🧒🏼❤️Nossa História💜👧🏾

By primiciarute_

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Henry e Charlotte tinham apenas 3 e 4 anos quando se conheceram. Pequenos demais, indefesos demais, inocentes... More

✏️Nota da Autora💌
💘Prólogo 1💞
💘 Prólogo 2💞
🌈Um🦄
🌈 Dois🦄
🌈Quatro🦄
🌈Cinco🦄
🌈Seis🦄
💫Sete🌙
💫Oito🌙
💫Nove🌙
💫Dez🌙
💫Onze🌙
💫Doze🌙
🥀Treze🌹

🌈Três🦄

274 33 14
By primiciarute_

2 Meses depois...

Henry Narrando:

E lá estávamos eu e ela, correndo pelo gramado de um parquinho numa praça principal. Estávamos no meio das plantas e das flores, era uma tarde de domingo, eu e ela nos tornamos os melhores amigos um do outro, nada e nem ninguém separava a gente.

Estávamos brincando de pique esconde, eu achei ela e então começamos a correr para bem longe das pessoas, dos brinquedos e de tudo, nos afastamos até demais, nossa correria era tão divertida e com bastante adrenalina.

- Me espera Charlotte!

- Não, eu não vou deixar você me pegar!

Ela continuava correndo, com um sorriso estampado no rosto, seu vestido que escorria até seu joelho balançava com a ventania do clima chuvoso daquela tarde. Eu não sabia até quando ela ia correr, mas eu não ia parar de segui-la.

- Te peguei!

Eu disse agarrando o bracinho dela fazendo com que ela parasse de correr .

- AAAAHHHH, NÃO ACREDITO!

Ela gritou não conformada, caímos em uma gargalhada infinita, enquanto nós perdíamos olhando um para o outro, com um sorriso estampado de ponta a ponta, gotas de água caiam sobre nossa pele, indicando que ia chover.

- Está chovendo, estamos muito longe da praça, e agora?

Ela pergunta, enquanto eu observava a água escorrer pela sua pele brilhante e perfeita.

- Tem uma árvore ali, vamos pra lá?

Sugestionei.

- Está muito longe, não podemos nos afastar demais da praça, se não vamos nos perder.

Ela diz, até então, já estávamos inundados com a chuva forte.

- Pelo menos está mais perto, se voltarmos vai demorar demais e vamos pegar uma gripe. Vem vamos!

Digo pegando na sua mão gelada pelo frio, enquanto andávamos pelas poças de lama, eu conduzia ela com todo o cuidado para que ela não caísse.

- Pronto, vamos ficar aqui até a chuva passar.

Digo, Enquanto sentamos em um tronco perdido.

- Nossas mães vão ficar bravas com a gente quando voltarmos para a praça.

Ela diz se aquecendo com os próprios braços, tentando se proteger do frio.

- Eu cuido disso, não se preocupe!

Digo dando um sorriso.

- Está com frio?

Pergunto ao ver ela tremer feito vara verde.

- Estou, com muito frio!

Ela diz em uma súplica, dava para ouvir o barulho dos seus dentes rangindo. Sem pensar duas vezes, retirei minha camiseta de xadrez e a envolvi no seu corpo.

- Por quê está fazendo isso? Você vai ficar doente.

- Você vai ficar mais ainda.

- Eu tenho uma ideia melhor!

Ela diz olhando para mim, e por fim me envolvendo em um abraço, colocando seus braços entre minha cintura e pondo a mão nas minhas costas, no mesmo momento minha pele arrepiou e senti meu corpo esquentar na mesma hora.

- Isso é bem melhor!

Digo retribuindo o abraço, e Ali ficamos daquele jeito até a chuva diminuir, e pelo incrível que pareça, eu não queria que ela passasse tão cedo, só pra continuar daquele jeito, abraçadinhos.

Depois que a chuva passou, decidimos voltar para a praça, quando chegamos lá, nossas mães estavam chorando, dois policiais ao lado elas, parecia que iam realizar um resgate, tenho certeza que era pra nos encontrar.

- Mãe?

Chamei e assim que ela olha para mim, vem correndo me abraçar.

- Ai meu Deus, filho aonde vocês se meteram durante todo esse tempo?

Ela diz alisando meu cabelo molhado pela chuva. A mãe da Charlotte pegou ela no colo.

