Five Years After You - LS |...

By houisdirty

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Amantes desde a infância, Louis e Harry são jovens lobos apaixonados, mas quando convocado pelo exército, Sty... More

Prologue
Stitches
Never Grow Up
Sunday Morning
Photograph
Wolves
Jealous
Everything Has Changed
Firework
Hold On
Nervous
When You're Ready
Beautiful Boy
Someone You Loved
Because I Had You
Empty Space
Better Together
Eye Of The Tiger
Animals
Home
Before You Go
Sweet Creature
Sweat
I Get To Love You
Daughters
Here Comes The Sun
Light
Anyone
Marry You
Epilogue
28 (extra)
AVISO

Say You Wont Let Go

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By houisdirty


— Talvez seja por você ter me mordido de novo. — Louis dá de ombros, mexendo o molho vermelho na panela. — Quer provar? — ele oferece a colher de pau com o molho, Harry negando emburrado.

— Não faz sentido, Louis, todos os lobos durante o sexo reforçam ou mordem em cima da marca, isso não altera em nada. — o alfa suspira frustrado.

— O que é sexo? — Henry entra na cozinha com o celular de Louis nas mãos, dedilhando um joguinho enquanto caminha até os dois.

Ele se senta na cadeira, abaixando o celular com os olhos curiosos para os pais.

— Sua mãe vai te ensinar na escola, não é tão importante agora. — Harry assegura o filhote que cerra os olhos, dando de ombros enquanto volta a observar Louis fazendo a macarronada.

— Eu posso fazer? — ele arqueia a sobrancelha dourada, Louis rindo nasalado enquanto prova o molho.

— Apenas adultos, filhote. — Louis cantarola.

— Parece chato. — Henry diz, voltando a prestar atenção no jogo.

— Muito chato, confie no papai. — Harry acrescenta, bufando dramático, ainda pensando no rut.

Ele coça a cabeça, arrumando os cabelos para trás. Escorado na ilha observando Louis cozinhar, ele pisca distraído na bunda do ômega, admirando o movimento sutil quando ele troca a perna para descanso.

— E se for uma espécie de menopausa, Lou? — ele arregala os olhos com o pensamento, se aproximando do ômega que gargalha antes de desligar o fogo da panela com molho.

— Isso é a coisa mais ridícula que eu já ouvi. — ele pisca os olhos azuis, negando com a cabeça. – Está me atrapalhando, senhora com menopausa. — ele afasta o alfa com o cotovelo, levando o macarrão cozido para escorrer na pia.

— Estou falando sério. — o de olhos verdes bufa.

— Claro, Harry! Eu entendo, com quantos anos você teve sua menarca? — o ômega arqueia as sobrancelhas redondas, segurando a risada quando o alfa revira os olhos.

— Não tem graça.

— Não mesmo. Talvez você apenas esteja perto de ficar broxa. — o menor dá de ombros, ajeitando o macarrão para escorrer.

— O que é broxa? — Henry pergunta.

— O que o papai nunca vai ser. — Harry cerra os olhos para Louis, se juntando ao filhote para jogar e se distrair um pouco. — Ignore sua mãe, ele está ficando velho e chato.

— Hum, isso parece mais com você do que com a mamãe. – Henry dá de ombros, prestando atenção no joguinho, sequer vendo a cara de ofendido que o pai fez.

Louis joga um pano de prato que acerta Harry no ombro, o alfa o encara rapidamente.

— Louça. Agora. Secar e guardar. — ele indica com o dedo, Harry assentindo antes de se levantar.

— Temos sobremesa hoje? — ele encurrala o ômega na pia. Louis sorri assentindo.

— Maçã. — o ômega se esquiva para se trocar.

— Torta de maçã? — o alfa lambe os lábios, amava torta.

— Eu disse maçã. Só maçã. — o menor pisca, gargalhando quando Harry bufa feito uma criancinha.

— Ele sempre faz isso. — Henry nega com a cabeça, comemorando quando ganha a primeira partida.

— Muito engraçadinho. — Harry resmunga enquanto começa a secar a louça.

Ele termina de secar e guardar a louça, Louis logo aparece tomado banho, arrumando a comida em silêncio antes de por na mesa. Harry arruma os talheres e pratos, puxando a cadeira para o ômega sentar.

Ele deixa um beijo no topo da cabeça do ômega, se sentando ao lado dele.

