antes que seja tarde

By autoraisaa

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Desde que Maya Grace se mudou com a família para a pequena cidade de Doverwood, ela faz parte da vida de Dean... More

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mayagrace&dean
prólogo
passado: dean cameron
presente: dean cameron.
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presente: maya grace
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By autoraisaa

PASSADO:

5 anos antes:

Estou no campo de lacrosse. Preston está sentado ao meu lado no gramado enquanto observávamos as cheerleaders jogando os pompons para cima ao mesmo tempo em que o treinador Freire dizia sobre a escolha do novo quaterback do time, que era justamente entre eu e Bullock. Meu amigo encarava as garotas com o olhar cheio de desejo e por cochichar demais com os garotos ao nosso lado quando menos percebemos o burburinho ficou alto demais, o suficiente para o treinador chamar a atenção dele.

Meu olhar se desvia das cheerleaders por um momento quando vejo três pessoas caminhando pela arquibancada para se sentar em um dos bancos livres, era Jazmyn e Lee e por último vinha Maya Grace. Por conta de suas vestimentas, ela era reconhecível. Infelizmente estava longe demais para chamar sua atenção com um sorriso ou até mesmo cumprimenta-la com um aceno de mão.

Maya Grace posicionou o caderno nas suas pernas e começou a deslizar o lápis pelo papel e por um milésimo de segundo me veio a curiosidade em saber a obra de arte que estava sendo criada. Aquele era o seu caderno de rascunhos, ela desenhava no papel o que despertava a sua criatividade para enfim transmiti-la com mais vida para o quadro.

O treinador Freire pede para que eu e Preston nos levantemos para ficar em pé ao seu lado. Com o bloco de anotação em mãos, ele começa a dizer o tanto de votos que nós ficamos. Ocorreu um empate. E o voto do treinador é quem decidiria o próximo quaterback.

Não me surpreendi quando ele anunciou que havia escolhido Preston para a vaga e que, então, eu seria seu vice. Qualquer coisa que ocorresse com Bullock, lesão, suspensão ou diversos outros motivos, a responsabilidade estaria em minhas mãos. Mas ao contrário disso, me subiu um alivio de não ter sido escolhido, não sei se o momento em que minha vida está agora, ter uma grande responsabilidade dessa me faria esquecer tudo o que ocorreu no final de semana, quer dizer, acho que nada me fará esquecer.

Depois de todo o comunicado, o treinador pede que começamos a nos aquecer para corrermos ao redor do campo. Alguns minutos depois, o apito dele soa e nós paramos de correr.

— CINCO MINUTOS DE DESCANSO!

O treinador Freire grita e eu aproveito para atravessar o gramado e ir até o banco pegar minha garrafa de água. Agora, Maya Grace ficou a poucos metros de mim. Não demorou muito tempo para que ela percebesse que alguém a observava, nossos olhos se encontram e sorrisos em ambos os lábios foi aberto. Acenei com a mão que estava fechando a garrafa e educamente também acenou de volta.

Meus amigos se sentam junto de mim. Fico entre Preston e Maximus e nós três iniciamos uma conversa. De vez em quando meu olhar se intercalava entre eles e Maya Grace e Bullock pareceu perceber, porque dava algumas risadinhas quando respondia algo que não tinha nada a ver com a conversa.

Quando olho para o lado, observo Angel caminhando junto com suas outras duas amigas em nossa direção com uma cara nada boa. Ela passa por nós e finge que não estávamos aqui. Meus amigos ao meu lado fazem um "vixi" bem alto e em seguida caem na risada. Eles já sabiam de toda a nossa conversa no dia do aniversário de casamento dos meus pais, que transamos, mas que depois terminei de vez com ela e agora não teria nunca mais volta.

Minha única reação para aquela cena foi revirar os olhos. Se Angel vai me tratar dessa maneira, ignorando, apesar da nossa relação, anos de amizade que temos, por mim tudo bem. Não irei me importar com isso. Provavelmente ela ainda achava que me ignorando iria cair novamente aos pés dela como aconteceu uma vez, mas infelizmente aquele Dean que morria de amores por ela não existe mais.

— Vai falar com ela. — ouço a voz de Preston que me desliga dos pensamentos.

— Está maluco? É claro que não! Se ela vai me tratar com desdém não vou importar. — arqueio a sobrancelha e levanto os ombros dando mais um gole da minha água.

