DOMINATE ME

By SlyRiddlesGirl

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Voldemort tinha a guerra aos seus pés, mas a chegada de Potter trouxe a tona sua natureza há muito escondida. More

Capítulo 1.
Capítulo 2.
Capítulo 3.
Capítulo 4.
Capítulo 5.
Capítulo 6.
Capítulo 7.
Capítulo 8.
Capítulo 9.
Capítulo 10.
Capítulo 11.
Capítulo 12.
Capítulo 13.
Capítulo 14.
Capítulo 15.
Capítulo 16.
Capítulo 17.
Capítulo 18.
Capítulo 19.
Capítulo 20.
Capítulo 21.
Capítulo 22.
Capítulo 23.
Capítulo 24.
Capítulo 25.
Capítulo 26.
Capítulo 28.
Capítulo 29.
Capítulo 30.
Capítulo 31.
Capítulo 32.
Capítulo 33.
Capítulo 34.
Capítulo 35.
Capítulo 36.
Capítulo 37.
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40.
Capítulo 41.
Capítulo 42.
Nota 1.
Nota 2.
AVISO

Capítulo 27.

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By SlyRiddlesGirl

> Conteúdo adulto.

> Capítulo não revisado.

> Estilo de cadeira que me baseei está na mídia.

Boa leitura, doces!🎨🔥

• ⚜ •

Tom estava no sofá de veludo negro em frente a lareira ornamentada da sala do piano, havia uma xícara de chá fumegante em suas mãos e uma coberta de lã mágica sobre suas pernas. Ele lia um livro a boas horas enquanto escutava o adolescente tocar mecanicamente, melodia após melodia. Não havia um erro, não havia pausa ou hesitação. Harry não havia parado nenhuma vez desde que haviam se alojado na sala do piano no início da tarde depois de sua consulta com Lady Malfoy. Provavelmente eram as melodias mais lindas que Tom já havia ouvido, provavelmente seria a melancolia mais bonita que alguém poderia criar tocando em teclas brancas de marfim de uma magnífico piano de cauda.

Provavelmente seria.

Se tivesse alguma emoção acompanhando a melodia.

Mas não havia.

Não havia emoção alguma na melodia e não havia emoção alguma em quem a tocava. Não havia emoção nos peculiarmente e extraordinários olhos verdes expressivos, não havia emoção no vínculo e não havia emoção em Harry. Não havia nada. Não houve nada na manhã seguinte a conversa que tiveram no banheiro depois de... Depois que... Tom não poderia culpá-lo, ele próprio parecia ter entrado em algum tipo de modo automático. Roboticamente ignorando que ele não poderia ter um bebê saudável.

A melodia acabou alguns segundos depois que sua xícara de chá encheu-se outra vez. Lady Malfoy dissera, na consulta que ocorrera de manhã, que seu organismo está se reabilitando muito bem depois do... Depois que... Lady Malfoy o instruiu a evitar alimentos pesados e ingerir bastante líquido. Narcisa também instruiu em beber chá de Malva, ela diz que ajudaria e recuperar a força e o equilíbrio mágico que o... Que o... Bem, ajudaria a recuperar a fraqueza de sua mágica e de seu organismo. Harry pareceu levar isso a sério e desde então a xícara, sem sempre cheia, o acompanhava.

Ele não se incomodou em protestar ou convencê-lo do contrário. Ele não tinha forças para ir contra o que o alfa achasse melhor. Não depois de ter ignorado-o uma vez por puro orgulho e então, por sua causa, eles... Então aconteceu o... Ele não conseguia achar motivos ou forças o suficientes para impedir o adolescente de tomar o controle de tudo e fazer o que havia tentado desde o início, cuidar dele. Pareceu um acordo mudo entre eles quando, na manhã seguinte a conversa no banheiro, Harry chamara a medimaga e, segundo as recomendações, criou um cronograma de reabilitação para ele. Tom não teve forças para objetar, o que Harry decidisse parecia bom o suficiente para ele.

