Hoje iria ser a primeira partida de quadribol que Kally iria assistir, estava ansiosa. Sonserina contra Grifinória. Embora estivesse torcendo para a Sonserina, torcia por seu irmão também, que jogava de apanhador para a Grifinória. Kally estava no Salão Principal conversando com suas colegas de quarto. No fim de seu café, ela resolveu falar com Harry antes do jogo. Notou que Snape estava vigiando ela o tempo todo, mas não se importou. Ela primeiro foi até Draco Malfoy, novo apanhador da Sonserina.
- Oi, Draco. Boa sorte no jogo, espero que capture o pomo. - Kally disse.
- Não vou precisar de tanta sorte assim, com as nossas Nimbus 2001 vai ser bem mais fácil. Desculpe se eu acidentalmente humilhar seu irmão hoje. - Draco disse.
Então, Kally foi até a mesa da Grifinória e se sentou ao lado de Harry.
- Boa sorte hoje, Harry. Espero que se saia bem, mesmo eu torcendo para a Sonserina, não quero que você seja humilhado. - Kally disse.
- Obrigado. - Disse Harry.
Kally estava saindo da mesa quando Hermione a chamou.
- Depois do jogo preciso falar com você. - Hermione disse.
- Está bem. Encontro você depois. - Kally disse.
Na entrada do Salão Principal, Ella, Megan, Melia e Astoria já esperavam por Kally, para todas irem juntas para a quadra de quadribol.
- Não seria legal estar no time de quadribol da Sonserina? - Megan falou.
- Seria o máximo! - Melia e Ella responderam.
- Você jogariam em que posição? - Astoria perguntou. - Acho que eu me daria melhor sendo apanhadora.
- Eu gostaria de ser goleira. - Ella respondeu.
- Eu jogo com meus irmãos sempre de artilheira, embora eu acho que seria legal se batedora. - Melia respondeu.
- Eu definitivamente seria batedora! - Megan disse. - E você, Kally?
- Se algum dia eu fosse escalada para jogar no time da Sonserina, talvez me coloquem de artilheira.
As cinco meninas foram para a arquibancada onde estava o pessoal da Sonserina. Uns 10 minutos depois, todas as arquibancadas estavam ocupadas.
A partida havia começado. Os gols começaram a ser marcados, mas Kally só conseguia prestar atenção em uma coisa, um dos balaços estava perseguindo Harry, não importava se um batedor lançasse esse balaço para outro lado, ele voltava a perseguir Harry, estava enfeitiçado.
- Meninas, olhem lá. - Kally disse, apontando para Harry. - Aquele balaço deve estar enfeitiçado! Está perseguindo o Harry!
Alguns minutos depois, quando Harry e Draco estavam competindo para capturar o pomo, Draco caiu no chão da quadra. Harry continuava a perseguir o pomo, quando o balaço acertou seu pulso. Harry continuou a tentar capturar o pomo, quando conseguiu, se jogou no chão e logo desmaiou.
Kally saiu correndo da arquibancada da Sonserina junto das outras quatro meninas. Quando chegou perto de Harry, o professor Lockhart estava debruçado sobre Harry. Hermione e Rony também estavam ali perto. Logo Harry acordou.
- Ah, o senhor não. - Harry disse, ao ver que Lockhart estava segurando ele.
- Ele não sabe o que está dizendo. Não se preocupe, Harry. Já vou endireitar o seu braço. - Lockhart disse.
- Não! Vou ficar com ele assim, obrigado... - Harry disse.
- Deite-se, Harry. É um feitiço muito simples que já usei muitíssimas vezes... - Lockhart disse.
- Por que ele simplesmente não pode ir para a ala hospitalar? - Kally perguntou.
- Ele devia mesmo, professor. - Um garoto louro mais velho disse, Kally reconheceu ser o goleiro da Grifinória. - Bela captura, Harry, realmente espetacular, a melhor que já fez, eu diria...
Um pouco longe deles, Kally viu os gêmeos Weasley tentando enfiar o balaço na caixa.
- Afastem-se. - Lockhart disse.
- Não... não faça isso... - Harry disse, com a voz fraca.
O professor apontou a varinha para o braço machucado de Harry.
- Ah. É, as vezes isso pode acontecer. Mas o importante é que os ossos não estão mais fraturados. Isto é o que se precisa ter em mente. - Lockhart disse.
- Ossos? Não sobrou osso nenhum! - Kally disse.
