Jujutsu Kaisen - Orbitando um...

By adri_bertolin

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Aprisionado no Reino da Prisão, Gojo Satoru inicia um processo de fragmentação sobre os conceitos em relação... More

Vazio
Grandes olhos negros
Caos
Propósito
Igual
Ciúmes
Domínio incompleto
Entorpecência
Consumo
Anseio
Posse
Retaliação
Engrenagem
Bolha
Escolha
Capítulo Extra: Sequestro
Paz artificial
Busca
Renúncia
Receptáculo
Liberdade
Esperança
Destino
Resgate
Surgindo das cinzas
Surto

Fôlego

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By adri_bertolin

(Esse capítulo contém conteúdo sexual +18)

Poucas coisas traziam mais paz do que telefones desligados e um foda-se gritado bem alto. O trio já havia contribuído o suficiente para pacificação global por um dia, muito obrigado.

Shoko cuidou de seus ferimentos e eles desapareceram antes que pudessem atribuir mais alguma utilidade para as suas presenças. Que a burocracia ficasse para o dia seguinte, nada viria antes do conforto de sua cama no momento.

Os três voltaram para a casa de Gojo, em uma confusão de agarres e beijos que os levou a acabarem de fato na cama com pouco mais do que roupas íntimas. Infelizmente, depois de se estabelecerem não fizeram nada além de realmente dormirem juntos.

Não era parte da vontade geral irem com calma, mas seguiam o ritmo que todos conseguiam aguentar. O que, graças a Geto, se resumia em descansarem abraçados enquanto seu corpo decidia se iria mata-lo ou não.

Talvez ingerir uma maldição especial não tenha sido totalmente uma boa ideia. Minutos depois de ter tomado a decisão de faze-lo seu sistema começou a protestar, em dificuldade óbvia de controlar o novo monstro de sua coleção, e agora ele estava doente demais para retribuir a empolgação dos outros dois.

Poderia ter sido muito pior, é claro. De certa forma a fraqueza e indisposição apenas indicavam que ele estava em um nível próximo à besta, não em um patamar mais baixo, portanto não havia perigo real a se considerar.

Porém isso não deixava a cara abatida do homem mais agradável de suportar, então ele será coberto de mimos até que fique melhor e, se tudo der certo, o mundo externo será ignorado por esse período de tempo.

Na manhã seguinte os seis olhos se abriram por se sentir observado. Estava claro, mas não parecia ser tão tarde quanto desejaria acordar. Satoru procurou seu observador virando a cabeça preguiçosamente para cima e encontrou aquelas orbes mundanos encarando-o atentamente, com muito calor para o seu rosto sem expressão.

- Bom dia. - Ele sussurrou baixinho, deixando um sorriso cheio de dentes aparecer em saudação.

- Bom dia. - Suguru respondeu em mesmo tom e com um leve repuxar de lábios.

Não importava quantas vezes vivesse um início de dia como esse com seus amigos, jamais se cansaria de vê-los despertar e de compartilhar seus instantes de sonolência matinal.

Em algum momento Gojo havia deitado no peito de Geto enquanto estava desacordado e, percebendo isso, quase se preocupou com a possibilidade de estar incomodando-o. Isso até lembrar que estaria no chão no instante que fizesse algo que deixasse algum deles desconfortável.

Seu atual travesseiro levantou o braço desocupado para erguer o seu rosto e se aproximou iniciando um beijo calmo e tímido. Estava descobrindo que também podia apreciar o carinho delicado se ele fosse expresso dessa forma.

Mas, sinceramente, o quão ruim seria ir para o outro lado da cama e propor uma rapidinha para a mulher do grupo? Sua ereção matinal estava viva em toda a sua glória e, embora se pressionasse contra o colchão e não contra o rapaz, era o bastante para se sentir tentado a quebrar suas regras silenciosas.

Seria uma primeira vez decepcionante e, no entanto, parecia uma ideia agradável agora. Seus olhos até procuraram por Uyara durante os movimentos de língua e lábios suaves, em busca de algum sinal de consciência e talvez interesse.

Estranhamente ela estava virada de costas, deitada em cima do outro braço de Suguru, e não em seu modo coala habitual. Parecia tensa, porém não da maneira que o próprio adolescente estava, seus bons olhos detectavam medo e algum nível de pânico. Vivenciava um pesadelo, podia dizer com certeza.

As vezes as noites dela eram muito atormentadas, com cenários e hipóteses que a apavoravam demais para sequer compartilhar o que lhe ocorria. A única garantia era que tudo sempre acabava da mesma forma.

Se Satoru a acordasse, ela entraria em pânico e teria imensa dificuldade em voltar para a realidade. Se Geto o fizesse, ela seria inundada por tanto alívio que conseguiria se acalmar quase imediatamente.

Isso não deixava seu ego feliz, mas era melhor do que vê-la em desespero.

O deus mortal terminou o beijo com um pressionar mais forte e indicou a brasileira com a cabeça, sutilmente pedindo que o amigo a salvasse de seu próprio subconsciente. O controlador de maldições piscou lentamente com isso, confuso por não perceber o que estava errado de imediato.

Querem saber uma coisa estranha sobre estar um relacionamento a três? As vezes, muito raramente e principalmente quando seu cérebro se recusava a funcionar totalmente, Gojo olhava para os amigos e tinha um ataque muito gay sobre como eles eram bonitinhos um com o outro.

Em circunstâncias como agora: enquanto se afastava para deixa-lo livre e o via se mover com calma para envolver Uyara em um abraço, ao mesmo tempo em que beijava seu ombro e murmurava palavras gentis para não assusta-la no processo de despertar. Vê-la voltando ao mundo real devagar e registrando o rosto e voz de quem a trouxe até ali, apenas para sorrir largamente e se virar para se esconder no peito de Suguru, era simplesmente estupidamente fofo.

Gojo registrou também a contração abdominal que ela sempre fazia, assim como a mão que se abaixou na altura do útero de maneira involuntária para tentar fazer uma dor fantasma parar. As vezes ele se questionava se isso tinha relação com a doença que trouxe sua cicatriz enorme quando era criança, ou se ela tinha algum tipo de ciclo menstrual muito violento. Não tinha o poder de descobrir a razão verdadeira se ela não queria lhe dizer.