Eles não conversaram muito desde então, embora Harry não saísse do seu lado, ele parecia distante. Submerso no próprio mundo, no próprio limbo e Tom não parecia ter muito certeza de como tirar o adolescente de lá. Não quando ele próprio se sentia afundar em seu próprio, e sob medida, mar de culpa e remorso. Afundando e afundando e afundando. As punições por ser infértil pareciam pequenas e irritantes cutucadas perto da crescente e sufocante sensação de queda que sentia toda a vez que olhava para a próprio barriga.

Ou quando flagrava o adolescente olhando para sua barriga.

Quando isso acontecia Harry deixava de estar no automático e havia alguma emoção. Mas Tom não gostava desses momentos, não gostava de ver as emoções nesses pequenos momentos porque elas eram acompanhadas por pequenos e fracos movimentos cintilantes nos braços e pernas e tronco do alfa. Ele preferia o alfa no automático do que assistir as tatuagens brilharem e se moverem como um lembrete doloroso. A melodia impessoal que havia acabado e recomeçado pareceria linda, desde que não fosse acompanhada pelo brilho dourado das tatuagens do alfa.

Tom deixou a xícara sobre a mesa de centro e o livro de lado quando, após longas horas ouvindo, a melodia cessara. O silêncio percorreu a sala, não era desconfortável ou sufocante. Era só silêncio. Chato e esquisito e silencioso. Tom preferia a melodia automática e impessoal do que o silêncio que parecia acompanhá-los nos últimos dias, como uma sombra infernal. Um lembrete. Um lembrete de... Do que... Harry voltou a tocar, o silêncio sendo expulso pela sequência de notas breves. Os dedos do alfa deslizavam sobre as teclas, uma depois da outra. Nota após nota. Uma distração.

Tom retomou o livro, a xícara flutuando até suas mãos outra vez enquanto, tão improvável quanto possível, o simples do alfa tocar já o confortava o suficiente para que continuasse, no automático. Assim como nos últimos dias. Assim desde que havia sido tolo o suficiente para abusar da sorte. Assim desde que... Desde o... O livro parecia menos desinteressante a cada segundos, páginas lidas no mesmo ritmo que o adolescente tocava suas melodia de falsa melancolia. Uma falsa leitura para um falso concerto.

Tudo falso. Falso para não deixar explodir. Falso para encobrir. Falso porque no fundo eles estavam afundando e afundando e afundando. Harry parou de tocar outra vez. A tampa que cobria as teclas do piano fora fechada com um baque surdo, o banco de madeira escura com uma almofada de veludo negro fora empurrado para baixo do piano. Passos ecoaram cada segundo mais perto. Profundos e automáticos. Mais perto e mais perto e mais perto. Harry estava, agora, na sua frente em branco e vazio. Encoberto e impessoal e afundando.

Tom deixou a xícara e o livro de lado, erguendo a borda da coberta de lã quentinha que o cobria o suficiente para que o alfa pudesse se juntar a ele no sofá, se quisesse. O fogo crepitava na lareira, o silêncio estranho pesava entre ambos enquanto o olhar do alfa caía outra vez sobre a sua barriga. Segundos longos e torturantes, silenciosos e impessoais. Harry caiu de joelhos em sua frente, uma lágrima escorreu pela curva da bochecha bronzeada enquanto deitava a cabeça em sua barriga, os braços o rodeando como se tivessem medo que fosse desaparecer.

Harry havia afundado e afundado e afundado demais e não havia para onde ir depois de chegar no fim, só haviam duas opções se afogar ou emergir. Harry não parecia tentado a se afogar, sua luta durante os dias parecia ter dado resultado. As tatuagens não brilhavam mas a dor parecia arrebatá-lo como uma enxurrada devastadora, arremessando-o contra realidade sem dó ou piedade. Tom levou os dedos até o cabelo negro do alfa, tentando confortá-lo. Que grande piada, ele próprio estava afundando.

— Eu achei que o perderia.— o sussurro quebrado cortou o silêncio, havia toda a emoção que não acompanhara a melodia, carregando toda a melancolia que as horas ouvindo o adolescente tocar não trouxeram.— Eu vi o sangue e senti sua dor... Eu tentei, tentei de salvar mas você desmaiou... O sangue não parava, a dor não parava e eu estava sozinho... Eu achei...— Harry continuou, a voz embargada soava dolorosa aos seus ouvidos e as mãos trêmulas rodeando seu corpo em outro tempo fora reconfortante.— Achei que perderia os dois.