Quando Harry tentara mexer seu braço, nada aconteceu. Seu braço parecia uma borracha. Lockhart não remendara seus ossos, removera.
- Então, Harry, vá, dê uma chegada na ala hospitalar. ah, Sr, Weasley, Srta. Granger, Srta. Snape, podem acompanhá-lo? E Madame Pomfrey poderá... hum... dar um jeito nisso. - Lockhart disse.
Harry se apoiou em Rony e Hermione, ainda estava fraco.
- Meninas, podem voltar para a escola. Encontro vocês depois. - Kally disse, acompanhando o trio.
- Nos avise quando ele estiver melhor. - Astoria disse.
Os quatro foram até a ala hospitalar. Madame Pomfrey estava furiosa.
- Você deveria ter vindo me procurar imediatamente! Posso emendar ossos num segundo, mas fazê-los crescer outra vez... - Madame Pomfrey disse.
- A senhora vai conseguir, não vai? - Kally se perguntou.
- Claro que vou, mas vai ser doloroso. Você vai ter que passar a noite...
Madame Pomfrey fechou a cortina para Harry colocar o pijama, Rony ajudava Harry, enquanto Kally e Hermione esperavam do outro lado da cortina.
- Você queria falar comigo, Hermione? - Kally perguntou, numa voz baixa.
- Ah, sim... Seu pai é professor de poções e... Não conte a ninguém, por favor, Kally! - Hermione disse.
- Tudo bem, não irei contar, prometo. - Kally disse.
- Estamos pensando em fazer a poção Polissuco. Queremos descobrir se Malfoy é o herdeiro de Sonserina. - Hermione disse.
- Poção Polissuco? Não é meio arriscada para alunos de segundo ano? Entendo que Draco não seja exatamente um anjinho com vocês, mas vocês realmente acreditam que um mané que nem ele pode ser herdeiro de Sonserina? - Kally perguntou.
- Queremos ter certeza. Mas o problema é que precisamos de alguns ingredientes para fazer a poção...
- Você quer que eu roube do estoque do meu pai? Não é melhor eu mesma tentar falar com Draco?
- Pensamos em transformar Harry e Rony em Crabbe e Goyle, os dois que andam sempre com o Malfoy. E você nos ajudaria se conseguisse uniformes da Sonserina e se nos ajudasse a entrar dentro da Sala Comunal.
- Tá legal... Eu nunca roubei nada antes! Principalmente do meu próprio pai! Mas sei que precisamos descobrir quem é o herdeiro... vou tentar conseguir os ingredientes, mas não garanto nada.
- Muito obrigada, Kally! - Hermione disse, abraçando a menina.
A cortina se abriu novamente, Harry já estava deitado na cama e Rony estava sentado numa cadeira ao seu lado.
- Como é que você consegue defender o Lockhart agora, Hermione, hein? - Rony disse. - Se Harry quisesse ser desossado, ele teria pedido.
- Qualquer um pode se enganar, E não está doendo mais, está Harry? - Hermione disse.
- Não. Mas também não faz mais nada. - Harry respondeu.
Madame Pomfrey voltou com uma garrafa onde estava escrito Esquelesce.
- Você vai enfrentar uma noite difícil. Fazer os ossos crescerem de novo é uma coisa complicada. - Madame Pomfrey disse.
Harry tomou o líquido, mas cuspiu logo em seguida.
- Ora, você queria o que? Suco de abóbora? - Disse Madame Pomfrey.
- Mas ganhamos. Foi uma captura e tanto que você fez. A cara do Malfoy... Ele parecia que ia matar alguém. - Rony disse.
- Eu queria saber como foi que ele alterou aquele balaço. - Hermione disse.
- Não foi o Draco. Ele não teria capacidade para fazer algo daquele tipo. - Kally disse.
- Hermione, já achou um jeito de conseguir os ingredientes da poção? - Harry perguntou.
- Já. Kally irá conseguir para nós. Ela terá que pegar do estoque do Snape. - Hermione disse.
- O quê? Você ficou maluca? Não precisa envolver Kally nisso. - Harry disse.
- Calma, Harry. Não sou tão indefesa assim, e gostaria de ajudar em alguma coisa. Darei um jeito de conseguir os ingredientes. - Kally disse.
Segundos depois, Fred e Jorge entraram na ala hospitalar. Kally se despediu de todos e voltou para a Sala Comunal da Sonserina.