Talvez ele devesse buscar alguns chocolates para melhorar o humor dela. Cólica horrível ou não, funcionaria.

Suas pernas o levantaram com essa ideia em mente, pouco se importando se eles veriam o interesse de seu pênis ou não. Não é como se eles estivessem prestando atenção mesmo.

Primeiramente Satoru foi ao banheiro aliviar a bexiga e realizar sua higiene matinal, mas logo depois retornou ao quarto para se encaminhar para a cozinha. Os dois idiotas agora estavam experimentando os mesmos beijos delicados que recebeu depois de acordar, com mais alegria e apreciação do que ele dedicou a isso.

Era bobo que ainda estivessem desfrutando da novidade mesmo depois de ter permitido que eles trocassem saliva durante a madrugada, antes do rapaz ter se exaurido. Não duvidava que também fazia aquela mesma cara de bocó quando estava com um deles, ou com os dois, mas ter que assistir era diferente.

Seu humor de apreciação desapareceu, como sempre fazia.

- Oe. - Ele se aproximou, erguendo a mulher por trás para tira-la da cama e afasta-la do controlador de maldições. - Vamos fazer o café da amanhã, estou faminto.

- Hmmmm já que você está pedindo com tanto carinho. - Ela se apoiou contra seu corpo com a mesma atratividade com que estava quase montando em Suguru. Lhe lembrava de um gato carente ronronando.

Interessada, de fato. Maldito Geto e sua habilidade de ingerir bestas imundas.

- Você percebe o que não está acontecendo aqui por sua culpa? - Ele questionou ao amigo de cabelos negros acusadoramente, soando mais indignado do que pretendia.

- Pode ter certeza que estou tão chateado quanto você. - Suguru levantou as mãos em sinal de rendição, não parecendo nem um pouco incomodado. Mesmo que seus olhos queimassem a pele de ambos com puro desejo.

Apenas para constar aqui, seu senso de respeito aos moribundos (também conhecido como Uyara frustrada), fez com que substituísse a peça rosa que estava usando antes por uma cueca samba-canção. Algo injusto pelo seu ponto de vista atual, considerando que aquilo com certeza atuaria como um revigorador de bem estar muito poderoso.

Toda sua motivação com cuidados agora teria que ser devidamente recompensada mais tarde.

O lado bom é que ele não duvidava nem um pouco que seria.

(...)

Terem crescido órfãos e com apenas o apoio fixo um do outro para desenvolver todo o tipo de habilidade fez com que estabelecessem alguns padrões repetitivos. Para Gojo o interesse desaparecia terrivelmente rápido para qualquer coisa, enquanto Kioku mantinha algumas de suas descobertas quando gostava, refinando-as para além da perfeição.

Ela poderia desenhar tão bem quanto uma fotografia real, enquanto ele tinha preguiça de chegar minimamente próximo desse ponto. Ela poderia arrastar uma plateia as lágrimas com melancólicas melodias em piano e violino, enquanto ele só se lembrava das notas complexas de canções alegres.

Ela sabia esculpir madeira como arte, enquanto Satoru gastava um tempo desnecessário moldando sabonetes. Uyara sabia dezenas de maneiras difíceis de formar origamis, enquanto ele considerava bichos caricatos muito charmosos.

E, como se presume em teoria, isso se repete como um tipo de regra agora. Ela dominava a culinária como uma mestra da combinações de sabores, enquanto Gojo ficava com a finalização, transformando qualquer coisa que fossem comer em um atrativo apelativo para o apetite infantil.

A brasileira fez panqueca, separou frutas, elaborou um suco e lhe garantiu um pote cheio de geleia. O deus mortal cortou a massa para formar raposas, moldou os detalhes com as frutas e adicionou uma perspectiva grotesca com a geleia vermelha que lembrava sangue.

Ainda deu características humanoides para três cortes de bananas e as posicionou como guerreiros felizes pela derrota de um inimigo. Obra prima.

- Ta-dann! - Satoru levou os últimos componentes da refeição para onde os outros dois estavam, apresentando o resultado com orgulho. - Uma bela Kyuubi para ser comida da forma certa dessa vez.

- Como você consegue fazer esse tipo de coisa parecer boa ainda é um mistério para mim. - Kioku observou o resultado enquanto ele posicionava os pratos montados na mesa de jantar ocidental de sua casa.

- Pensei que você fosse vegetariana. - Geto provocou, encarando seu café da manhã com desconfiança, meramente humorado pela imitação idiota da maldição de classe especial.

- Não tem nenhum animal realmente morto aqui. - Ela cortou uma fatia generosa de sua massa macia e a levou para a própria boca, suspirando satisfeita com o sabor mesmo que não fosse uma novidade.

Gojo assumiu o outro lugar ao lado do controlador de maldições no móvel redondo e se serviu com o suco de melancia fresco. Adicionando mais três colheres cheias de açúcar para deixa-lo perfeito.

Ele ignorou sem problemas os olhos julgadores que o estavam fixos em sua bebida.

- Você sabe que não está menos propenso a diabetes só porque é um feiticeiro todo poderoso, não é? - Suguru falou com desgosto, em sua expressão deixando bem claro a aversão por tanta doçura.

- A culpa é dela! - Apontou dramaticamente para a amiga. - Eu quase não gostava de doces até um tempo atrás.

O adolescente de cabelos negros nem precisava abrir a boca para deixar explícito o quanto não acreditava nessa afirmação. Ou pelo menos foi assim até ele se lembrou de que a imagem do rapaz perseguindo guloseimas não existia com frequência no primeiro ano.

- Açúcar energiza o cérebro e eu tentei convencer o idiota a consumir um pouco mais, para melhorar o próprio desempenho e não encher o meu saco sempre que está com dor por ter fritado a própria cabeça. - Uyara comentou, apenas com uma pitada de reprovação, não parecia se importar muito com o resultado de seus esforços.

- Mas ela fez isso com receitas de família e outros doces estrangeiros muito interessantes. O que eu poderia fazer? Foi uma paixão imediata. - Seu sorriso largo era uma merda zombeteira.

