Stranger - Sebastian Stan

By whoselle_

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Onde katherine conhece um estranho em uma noite que a faz mudar completamente. Ele não era como ninguém que e... More

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By whoselle_

Katherine Young P.O.V. 

11:00 AM

Depois que saimos do museu nós dois fomos almoçar em um restaurante ali perto. Eu estava me divertindo muito com Sebastian, ele era engraçado e parecia estar ficando mais a vontade perto de mim, assim como eu. Eu me sentia segura com ele e isso me deixava aliviada, pois passar tanto tempo desconfiando de todos a sua volta era um castigo que perto dele, eu não sentia. Após o almoço, nós dois caminhamos de volta aonde seu carro estava estacionado. 

Eu estava agarrada em seu braço enquanto caminhavamos pela calçada e riamos sobre uma história que ele contava sobre quando era criança. 

— Olha, eu acho que você deve ser um perigo pras crianças. — Ele riu me olhando. — Se com animais você era assim... — Ele gargalhou mais um vez me fazendo rir. 

— Eu sei o que parece, mas eu tentei salvar ele. — Ele disse ainda rindo. 

— Você colocou o coitado pra voar com a asa quebrada, Seb. — Ele me olhou com um sorriso no rosto. — Agora eu sei que você é um assassino. 

Ele continuou a me olhar com um sorriso no rosto e riu, o olhei e franzi o cenho. 

— Eu já tenho um apelido, é? — Ele disse me fazendo revirar os olhos e sorrir. — Alguém tá começando a ficar confortável... — Ele disse segurando minha mão e entrelaçando na sua. 

— É agora que você dá um pé na minha bunda e diz algo como... Oh, ahm, Katherine, foi divertido mas... eu não estou procurando por um relacionamento. — Engrossei a minha voz o fazendo rir e não consegui conter a risada. 

— Eu não falo assim. — Ele disse caminhando do meu lado e sorri o olhando. Seu sorriso sempre chamava a minha atenção e não tinha como não sorrir vendo o mesmo. — Aliás, estou aberto a qualquer coisa. — Ele disse. 

— Aberto a qualquer coisa? — Ele assentiu olhando para frente. — Isso quer dizer homens? — Ele me olhou balançando a cabeça e rindo fraco. 

— Você é tão boba. — Ele disse parando na minha frente e tocou minha cintura. — Eu gosto disso em você. — O olhei nos olhos e ele observava cada parte do meu rosto me fazendo corar por alguns segundos. Sua mão entrou em contato com a pele do meu rosto e fechei meus olhos sentindo a palma da sua mão quente acariciar o local. 

Ao abrir os olhos e o voltar a encara-lo novamente, nossos rostos estavam próximos um do outro, mas o mesmo virou para o lado. Acompanhei o seu olhar e vi o carro parado ao nosso lado na rua. Dois homens desceram do mesmo e vieram até nós. 

— Srta. Young, por favor, nos acompanhe. — Um deles disse me fazendo bufar irritada. 

— Claro que ele não desistiria fácil. — Murmurei sentindo as mãos de Sebastian tocarem meus braços. Ele me olhou preocupado. 

— Eu vou com você. — Ele disse me olhando e neguei com a cabeça. 

— Eu preciso resolver isso. — Murmurei o encarando. — Eu preciso ir. — Falei me afastando e ele segurou em minha mão e aproximei meu rosto do seu dando um selinho demorado em seus lábios. 

— Toma cuidado. — Ele disse depois que afastamos nossos lábios e assenti com a cabeça sorrindo fraco para ele e virei as costas indo em direção ao carro, um dos homens abriu a porta do carro para mim e entrei no mesmo. 

Os vidros estavam fechados mas eu podia ver Sebastian e seu semblante preocupado observando os homens entrarem no carro e darem partida. Suspirei pesado e me ajeitei no banco de trás agarrando a minha bolsa. E de repente as coisas começaram a pesar dentro de mim, era como uma nuvem pesada cheia de medo, insegurança e raiva. Tantos sentimentos negativos que eu não sabia controlar e tinha medo do que podia acontecer. 

