C.A.O.S.: Carnalmente Apaixon...

By beckielarsen

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Hogwarts. Quinto Ano. Pansy Parkinson descobre sua curiosidade para com as mulheres. Ou seria vontade? Dentre... More

Puramente Carnal
Choro Reprimido
Bolo de Laranja
Orgulho e Preconceito
Tentando uma conversa
Quem é Pansy Parkinson?
A Antiga Hogwarts
Desejos + Orgasmos = Segredos
Futuras dores de cabeça
Confissões
Desejos reprimidos, segredos e várias descobertas
Iniciativa Inesperada
Um pouco de pudor
Um pouco de ciúme
Meu bem
Uma pequena briga
Unique
O melhor agora possível
Uma confiança inquebrável
Mudança na Atmosfera
Um jornal e segredos revelados
Sobre lençóis verde-musgo
Epílogo

Alternativo

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By beckielarsen

Ainda achava que nada pudesse ser pior do que o único homem, que tentou a vida inteira não amar de verdade, ser julgado como culpado de inúmeras mortes de muitos colegas de Hogwarts porém, admitiu estar muito mais que enganada do que pensava quando a viu novamente, depois de alguns meses do término do relacionamento secreto que sempre tiveram.

Depois do julgamento de seu pai, não pensou muito sobre ir ao casamento de Hermione Granger e Ronald Weasley até porque, a culpa do término era inteiramente sua. Tinha uma pitada de culpa daquela cabeça de cenoura e sua declaração de amor para sua namorada, algumas semanas antes também mas, agora era uma mulher crescida o suficiente para arcar com as consequências dos seus atos.

De algum modo, com o passar das semanas depois da Segunda Guerra no Mundo Bruxo, Pansy conseguiu enfraquecer todos os seus relacionamentos. Não sentia-se digna de qualquer contato humano, muito menos de amor de verdade pois tentava, desesperadamente, odiar seu pai por todas as mortes que ele causou junto à aquele que torturou e matou pessoas que nem mesmo ela sabia que eram importantes para si.

- Pansy? - A voz de sua irmã a despertou de seus pensamentos e, com um suspiro cansado, virou seu rosto para encarar aquela já então mulher, mais alta que si e muito mais bonita também. Cece não tinha o ar de derrota que Pansy via todos os dias no espelho. - Tem certeza que quer ir? Eu posso ficar também, se quiser, tenho certeza que...

- Hermione não se importaria? Ela entenderia como a boa pessoa que é mas... acho que é o mínimo que posso fazer.

Vendo a irmã se aproximar de si pelo espelho em que olhava apenas para terminar a maquiagem, ouviu o suspiro pesado da irmã que provavelmente também estava cansada de vê-la em pleno mártir.

- Algum dia você vai parar de se culpar, Pan?

Encarando os olhos iguais aos seus pelo espelho, sentiu-se tão pequena e indefesa e não era por estar sentada vendo sua irmã caçula preocupada consigo. Suas lágrimas estragaram a maquiagem mas não estragaram o abraço sincero que Cece lhe dava, por alguns bons minutos, esperando a única que chamava de família parar de chorar.

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- Eu aceito.

Sentindo seu coração parar por alguns segundos, não se arrependeu de sua decisão. A decisão mais difícil de sua vida, não porque era Rony parado em sua frente e não porque não o amava, pois amava muito aquele não tão mais garoto, que sorria o melhor sorriso para si, fazendo seus olhos marejarem novamente, como assim foi o dia todo.

Depois de deixá-lo beijar suavemente seus lábios, acariciou a mão quente do agora, seu marido. Sorriu verdadeiramente para sua dama de honra e melhor amiga, Gina, que havia lhe dado o melhor conselho de sua vida e que a fez aceitar a proposta de Ronald. Nunca foi e nunca seria egoísmo pensar em sua felicidade, antes de tudo. Ah, aquela frase foi o soco mais forte que recebera em toda a vida, que a fez desistir do seu amor por Pansy. Mesmo amando aquela mulher, se viu rendida a infelicidade quando percebeu que a mesma estava presa numa culpa infinita por ser filha de seu pai, e não importava quantas vezes tentasse fazê-la perceber que não era culpada pelos erros dos outros, sua amada afastou todos aqueles que estavam juntos dela e que realmente se importavam.

Descendo as escadas com o braço dado ao ruivo, sorriu para sua mãe na fileira da frente e riu quando viu a imagem de uma Senhora Weasley sendo consolada pelo marido, vendo seu filho caçula, casando-se. Caminhou pela igreja enquanto era recebida por sorrisos e congratulações, vendo as portas de madeira tão grande, dando passagem para o sol que iluminava aquele belo dia. Aceitando sua escolha, sorriu para si mesma dessa vez, sabendo que fez a melhor escolha para si.

Fechou os olhos para receber a chuva de pétalas que todas aquelas pessoas jogavam sobre si, e sentiu o jovem homem beijar-lhe o topo de sua cabeça. Subindo o olhar para encarar o rosto agora tão maduro e bonito de Rony, piscou e, por não estar acostumada ao carinho tão íntimo do amigo, mordeu levemente o interior de sua boca. Beijou-lhe os lábios de forma suave e sentiu o cheiro amadeirado do perfume que ele usava, fazendo a morena rir levemente pela preocupação em agradar, encarando agora as pessoas que estavam na escada externa da igreja.

Sentiu seu sorriso morrer quando pode até ouvir seu coração quebrando-se. Encarava agora aqueles olhos tão pesados sobre si e sentiu uma vontade enorme de gritar por Pansy estar tão bela e mesmo assim, tão triste. Em seu olhar sério, pode observar seus olhos marejarem e deixarem cair algumas lágrimas discretas que sumiram nos lados daquele rosto que tanto conhecia. Viu suas mãos delicadas e finas jogarem pétalas para o alto, em sua direção e então, ouviu a voz rouca e chorosa, que conseguia distinguir dentre tantas outras gritando alegrias para si.

- Que os Céus façam-na feliz, que Deus te abençoe, babe. - Sua raiva foi controlada internamente e apenas apertou o braço de Rony quando lembrou exatamente o momento que explicara para uma outra Pansy, a sua Pansy, o que aquela expressão trouxa significava. Aquela mulher a sua frente jamais fará parte das lembranças boas que decidiu manter em amor a ela. E tudo o que conseguiu pensar, ainda vendo a imagem triste e poética de uma jovem com vestido vermelho, era em como a mesma podia estar em sua frente, e não ao seu lado, no lugar em que agora Ronald ocupava. Como poderia ela não segurar sua mão?

E mesmo depois de tudo, mesmo desistindo de seu amor para ser feliz, tentando não se arrepender da decisão de não ser mais persistente, forçou um sorriso e afirmou com a cabeça para aquela que um dia foi sua, esperando sinceramente que um dia fosse feliz sem ela, não importa o quão solitária se sentia agora.

Terminando de descer as escadas, deixou suas mãos irem em direção a Pansy e segurou sua mão, debruçando levemente seu corpo para sussurrar em sua orelha: Serei feliz por você, Pansy

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