Stranger - Sebastian Stan

By whoselle_

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Onde katherine conhece um estranho em uma noite que a faz mudar completamente. Ele não era como ninguém que e... More

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By whoselle_

Sebastian Stan P.O.V. 

00:15 AM 

Entrelacei minha mão na sua e pude sentir que ela estava um pouco nervosa, sua mão estava fria e seu olhar preso ao meu me deixava mais instigado a conhecê-la. Katherine despertou meu interesse no primeiro momento em que a vi, ela era perfeita. Os cabelos longos e negros, sua pele tinha pequenos sinais espalhados como um desenho de uma constelação. Seus olhos castanhos claros me hipnotizavam assim como seu corpo naquele vestido que marcava cada curva sua me fazendo deseja-la mais e mais. 

Nós dois saímos dali as pressas e eu podia ouvir sua risada que me fazia sorrir quando a ouvia. Nós saimos da boate e o barulho de seu salto chamava atenção das pessoas que ainda restavam na fila. Caminhávamos pelas ruas de Nova Iorque sem direção, apenas seguiamos em frente.

— Eu não consigo acreditar que você fez isso. — Ela disse me fazendo rir enquanto passava a mão pelo rosto. 

— Foi sem querer, eu juro que foi. — Ela balançou a cabeça rindo. 

— Você matou o coitado do gato! — Ela explanou. 

— Eu não matei ele! — Nós dois gargalhamos. — Ele saltou da janela e continua vivo, ok? — Ela tombou um pouco sua cabeça para trás ainda rindo. — Ele queria viver a vida. 

— Aventureiro igual o dono. — Concordei com a cabeça. — Ele realmente tem o seu sangue. — Ela sorriu me olhando e pude ver que ela abraçava a si mesma sentindo frio, retirei meu blazer e coloquei em volta dela e a mesma agradeceu. 

— Então, me conta mais sobre o seu pai. — Falei. — Mas só se você quiser, é claro. 

Ela suspirou e pareceu pensativa por alguns segundos mas logo se permitiu tocar no assunto. 

— Nós dois costumávamos ser muito próximos quando eu era criança, eu costumava dizer que o amava mais do que a minha mãe. — Ela sorriu fraco. — Nós dois eramos inseparavéis e eu o admirava muito, mas as coisas foram mudando depois que a minha mãe morreu. 

— Sinto muito por isso. — Ela me olhou com um sorriso fraco agradecendo. — Como aconteceu? 

— Ela tinha câncer. — Deu de ombros ficando um pouco sem jeito. — Depois disso ele já não era mais o mesmo e eu compreendo. — Ela disse. — Mas não justifica tudo o que ele fez comigo. 

— Sinto muito por tudo isso. — Murmurei enquanto ainda caminhavamos. — E depois de tudo isso ele te prende aqui? 

— Ele queria que eu fosse juiza assim como ele é, então basicamente me arrastou até aqui. — Ela disse. 

— E você não pode sair? — Perguntei curioso. 

— Suas palavras foram bem claras quando ele disse que se eu tentasse fazer alguma coisa, ele saberia. 

— Então talvez eu tenha te colocado em problemas agora. — Falei fazendo careta e ela sorriu fraco balançando a cabeça. 

— Está tudo bem, eu lido com isso depois. 

— Não quero meter você em confusão, se quiser posso te levar para casa. — Falei parando de andar. Eu queria me aproximar de Katherine, mas sabendo de sua situação, sentia que não podia prejudicá-la. 

— Sabe o que eu quero agora? — Franzi o cenho quando a mesma parou de frente para mim. — Um belo hamburguer. — Sorri vendo o semblante de desejo em seu rosto. 

— Tudo bem. — Assenti com a cabeça e ela sorriu abertamente pegando na minha mão e me arrastando pela calçada. 

Nós continuamos a caminhar e a mesma liderou o caminho nos levando até o bar em uma esquina, o lugar era bem rústico e bem iluminado, havia muitas pessoas por ali sentadas nas mesas e havia apenas uma mesa desocupada. 

— Você vai gostar daqui. — Ela disse me olhando uma última vez antes de subir os pequenos degraus e adentrar o local, a segui e o lugar parecia bastante confortável e simples. 

Olhei ao redor e não pude deixar de notar algumas pessoas nos notando, segui a garota até a mesa que estava desocupada e me sentei de frente para ela. 

— Você costuma vir aqui? — Perguntei e a mesma retirou o blazer colocando em seu colo. 