Os dois dá risada.

— Não seu idiota, com ela. — Preston mexe com a cabeça em direção ao outro lado arquibancada. — Com a Maya Grace.

— E porque você acha que devo falar com ela? — franzo a testa, tentando disfarçar qualquer coisa que eles tenham observado a alguns minutos atrás.

— Não somos idiotas Dean. — Maximus revela com um sorriso no rosto.

Respiro fundo antes de fazer aquilo que me pediram e que já estava com vontade desde que o aquecimento acabou. Guardo a garrafa de água dentro da minha mochila outra vez e me levanto do banco para subir alguns degraus para ir até onde Maya Grace estava. Quando me aproximo, Jazmyn e Lee me olham rapidamente, mas Maya Grace ainda está concentrada no seu desenho. Assim que eles me cumprimentam, ela me olha.

— Oi. — digo sorrindo. Maya Grace também abre um lindo sorriso nos lábios.

— Oi Dean. — diz um pouco tímida. — Quer se sentar? — ela nem espera a minha resposta e já vai retirando a mochila preta do seu lado.

— O que está desenhando? — pergunto assim que me sentei. Jazmyn e Lee permaneceram conversando apenas os dois para que a atenção de Maya Grace fosse apenas minha. Meus olhos estão vidrados em seu desenho o que me fez perceber que ela está desenhando o campo de lacrosse.

— Assim que sentei aqui vocês estavam sentados no gramado e comecei a desenhar. — balançou os ombros.

— Caramba, você é uma boa observadora mesmo... — não sei porque, mas sempre amei ver todos os desenhos e pinturas de Maya Grace. — Quem é esse? — aponto para o único cara do time que ela desenhou sentado no gramado.

— É você. — disse calmamente. Nossos olhos se encontram no mesmo segundo e ela dá uma risadinha. — Eram muitas pessoas para desenhar.

— Então quer dizer que sou uma inspiração? — me gabei o que a fez revirar os olhos e depois rir.

— Quase isso. — encurvando os lábios, esboçou um sorriso genuíno. — Dessa vez com certeza foi. Não iria desenhar pessoas que não são meus amigos. — deu uma piscadela.

Parei para analisar o que ela havia acabado de dizer, algo que em meses ainda não tinha tanta certeza.

Então quer dizer que somos amigos? — perguntei e certamente havia um brilho em meu olhar. Maya Grace parou de deslizar o lápis pela folha do caderno e me olhou.

— Nos conhecemos a anos Dean, é claro que sim. — outra vez esboçou um sorriso nos lábios. — Você ainda tem alguma dúvida? — perguntou, empurrando-me com um pouco de força quando balancei os ombros mostrando que sim, tinha minhas dúvidas.

Fingi me jogar para o lado pela força que ela fez com o ombro a fazendo balançar a cabeça e dar risada.

— Então, conseguiu a vaga de quaterback? — desviou para outro assunto.

— Não, ela é de Preston.

— E você está bem com isso?

Balanço a cabeça concordando.

— Estou, para dizer a verdade nunca quis ser quaterback, fui mais por causa dos caras do time que apostavam tanto em mim. Preston que sempre teve esse desejo.

— Mas se o treinador tivesse te escolhido você iria não é?

— Eu conversei com ele na sexta sobre isso. Falei que quem deveria ocupar o lugar era o Preston.

— Caramba, Dean Cameron sendo caridoso. Impressionante.

— Ei. — dessa vez sou eu que dou-lhe um empurrãozinho pelo ombro, mas não com tanta força. — Eu sempre fui caridoso, sou até voluntario no Asilo Spring ou você se esqueceu.

Maya Grace gargalhou.

— Você é porque sua mãe te obrigou. — ela afirmou com certeza, porque estava realmente dizendo a verdade.

— Eu poderia ter muito bem desviado desse caminho muitas vezes, sabe como eu sou bom. Quando não quero uma coisa, não há ninguém que faça eu querer. — respondo com orgulho. Maya Grace revirou os olhos, mas depois uma risada surge nos seus lábios.

— Então porque não se desviou?

— Até que gosto de lá, é um ambiente agradável e me tira do meu conforto de sempre...

Parei de dizer antes que também falasse que alguns por cento de permanecer naquele lugar era por causa dela.

— Falando no Spring, precisamos começar a planejar os detalhes do baile. Com certeza a Jude irá querer ver os primeiros passos.