— Henry, celular. — o alfa estende a mão, cerrando os olhos quando o filhote bufa ao entregar o aparelho.

Louis serve a si mesmo e o prato da criança, deixando que o filhote coma sozinho. Harry se serve também, começando a comer enquanto pensa um pouco.

— Seu aniversário está chegando. — o de olhos verdes diz antes de dar uma garfada na macarronada.

— Uhum. — Louis resmunga de boca cheia, enrolando o garfo no macarrão do prato.

— Podíamos fazer a ceia aqui e chamar seus amigos, e então cantamos parabéns. Viramos a noite, o que acha? — ele sorri olhando o outro o encarando com a boca cheia.

— Pode ser. — Louis dá de ombros, limpando a boca com o guardanapo. — Não dou tanta bola pra aniversário.

— Você gostava antes. — Harry junta as sobrancelhas.

— Gostava. — ele suspira, limpando a boca de Henry. — Coma direito, filhote.

— Estou comendo, mamãe, mas é ruim com garfo. — Henry faz um bico enquanto tenta enrolar o macarrão, concentrado na massa se prendendo.

Harry observa os dois juntos enquanto mastiga sua comida, pensativo, resolvendo lavar a louça depois do jantar. Louis o ajudou a secar e guardar, deram banho no filhote e o colocaram para dormir, Harry se encarregando da historinha enquanto Louis acariciava os cabelos do pequeno.

Quando Henry finalmente pegou no sono, o casal voltou para o quarto, o ômega se aconchegou no ninho a espera do alfa que tomava banho, enquanto ele ficou mexendo no celular aleatoriamente entre bocejos. Não tardou para Harry aparecer em sua típica boxer preta, secando o cabelo.

— Pendure a toalha. — Louis resmunga, Harry assentindo antes de pendurá-la e voltar para o ômega, se aconchegando no ninho atrás de Louis, abraçando-o por trás.

Ele funga a nuca desnuda do menor, beijando o pescoço quente.

— Você acha que eu vou mesmo ficar broxa? — Harry sussurra para Louis, o ômega ri negando, se virando de frente para Harry.

Ele toca o nariz do alfa, beijando a pontinha.

— Não. Meu alfa grande e viril. — ele assegura, se aconchegando no peito quente do outro. — Puxe o edredom, estou com frio.

Harry assente, cobrindo o ômega e sua própria cintura, acariciando o rosto do outro.

— Boa noite, Haz. — ele boceja, esfregando nariz no pescoço do outro, se aquecendo no corpo do maior.

— Não vamos fazer amor hoje? — Harry lamenta, afagando as costas cobertas de Louis.

— Estou com sono. — Louis boceja, provando seu ponto. O alfa assente, embalando o menor em seus braços para dormir aquecido.

— Tudo bem. Sonhe com seu alfa gostoso, eu te amo. — ele sussurra, beijando a testa de Louis.

— Amo mais.

-

Mesmo coberto até a cabeça, Louis conseguiu adoecer. Quando amanheceu, seu nariz estava entupido e a dor de cabeça latejante o deixou irritado.

Mesmo com o peso no corpo, ele se levantou, tomou banho e se arrumou para o trabalho, arrumou Henry e ainda teve que acordar Harry que aparentemente havia perdido o horário.

Todos tomaram café correndo, embora Louis não sentisse o sabor adequadamente. Ele estava quieto, irritado com a cantoria de Harry no carro junto com Henry, então fechou os olhos com os braços cruzados, mas acabou cochilando.

Como tudo que é bom dura pouco,  logo Harry estava cutucando o ômega dorminhoco.

— Lou? Chegamos. — ele diz calmo, arrumando a franja de Louis.

— Mais cinco minutos.

— Louis. — ele revira os olhos, acariciando a testa do ômega, morna demais.

— Me deixa dormir. Faça silêncio! — ele rosna, virando de lado. Harry ri nasalado, soltando o cinto do ômega.

— Louis, estamos na escola. Se você não estiver bem voltamos pra casa, mas se você quer trabalhar a hora é agora. — Harry diz sério, observando um Henry de mochila nas costas no banco de trás, esperando a mamãe.

Louis resmunga irritado, descendo do carro e batendo a porta, Harry arqueia as sobrancelhas com a irritação do menor que ajuda Henry a descer do carro, então o filhote acena para o pai e saltita para a entrada, Louis andando logo atrás, arrumando a touca do casaco.