- Filha o que vocês foram fazer tão longe? Tivemos que chamar os policiais pra procurar por vocês, graças a Deus vocês apareceram.

- Desculpa, estávamos brincando de pique esconde e corremos pra muito longe, daí começou a chover e decidimos nos abrigar de baixo de uma árvore.

Expliquei para as duas.

- Nunca mais façam isso, ouviram? é muito perigoso, já imaginou se Deus o livre alguém sequestra vocês? Dois bebês de apenas 3 e 4 anos?

Minha mãe diz dando um sermão.

- Ela tem razão, vocês são muito pequenos para andarem muito longe, vocês tem que brincar perto da gente, queira Deus vocês não peguem uma gripe ou fiquem com febre por conta da tempestade.

A senhora Angela diz dessa vez.

- Bom, está tarde e você tem escola amanhã Henry, se despede da sua amiguinha.

- Mas já? A gente nem brincou direito.

Digo manhoso.

- Não brincaram mas se meteram em encrenca o suficiente pra voltarem pra casa e socegarem.

Minha mãe diz.

- É verdade, Charlotte quando chegar em casa você vai tomar um banho com água quente e tomar um remédio pra não ficar doente.

A mãe da Char diz dessa vez.

- Vou fazer o mesmo com o Henry!

A minha mãe e a da Char se despedem e voltamos para casa, mamãe me deu um remédio e me pôs pra dormir, ela me colocou de baixo do edredom e apagou a luz do abajur e saiu do quarto. Era bom estar em uma cama quente, mas eu daria tudo para ficar de baixo da chuva de novo com a Charlotte, e trocarmos abraços para nos aquecer do frio. Eu era tão pequeno para entender o que estava se passando lá dentro do meu pequeno coração inocente.
Adormeci com as lembranças do que havia acontecido naquela tarde chuvosa. No dia seguinte, acordei com o meu despertador tocando bem alto, olhei para as horas e pensei em voltar a dormir, mas logo me lembrei de algo.

- Amanhã é o aniversário da Charlotte!!!

Digo me levantando rapidamente, descendo as escadas do meu quarto e indo para a cozinha aonde minha mãe preparava o café da manhã.

- Mãe, preciso falar com você.

- Fala filho.

- Sabia que amanhã é o aniversário da Charlotte?

- Nossa sério? Que legal, ela vai fazer sua idade finalmente.

- Mãe, eu estava pensando e fazermos uma surpresa pra ela, o que acha?

- Surpresa? É.... Filho eu adoraria, eu amaria fazer uma festinha pra ela, mas....

- Mas???

- Oh meu bebê, amanhã infelizmente nós iremos viajar para o Texas visitar os seus avós, eles querem muito ver você e conhecer a sua irmãzinha.

Após ela dizer aquilo, meu coração se partiu ao meio.

- Mas mãe, eu não posso ir, eu preciso ficar para o aniversário da Char, eu não posso deixar ela no dia do aniversário dela.

- Filho, nós todos vamos viajar, ninguém vai ficar aqui, você vai ter que ir sim!

- Mas ela vai ficar triste mamãe, será que eu não posso ficar?

Digo já com algumas lágrimas escorrendo pelos meus olhos.

- Como você vai ficar? Você não pode ficar sozinho aqui, você tem que viajar com a sua família.

- Eu não posso deixar ela...

- Podemos fazer uma chamada de vídeo e aí você pode desejar os parabéns para ela.

- Não vai ser a mesma coisa, ela vai passar o aniversário sozinha, sem ninguém.

Minha mãe faz uma cara de pena, mas tentou manter a postura.

- Filho, não adianta discutir, você vai ter que ir com a gente, nós iremos voltar logo no outro dia e aí você pode dar um presentinho pra ela.

Olhei profundamente nos olhos dela.

- Eu não quero ir!

Digo com raiva e correndo para o meu quarto.

- Henry, vai tomar um banho pra você ir para a escola.

Ela grita de longe e eu finjo que não ouvi, fui para o banheiro tomar banho porém com muita raiva, eu não acredito que minha família vai fazer uma viagem justo no dia do aniversário da Charlotte. Isso não é justo!
Fui para a minha escolinha, mas fiquei totalmente quieto, não quis interagir com as aulas e nem com as dinâmicas da nossa professora. Eu só queria ver a Charlotte, eu precisava ver ela, eu estava ainda muito triste com a viagem.
Depois da aula, pedi para minha mãe me deixar na casa da Charlotte, eu precisava falar com ela.