— Podemos nos encontrar hoje na minha casa se quiser. — sugeri, mas Maya Grace franze o nariz.

— Hoje é meu primeiro dia dando aula de arte no Spring, que você me colocou na emboscada. — Maya Grace apontou o dedo indicador para o meu peito.

— Mas bem que no fundo você gostou. — entortou os olhos. — Qual é Maya Grace, as pessoas precisam conhecer o quanto é talentosa. Caraca se você vendesse suas artes, tenho certeza que inúmeras pessoas desejariam comprar.

— Eu sei Dean e tenho consciência disso.

— Então Maya Grace, eu só te dei um empurrãozinho. — meu ombro toca o seu e novamente lhe dou um empurro. Ela dá outra risada.

— Tenho certeza que um dia verei seus quadros em um dos museus extraordinários de Nova York.

— Você já está prevendo meu futuro? — Maya Grace ergueu as sobrancelhas.

— Vou dizer que sim, porque sei que tem potencial para isso. — um sorriso se forma em nossos lábios. Devagar, aproximo meu rosto do dela e meus lábios vão de encontro ao seu ouvido. — Seja corajosa!

O olhar de Maya Grace se levantou quando afastei meu rosto de perto de seu ouvido, e vagueou até que seus olhos estivessem recaídos em meu rosto. Estava com os lábios entreabertos e conforme seus olhos estavam cravados em mim, meu coração parecia que iria entrar em cadência, me deixando sem fôlego.

Maya Grace esboçou um sorriso envergonhado e ergueu as sobrancelhas como se quisesse me dizer algo, mas fomos interrompidos com o som do apito do treinador. Era o sinal de que o treino iria recomeçar.

— Acho que você precisa ir.

Passo a língua entre os lábios.

— É. — levantei-me do banco ficando em pé em sua frente. — Nos vemos hoje na minha casa depois que você sair do Spring?

— Tem certeza de que não vai ser muito tarde?

— Claro que não. Minha mãe não vai se incomodar.

Maya Grace pareceu pensativa, mas logo balançou a cabeça confirmando.

— Nos vemos mais tarde na sua casa.

Ás 6hrs da tarde recebo uma mensagem de Maya Grace: ela estava saindo da Spring e chegaria em poucos minutos em minha casa. Resolvo responder e perguntar se estava de carro e quando recebo de volta a mensagem onde ela diz que não porque seu carro estava no mecânico, peço para que ela permaneça no Asilo porque iria buscá-la.

Maya Grace estava conversando com o Senhor Clay e a enfermeira Anna no jardim da Spring. Desço do carro para cumprimentá-los e vamos embora minutos depois. Ela me pede para outra vez dirigir e acabo cedendo depois de inúmeras insistências.

Quando abro a porta de casa grito para minha mãe que havíamos chegado e ela surge na sala de estar segundos depois com o avental amarrado na sua cintura o que mostra que estava preparando o jantar. Não me surpreendo quando mamãe diz que era bom ver a garota ao meu lado. Às vezes acho que ela ama mais Maya Grace do que eu.

As duas conversaram por um tempo e aproveito para subir ao meu quarto e pegar o notebook que ficou carregando enquanto buscava Maya Grace. Ao descer, Steele está sentada no sofá digitando alguma mensagem no celular e mamãe não está mais ali. Nos sentamos no tapete e coloco o notebook em cima da mesa de centro assim como Maya que coloca seu caderno e canetas.

Ficamos nos encarando por alguns segundos sem dizer absolutamente nada um para o outro o que nos faz dar altas gargalhadas.

— Você deu a ideia do baile, é só dizer sua próxima ideia em relação ao tema. — Maya Grace diz quando se recuperou da crise de riso.

— Na verdade eu não pensei em um tema. — respondi. — Pensei em fazer algo livre, mas com decorações relacionado ao inverno. Flocos de neve, estrelas e outras coisas.

— E a cor? — pergunta Maya Grace, sorrindo.

— Hum... — comecei a pensar. — Um azul clássico?

O rosto de Maya Grace mostrava que ela estava completamente impressionada com as ideias que estavam saindo da minha mente. Desde quando falamos com Jude sobre a ideia do baile, comecei a pesquisar algumas coisas relacionados a isso, pelo menos para não passar vergonha em frente a ela e para mostrar que estava interessado em fazer isso dá certo, por mais que tenha saído da boca para fora na escola.