Harry buzina, gritando um "eu te amo", recebendo um dedo do meio em resposta.

-

Louis foi medicado por Niall antes de iniciar a aula, mas acabou ficando sonolento demais.

— Puta merda, se eu ficar gripado por sua causa vou te descer o cacete. Por que veio hoje? — Zayn resmunga sentado, as costas escoradas na árvore no pátio.

Eles estavam tomando sol, alegando que Louis estava muito pálido.

— Fica quietinho, preciso de silêncio. — o de olhos azuis resmunga.

— Estamos no intervalo das crianças no meio do pátio, quer algo mais impossível? Jogue na loteria. — Zayn rebate mau humorado.

— Não briguem, garotos. — Niall diz enquanto se afasta, se dirigindo até Shawn.

— Harry quer fazer uma ceia no meu aniversário, chamar vocês para passar conosco. Você iria? — Louis murmura, secando a testa umida com o dorso da mão.

— Obvio, o que tem de melhor do que comer na casa dos outros nas férias? Por favor. — Zayn ri nasalado, resmungando algo sobre cigarro.

Louis resmungou em resposta, mantendo os olhos fechados até o fim do intervalo.

Eventualmente ele trabalhou todo o período, deu todas as aulas e prometeu as crianças que traria o alfa para mais aulas de transformação, todos se empolgaram e ele conteve a revirada de olhos. Ele era o professor, o favoritismo estava do lado errado!

Harry estava no horário certo para buscá-lo, então depois de um selinho curto o alfa dirigiu até em casa, o carro repleto do falatório do filhote sobre como Louis esqueceu que era seu professor e agiu como uma mamãe brava por ter sujado a roupa de tinta.

— Não é você que lava, baixinho. — foi tudo o que Louis respondeu, Harry rindo nasalado enquanto mantinha os dedos entrelaçados aos do ômega.

Eles chegaram em casa, Henry correndo para seus brinquedos e Harry segurando Louis no hall de entrada, alisando a testa do menor.

— Quer ir ao médico? — ele pergunta preocupado, arrumando a franja do menor.

— Quero que você faça o jantar para eu dormir um pouco, consegue? — Louis sibila, abraçando os ombros do alfa, esfregando a ponta do nariz na glândula aromática.

— Consigo...Macarrão instantâneo.

O ômega ri nasalado, beijando a bochecha do alfa.

— Vai servir. Me desculpe por mais cedo, estava irritado e com dor de cabeça e sua cantoria matinal não estava ajudando.

— Deveria ter dito, eu ficaria quietinho.

— Duvido. — Louis dá de ombros, dando as costas para o alfa que aproveita para bater na bunda alheia. O ômega bufa, sumindo da vista do maior enquanto esfrega a registo agredida.

-

Dentro de uma semana Louis estava revigorado, havia tomado chás, dormido bastante e sido mimado por Harry até não querer mais.

Tudo estava nos conformes e então os dias estavam passando, era o primeiro natal que passaria com o alfa e por mais que fingisse indiferença por conta do aniversário, Louis estava empolgado.

Cinco anos sem ver o sorriso bobo do alfa do outro lado da mesa sob as luzes natalinas, coberto por um sueter idiota vermelho, trocando presentes e carícias durante um chocolate quente de madrugada no quarto do ômega.

Louis estava se sentindo nostálgico.

— Uma semana para soprar as velinhas! — Harry o abraçou por trás, beijando a marca de ligação.

Parados em frente ao espelho do closet, Louis sorriu de lado, apoiando a cabeça no ombro do alfa.

— Está mais ansioso que eu. — ele ri nasalado, se virando para abraçar o alfa devidamente.

Além de nostálgico, Louis estava carente.

— Sim, ursinho. Quero empurrar sua cara no bolo. — Harry bica os lábios do menor, apertando a cintura fina contra seu corpo.

— Romântico. — Louis ronrona, forçando os ombros do alfa para pular em seu colo. Ele rodeia as pernas na cintura magra, fungando a glândula do maior. — Fique de férias comigo, acorde tarde comigo, por favor.

— Eu bem queria, amor, mas não posso. — Harry suspira, caminhando com Louis grudado em seu colo como um coala. Estava acostumado com o grude, o ômega estava realmente carente de si.

— Sistema horrível e insensível que tira policiais de suas famílias durante o inverno, deixando seus ômegas com frio e sozinhos. Horrível. — Louis lamenta, o alfa gargalhando com o drama alheio.