- Eu acho que ele te explora demais, Uy. - Suguru sussurrou, olhando para ela com algo semelhante a pena e diversão.

- Eu também. Mas sou bem paga.

Isso era algo literal. O portador dos seis olhos tendia a retribuir cada mimo a sua própria forma. Talvez pelo mesmo motivo que a garota fazia suas extravagâncias com felicidade e genuína vontade de agradar. Não eram obrigados a nada, mas encontravam prazer em fazê-lo.

Era uma pena que Suguru ainda estivesse no processo de adaptação para reconhecer essas coisas. Seu sistema de jogos e compensação era bem mais sério do que os da dinâmica amigável, principalmente com relações distantes. Uma pequena prova de seu diabo interior.

Ninguém aqui estava realmente reclamando.

Antes que Geto pudesse provar dos dotes culinários da mulher ele viu seu prato sendo tirado de perto de seu alcance pela longa mão albina. Recebendo um olhar divino divertido em resposta a sua confusão.

- Sabe... Eu pretendia comer essa aberração infantil. - Ele resmungou, como se quisesse lutar por sua comida.

Talvez, se tivesse prestado mais de atenção, teria percebido que o rapaz estava com olhos brilhantes desde o momento em que começaram a cozinhar. Se fosse mais atento a esses detalhes, teria imaginado que ninguém preparava algo assim para ele a muito tempo e, ousando um pouco, saberia que ninguém jamais se dedicou a fazer mais do que tornar sua refeição comestível.

- Você ainda vai. - Ele cortou um pedaço da massa com uma quantidade generosa de geleia e a estendeu para o amigo comer. Suguru tentou recuperar o próprio garfo, mas outro foi rápido em se esquivar. - Não, assim não. Abre a boca aaaaaaaaaaaaa.

Satoru estava fazendo um som ridículo com a própria boca aberta, balançando o talher como se tentasse instiga-lo a comer. Era patético.

- Ele é assim com você também? - Seus olhos fugiram da cena para tentar buscar refúgio com a mente mais sensata. Ela concordou com um sorriso divertido.

- É por isso que não fico doente, desenvolvi anticorpos para pessoas insuportáveis.

O deus mortal fingiu não ter ouvido, aumentando a intensidade de seu "aaaaaaaaaa" para enfatizar sua vontade. Ele também pode ter forçado o garfo na boca alheia, mas não vai comentar sobre isso.

O controlador de maldições relaxou a boca quase instintivamente para acomodar o talher, aceitando-o sem reclamar. Mais contente por não precisar se humilhar buscando por isso do que incomodado com a brusquidão.

Que bom que o adolescente de cabelos negros fechou os olhos em apreciação ao gosto, porque ele perdeu a troca de olhar quase desesperada entre os dois amigos de longa data.

"Por favor me diga que você está pensando o mesmo que eu." - Satoru implorou sofridamente.

"Você sabe que estou, puta merda." - Kioku respondeu no mesmo tom.

Ela corou levemente, tentando não deixar óbvio que ainda eram dois malditos jovens no cio. Por outro lado, o albino já havia perdido a vergonha a essa altura.

Ele afastou o garfo de vagar, deixando que os olhos mundanos se focassem nele com o ato. Havia geleia sobressalente no canto de sua boca e Gojo a limpou com o dedo, saboreando-a com um golpe de língua propositalmente obsceno.

- Bom menino.

Já foi lembrando que Suguru gostava de tortura-los e de brincar com fogo? Porque esse exemplar de espécie humana reconheceu a malícia e a provocação no tom de voz do outro imediatamente e se inclinou para frente, lambendo o talher que se afastava como um maldito picolé. Sua inocência fingida e fragilidade fazia parecer muito pior do que a brincadeira com a geleia.

Ele começou a rir no mesmo instante que Satoru congelou e energia dele vacilou, essa reação nunca pararia de valer a pena independentemente de quantas vezes conseguisse repeti-la. Entretanto, outra força oscilou tão afetada quanto, a de alguém que o controlador de maldições não conseguia captar dessa forma até a noite anterior.

Todos os pelos do corpo dele se arrepiaram com a ameaça presente.

Talvez pela primeira vez ele entendeu porque o amigo não se importava em se submeter a garota e a considerava tanto mesmo com ela sendo mais fraca. Não importava quanto poder Uyara realmente tinha em seu corpo, ou que sua quantidade de energia fosse mais baixa do que a deles, mente nenhuma a interpretaria como algo menor do que uma divindade se ela quisesse que assim fosse.

Gojo Satoru poderia ser um deus na Terra, um desequilíbrio no mundo, uma aberração, mas ele nunca fez com que os fatos se tornassem sentimentos reais. Não como ela fazia.

É claro que ele podia lutar contra a aura inata dela, havia aprendido a se defender desse tipo de dom antes mesmo de a conhecer, mas, pelos céus, ele queria expor seu pescoço em submissão e implorar que ela o destruísse.

Obviamente o deus mortal percebeu como o adolescente de cabelos negros estava se portando para outra pessoa, para sua companheira, e, ao contrario do esperado, isso não o enfureceu como normalmente faria, mas o excitou verdadeiramente. Afinal, essa era uma de suas recentes fantasias.  

Esse lapso de compreensão fez que se esquecesse de que deveria ir com calma. Sinceramente, ainda não havia entrado em sua cabeça que Geto não conseguiria acompanha-lo agora, por isso a ideia de que poderia feri-lo não passou por seu calculo de ação. Ele se moveu para pegar o que era seu, em um impulso indescritível que não cogitou controlar.

Mal registrou sua trajetória, ou a quantidade de energia que estava liberando para realiza-la. Satoru quebrou a distancia em um piscar de olhos e quebraria mais do que isso se conseguisse completar seu avanço. Ele agarrou o braço do amigo com força, nada que não tivesse feito antes, e se projetou contra seu corpo, quase o derrubando no processo.

Seu foco e confiança não permitiram que precipitasse a reação da garota, ele não percebeu a intenção dela mudando em uma fração de segundo, baixou todas as suas defesas e apenas prestou atenção no som de dor que saiu dos lábios do garoto. Aquilo, estranhamente, pareceu bem errado.