Sebastian Stan P.O.V. 

Após ver o carro dando partida peguei meu celular no bolso e andei pela calçada indo em direção ao museu onde meu carro estava estacionado. Não estava muito longe e o avistei seguindo na direção dele. 

— Eu preciso que ache uma pessoa pra mim. — Disse assim que a ligação foi atendida. — E rápido. 

Cheguei perto do carro e destravei o mesmo com as chaves entrando logo em seguida. 

— Katherine Young. — Respondi ainda no telefone e após alguns segundos desliguei o mesmo esperando por outra ligação em alguns minutos. Liguei o carro e decide voltar até o hotel em que eu estava. Eu estava preocupado com Katherine, mas não poderia simplesmente aparecer onde ela estivesse com seu pai presente lá, eu poderia piorar as coisas e eu não queria isso para ela. 

Katherine Young P.O.V. 

Alguns minutos depois ainda dentro do carro, o mesmo parou em frente ao hotel e desci do carro após abrirem a porta do carro para mim. Antes de acompanhar os seguranças, respirei fundo e dei passos largos para entrar logo no hotel. Os acompanhei passando pelo saguão do hotel e segui até o elevador junto a eles. O elevador subia lentamente e parecia uma eternidade chegar até o andar. 

Eu tentava pensar nas palavras certas para dizer ao meu pai, mas o medo me contava coisas negativas e gritava dentro da minha cabeça tentando me deixar paranoica. O elevador parou e senti um frio na barriga e respirei fundo novamente seguindo os seguranças até uma das portas do enorme corredor e parando em frente a uma delas, a porta foi aberta por outro segurança. 

Entrei no quarto e os três se retiraram dali fechando a porta atrás de mim. Olhei ao redor e o quarto tinha uma vista incrível para o Times Square. A cama ainda estava arrumada e tudo parecia estar em ordem, mas logo avistei seu casaco jogado em uma das poltronas no quarto. Logo ele surgiu saindo do banheiro e arrumava as mangas de sua camisa. Ele me encarou por alguns segundos e baixou suas mãos dando passos pequenos em minha direção. 

— Achou que eu não fosse te achar. — Ele se aproximou de mim e deu um beijo em minha testa. Pude sentir os pelos de sua barba espetando o local. Baixei meu olhar quando o mesmo se afastou e foi em direção a poltrona. — Como está no trabalho? — Ele perguntou se sentando e ficando confortável na mesma. 

Os pequenos fios brancos em seu cabelo preto começavam a surgir, a sua camisa branca marcava os seus músculos e sua tatuagem no pescoço se destacava. Fazia um tempo que eu não o via e ele parecia estar mais diferente do que nunca. 

— Está bem. — Murmurei sem olhar em seus olhos. 

— Vai evitar olhar pra mim agora? — Ele perguntou me fazendo suspirar fraco. — Eu acho engraçado a forma como você me pinta na sua cabeça. — Franzi o cenho o observando ficar de pé e ir até o pequeno centro que tinha perto da TV com garrafas de bebidas e copos. — É quase como se eu fosse um monstro. — Ele disse tirando a tampa da garrafa e despejando o líquido no copo. 

Demorei alguns segundos até conseguir dizer algo. 

— Talvez por que você faz tudo errado quando se trata de criar filhos. — Ele me olhou de lado seriamente e senti seu olhar queimar em mim me fazendo olhar para a janela. 

— Você acha? — Ele perguntou pegando o copo e levando até a boca bebendo um pouco do líquido sem fazer careta. — Pelo o que eu sei, eu dei tudo o que você precisava. 

— E você acha que isso basta? — Finalmente o olhei nos olhos. Eu permaneci parada e de pé onde estava sem mover um músculo. — Você acha que me comprar um carro, me dar dinheiro e conseguir um emprego pra mim é suficiente? — Ele arqueou a sombrancelha. 

— Muitas pessoas no seu lugar se sentiriam agradecidas. — Ele disse dando um passo em minha direção. — Você deveria ser grata por isso. Afinal, você tem privilégios que não é qualquer um que tem. 