Tom não soube o que fazer, não soube o que dizer enquanto as palavras sussurradas do alfa traçavam caminho por seus próprios pensamentos conflituosos, abrindo passagem pela dor e culpa, e emergindo e emergindo e emergindo. Eles haviam perdido, mas Harry ainda estava ali. Harry ainda estava puxando-o, emergindo-o, cuindando. Harry que chorava sobre sua barriga, ajoelhado ao seu lado, segurando-o com toda a força que tinha. Harry que achou que o perderia. Harry que achou que sofreria por duas pernas, mais perdas.

— Eu estou aqui, Harry. Você me salvou, estou bem.— sussurrou, Tom, envolvendo as mãos do alfa com as suas e puxando-o para cima, até que ambos estivessem sobre o sofá.— Veja... Eu estou bem, estou aqui. Eu não vou a lugar nenhum, você não vai me perder...— continuou sussurrando, guiando as mãos do alfa até seu peito, deixando com que o adolescente sentisse sua pulsação, as batidas de seu coração cintra o seu tórax, bombeando o sangue pelo seu corpo. Bombeando a vida. Vida que Harry salvara.

— Eu não posso perder mais ninguém... Eu não posso... Eu não consigo...— Harry sussurrou, os olhos fechados e as lágrimas escorrendo enquanto deitava a cabeça em seu peito. Tom o abraçou.

— Você não vai me perder, Harry. Vamos passar por isso e no final eu ainda vou estar aqui...— garantiu, afastando os fios de cabelo que caíam sobre a testa do alfa para que pudesse fitar os olhos verdes, a dor era transbordada em lágrimas que escorriam copiosamente.

— Você promete?— sussurrou, Harry, as mãos apertando as suas onde estavam juntas sobre seu peito. Não havia um alfa ali, havia apenas Harry. O seu Harry.

— Eu prometo.— sussurrou, Tom, juntando seus lábios aos do alfa e tentando passar todo o conforto que ambos não tiveram nos últimos dias.

Harry não disse mais nada nos minutos seguintes, embora tenha os ajeitado no sofá até que estivesse apoiado contra o braço do sofá e Tom pudesse ficar entre suas pernas. Pareceu uma decisão silenciosa quando o livro fora lembrado e aberto, apoiado sobre suas coxas cobertas outra vez pela manta de lã. O silêncio não era mais esquisito e aquilo... O que aconteceu... Ainda estava lá, ainda estavam guardados a dor e a culpa, mas era isso. Eles estavam guardados e Harry estava ali. Tudo parecia bem com Harry ao seu lado.

A xícara permanecia cheia sobre a mesa de centro, o fogo crepitava quebrando vez ou outra o silêncio com seus estalos, as páginas do livro deixaram de ser viradas há algum tempo. Não fez muita diferença, nenhum dos dois estava lendo realmente. Ele sentia os braços de Harry o apertarem, o puxarem o mais perto que conseguiam enquanto o alfa deslizava a ponta do nariz sobre seus ombros, ou seu pescoço. Tom sabia o que o alfa estava fazendo e não tinha a menor intenção de impedí-lo. Ele também não tinha muita certeza do que faria se tivesse ficado no lugar de Harry.

Afinal, já estava ruim o suficiente do jeito que estava. Ter perdido algo antes mesmo de ter a oportunidade de tê-lo era ruim o suficiente por si só. No entanto, ele não tinha certeza de como estaria se sentindo se acompanhasse uma quase morte para Harry. Ele sabia que seria doloroso se um dos dois morresse, o vínculo de predestinação faria questão de deixá-lo doloroso, mas Harry não parecia preocupado com isso. Não há como imaginar a sensação de impotência ao assistir duas coisas que importam irem embora sem mais ou nem menos, e Harry fez isso.