- Chikaku no yugami: shattodaun*! - A carga de energia maldita o golpeou instantaneamente, o fazendo vacilar no inicio e, apenas porque não via razões para lutar contra, desmaiar em seguida.

A escuridão foi tão bem vinda quanto se houvesse deitado para repor as energias depois de um dia exaustivo. Parecia natural, era confortável e o envolvia como uma velha conhecida. Seu corpo estava relaxado e suas percepções desligadas como o nome do golpe implicava, lhe lembrava uma dormência de escape de consciência e sonhos tranquilos.

E, realmente, ele sonhou.

Com girassóis e rosas azuis em buquês separados. Um presente, Gojo imaginou, para alegrar seus amigos em um triste dia chuvoso como aquele em que o sonho se passava. Para colocar sorrisos em seus rostos apesar do sentimento fúnebre do momento.

Com bolos e tortas frescas. Uma piada, Gojo se lembrou, sobre possibilidades relacionadas ao que fariam se não pertencessem a comunidade jujutsu. Uyara respondeu que gostaria de administrar uma confeitaria e ele disse que seria seu rico cliente numero um.

Com crianças correndo em uma brincadeira de perseguição. Gojo não as reconheceu.

O garoto tinha cabelos negros espetados. As duas meninas tinham rostos gêmeos: uma com cabelos mais escuros do que o rapaz e a outra com mechas loiras. Mas também havia um bebê de cabelos castanhos que não conseguia nem andar de tão jovem, porém que gargalhava na empolgação de participar.

A ultima cena em particular encheu seu coração de calor. Essa parecia a sensação de ter uma família...

Se prestasse atenção, o que ele fez, seria possível ver Suguru e Uyara chamando-o no fundo. Convidando a observa-los de onde eles estavam. Seus amigos pareciam mais velhos, mais adultos, e lhe sorriam como se não o vissem a muito tempo.

Ele acenou de volta para eles, com uma vontade estranha de rir, embora sentisse a realidade vacilar. Sabia que se esqueceria dessas cenas no instante em que acordasse, não possuia o habito de lembrar de seus sonhos, mas daquela vez ele realmente se esforçou para manter todas aquelas expressões felizes em suas memórias.

Esse era, sem duvidas, um mundo alternativo que gostaria de participar.

(...)

Quando seus olhos se abriram de novo ele estava no sofá de sua casa, devidamente acomodado em um par de coxas grossas, com uma mão lhe oferecendo um cafuné e puxando suas mechas com leveza. Automaticamente Satoru buscou pela outra pessoa que deveria estar ali e que talvez ele tenha, sem querer, arrancado o braço.

- Suguru foi convocado para justificar suas ações ontem. - Kioku falou, notando sua inquietação. - Yaga-sensei apareceu pouco depois de eu te nocautear, enquanto ainda estávamos terminando o café da manhã.

Ela estava comendo uma de suas barras de chocolate, uma que ele provavelmente comprou com a intenção de alimentar a gula alheia, já que detestava chocolate tão ofensivamente amargo. Parecia bem menos tensa agora do que anteriormente, provando sua teoria sobre a eficácia do cacau.

- O que ele fez de errado? - Sua voz saiu grogue e quase anestesiada, como se seu cérebro ainda estivesse ligando outra vez.

- Alguma coisa sobre induzir civis ao pânico e deixa-los inconscientes com veneno. Além de falhar em conter o feiticeiro responsável pelo ataque, apesar de tê-lo ferido gravemente.

- As pessoas estavam atacando ele. - Gojo resmungou, tendo a certeza que seus lábios estavam formando um bico infantil.

- Isso não importa muito por aqui. - Uyara suspirou, parecia preocupada. - Sugu-kun ficou muito perturbado depois de ser lembrado disso... Ele não demonstrou, claro, mas eu consigo ver essas coisas agindo no cérebro dele. - Ela gesticulou com a mão, vagamente.

Satoru tentou mentalizar a imagem de um Geto que não conseguisse lidar com os próprios problemas e falhasse em sua jornada moral, mas isso parecia tão errado que logo descartou a hipótese. Afinal, essa possibilidade ia contra tudo o que conhecia e acreditava sobre o rapaz.

- Só precisamos dar um tempo para ele melhorar e esquecer tudo isso. - Seu sorriso foi confiante, realmente acreditava nessas palavras. - A relação dele com os não feiticeiros não está muito boa, mas já já o Suguru volta ao normal. Nós vamos transformar esse mundo em um lugar melhor.

A forma com que ele disse isso, o tom de suas palavras... Foi bem explicito que a garota não estava incluída no nós. Refletindo sobre, era possível perceber que nunca a viu como uma líder do novo mundo, não na mesma posição de importância que ele e o controlador de maldições ocupariam.

O deus mortal se via apenas com o amigo homem à frente da revolução que queria estabelecer, Kioku estaria logo atrás, um ótimo posto! Porém não a mesma coisa.

As feições dela, entretanto, mostravam que ela sabia disso e que não se estava incomodada por ser colocada assim, por não estar em evidencia. Suas prioridades não eram as mesmas, mas estavam bem com isso. Nem por um momento duvidava que ela viria lutar sua guerra quando precisasse, da mesma forma que Gojo estaria ao seu lado quando a brasileira precisasse de apoio.

Sempre considerou esse pacto mudo bem explicito, tomava como algo certeiro o que cada um queria. Seu igual estaria com ele em todas as circunstâncias e ela estaria apoiando um pouco mais de longe, como sempre foi.

Estavam muito bem com isso.

- Acho que você deveria conversar com ele sobre esse incomodo. Geto tem muita consideração por mim, o que é reciproco, mas nós nunca seremos tão próximos um do outro quanto somos de você.

- Eu acho que você está exagerando. - Ele fechou os olhos, franzindo o cenho.

Uyara tinha uma interpretação de sentimentos muito mais aberta e calorosa do que ambos os outros. O que, vindo dela, tornava mais fácil aceitarem a abordagem óbvia e imediata de emoções complexas demais. Parecia muito natural até, algo honesto e cru. Não era tão simples assim quando estavam por conta própria e, ao tentar associar essa mesma intimidade a outra pessoa, um tipo de tabu se estabelecia em suas ações.