— Andou pesquisando sobre isso né? — perguntou, com a sobrancelha franzida. Parece que Maya Grace havia acabado de ler meus pensamentos.

— Um pouco. — respondo com um risinho e balanço os ombros. — Se não tiver gostado pode falar.

— Não, eu gostei. E não precisamos exagerar na decoração. Pode ser uma coisa mais madura.

— Concordo. Vamos apenas abusar na playlist, assim colocamos todo mundo pra dançar. — faço uns movimentos com os braços.

— Ai Dean também não exagera. Eles não tem tanta empolgação como a gente.

— Como eu. — a corrijo. — Você não é muito fã dessas coisas.

— Não sou muito fã de baile... Mas eu gosto de uma dança. Também não sou carrancuda. — revirou os olhos.

— Então vou poder te conceder uma dança no dia do baile?

O jeito como Maya Grace me olhou foi o suficiente para fazer meu coração outra vez acelerar.

— Se eu estiver de bom humor, acho que posso aceitar sim. — então ela piscou. Meus lábios esboçam um sorriso, sem controle.

Maya Grace começou a anotar todas as ideias que tive para o baile em seu caderno e pesquisamos algumas referências no Pinterest. Vimos alguns modelos de convites e por causa disso optamos por fazermos alguns para entregarmos aos idosos do Spring e para os nossos familiares, que seriam os únicos que iriam ser convidados de fora. Se vamos fazer um baile, então iriamos fazer direito e por isso entregaríamos os convites.

— Falando em convites. O que você diria se eu tivesse ingressos para a apresentação de um concerto em Linderwood? — perguntei a Maya Grace depois de alguns minutos.

— Ora, sem essa. Você não é achegado a essas coisas, é impossível. — respondeu, com um sorriso debochado nos lábios.

— Na verdade, a minha mãe comprou dois ingressos para esse concerto, mas meu pai não quis ir com ela. Até me ofereci para ir com ela, mas não quis. Então me deu para chamar alguém.

— E onde vai ser?

— No Sunday Concert Hall, em Linderwood. Quer ir?

Como poderia chamar isso...

Um encontro? Uma saída como amigos? Eu nunca havia me sentido inseguro em relação a esse tipo de coisa, mas com Maya Grace era diferente. Não queria cometer erros. Principalmente pelas coisas que aconteceram meses atrás e apenas agora que estamos voltando — ou começando — a essa relação de amizade.

— Está falando sério? — droga, é agora que ela vai me dar um fora bem dado. Mas respiro fundo afastando esses pensamentos.

— Eu sei que não é lá grande coisa e que não somos muito achegados a esse tipo de coisa, mas é somente para o dinheiro não ser jogado fora.

— Não precisa se explicar tanto Dean. Eu quero sim.

Sinceramente, eu senti vontade de gritar agora.

— Se estivermos entediados, nós vamos embora e partirmos para aquele boliche maneiro que tem lá.

— Beleza. — gargalho. — É na sexta à noite. Pego você ás cinco.

— Combinado. — ela concorda. — Mas com uma condição... Que você me deixe ir dirigindo aquele seu camaro cor azul dos anos 70.

— Você é realmente apaixonada por ele... — ela assentiu com a cabeça. — Tudo bem eu deixo. Se você prometer não nos matar.

Maya Grace me dá um soco forte no ombro.

— Ei, você sabe que eu dirijo bem.

— Mas nunca se sabe. — levantei as mãos na defensiva.

Enquanto gargalharmos do meu jeito de falar, ouvimos a porta da sala ser aberta e meu adentrar por ela. Ele retira seu blazer e pendura no cabide grudado na parede. Ao se virar, Dave Cameron sorri para nós dois e tem uma expressão agradável no rosto.

— Maya Grace, que bom vê-la aqui.

— Olá Senhor Cameron — ela sorri para ele.

— Por favor, somos familiarizados a tantos anos, você sabe que é só Dave.

— Perdão. — seu sorriso envergonhado é a melhor coisa que poderia admirar nesse momento.

— Oi filho. — sua atenção é voltado para mim, mas a única coisa que consigo sentir é nojo. Por isso finjo que estou escrevendo alguma coisa no caderno de Maya Grace para não ter que olhá-lo.

— Oi pai. — sou curto.

— O que estão fazendo? — meu pai pergunta, provavelmente não ligado por eu não ter dado a mínima para ele.