Harry o fez e fora corajoso o suficiente para lutar contra os próprios demônios sozinho antes de vir contar a ele o que havia acontecido e por mais que doesse em Tom, Harry cresceu se importando. Harry cresceu com a dor, sentindo-a. Tom cresceu ignorado-a, ele não tinha familiaridade com a dor, ele sentia seu instinto culpando-o, sentia a dor ds perda, sentia a falta de ter perdido algo antes de ter a oportunidade de vivenciar. No entanto, Tom sabia que em algum tempo o instinto diminuiria, principalmente porque ele era proibido de autopunição e por mais que tentasse sufocá-lo, Harry ainda estava ali e não parecia tentado a ir a lugar algum.

— Eu tive enjoos.— murmurou algum tempo depois, desistindo de sua não leitura ao livro. Harry parou o caminho de beijos que estava fazendo em seu ombro para ouvi-lo.— Durante três dia, os três dias que você não esteve aqui.

— Por que não me disse?— perguntou, o alfa, sua voz soando curiosa. Não havia quaisquer outro sentimentos, nem julgamento.

— Você não estava bem e... Eles pararam quando você voltou, eu imaginei que fosse algo com o vínculo.— respondeu, enroscando suas mãos a do alfa e apertando os braços de Harry ao seu redor. O alfa não o impediu.— Me desculpe...

— Pare.— veio a ordem, impedindo-o de dizer qual fosse a sua lamentação.— Nós não sabíamos, eu não sabia que você não estava tomando as poções e você tinha certeza de que não poderia engravidar. Não se culpe, não peça desculpas, apenas não.— sussurrou, Harry, puxando-o para mais perto, até que estivessem completamente colados um no outro.— Não foi sua culpa, coração, não pense que é isso o que eu acho, porque não é.— completou, deixando um beijo na sua têmpora.

— Harry, se eu tivesse...— Tom tentou outra vez, sendo interrompido quando a mão do alfa enroscou seu cabelo, puxando sua cabeça para trás o suficiente para que juntasse seus lábios. Ele não o impediu, deixando que o alfa envolvesse-os em mais um de seus beijos fortes e enlouquecedores.— Harry...

— Não. Se não tivesse acontecido agora, teria acontecido no futuro porque não estaríamos preparados assim como não estávamos agora. Não sabíamos o que aconteceria, não sabíamos como o seu passado influenciaria em nossos filhotes. Agora nós sabemos e a próxima vez que tiver um filhote meu na sua barriga, nós cuidaremos dele com todo o cuidado do mundo.— disse, Harry. Sua voz firme não deixava brecha para discussões e Tom assentiu, voltando a deitar contra o peito do alfa.

— Como foi?— questionou, pegando a mão do alfa entre as suas enquanto Harry parecia pensativo.

— Como foi o que?—  perguntou, o adolescente, enquanto confusão atravessava o vínculo. Tom suspirou, hesitando em explicar.

— Como foi... Durante o tempo em que eu fiquei desacordado.— explicou, virando o suficiente para que pudesse apoiar a lateral do rosto no peito do alfa. Harry o fitou, indecisão brilhando nos olhos verdes antes de guiá-los até o fogo crepitante na lareira.

— Narcisa demorou para chegar, você continuou sangrando e desacordado... Estava cada vez mais pálido e o vínculo era fraco, eu sentia cada vez menos... Eu achei... Achei que você... Então Narcisa chegou...— Harry contou, os ombros tensos enquanto medo atravessava o vínculo.— Ela começou a lançar um feitiço atrás do outro, mas nada funcionava... Você continuou sangrando e eu parei de sentir o vínculo, não tinha nada... Era só um vazio... Ela não percebeu, ela não poderia, mas eu senti e doeu tanto...— Harry continuou, as mãos trêmulas contra as suas.— Tudo pareceu desmoronar e eu não podia fazer nada além de continuar tentando curar você... Ela não sabia mais o que tentar e eu não sentia mais você, a cura não parecia surtir efeito nenhum e eu só podia ficar olhando, completamente impotente, enquanto você continuava sangrando...— a voz saía trêmula enquanto os olhos verdes fecharam-se. Tom sentiu um nó se formar em sua garganta enquanto ouvia Harry contar, cada palavra carregada com medo.

— Harry...— Tom sussurrou, envolvendo os braços ao redor dos ombros do alfa e abraçando-o.