Kioku nunca deixou que seus princípios diferentes fossem um problema e era muito bem aceita por quem importava. Porém, sinceramente, o olhar que ela lhe dirigiu o chamava de estúpido de tantas formas diferentes que quase se ofendeu.

A amaldiçoadora de mentes mordeu um pedaço maior do chocolate para acalmar a ansiedade. Buscando raciocinar que, se seu amigo, desprovido da maioria dos impedimentos de um japonês comum, pensava assim, então abordar o assunto seria um verdadeiro inconveniente para Suguru.

Satoru viu naquele instante que caso se abstivesse de conversar com o amigo, ela o faria. Foda-se a inconveniência.

Sua mão buscou aquele rosto bonito, encarou seus olhos e fez com que ela olhasse para baixo, sorrindo de leve e deixando que sua mente e corpo reagissem de acordo com a percepção aguçada de estar na presença dela. Deixou que cada droga daquele estado de estupidamente apaixonado inundasse seu sistema porque sabia que ela conseguia ver.

Era a melhor declaração de amor sincero e de confiança que podia fazer. Lamentava que Geto não tivesse bons olhos como os dela.

(...)

Na próxima vez que ele sentiu a presença do controlador de maldições, o portador dos seis olhos estava na escola treinando com Nanami e Haibara. Esse era um dos poucos momentos em que o primeiro ano loiro o olhava com respeito e, as vezes, admiração. Gostava de ensinar os dois, embora o estilo de luta do bolinho de arroz combinasse mais com o de seu amigo e que por isso ele tenha se tornado um aprendiz fixo dele.

Geto apareceu vestindo roupas casuais, não o uniforme que a localidade exigia. Suas roupas, por sinal. Provavelmente foi o que conseguiu vestir antes de sair as pressas naquela manhã e, se seus sinais de cansaço indicavam alguma coisa, não havia conseguido se livrar dos superiores até agora a pouco, no auge da tarde.

Ele se aproximou com um tipo de urgência implícita, envolvendo-o por trás enquanto supervisionava os dois calouros lutando um com o outro e berrava dicas para melhorarem. Sentir aqueles lábios finos sendo pressionados contra a pele de seu pescoço lhe rendeu uma abertura imediata e seus olhos divinos procuraram os dele, encontrando o tipo de exaustão que marcava mais a alma do que o corpo.

- Ainda da tempo de fodermos como queríamos fazer mais cedo? - A pergunta foi sussurrada em seu ouvido tão do nada que até o assustou.

- E-Eh? Você está melhor? - Suguru tinha a sua curiosidade, mas agora ganhou sua completa atenção.

- Melhor do que nunca. - Ele ter mordido sua orelha lhe impediu de dizer que o amigo estava parecendo um saco surrado e não alguém bem. A sutil pressionada de um pênis excitado em sua bunda também não fez boas coisas para o seu bom senso.

Ele até perdeu Haibara levando um golpe certeiro no rosto por se distrair com os dois e Nanami desesperado por ter feito o companheiro sangrar.

Ainda assim Gojo fez uma avaliação rápida de seu igual. O braço estava no lugar, nada machucado, sua energia maldita estava circulando quase como em seu normal e não podia negar que o amigo estava em um estado muito mais aparentemente saudável do que quando acordaram.

- Vá para o nosso quarto. - Seu corpo se virou, roubando um beijo carregado de promessas. - Vou encontrar a Uyara.

O portador dos seis olhos gritou um "Bom trabalho pessoal, vejo vocês amanhã!" e saiu do campo de treinamento tão rápido que acabou sobrando para o segundo ano com mais consideração pelos calouros ficar com a tarefa de estancar a ferida do menino e mandar o Kento leva-lo para a enfermaria ou procurar por Shoko.

Não era sem motivo que as pessoas normalmente preferiam Geto ao albino.

Satoru retirou o óculos ativando sua percepção ao máximo, como sempre fazia em situações de emergência. Mas já estava tão acostumado com a sensação da energia da garota que poderia tê-la localizado com quase a mesma velocidade que o fez estando no auge de seu modo rastreador.   

Quase anunciou sua presença como um furacão devastador, mas se conteve quando percebeu que a garota estava acompanhada de Yaga-sensei e outras pessoas: os alunos brasileiros que foram para Kyoto e uma mulher mais velha de cabelo verde muito curto, com tatuagens estampadas pelos dois braços completos e pelo inicio de seu pescoço. Uma feiticeira poderosa que passou pelo ritual de formação de sua cultura e que ostentava as características de alguém acolhido pelas bruxas do sul, uma responsável por crises exteriores.

Era muito estranho pensar que Uyara provavelmente não estaria muito diferente em um ano, considerando que era a herdeira do cargo e que faria seu rito de passagem no sul.

Aquela era Layla-sensei, uma mentora de sua amiga presente desde que eram muito jovens. Ela tinha a boca tampada como alguns Inumaki faziam, pelo mesmo motivo que eles, era a mais forte usuária de fala amaldiçoada viva.

Gojo a odiava, queria tirar a amiga dali o mais rápido possível, independente do evento muito importante que pretende carrega-la para participar. A mulher deixava Kioku tensa pelo simples fato de estar presente, era alguém da qual sua amiga adquiriu medo, mesmo que nunca vá admitir, e ele não quer nem imaginar o que alguém tem que fazer para causar temor em uma pessoa tão poderoso quanto ela.

Agora, particularmente, todos os brasileiros estavam congelados de horror. Com exceção da mais velha, que parecia puta e pronta para amaldiçoar Yaga. Ele sentiu que estava interrompendo algum tipo de reunião significativa, mas não se importava nem um pouco, então deixou que todos percebessem sua presença.

- Que caras são essas? Parece até que estão indo para um funeral. - O deus mortal falou rindo, engolindo todo o ódio pela mulher da melhor forma possível.

Agora todos, até Yaga-sensei, pareciam querer amaldiçoa-lo. A tal Layla o olhava como um verme que queria esmagar e os outros alunos mudaram de postura como se quisessem comprar uma briga. Sua amiga continuou com os olhos no chão, lembrando-o da menininha quieta que conheceu na infância.