— Venho aqui pra assombrar o lugar. — Ela sorriu quando franzi o cenho sem entender. — O John, ele é o dono. — Assenti. — Ele diz que eu afasto os clientes por que estou sempre de cara fechada. — Ri relaxando no banco. 

— Você deve espantar mesmo. — Sua feição era de ofendida e eu continuei rindo de sua cara. 

— Eu vou fingir que nem ouvi isso. — Ela balançou a cabeça e sua atenção foi diretamente para algo atrás de mim, um pequeno sorriso se abriu em seu rosto e notei o homem se aproximando de nós. 

— Boa noite, John. — Ela disse e o homem sorriu. 

— Veio aqui para assustar meus clientes? — Ele estreitou seu olhar para ela. — Espera ai, você está bonita demais hoje. — Ele disse e me encarou. — Com todo respeito, claro. — Ri fraco de suas palavras. 

— Está dizendo que eu sou feia? — Ela arqueou a sombrancelha. 

— Você sempre está com cara de sofrimento, então não dá pra notar tanto assim. — Ela abriu a boca e me encarou começando a rir. 

— Eu odeio vocês. — Disse cruzando os braços e nós três rimos. — Eu vou querer um hamburguer, por favor. 

— E o senhor? — O homem me encarou com um pequeno bloco de anotações nas mãos. 

— O mesmo que ela e batata frita, por favor. — Ele anotou os pedidos e logo se retirou. — Vocês dois se conhecem a muito tempo? — Perguntei para ela. 

— O lugar me chamou atenção então costumo vir aqui sempre que quero lamentar algo. — Sorri a ouvindo. — John é um ótimo ouvinte. 

— Consigo imaginar. — Murmurei e ela pousou seu rosto em sua mão me observando. — O que? 

— Você não me contou muita coisa sobre você. — Ela disse sem tirar seus olhos de mim. — Eu estou curiosa então me conta sobre você. 

— O que quer saber? — Molhei os lábios. 

— Com o que você trabalha? 

— Sou empresário e gerencio uma empresa em Londres. — Ela parecia surpresa com minhas palavras. 

— E você veio para cá a trabalho? — Assenti com a cabeça. — E ai resolveu me perseguir no mercado. — Eu ri balançando a cabeça e respirando fundo. 

— Eu não te persegui, eu estava ajudando. — Ela acentou com a cabeça com semblante de suspeita. 

— Sei... como vou saber que não é um psicopata e está tentando me sequestrar? 

Você parece bem disposta a fugir com um a partir do momento que disse que fugiria comigo. — Ela segurou um sorriso e relaxou na cadeira. 

Touché. — Sorri vitorioso para a mesma e ela revirou os olhos. 

— Se você estava tão disposta assim a fugir comigo, por que não fez isso antes? — Perguntei e isso a fez ficar pensativa. 

— O que exatamente eu faria se fugisse? Pra onde iria? — Dei de ombros. 

— Pra qualquer lugar que quisesse, você é livre, pode fazer o que quiser. — Ela ficou pensativa mais uma vez e respirou fundo me olhando. Eu gostaria de saber o que se passava em sua cabeça e de alguma forma, tentar ajuda-lá. 

Nossos pedidos chegaram no momento em que ela estava prestes a dizer algo, mas fechou sua boca e agradeceu pelo pedido. 

(...)

Katherine Young P.O.V. 

01:00 AM

Após comermos tudo, continuamos conversando sobre coisas descontraídas. Sebastian as vezes tocava no assunto em que eu tentava evitar responder. Eu não sabia como me sentir em relação a ''fugir''. Tentei ao máximo tirar aquilo da minha cabeça, mas o mesmo sempre tinha razão em suas palavras, o que me deixava pensativa. Eu não queria estragar essa única noite incrível que eu estava tendo com um belo desconhecido. 

Eu ainda pensava sobre o momento em que aceitei sair da festa com ele e vagar pelas ruas da cidade sem rumo e sem saber o que fazer em seguida, isso era excitante e eu não poderia negar os sentimentos e sensações boas que isso me traziam. Em muito tempo eu não me sentia tão bem perto de alguém e tão livre por estar fazendo algo inusitado e sem medos. Era estranho estar perto de alguém que me despertava essa sensações que hoje em dia já não são tão presentes assim na minha vida.

Nós dois saimos do bar e voltamos a caminhar pelas ruas da cidade que mesmo sendo tarde, ainda continuavam cheias. 