— Ela estava desistindo... Eu não deixei, não deixei que ela parasse porque se ela desistisse, eu perderia você... Eu não posso perder você... Se eu perder você, eu me perco também...— Harry continuou, envolvendo as mãos trêmulas em suas costas e abraçando-o de volta.— Ela não sabia o que fazer e apenas para que nada passasse esquecido ela tentou uma gravidez... E lá estava ele... Um grãozinho de feijão estranho e retorcido dentro da sua barriga, já estava morto.— Harry sussurrou a última frase, a voz quebrada e trêmula.— Ela conseguiu parar o sangramento e equilibrar sua magia antes que... Eu não pude sair do seu lado, a cura o mantinha estabilizado enquanto ela... Enquanto ela tirava o... O bebê...— a voz do alfa falhou, as mãos aumentaram o aperto ao redor do seu corpo.

— Você assistiu tudo?— perguntou, Tom, se afastando o suficiente para que pudesse olhar para o adolescente. Harry assentiu.

— Eu senti o vínculo outra vez quando o bebê estava fora, ele estava matando você e eu não pude fazer nada.—respondeu, Harry, fechando os olhos e o puxando para perto outra vez.— Não sabia se chorava de tristeza ou de alívio quando vi Narcisa levando o bebê e você voltando a respirar normalmente.— completou, deitando a cabeça em seu ombro.— Não quero sentir isso outra vez, não posso sentir isso outra vez.

— Você não vai, Harry. Eu estou aqui, estou bem e não vou a lugar algum.— garantiu, Tom, abraçando o alfa com tanta força quanto o alfa o abraçava antes de beijar o ombro do alfa e levantar, puxando-o para cima também.

— O que está fazendo, Tom?— perguntou, Harry, confuso enquanto o seguia para fora da sala do piano. Tom não o respondeu, apenas olhando para trás e piscando um olho.— Tom? Coração, as outras vezes que você me puxou pela mansão um de nós acabou nu...— murmurou, Harry, ainda olhando-o com confusão.

— Então seguimos o padrão.— replicou, Tom, pegando a mão do alfa e puxando-o pelas escadas até que estivessem cruzando a mansão.

— Coração, eu não acho que seja bom você...— Harry começou, parecendo genuinamente preocupado enquanto o impedia de continuar andando e o fitava com as sobrancelhas franzidas.

— Eu nem acho que estejamos realmente no clima para isso, amor. Eu só quero pintar você, tudo bem?— respondeu, Tom, ajeitando as mechas de cabelo que caíam em frente aos olhos verdes preocupados de Harry.— Apenas uma distração, sim?

Harry assentiu, beijando o canto se sua boca antes de soltar o aperto em sua mão e deixá-lo continuar o caminho.— Uma distração.— murmurou, Harry, seguindo-o silenciosamente pela mansão até que estivessem cruzando o corredor da ala muito conhecida.

Tom assentiu, abrindo a porta do estúdio e deixando espaço para que Harry passasse, como havia feito nas outras vezes em que puxara o alfa para o estúdio. Ele fechou a porta atrás de si quando o alfa entrou, olhando ao redor lentamente antes de virar as íris verdes para si. Tom sorriu, guiando o alfa até o espaço vazio em frente a janela, fechando as cortinas brancas após posicionar o alfa de pé em frente o lugar onde estava sua tela, ajeitada sobre um dos cavaletes de madeira que compunham seu estúdio. Harry não o impediu enquanto o observava em silêncio.

— Willy!— chamou, sorrindo para o alfo que havia aparecido com um estalo em frente a ambos. O elfo estranhamente animado fez uma exagerada reverência antes de o olhar com enormes e animados olhos brilhantes.

— Faz tempo que Mestre Senhor Riddle não chama Willy, Willy estava preocupado que tivesse sido um má elfo. O que Willy pode fazer por Mestre Riddle, Senhor?— guinchou, o elfo, saltitando em seus pés absurdamente grandes e ossudos.

— Gostaria que trouxesse uma daquelas cadeiras douradas que estão na sala de jantar até aqui, por favor.— pediu, sorrindo para o alfa e assistindo-o assentir animadamente e sumir com outro estalo.