- É sobre Geto Suguru. - Ela falou, baixinho e respeitosamente. Em português, algo dentro de seu nível de compreensão. - Um assunto urgente. Deixe-me acompanha-lo, por favor.

Sua vontade de socar aquelas pessoas só cresceu com ela sendo tão respeitosa. Porém, os alvos de sua raiva, que gostavam de Suguru, relaxaram e até ousaram parecerem preocupados. Uyara foi liberada com um aceno de cabeça por parte da mais velha e veio andando até ele com passos lentos e cautelosos, com os olhos fixos no chão.

"Que bom que eles não sabem para que tipo de urgência nosso amigo está precisando de assistência." - Ele sorriu de forma cúmplice para ela, quando se afastaram o suficiente para que ela levantasse o rosto e mandasse um dedo do meio para trás. 

"Gosto que o favoritismo armamentista deles seja usado dessa forma." - A garota entrelaçou a mão na sua, muito mais tranquila e com o ânimo se renovando.

"Por que Suguru é querido por eles e eu sou um inseto nojento?" - Sua pergunta veio com mais humor do que de fato com qualquer nível de preocupação.

"Porque eles te consideram um deus estrangeiro perigoso e Sugu-kun é mais humano, embora você seja considerado um aliado pela parte importante da chefia por causa da nossa associação." - Ela não parecia querer falar sobre isso, ou ser lembrada disso, mas não se importou em responder.

"Histórico ruim com deuses de outros países, eu imagino." - Apenas por saber que ela não o levaria a serio, ele deixou que um sorriso perigoso tomasse conta de seu rosto, como uma ameaça.

"Não com os deuses em si." - Era verdade que ela nunca teve problema com entidade divina nenhuma. - "É mais sobre a destruição que vêm com eles."

Seu corpo e linha de raciocino tiveram uma parada brusca no instante em que passaram do arco de entrada para o dormitório. Gojo freou a caminhada apressada em seguida, olhando para ela em duvida conforme via suas pupilas quase imperceptíveis dilatarem.

Nem passou por sua mente perguntar porque todos estavam tão perturbados antes.

- Captando bons pensamentos? - Seu sorriso cheio de dentes se tornou malicioso, afinal estavam no raio de alcance dela quanto a Geto.

- Sensações, porra... Suguru sabe onde eu guardo meu vibrador? Porque eu tenho quase certa que reconheço isso. - Ela estava balbuciando, mais perdida em si mesma do que focada nele.

- Desde quando você tem um vibrador? - Uma sobrancelha se arqueou em duvida, enquanto a imagem do que estava acontecendo se formava em seu cérebro.

- Desde que eu achei o seu e fiquei com inveja.

Eles ficaram paralisados por alguns instante, com a imaginação fluindo sobre o que eles encontrariam ao atravessar a porta e, por parte do indivíduo com um pênis, em apreciação a figura instável que parecia encontrar dificuldade em ficar em pé. Isso até que percebeu que cada segundo inutilizado nesse corredor era menos um segundo em ação.

- Vamos, vamos, mais movimento! A contemplação fica para depois! - Satoru a jogou por sobre o ombro e correu para o quarto que haviam reivindicado.

Chegando lá ele tomou uma respiração profunda e começou a devolver a garota para o chão, mas então percebeu que ela se sentia mais confiante ali e a mudou para uma posição de noiva. Aquela energia que parecia uma cortina em miniatura se espalhou, garantindo que nenhuma alma indesejada teria interesse pelo que acontecia lá dentro. 

Isso foi o bastante para não hesitar antes de abrir bruscamente a porta e entrar.

Tudo bem, talvez teria sido mais inteligente garantir uma oxigenação melhor lá fora, porque agora ele tinha certeza absoluta que se esqueceu de como funciona a respiração. Geto fazia isso com ele com mais frequência do que gostava, porém nunca antes havia se sentindo tão absurdamente sufocado e intoxicado com uma visão diante de seus olhos.

Que ideia genial foi essa de tirar os óculos com antecedência.

Suguru bloqueou parte da iluminação vinda da janela, com certeza para ajudar os olhos sensíveis de Uyara a apreciarem melhor o seu espetáculo, no entanto, isso apenas fazia com que a luz da tarde refletisse em sua pele nua e trouxesse brilho aos seus primeiros indícios de suor. Ele havia se livrado de todas as roupas e estava deitado na cama central com relação as três que eles fizeram caber no quarto, seu cabelo estava desleixadamente bagunçado e os ofegos de sua boca soavam como os sons do paraíso.

Mas nenhum dos dois deu mais de que uma olhada inicial para esse detalhes, eles estavam concentrados mesmo na exibição da parte inferior. Gojo registrou Kioku descendo de seus braços para fechar e trancar a porta atrás deles, ela não estava confiante o suficiente de seus poderes para garantir que os manteria escondidos. Afinal, o controlador de maldições estava de pernas abertas, acariciando o próprio pau ao mesmo tempo que, com a outra mão, empurrava e retirava um objeto azul de dentro dele.

- A-Ah..a-h... Não chamei você para ficarem só olhando, se a-apressem!

Um pedido dito dessa forma é uma ordem que os dois estavam mais do que ansiosos para obedecer. Principalmente agora que o de cabelos e negros parecia mais empenhado em alcançar o orgasmo na presença de seus amigos.

O deus mortal e a brasileira fizeram uma promessa silenciosa de que em um futuro próximo gastariam mais tempo no processo de tirarem as roupas, que fariam disso outro espetáculo a se apreciar e que... Pensando bem, eles não eram pessoas que gostam de agir de acordo com expectivas.

Suas mãos pararam de retirar os próprios uniformes em sincronia, embora a blusa do mais alto já tenha ido para o chão, sabendo muito bem que estavam tendo a mesma ideia sem a necessidade de um poder para isso. Se Geto queria gozar os observando, que ele o fizesse como aperitivo.