- Char?

Digo entrando no quarto dela, onde ela estava escrevendo algo em um caderno.

- Oi Henry, entra!

Entro e fecho a porta.

- Que carinha é essa?

Ela pergunta ao notar meu semblante abatido.

- Estou triste Charlotte.

- Por quê?

- Porque manhã eu e minha família faremos uma viagem para o Texas, para visitar nossos avós.

- Que legal Henry, mas por quê está triste?

- Por quê amanhã é seu aniversário!

- Ah entendi! Eu havia me esquecido disso totalmente, mas Henry não se preocupe comigo, você pode viajar com a sua família, eu vou ficar bem.

- Não vai não, eu quero que a gente passe o seu aniversário juntos, eu não quero viajar.

- Eu sei que você não quer, mas você não tem escolha. Mas pense pelo lado bom, pelo menos você vai ver seus vovós, se eu tivesse avós eu ficaria muito feliz em vê-los.

Aquilo que ela disse partiu o meu coração, era tão triste uma criança não ter avós.

- Mas eu quero ficar aqui com você!

- Eu também queria que você ficasse, mas é melhor obedecer seus pais e ir com eles, eu prometo que vou ficar bem, é só mais um aniversário.

- Não fala isso, todo aniversário é Especial, e principalmente o seu.

- HENRY!!! VAMOS FILHO, ESTÁ TARDE!!!

Minha mãe grita da sala.

- Não chora Henry, se você ficar triste eu vou ficar também e aí sim eu terei um péssimo aniversário amanhã, então aproveite a viagem.

Ela diz carinhosamente, dando um beijinho no meu rosto, minha pele se arrepiou na mesma hora.
Me levando se sua cama e me despeço dela, voltando para casa com minha mãe. Nós iríamos viajar pela manhã bem cedo, íamos no carro mesmo, a cidade não ficava tão longe.

Quando eram exatamente 5:35 da manhã, minha mãe me acordou e me arrumou para viajarmos, ela me colocou no banco de trás uma cadeira para crianças, e do outro lado estava a Piper em outra cadeira de bebê. E assim meu pai partiu com o carro, e eu só conseguia chorar o caminho inteiro, até que meu pai parou o carro.

- Ah não! Precisamos abastecer o carro.

Ele diz, voltando com o carro e parando em um posto de gasolina, minha mãe aproveitou e saiu com a Piper no braço entrando em uma pequena lanchonete para comprar alguns lanches. Quando reparei que eu estava sozinho no carro, pensei que era o momento certo para fugir e ir para a casa da Charlotte.
Retirei o cinto e desci da cadeira, abri a porta e saí disfarçando, quando fugi da vista deles, corri bem rápido, atravessando as ruas e andando para o caminho da casa da Charlotte. Era bem longe, mas dava ir andando mesmo. Algumas pessoas na rua ficavam questionando uma criança pequena andando na rua sozinho, mas não dei atenção, apenas andava rumo a casa da Charlotte.
O sol já havia aparecido, e eu ainda andava nas ruas tentando achar a casa da Charlotte, minhas pernas já doíam, afinal eu era muito pequeno para andar tão longe.
Quando eu já estava quase sem ar de tanto andar, finalmente encontrei a casa da Charlotte, como era ainda cedo acreditava que a mãe da Char ainda estava dormindo, então entrei pela janela do quarto da pequena.
Quando entrei, vi ela ainda dormindo na cama, abraçada com a sua boneca Merry, aquela cena era tão linda. Eu poderia passar horas vendo ela dormir, eu queria acordar ela e dar feliz aniversário, mas preferi não acordar ela ainda.
Antes de ter entrado no quarto, colhi uma rosa em um pé que tinha ali perto para dar pra ela, cheguei perto de sua cama, e fiquei observando ela dormir feito um anjo. Me aproximei mais ainda de seu rosto, e depositei um beijo na sua bochecha, quando me afastei, ela se mexeu e abriu os olhos.

- HENRY???

Ela diz assustada.

- Bom dia, feliz aniversário!.

Digo, entregando a rosa para ela, que ainda me olhava espantada.

****
Continua no próximo capítulo ❤️



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