— Toda a minha vida eu me senti presa. — Murmurei caminhando ao seu lado após o mesmo terminar de falar sobre algo que não prestei atenção. Pude sentir seu olhar sobre mim enquanto eu caminhava olhando para frente. — Nunca tive a oportunidade de realmente sentir que estou fazendo o que quero. 

— Entendo. — Ele murmurou de volta ainda sem tirar os olhos de mim. — Me desculpe se acabei tornando as coisas um pouco... — O interrompi. 

— Não, você não fez nada. — Balancei a cabeça o olhando e dei um pequeno sorriso. — Na verdade, você... — Suspirei de forma pesada. — Você me deixou bastante pensativa. — O encarei por alguns segundos. — Isso é bom, eu acho. 

— Sem querer te deixar mais confusa... — Ele disse um pouco relutante. — Eu acho que você deveria de verdade considerar o que está sentindo agora. — Assenti com a cabeça prestando atenção em suas palavras. 

— Eu sei. — Murmurei e involuntariamente abracei seu braço. — É que tudo isso parece ser tão novo pra mim. — Falei soltando as palavras como se fosse uma confissão, e de fato eu sentia que era. — Tem tantas coisas que eu gostaria de fazer e viver... 

— Me conta mais. — Ele disse me fazendo o encarar. 

— Eu adoraria nadar pelada. — Confessei e pude ouvir sua risada. — O que? — O encarei rindo. 

— Eu não esperava por isso. — Ele disse ainda rindo. Seu sorriso era perfeito. — Uau, eu me sinto honrado por ouvir isso. 

Nós dois rimos. 

— É sério, eu gostaria de fazer isso. — Ele acentou com a cabeça ainda rindo. — Mas também gostaria de visitar os museus da cidade, conhecer outras partes da cidade, beber até apagar de uma vez. — Sorri o encarando. 

— Isso eu posso providenciar. — Franzi o cenho por alguns segundos contendo um sorriso no rosto. — Mas preciso saber de uma coisa antes. — Ele disse parando de andar e pousando suas mãos em meus braços. 

— Ok. — Murmurei o encarando. 

— Você tem que dizer sim pra tudo o que eu disser. — Estreitei os olhos. 

— Tudo é? — Sorri de forma provocadora para ele que gargalhou alto chamando atenção de outras pessoas que passavam por nós. — Desculpa, pode falar. 

— Hoje você vai ter a oportunidade de viver o quanto quiser, você vai dizer não para isso? — Ele disse me encarando e fingi estar pensativa sobre o que ele falou. 

— Eu não posso negar nada. — Falei. — Não vindo de você. — Ele sorriu e desceu uma de suas mãos até a minha e a segurou. 

Nós dois saimos correndo pelas ruas e logo a frente avistamos uma outra boate. Nós já estávamos bem longe da outra boate. Sebastian me levou até a boate e entramos livremente pois não havia nenhum segurança na porta. Nós dois fomos até o bar e pedidos diversas rodadas de bebidas diferentes, ele me desafiou a experimentar bebidas que eu nunca havia experimentado antes e, claro, eu aceitei. 

Eram pequenos shots de bebidas coloridas e de nomes que eu não lembraria nunca. Nós dois viramos vários shots e nos divertíamos no bar. Cantávamos juntos as músicas que tocavam alto na balada e corremos até a pista de dança onde dançávamos sem se importar com os olhares a nossa volta. Nós dois estávamos vivendo aqueles momentos e era como se nos conhecêssemos desde sempre.

Por um momento eu me peguei o observando e o admirando e ele percebeu isso. Nossos corpos suados estavam colados um no outro e nossos olhares presos um ao outro. 

— O que você deseja agora? — Ele me questionou. 

Eu não pude responder sua pergunta e ele sorriu com o meu silêncio. 

Minha mão deslizou pelo seu ombro até sua nuca e indo em direção ao seu rosto, deslizei os dedos delicadamente pelo seu rosto até chegar em seus lábios. Eu não conseguia conter a enorme vontade dentro de mim de beijá-lo e de tê-lo. Nós dois precisávamos daquilo e naquele momento eu não queria mais esperar. Sua mão desceu pelas minhas costas até a minha cintura enquanto a outra foi até o meu rosto. Nossos rostos se aproximaram mas por um segundo trocamos olhares e sem esperar mais, seus lábios finalmente se encontraram com os meus. 

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