Alguns segundos depois uma cadeira dourada com almofadas bordo apareceu em frente a ambos. Tom a puxou até onde o alfa estava, ajeitando o enquadramento com a janela antes de empurrar o alfa pelos ombros até que estivesse em frente a cadeira. Tom levou os dedos até o primeiro botão da camisa do alfa, sobre a gola que cobria o pescoço e olhou para o alfa, abrindo-os quando recebeu um aceno. Harry o permitiu abrir cada um dos botões e ajudou-o a deslizar a camisa por seu corpo até que todo o tronco estivesse a mostra, as tatuagens negras e imóveis enfeitando a pele.

— Você não estava brincando sobre me deixar nu, estava?— perguntou, Harry, quando seus dedos desceram até o botão da calça do alfa.

Tom sorriu presunçoso, negando com a cabeça e abrindo-o antes de descer a calça lentamente até o chão, esperando o alfa dar um passo para o lado. Tom jogou a calça sobre a camisa antes de levantar e envolver a barrada da cueca box preta do alfa com os dedos e puxá-la para baixo. Harry o assistiu com uma sobrancelha arqueada e o sorriso à la cretino adornando os lábios vermelhos e atraentes. Tom sorriu de volta, baixando a cueca do alfa até o chão e deixando um beijo na coxa não tatuada de Harry. Ele até podia ser grato a Draco, mas não havia chance de ele gostar ou beijar aquele dragão irritantemente grande na coxa do alfa.

Tom juntou todas as roupas que estavam no chão e as deixou ao lado do cavalete de madeira antes de voltar a frente do alfa e empurrá-lo levemente para que sentasse na cadeira, o que Harry fez sem hesitação. Caindo desajeitadamente na cadeira, com os joelhos afastados e os braços apoiados nos braços do sofá em uma posição desajeitada, Harry apoiou o queixo na mão direita e o olhou, esperando qualquer instrução. Tom o analisou, gostando da pose do alfa e sorrindo antes de enganchar o pé no tornozelo esquerdo do alfa e puxando-o um pouco para frente, o suficiente para que a posição do alfa combinasse completam.

— Confortável?— perguntou, Tom, se afastando alguns passos para analisar o alfa outra vez.

— Tanto quanto uma pessoa nua sentada em uma cadeira poderia ficar.— respondeu, Harry, piscando um olhos e sorrindo à la cretino outra vez. Tom revirou os olhos, balançando a cabeça exasperado antes de andar até o armário na parede oposta e procurar suas telas.— Sabe, se eu tenho que ficar nu, não há nada mais justo do que você também ficar.— ouviu o alfa refletir, podia sentir o sorriso na voz do alfa mas quando virou para Harry, ele ainda permanecia na mesma posição que o havia deixado.

— Eu não vou pintar nu, Harry, é desconfortável.— respondeu, Tom, balançando a cabeça exasperado enquanto juntava as telas e os pincéis, levando-os até o cavalete e voltando para pegar os tubos de tinta a óleo sob o olhar do alfa.

— Sem problemas, suas coxas ficam deliciosas nessa calça.— fora a resposta de Harry enquanto mordia os lábios e sorria como o maldito cretino que era.

— Harry, você é um idiota promíscuo.— replicou, Tom, deixando as tintas sobre o cavalete de madeira e colocando as mãos na cintura em uma falsa impaciência. O sorriso à lá cretino aumentou em seus lábios e os olhos brilharam maliciosos.

— Você não reclama disso quando me implora no quarto ao lado.— respondeu, Harry, piscando o olho direito e se ajeitando na cadeira outra vez. Tom revirou os olhos, sentando em sua banqueta e pegando um dos lápis trouxas que Harry havia comprado para si.

— Não se mexa, pirralho imoral.— ordenou, cerrando os olhos para o alfa que assentiu, mantendo o sorriso à la cretino adornando seus lábios.

Tom analisou Harry por alguns segundos antes de encostar a ponta do lápis na tela e começar a esboçar os contornos do alfa, cada linha cuidadosamente contornando a silhueta de Harry. Tom contornou as linhas que definiam seu resto, os fios de cabelo que caíam ondulados sobre seus olhos, e os músculos que adornavam os ombros largos e bronzeados. O lápis continuou deslizando suavemente sobre a tela, linha após linha formando o seu alfa, os braços e o abdômen, as pernas musculosas e as mãos grandes e largas. Tom contornou a cadeira e os detalhes da janela antes de cuidadosamente esboçar as tatuagens que cobriam a pele do alfa.