— Claro. — Ri fraco baixando o olhar. — Por que tudo o que importa é o dinheiro e o poder, não é? — Tornei a olhar em seus olhos. — É só isso que importa pra você. 

Ele se aproximou de mim e respirou pesado, seus olhos não desviavam do meu. 

— É tudo o que você precisa ter se quiser sobreviver nesse mundo. — Ele murmurou me fazendo engolir em seco. 

Ele se afastou e terminou sua bebida seguindo para colocar mais e relaxei meus ombros respirando fundo. 

E se ela estivesse aqui, isso ainda iria importar? — Pude sentir que ele ficou tenso com a minha pergunta pois encarou o nada por alguns segundos, como se recordasse de algo. — Era isso que diria para ela? 

— Não ouse falar dela. — Ele disse me olhando irritado. 

— Não posso falar da minha própria mãe? — Meus olhos ardiam com as lágrimas que queriam descer mas eu as segurava fortemente. 

Ele continuou a me olhar e largou o copo sob a mesinha de vidro e andou pelo quarto irritado. 

— Hoje não, Katherine. — Ele murmurou parando perto de mim. 

— E quando? — O encarei. — Você não se importa comigo, você só importa com a porra do seu dinheiro e a droga do seu poder. — Cuspi as palavras o olhando seriamente. Ele parecia surpreso com o que eu havia dito ou poderia ser a minha atitude repentina. — Você só se importa consigo mesmo. 

— E o que eu fiz por você durante toda a sua vida? Eu cuidei de você, eu te dei tudo o que você tem hoje. — Ele disse irritado aumentando o tom da sua voz. 

Tudo o que você me deu foi medo, insegurança e paranoias, pai. — Falei sentindo as lágrimas escorrerem pelo meu rosto. — Nenhum dinheiro ou privilégio nesse mundo pode mudar o que você fez comigo. — Me afastei dele largando minha bolsa na poltrona e me afastando dele. 

As lágrimas desciam descontrolávelmente pelo meu rosto e eu estava assustada, estava com medo das coisas que saiam da minha boca pela primeira vez. Eu passei tanto tempo guardando aquilo dentro de mim que falar em voz alta era assustador mas ao mesmo tempo, libertador. 

— Tudo o que eu fiz foi para proteger você! Eu faço tudo pra proteger você. — Ele disse ríspido. 

— Você não me protege, você me sufoca! — Gritei o encarando. — Você acaba comigo, você me tranca em um emprego que eu odeio, você me impede de viver, de viver a minha vida! 

— Você não entende. — Ele disse baixo. 

— Eu entendo perfeitamente. — Falei me aproximando dele. — Você me machuca e não tem um coração ai dentro pra se importar com isso. 

— Katherine. — Ele murmurou baixando o olhar. 

— Você parou de se importar a muito tempo atrás e fugiu da mamãe quando ela precisava de você, você deixou ela morrer sozinha naquela sala comigo, você me deixou... — As palavras saiam livremente da minha boca junto ao choro pesado e a dor na minha garganta que surgira. 

Ele segurou em meus braços fortemente. 

— Cala a boca! — Ele gritou me segurando firmemente pelos braços. 

Fechei meus olhos com medo e as lágrimas continuavam a escorrer cada vez mais. 

— Se você vai fazer alguma coisa, faz logo. — Falei quando o mesmo folgou suas mãos em meus braços. Ele parecia atônico com tudo aquilo, seu olhar estava perdido. 

Ele me soltou e abracei meu próprio corpo me sentindo completamente quebrada por dentro. 

— O que você acha que eu vou fazer com você? — Ele perguntou me olhando. Seus olhos estavam vermelhos. — Que eu vou bater em você? — Permaneci calada chorando baixo. — Kat... — Ele disse levantando sua mão para me tocar e me afastei. 

Peguei a minha bolsa na poltrona e segui até a porta, ele me chamou novamente e ao abrir a porta ele tentou me segurar pelo braço. 

— Me deixa em paz. — Falei ao me virar para encará-lo e em seguida corri pelo corredor indo até o elevador as pressas. 

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