— Concordo, senhor. — ele murmura, fugando os cabelos do outro.

— Henry não quer dormir comigo de tarde, ele só brinca e come. — Louis bufa, sendo colocado no ninho para Harry terminar de se arrumar.

— É mesmo? – Harry arqueia a sobrancelha, procurando os coturnos. — Ele deve estar entediado, leve-o ao parque.

— Só tem uma semana que estamos de férias e já fomos ao parque, ele está grande demais? Não quer segurar minha mão. — Louis faz beicinho, abraçando o travesseiro. — Hoje vamos fazer as compras de natal, talvez o anime escolher a árvore. 

— Não se preocupe, baby, ele não vai crescer de um dia pro outro. — Harry assegura, arrumando a gravata antes de se abaixar, selando os lábios do ômega.

— Até mais tarde. — ele murmura, resolvendo ficar na cama mais um tempo até o horário que Henry costuma acordar.

-

— Esse, mamãe! Gosto desse! — Henry aponta para as luzes coloridas em vez das brancas, empolgado ao lado de Louis na loja de utilidades.

Eles estavam comprando os itens para decorar a casa para o natal e a grande árvore que iriam encomendar em seguida.

Henry havia escolhido ursinhos de pelúcia, cachorrinhos e um punhado de papai noel para colocar na árvore. Depois dos enfeites, Louis e Henry escolheram a árvore que seria entregue pela parte da tarde. O filhote estava empolgado, considerando que no apartamento não tinham espaço para uma árvore muito grande e pela idade, ele não recordava tanto do natal.

Seria memorável.

— Esse não. — ele torce o nariz para o par de meias que Louis levanta, sugestão de presente para Harry, optando por deixar debaixo da árvore até o natal.

— O que então, baby? — Louis bufa, cansado de andar para procurar presentes.

— Uma moto! — ele exclama com os olhos brilhantes, Louis negando com a cabeça com um sorriso nos lábios.

— Não, baby, só se for uma motoquinha de plástico. — ele revira os olhos azuis, deixando o par de meias e partindo para outra loja na companhia do filhote. — Já fez sua cartinha para o papai noel?

— Não — o filhote lamenta — Papai disse que ia me ajudar a escrever.

— Eu posso te ajudar também. — Louis acaricia os fios do filhote, caminhando pelo corredor.

— Prefiro o papai. — o pequeno sorri sem mostrar os dentes, Louis entreabrindo os lábios ofendido.

— É isso o que ganhamos por gerar, cuidar, alimentar, educar, mimar...Abrir mão dos sonhos, Oh céus! — ele lamuria, o filhote rindo baixo com a mão na boca. — Vem, pestinha, vamos lanchar.

— Dia dos ômegas? — o menor pisca para Louis.

O maior suspira assentindo, acariciando a bochecha vermelha da criança.

— Só dos ômegas.

-

— Lou? — Harry cutuca o ômega dorminhoco agarrado em si, esfregando o nariz na testa morna.

— Hum? — ele resmunga, esfregando a bochecha no peito do alfa.

— Feliz aniversário. — Harry beija o topo da cabeça do ômega, abraçando a cintura fina.

— Obrigado, amor. — Louis sorri de lado sem abrir os olhos por puro sono. — Pode pegar água pra mim? — ele resmunga. — Não, deixa. Fique aqui, está quentinho. — diz se aconchegando no maior com a perna ao redor do quadril de Harry.

— Quanta manha, Louis Tomlinson.— o alfa sorri, afagando os cabelos do ômega que ronrona contra sua glandula.

Harry pisca, sorrindo largo quando a maçaneta da porta se move suave, então Henry espia pela porta semi-aberta, tomando liberdade de entrar no quarto quando o alfa o chama com a mão.

O filhote se aproxima em passos curtos, as bochechas rubras.

— Venha até aqui, ômega, não fique descalço. — Harry sorri para o pequeno que pisa cuidadoso no ninho, Louis abre os olhos devagar com Harry conversando, visualizando Henry o encarando.

— Feliz aniversário, mamãe. — ele sorri sem mostrar os dentes, estendendo uma maçã para a mãe.

Louis sorri, se sentando no ninho.

— Obrigado, meu amor. — ele puxa o filhote para um abraço, beijando o topo da cabeça do pequeno. — Eu te amo, filhote, você é meu melhor presente.