— Acertando alguns detalhes para um baile que estamos pensando em fazer no Asilo. Temos que apresentar para Jude antes de começarmos a realizar.

— E o Dean está nessa? — levanto meu olhar percebendo que sua expressão é de surpresa assim como o tom de sua voz.

— Foi ideia dele.

— Uau. Continue sendo amiga dele Maya Grace, você faz um bem a ele. — os dois juntos dá risada. Nisso teria que concordar com ele, mas é claro que em meio aos pensamentos. — Cadê a Vi?

— Estou aqui.

Minha mãe surge na sala depois de quase uma hora que Maya Grace e eu estávamos aqui. Meu pai cumprimenta ela com um beijo nos lábios e viro minha cabeça para não sentir enjoo outra vez.

— O jantar está pronto, estava apenas esperando você chegar. — afirmou. — Pode ficar para o jantar também Maya, preparei para você também.

— Não precisava Viola, certamente minha mãe está me esperando para jantar em casa. — disse enquanto fechava o caderno e o guardava dentro da bolsa juntamente com as canetas.

— Jamais te deixarei ir embora na hora da janta. Você vai ficar e jantar conosco. Com sua mãe me entendo depois.

— Já que insiste, vou jantar sim.

Meus pais caminharam abraçados para a cozinha. Maya Grace percebeu meu desconforto enquanto meu pai estava aqui e isso ela jamais deixaria passar, por isso pergunta:

— Você não falou para a sua mãe sobre o que vimos aquele dia?

Nego com a cabeça.

— Não consegui, mas eu quero muito contar. Não consigo ver ele abraçando e beijando a minha mãe como se não tivesse nada acontecendo. É muito nojento. — engulo em seco.

— Isso vai destruir o casamento deles Dean.

— O casamento deles está destruído desde o primeiro minuto que meu pai se envolveu com aquela mulher, o problema é que minha mãe não sabe disso ainda. Não posso permitir que meu pai continue a traindo e agindo como se não tivesse feito nada.

Meu coração acelerou por um instante quando sinto a mão de Maya Grace tocando a minha. Com os olhos lacrimejando eu a olho. Seu abraço quando vimos a cena do meu pai beijando outra mulher no seu carro, foi meu conforto naquele momento e agora é seu sorriso. Em todos os momentos de tristeza que passei durante esses anos, Maya Grace estava do meu lado me confortando de alguma maneira. Sempre tivemos conectados de algum jeito.

— Eu concordo que sua mãe não merece o que está acontecendo com ela, então faça o que seu coração está mandando Dean. E se você quiser posso te ajudar a contar, até porque sou uma testemunha.

— Muito obrigada Maya Grace, mas acredito que isso terá que ser um momento entre eu e minha mãe.

Maya concorda com a cabeça.

— Mas ainda sim estarei aqui sempre que precisar. — ela tinha um leve sorriso no rosto.

Não sei se foi por um impulso, mas quando percebi estava a abraçando e sentindo seu perfume invadindo minhas narinas. Passaria horas apenas sentindo o cheiro maravilhoso de Maya Grace me dominar por inteiro. Ela é uma benção na minha vida e por muito tempo não tive noção disso. Como um baile de primavera pode ter tido tanto efeito na minha vida a ponto de pequenos sentimentos despertarem dentro de mim?

O abraço de Maya Grace me trouxe tanto conforto que não prestei a mínima atenção nas vozes vindo da cozinha. Até que começou a ficar alto demais e distingui que meus pais estavam discutindo.

Foi assim que tudo começou. 


Olá meus leitores! Como vocês estão?

Mais um lindo capitulo saindo. Depois disso as coisas começam a pegar fogo... principalmente para o Dave, pai do Dean. 

Esperamos que Dean e Maya Grace tenham uma ótima saída de amigos... ou melhor um encontro? 

Desde já agradeço por estarem aqui. Pelos votos e pelas leituras. Sinto falta dos comentários :( 

Mais ainda sim obrigada! 

Não deixe de votar e comentar porque isso pode me ajudar na divulgação. Também não deixe de compartilhar para seus amigos  e conhecidos. 

Comentem por favor o que acharam do capítulo e se estão gostando da história! E também se estão entendendo essa relação entre o passado e presente deles. 

Capítulos todas as sextas-feiras. 

Um beijo no coração e até breve <3


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