sorriso divertido no rosto.

— Apesar da minha felicidade ter porquês que favorecem a mim, estou mais feliz por você. — Toquei seu rosto. — Estou orgulhoso. — Os olhos dela brilharam, uma lagrima escorreu pela sua bochecha e ao mesmo tempo um sorriso apareceu em seu rosto.

Antes que eu pudesse limpar seu rosto, ela se jogou para cima de mim, me dando um abraço apertado, retribui.

— Vou deixar o passado no passado. — Falou se afastando de mim. — Agora precisamos ir, precisa descansar. — Limpou o rosto.

Assenti.

— Vamos.

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