— Toma. — ele sussurra, Louis o afastando para pegar a maçã. — Seu café da manhã na cama, foi tudo o que eu alcancei. — o filhote dá de ombros, gargalhando quando a mãe o puxa para o meio, beijando as bochechas rosadas.

— Meu bebê lindo! Obrigado, obrigado. — ele sorri largo, beijando o filhote mais uma vez. — Quero passar o dia aqui com vocês, posso? — ele faz beicinho, espremendo o filhote entre ele e Harry quando o maior sela os lábios aos seus.

— Nada feito, vamos preparar a ceia.

— É meu aniversário! Você deveria se virar, alfa.

— Papai se vira. — Henry afirma, abraçando Louis pelo pescoço.

— Isso mesmo, filhote. — Louis sorri convencido, o alfa revirando os olhos antes de levantar, afim de preparar um café da manhã para o ômega.

O dia tinha que ser perfeito.

-

— Mais sal, Haz. — Louis murmura após experimentar o molho que o alfa havia feito.

— É um molho agridoce, amor. — o alfa bufa, vestido com um avental no quadril, frufrus amarelos nas bordas o deixando caseiro.

Uma mamãe.

— Parece doce pra mim. — Louis faz careta, voltando a rechear o peru enquanto Henry brincava na mesa da cozinha, se recusando a ficar sozinho enquanto seus pais estavam ali.

— Vou consertar, exibido.

— E eu vou cochilar depois que acabar aqui. — ele sorri simples, enfiando os pedaços de bacon no peru.

— De novo? — Harry junta as sobrancelhas, Louis dormia tanto que estava incomodando o alfa.

— Vou descansar junto com o peru. — Louis dá de ombros, posicionando a ave na forma, pincelando com mel por fora. — Veja, Henry, mamãe está pintando o peru.

— Eca. — ele franze o narizinho, voltando a colorir concentrado.

— Não fale assim sobre comida, é pecado! — o ômega mais velho resmunga, o filhote dando de ombros em sua visão periférica.

Abusadinho.

Depois de adiantarem alguns itens da ceia, Louis colocou os presentes debaixo da árvore, resolvendo cochilar no sofá por alguns minutos.

Que viraram horas.

Harry arrumou a casa para receber os convidados, separou as louças novas que seriam usadas e deu almoço para o filhote que tagarelava com o pai, ajudando-o nas tarefas para deixar a mamãe aproveitar o aniversário como ele queria.

Dormindo.

Era cerca de cinco da tarde quando Harry e Henry foram buscar o bolo encomendado pelo alfa, então tudo o que lhes restava era esperar um horário para se arrumarem.

Quando alfa e filhote chegaram em casa, Louis já estava de pé, sentado na cozinha enquanto degustava uma taça de vinho calmamente, cheirando a bebida vez ou outra.

— Mamãe, trouxemos seu bolo!

— Oh, eu tenho um bolo? — Louis sorri para o filhote, o trazendo para seu colo com cuidado.

— Sim! Bonito, mamãe. — ele afirma, ronronando na bochecha de Louis.

— Obrigado, querido. — Louis beija a testa do filhote, terminando a taça de vinho em uma golada só.

— Vai com calma, ômega. — Harry sorri de lado, o cumprimentando com um selinho.

— Dores de cabeça, nada melhor do que um vinho, uh?

— Concordo. De qualquer forma, temos algumas horas para aproveitar apenas nós. — o alfa sorri largo, se aproximando do ômega. Ele posiciona as mãos nos ombros tensos, dedilhando a carne do amado. — O que quer fazer?

— Filme! — Louis sorri, inclinando a cabeça para trás, Harry depositando um selinho nos lábios do outro.

Eles passaram algumas horas em frente a tv, um amontoado de cobertores e almofadas, enrolados no sofá enquanto Louis bocejava, se aconchegando no cheiro do alfa e do filhote.

Quando se deram conta do horário, correram para se arrumarem e receber seus amigos, Louis colocou o peru para assar, correndo pela casa gargalhando com o alfa por estarem atrasados, mas isso não evitou que tomassem banho juntos com direito a sexo de aniversário no chuveiro.

— Eu te amo muito. Muito, muito, muito! — Louis resmunga, beijando a bochecha do alfa enquanto o maior seca seus cabelos.

— Que ômega doce. — Harry sorri de lado, estalando um tapa na bunda farta antes de seguir para o closet com Louis no encalço.