A garota garantiria que se segurariam com o outro se ele demonstrasse qualquer indicio de mal estar ou desconforto, mas não precisavam dessa restrição um com o outro. Ela tomou a iniciativa de empurrar Gojo contra a parede mais próxima, garantindo que toda a força aplicada fosse sentida por ele e não pela estrutura escolar, e o reivindicou em um beijo faminto e obsceno.

Ambos mantinham os olhos no terceiro em todo o momento e foi realmente maravilhoso vê-lo se contorcendo em prazer pelo que estavam fazendo.

Suas mãos foram para os botões em que ela estava trabalhando antes e as dela vieram para a sua camisa clara. Eles se permitiram uma breve apreciação ao beijo e um ao outro, mas não estavam exatamente com paciência.

Olhos no Geto.

O óculos dela voou para a cama para não quebrar e ele puxou o maldito tecido, rompendo todos os infelizes botões recentes a medida em que ela erguia sua camisa e a jogava para o chão.

Uyara parou para ver o estrago, porém a forma com que ela sorriu funcionou apenas como uma permissão para rasgar quanta roupa quisesse.

As unhas dela se cravaram em seu abdômen, arranhando sua pele para baixo enquanto suas línguas se embolavam mais uma vez e ele providenciava que a parte superior de seu uniforme de verão ficasse inutilizável. O sutiã acabou acompanhando aquele avanço agressivo e quando garantiu que cada pedaço ofensivo de tecido saísse de seu corpo, seus seios saltaram para fora. Cheios, com as pontas voltas para cima e implorando por atenção.

O ofegar de Geto tornou-se mais irregular, em um nível irresistível para não se aproximar. Portanto, causando um grito de susto por parte da mulher do grupo, Gojo a ergueu e a levou para a primeira cama. Chocando as costas dela contra o colchão macio e ficando entre suas pernas, com a própria cabeça pensante perto demais das laranjas livres e suculentas para evitar que resistisse ao impulso.

Ele mordeu o peito esquerdo com força, ganhando um grunhido apreciativo em resposta, e empurrou suas virilha coberta contra a dela buscando por um nível baixo de atrito.

Olhos no Geto.

Suguru parou os movimentos no ânus enquanto aumentava os em seu pau. Ofegante, quase tão perdido no olhar dos dois quanto no próprio prazer.

Uyara estremeceu e soltou um gemido sofridamente bom, suas bochechas estavam ardendo de tão vermelhas. Ela sentia, ele se lembrou, ela sentia tanto a punheta do de cabelos negros quanto seus mamilos sendo maltratados por mordidas e lambidas cruéis.

O outro homem percebeu a mesma coisa e de repente aquilo não era mais sobre provoca-lo.

Nunca antes em sua vida Satoru viu a amiga tão aberta a sensações. É óbvio que aproveitaria.

O vibrador voltou a ser usado com uma empolgação renovada e o deus mortal sentiu aquelas pernas grossas e menores se manobrando para abaixar suas calças e junta-lo ao mundo dos expostos felizes.

Foi quando Uyara percebeu que estavam virando aquilo contra ela. Pela forma com ele a impediu e levou uma de suas mãos para baixo, violando a proteção restante de suas roupas e encontrando seu clitóris.

Ou pelo menos Satoru acreditava que todos os seus anos de telespectador de pornografia ruim, leitor de literatura erótica e pesquisador de coisas constrangedoras valeram de alguma coisa e que aquilo realmente era um clitóris.

A reação dela indicou que sim. Encolhendo-se em si mesma, sem conseguir formar palavras, confusa com a quantidade de prazer. Ele se afastou um pouco e puxou a bermuda colada de verão, afinal as sandálias já haviam se perdido antes. A calcinha a acompanhou por incentivo de sua usuária, embora Gojo, vendo aquele tecido confortável com estampa de gatinhos, tenha tido a vontade de deixa-la ali só pela humilhação.

Não que fosse resultar em alguma coisa, ela estava longe de se importar.

Satoru se afastou um pouco, apenas para apreciar a vista. Queria gravar tudo aquilo muito bem na memória, era a coisa mais bonita que já havia presenciado em sua vida.

Uyara juntou as próprias pernas, não se expondo por instinto, mas ainda assim ele conseguia ver os grandes lábios contraindo em excitação, buscando a fonte de um prazer carnal além do estímulo mental. Era linda.

Aproveitando que outra pessoa estava ali, tão carente quanto, ela buscou a atenção de quem havia ficado enquanto o outro se livrava das próprias calças, cueca e sapato e buscava pelas camisinhas e pelo lubrificante que tinha em algum lugar na bagunça que eles chamavam de guarda roupa.

Kioku se colocou de joelhos na cama, buscando por Suguru logo em seguida. Ela roubou seu fôlego em um beijo ardente e envolveu a mão dele para acompanhar sua punheta, ao mesmo tempo em que se inclinava o suficiente para agarrar o vibrador que a pertencia e tomava o controle sobre ele, enfiando mais fundo do que as mãos instáveis do amigo podiam levar.

- Hey, Sugu-kun... - Ela falou próxima aos lábios dele, sem parar os movimentos por nem um instante. - Goza para mim.

Pobre Geto, Satoru ainda nem estava no ato e quase gozou só de ouvi-la assim. Não era surpreendente que o controlador de maldições tenha vindo em seguida, em longas liberações que mancharam mais de um lençol.

Pela forma com que a garota se tornou ainda mais instável podia-se dizer que ela não atingiu o próprio orgasmo por pouco, muito pouco.

Ele alcançou os itens preciosos que estava a procura e foi se juntar os outros. Suas mãos passam deliciosamente pelo corpo desgastado do amigo e seus lábios lábios o procuraram por um beijo suave. Não possuía palavras para descrever o quão maravilhoso o outro estava agora.

Ele daria um tempo para que o controlador de maldições se recuperasse, mas isso não significava que estaria sem nada para fazer. Portanto o incentivou a se acomodar em um lugar mais favorecedor para a envolver.

Suguru se moveu para se encostar na cabeceira, ficando sentado com as pernas ligeiramente abertas. O suficiente para se manter exposto aos olhos que quase o queimavam.

Kioku voltou-se para Gojo, faminta, precisando de alívio, porém deixando que ele ditasse as regras.

- Vire-se. - Satoru ordenou com a voz rouca e assim ela o fez.