Tom contornou cada uma das tatuagens, desde a pela de tinta no peito até a cobra no tornozelo, franzindo o nariz em desagrado enquanto rabiscava os traços desnecessários do dragão que cobria a coxa do alfa. O sorriso permaneceu no rosto do alfa enquanto o observava esboça-lo, diversão cruzando o vínculo quando seu nariz franziu em desagrado com a tatuagem da coxa. Seja lá como o alfa sabia pelo que ele fez a careta de desagrado, mas a diversão do alfa só serviu para irritá-lo. Após pouco mais de meia hora Tom já havia contornado toda a silhueta do alfa e faltava apenas os detalhes do rosto antes que pudesse pintá-lo.

— Você vai continuar sorrindo?— perguntou, erguendo os olhos da tela para o alfa que assentiu minimamente e curvou mais o sorriso à la cretino.— Então não pare se sorrir.

Tom levou o lápis a tela outra vez, posicionando-o onde seria o rosto do alfa e começando o contorno dos olhos verdes, os cílios e o contorno das pálpebras. Tom esboçou a íris e as linhas de expressão ao lado dos olhos do alfa que acompanhavam o sorriso, sobre os olhos esboçou as sobrancelhas negras e grossas e seguindo a linha de marcação desenhou o contorno do nariz até o final. Por último, Tom desenhou o boca, curvada com o sorriso de cretino que deixava Harry absolutamente sensual.

Quando todos os detalhes de Harry estavam devidamente esboçados, Tom descartou o lápis e encaixou a paleta de tintas no polegar, pegando o tubo de tinta preta e despejando sobre a superfície de plástico branco. O alfa continuou assistindo-o em silêncio, o sorriso ainda em seu rosto enquanto os olhos brilhavam maliciosamente. Tom sorriu para Harry antes de escolher um pincel e levá-lo até a tinta na paleta, começando a colorir as tatuagens no corpo do alfa. Cuidadosamente traçou cada um dos traços delicados, desde a serpente no tornozelo até as frases que mal apareciam no pulso.

Levou algum tempo para que Tom cuidadosamente colorisse cada uma das tatuagens, junto aos cabelos sensualmente bagunçados e as sobrancelhas grossas. Tom iniciou a mistura de cores sobre a paleta sob o olhar confuso do alfa antes de continuar colorindo o desenho, desde o bordô da almofada da cadeira que aparecia em alguns cantos até os detalhes na cortina branca. Algumas horas depois os detalhes já estavam coloridos e a pele do alfa havia sido iniciada, tomando cuidado com as tatuagens já coloridas Tom começou a passar a cor base para a pele de Harry antes de colorir com a luz e sombra que a faziam brilhar.

— Coração, se você continuar mordendo esse maldito lábio nós teremos que fazer uma pausa para que eu possa ir ao banheiro.— veio o murmúrio do alfa enquanto Tom terminava de colorir a pele de seu esboço. Tom franziu o cenho, erguendo os olhos para o alfa que o fitava maliciosamente, uma das sobrancelhas arqueada e os olhos escuros. Tom desceu o olhar pelo corpo do alfa, sorrindo quando percebeu a consequência de seu pequeno ato inocente.

— Controle seus hormônios, pirralho.— resmungou, Tom, desviando os olhos do corpo delicioso do alfa e continuando a colorir enquanto tentava fervorosamente ignorar a beldade deliciosa que era Harry e as reações de seu próprio corpo as imagem e aos sentimentos que Harry estava fazendo questão de compartilhar pelo vínculo.— Céus, Harry, me deixe terminar...— ofegou, Tom, quando outra onda de luxúria atravessou o vínculo.

— Pare de morder esses malditos lábios, coração.— retrucou, o alfa, a voz igualmente ofegante enquanto os olhos verde impudicos percorriam seu corpo dos pés a cabeça.