Por mais ridículo que fosse, Louis havia comprado suéteres iguais para os três, era vermelho com uma árvore de natal no meio, além das peças, o ômega comprou um gorrinho de papai noel para Alex e Henry.

O casal estava em frente ao espelho largo arrumando os cabelos.

Louis estava com uma calça branca de matar qualquer um, enquanto o alfa optou por skinny preta e suas coturnos escuras.

— Henry já deve ter saido do banho, você pode arrumá-lo, alfa? — Louis resmunga contra o espelho, arrumando a franja recém cortada.

— Uhum. Você pode se vestir de mamãe noel para mim? — Harry pergunta simples, abraçando Louis por trás. Ele apoia o queixo no ombro do outro, fungando o aroma suave do ômega.

— Talvez. — Louis sorri de lado, se virando e abraçando o alfa pelos ombros. Harry apoia as mãos no fim das costas do ômega, espiando a bunda marcada na calçada branca.

— Essa calça não está te apertando? — ele junta as sobrancelhas, lambendo os lábios enquanto intercala entre os olhos azuis e a bunda redonda.

— Um pouco, mas é respirável. Estou gostoso e é o que importa. — Louis diz, dando dois tapinhas no ombro do alfa. — Leve o suéter do filhote, vou conferir o peru.

Harry assente, revirando os olhos para o ômega mandão.

Depois que os três estavam prontos, tiraram uma foto em frente ao espelho, os três sorrindo exageradamente, agora eram o bloqueio de tela do alfa. Estavam verdadeiramente felizes. Era o primeiro natal em família, o primeiro aniversário de Louis com seus dois homens, também.

— Tio Louis! — Alex corre até o ômega, abraçando a perna do professor. — Saudades.

— Pinguinho de alfa! Tio Louis sentiu sua falta também. — ele sorri, beijando a testa do filhote. — Tenho uma coisa para você.

Ele se afasta, buscando o gorro que estava com Harry.

— Isso é desacato a autoridade, ômega. — ele se vira quando Louis enfia a mão no bolso traseiro da calça do alfa, puxando o gorro e estalando um tapa na bunda coberta em seguida.

— A sua falta de bunda? É mesmo. — ele sorri, acenando enquanto volta para o filhote que já estava acompanhado de um Henry papai noel.

— Pra mim? — os olhos castanhos do filhote brilham quando Louis encaixa o gorro em sua cabeça. — Irado! Eu amei, obrigado!

— De nada, Alex! Agora vão brincar. — o menor sorri, as crianças correm para o corredor, então ele está sozinho com seus amigos.

Liam acena com a cabeça e se afasta para socializar com Harry, o mesmo com Shawn.

— Alfas. — ele revira os olhos, enchendo duas taças de vinho, entregando uma para Zayn e outra para Niall.

Ele enche outra para si, bebericando o líquido escuro, se juntando aos ômegas no sofá.

Sua casa estava levemente aquecida, havia luzinhas por toda a casa, brancas, enquanto a grande árvore estava em um canto piscando colorida, Harry levantou o filhote para encaixar a estrela no topo, Louis obviamente registrou o momento, as bochechas doloridas de tanto sorrir.

— Nada de estátua de gato? — Zayn sorri enquanto Louis nega com uma gargalhada.

— Estão no lixão uma hora dessas. — ele dá de ombros, sequer imaginando que na verdade estavam no porão da casa.

— Harry é uma cadelinha mesmo, ele abana o rabo quando você diz que ele é um bom garoto? — Niall sorri com a taça nos lábios, Louis o empurrando com o ombro.

-

A noite estava sendo agradável, Louis se sentia enjoado pelas taças de vinho, mas tudo sob controle. A comida estava boa, até mesmo o molho não-agridoce do alfa havia combinado com tudo. Estavam levemente cheios, mas o parabéns veio e com ele o bolo de Louis como sobremesa.

O ômega entregou o primeiro pedaço ao filhote que saltitou, mesmo recebendo a fatia todos os anos como se fosse a primeira vez.

— Bom! — Harry estala os dedos, em pé ao lado da mesa, fatiando o bolo para si. — Sei que o natal é amanhã, mas poderiamos trocar presentes, não? — ele resmunga, causando uma onda de risos na mesa, as crianças gritam sobre presentes e logo estão debaixo da árvore.