Sua mão buscou pelo pedaço de carne gordo de sua bunda, apertando em experimentação. Esmagando-o porque era fodidamente bom. Ele descobriu que também gostava do poder de estar por trás, de como as reações eram maravilhosas quando alguém na profissão deles dava as costas para uma fera com intenções de devorar.

O portador dos seis olhos afastou o volume grandioso de cabelo para provar daquela nuca, apreciando as marcas deixadas na noite anterior. Algo que ela propositalmente não curou, marcas de posse ostentadas com o mesmo orgulho que ele agora sentia ao renova-las manchando aquela pele clara com sangue outra vez.

Seus dedos vagaram ainda mais para baixo, mergulhando no calor de sua abertura pulsante e molhada, experimentando-a com uma lentidão que no mínimo lhe garantiria um chute se ela não estivesse tão incoerente.

Geto, a frente de ambos, a chamou gesticulando com um dedo. Mesmo sensível demais para o próprio bem, ele já começava a manifestar interesse novamente em uma proeza adolescente que merecia ser muito explorada.

Uyara virou a cabeça para o lado, exigindo um beijo antes de ir explorar novas experiências. Foi agressivo, doloroso e com um leve gosto de ferro, exatamente como gostavam.

Ela se inclinou, ciente demais do que estava expondo e desavergonhada como nunca antes. Kioku beijou Suguru e se apoiou nele, com a bunda empinada para cima, apreciando seu agarre em seus seios e a atenção violenta que não estava recebendo dele até agora.

Ela se abaixou mais, avaliado o pau começando a endurecer e o buraco piscante recém abandonado. Seu olhar estava cheio de promessas sobre o dia em que ela o reivindicaria por ali, uma pena que não seria hoje.

Nunca antes uma camisinha saiu de uma embalagem tão rápido.

Gojo acariciou seu membro lentamente, em apreciação, e logo o envolveu com o látex. Aproximando-se do parque de diversões com o ânimo e ansiedade de qualquer um em boas e deliciosas circunstâncias para se celebrar "EU VOU PERDER A VIRGINDADE CARALHO!".

Só porque eram Geto e Uyara ali e porque eles não morreriam com isso, sua mão se carregou de energia amaldiçoada e se abaixou em um tapa para a carne maravilhosa daquela bunda grande. A brasileira estava no processo de inicialização de um boquete, ainda instigando a própria curiosidade e a do companheiro de frente... Alguém que quase perdeu o pênis, realmente quase, porque ela trincou os dentes com tanta força que não passava nem ar por ali.

A risada dela pareceu mais um grunhido todo errado do que um som de alegria e seu amigo o olhou exasperado, embora também carregasse algum tipo de humor. Ah, como ele amava aqueles dois.

Porém nada disso importa porque logo em seguida Gojo estava entrando em terras preciosas que se contraíram de uma forma tão absurdamente incrível em seu pênis que ele foi obrigado a fazer o que qualquer um em seu lugar faria.

Ele pensou na idosa que lhe deu o dedo de Sukuna. Nua, bem espalhada na sua frente.

Pensou em maldições de esgoto rastejando em sua direção.

Pensou no seu último doce sendo comido por outra pessoa.

Pensou em filhotes fofos fazendo aquele som desesperador de quando você os machuca sem querer.

Ele ignorou Uyara engasgando com um pênis ereto por estar ouvindo isso e ter tentando rir de boca cheia.

Só de raiva, os filhotinhos de seus pensamentos foram cruelmente estripados para piorar o som.

Mas esse era Gojo Satoru, que era bom em tudo, ele claramente pegaria o jeito rápido para não vir vergonhosamente logo depois de ter entrado.

Ele experimentou se mover, encarando Geto, que dominou a diabinha segurando-a com força pelo cabelo para ditar seu próprio ritmo. Kioku parecer tão satisfeita com isso não estava ajudando sua situação, portanto tentou não dar atenção a ela na medida do possível.

Ele aumentou o ritmo, ganhando confiança, decidindo ir além. Buscando manter sua dignidade e trapaceando inicialmente sem querer. Quem quer que tenha inventado a maldição reversa, essa pessoa ganhou sua lealdade eterna nesse momento. Mas funcionava! A bendita coisa funcionava!

Uyara cravou as próprias unhas nas pernas do amigo, tentando ganhar alguma estabilidade enquanto lhe gerava cicatrizes e falhando miseravelmente. Ela já estava tão perto antes, não era surpresa que não duraria muito.

Suas paredes se comprimiram com força enquanto ela gozava, tão fodidamente bem. Lágrimas não contidas escaparam de seus olhos, ao mesmo tempo em que ela sufocava e tentava aguentar as estocadas de Geto em sua boca.

Tão boa, tão boa, tão bom.

É, a técnica não serviu muito não.

Ele veio em um grito engasgado e escandaloso, agarrando-se a ela de forma que sabia que iria adicionar mais marcas em sua coleção.

Gojo se afastou com a respiração irregular, ainda duro e excitado, mas sensível e tentando controlar a bagunça de seu sistema. Ele registrou Suguru o olhando com fascinação, parando de usar a mulher por seu novo interesse estar em jogo.

Kioku resmungou quando seu brinquedo se afastou e virou levemente para observa-lo, fraca, porém curiosa. Ela viu Geto se rastejar até o deus mortal e entregar tanto o lubrificante quanto uma nova camisinha para ele, sendo que logo em seguida ele rasgou a embalagem de uma terceira e a pôs em si mesmo.

O corpo de bruços mudou de posição, animadamente acolhendo seu outro reivindicador. Alguém que manteve as próprias pernas mais abertas, esperando ser acompanhado.

- Vamos lá, esse cu não vai ser comido sozinho. - Gojo disse, mais como um incentivo a si mesmo.

Era inegável dizer que estava empolgado demais para perceber todos os detalhes. De como Suguru se agarrava àquilo como uma tábua de salvação ou de como Kioku parecia tão motivada ao agora, para esquecer o mundo lá fora, quanto ele... Uma pena, realmente.

{...}

Chikaku no yugami, shattodaun: Distorção de percepção, desligamento.

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