Tom fechou os olhos, respirando fundo antes de fixar os olhos na tela quase finalizada e continuar colorindo o que faltava, isto é apenas os olhos de Harry. Tom tentou fervorosamente olhar apenas para os olhos de Harry enquanto começava a colorir o verde da íris o mais realista possível. Aquela seria a obra mais impudica e imoral que Tom já havia pintado e não era nem pelo atual estado de nudez que Harry se encontrava, mas sim pelo quão obsceno estava o seu olhar vidrado em Tom. O verde normalmente brilhante estava escuro e sujo enquanto o fitava com luxúria.

Levou alguns minutos e muito autocontrole para que Tom conseguisse finalmente terminar de colorir todo o retrato de Harry. O alfa não deixou um segundo de o fitar desejoso ou de chutar luxúria e excitação pelo vínculo, mesmo que Tom o ignorasse com todas as suas forças. Tom fechou os olhos uma última vez, deixando o pincel de lado e esticando os braços, alongando os ombros e o pescoço antes de finalmente fitar o alfa. Harry ainda o fitava com luxúria, os olhos verde escuros e o membro muito ereto entre suas coxas. Tom engoliu em seco.

— Terminei.— informou, Tom, usando todo o seu autocontrole para fitar apenas os olhos verdes de Harry.

No entanto sua tentativa falhou quando o alfa fechou os olhos e deixou a cabeça pender para trás, um gemido rouco soando de seu lábios. Tom desceu os olhos pelo abdômen do alfa, Harry ofegava e suor brilhava em sua pele, os músculos do braço direito estavam contraídos enquanto a mão subia e descia envolta do membro duro do alfa. Tom continuou assistindo enquanto Harry passava o polegar pela glande e descia até a base outra vez, gemendo e ofegando a cada investida. Tom revirou os olhos, suspirando antes de levantar e andar até o alfa, ajoelhando em sua frente.

Tom envolveu a mão do alfa com a sua, parando seus movimentos e atraindo a atenção do alfa que o olhou com luxúria enquanto afastava a mão do próprio membro e se recostava na cadeira esperando pelo que Tom faria. Tom envolveu o membro, apertando-o o suficiente para que Harry voltasse a fechar os olhos e deixasse sua cabeça cair para trás, ele continuou movimentando a mão da glande a base antes de levar a língua a glande pulsante e chorosa, lambendo-a. Harry estremeceu sob seu toque, ofegando e gemendo obscenidades enquanto Tom descia a língua pelo membro pulsante, sentindo o volume das veias antes de abocanhá-lo.

— Isso que... Hum... Não estávamos no clima... Merda coração, não provoque!— exclamou, Harry, a mão envolvendo seus cabelos enquanto impulsionava o quadril contra sua boca, fazendo-o engolir todo o membro.— Sua hipocrisia me encanta.— murmurou, fitando-o com os olhos verdes em chamas, a voz rouca e pecaminosa soava ofegante enquanto Harry continuava a investir contra sua boca.

Tom piscou um olho, agarrando as coxas do alfa e deixando-o dominar enquanto continuava a sugar e chupar o membro do alfa, vincos sendo formados em suas bochechas e a glande surrando sua garganta sem dó alguma. Harry investiu forte e rápido, a mão apertando seus cabelos e o membro fodendo sua boca sem piedade antes que impulsionasse uma última vez e gozasse fundo em sua garganta. Tom engoliu tudo, limpando a saliva e gozo que havia escorrido por seu queixo com o polegar antes de chupá-lo sob o olhar satisfeito e desejoso do alfa.

— Você devia agradecer pela minha hipocrisia.— murmurou, Tom, levantando do chão sem desviar os olhos de Harry que sorriu cretino antes de puxá-lo para seu colo.

— Vou agradecer por muito mais do que a sua hipocrisia, coração.— murmurou, Harry, juntando seus lábios em um beijo lânguido e satisfeito, as mãos do alfa seguravam suas coxas, puxando-o para perto o máximo que conseguia.— Mas não hoje.— completou, Harry, ao afastar suas bocas, deixando um beijo em sua bochecha e levantando da cadeira. Tom envolveu as pernas ao redor da cintura do alfa, segurando-se enquanto Harry andava até o cavalete, fitando seu retrato na tela e elogiando antes de seguir para fora do estúdio e até o corredor de seus quartos.

Foi uma boa distração, afinal.

• ⚜ •

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