Os adultos assentem, se levantando aos poucos e seguindo para a sala.

Louis foi o alvo dos presentes, ele estava empolgado sentado no sofá.

— Acho que bebi muito. — ele resmunga, desembrulhando o pacote que Zayn o entregou.

— Caralho! — ele se levanta, abraçando o amigo quando desembrulha a última camiseta lançada do Doncaster Rovers, com seu sobrenome atrás. — Eu amei, Z! Obrigado. — ele choraminga, fungando o nariz com um sorriso nos lábios, ele se vira para colocar a peça sobre o sofá e quando volta a posição anterior percebe que fora o último.

— Bom! Minha vez, começando pelo bonitão na árvore. Vem sempre aqui? — Louis sorri provocativo, se aproximando do alfa cheiroso. Ele ronrona perto do outro, abaixando na árvore para pegar seu presente para o alfa.

Era um papel em formato de pergaminho, na verdade, ele estende para o alfa, todos atentos aos dois perdidos em seu próprio mundinho entre olhares e sorrisos.

— O que é? — Harry mordisca o lábio inferior, sorrindo curioso.

— Precisa abrir, alfa. — Louis revira o olhos, segurando as mãos juntas em frente ao corpo. — Abre. — ele sussurra, entortando a cabeça para o lado enquanto o maior desenrola o papel, lendo devagar.

Ele entreabre os lábios surpreso, não contendo a primeira lágrima a descer pela bochecha rosada.

— É de verdade? — ele funga, puxando o ômega pela cintura. Louis assente, rodeando o pescoço do alfa com os braços.

— Sim, amor. Só preciso que compareça ao cartório para assinar. — ele beija o pescoço do alfa — E que você ensine á ele que seu sobrenome agora é Styles, e não Tomlinson.

— Henry George Styles. — Harry ri nasalado, levantando o ômega pela cintura, girando na sala enquanto beija o pescoço do ômega. — Eu te amo tanto, Louis! Tanto! Ah, obrigado. Não sei como te agradecer, ômega. Porra! Meu nome no registro do nosso bebê. — ele choraminga emotivo, sendo acalentado por Louis, aromatizado pelo ômega sorridente.

— Nosso filhote tem nossos nomes no documento! — Louis ri, beijando os lábios do amado.

Os amigos aplaudem no fundo, sorrindo com a emoção do alfa. Ele abraça Louis mais uma vez, rodopiando com o ômega.

— Eu vou vomitar, pare de rodar! — o ômega gargalha, sendo posto no chão.

— Tudo bem. — Harry funga, limpando o canto dos olhos. — Minha vez de te entregar seu presente.

— Eu tenho um presente? — ele sorri animado, esfregando as têmporas com a dor de cabeça insistente.

— Sim! Feche os olhos.

Louis assente, fechando os olhos, ignorando a tontura que aquilo o causou. Ele firma os pés no chão.

— Eu achei que esse seria o maior presente da noite, mas então você, um ômega atrevido, estragou meus planos e tomou posse dos meus planos liderando quem entregaria o melhor presente da noite. — o alfa ri, ajoelhando em frente ao ômega de olhos fechados.

— O que você está fazendo?

— Olhos fechados!

— Ok...

— Então, Louis William Tomlinson, o ômega mais peralta da vila...Lembra quando você pulou a cerca da senhora Wilson para roubar amoras?

— Sim? — ele ri nasalado, secando a testa.

— Foi naquele dia que eu soube que você seria meu ômega. Você tinha dez anos e eu te achei tão radical com aquele nariz arrebitado, correndo da bengala da velha com a camiseta cheia de amoras, e quando você riu na porta de casa quando a Jay reclamou das manchas rosas na camiseta, eu descobri meu som favorito. A sua risada. E então você entrou no cio pela primeira vez aos quinze, ali eu descobri meu cheiro favorito. O seu. — o alfa lambe os lábios, sorrindo para Louis. — E então tudo se tornou sobre você, como as minhas coisas favoritas tinham um traço seu. O azul se tornou minha cor, porque seus olhos são azuis, o seu cheiro inconfundível deveria ser decifrado por um botânico, e então eu guardaria o frasco e sempre te levaria comigo. Eu costumava esfregar lavandas no travesseiro, mas não tinha comparação de como os lençóis ficavam quando você saia de cima deles. Tudo era minimamente sobre você, e ainda é.

— Harry...

— Aos vinte, ainda era sobre você, sobre a saudade que eu sentia. Eu ainda sabia que minha cor, meu cheiro, meu sabor e meu sentimento favorito era sobre você, mesmo quando tudo o que eu queria era bater a cabeça até perder a consciência, mas se eu o fizesse, perderia você, o único que pairava na minha memória todos os dias.

– Alfa...

— E então, meu doce ômega, quando eu te reencontrei descobri mais sobre meu favoritismo. Era sobre a camada cinza nos seus olhos azuis, a minha então cor favorita, e o seu cheiro sempre misturado com o do nosso filhote, era meu novo cheiro favorito, e daí você já tinha uma barba rala que combinava tanto com o seu sorriso, que renovou para o favorito, e quando eu te beijei novamente, eu lembrei do meu sabor preferido. Esse continuou o mesmo. E aí, Louis, quando eu te marquei, tudo que veio na minha cabeça foi tudo o que sonhamos juntos e como eu gostaria de realizar tudo para admirar as ruguinhas no canto dos seus olhos, eu as amo também, e porque eu te amo, a lista de sonhos mudou a ordem...Já temos uma casa e um filhote, mas podemos ter anéis dourados também. — ele toca a mão do ômega que enfim abre os olhos, entreabrindo os lábios com a visão. O alfa ajoelhado diante de si, em um sueter estupido com os olhos tão brilhantes que poderia ser confundido com a árvore de natal, e tinha aquela caixinha. Então Harry sorriu largo, estufou o peito e soprou. — Louis William Tomlinson, aceita se casar comigo?

Louis assente com a cabeça freneticamente, as lágrimas banhando o rosto do ômega sorridente. Ele aperta os dedos do alfa que se levanta, destacando a aliança única, prateada com uma pedra azulada em cima. As mãos do ômega estão trêmulas, mas Harry consegue encaixar o anel no anelar de Louis.

— Mil vezes sim, alfa. — ele murmura quando segura os ombros do alfa, selando os lábios rechonchudos.

Os amigos aplaudem no fundo, assobiando e gritando junto com as crianças. Louis ri durante o beijo, encostando a testa na do alfa.

— Você me fez chorar, seu idiota! — ele resmunga numa falsa irritação. — Eu te amo tanto, não vejo a hora de te ver no altar chorando como o bunda mole que você é.

— Eu também te amo. — Harry revira os olhos, pegando o ômega no colo no estilo noiva. — Nós vamos nos casar! — ele anuncia em voz alta, Louis acenando, exibindo o anel brilhoso enquanto o outro braço segura a nuca do alfa.

— Eu levo as flores! — Henry anuncia, correndo até a perna do pai.

— Não, Henry! Nós seremos os noivinhos. — Alex resmunga, tentando levantar o ômega para segura-lo como Harry segurava Louis.

— Um casamento de cada vez, filhotes. — Louis sorri, beijando a bochecha do alfa quando é colocado no chão por um alfa emburrado.

— Meu filhote vai casar com oitenta anos, porque eu não estarei mais aqui para sofrer. — Harry revira os olhos, abraçando Louis por trás.

— Capaz de aparecer em forma de fantasma para atazanar o alfa do filhote. — Louis revira os olhos, piscando para Harry por cima dos ombros.

— A mamãe noel pode me impedir essa noite. — ele sussurra na orelha do ômega que resmunga com os pelos arrepiados.

Louis revira os olhos, puxando o alfa para se sentar em frente a lareira, retomando a conversa com os amigos, observando o brilho da joia conforme as chamas da lareira refletiam em sua mão.

Ele sorriu apaixonado, e ele sabia, a vida não poderia ficar melhor.

Louis observou Harry rindo atrás de si, o mantendo entre as pernas abertas enquanto o ômega se mantinha escorado no peito do maior, fitando as covinhas fundas.

Ele suspira, fechando os olhos para apreciar seu primeiro natal e aniversário depois de tanto tempo nos braços do seu alfa.

E seu futuro marido.

-x-

Cap sem revisão.

Caso tenha alguma confusão sobre o nome do filhote: Henry tinha o sobrenome do Louis como registro por não ter pai no documento. Luke em momento algum foi pai no papel, apenas ajudou na criação, então Louis apenas adicionou Harry como pai na certidão, e seguindo exatamente como é la fora, o filhote só tem os sobrenome do pai. Styles.

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Tommo way is all the love. X :)

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