Só Mais Um Clichê

Bởi paolabns

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Depois de perder a irmã, algo dentro de Anna Liz mudou. A dor foi capaz de mudá-la exageradamente. Além de se... Xem Thêm

Prefácio e apresentação
Dedicatória
Epígrafe
Prólogo
Capítulo 1 - Dear family
Capítulo 2 - Welcome to boarding school
Capítulo 3 - Sombras do passado
Capítulo 4 - O violino, a sapatilha e a garota
Capítulo 5 - Problems in sight
Capítulo 6 - Chocolate quente e confusão
Capítulo 7 - Consequências do passado
Capítulo 8 - Passado
Capítulo 9 - Encrenca
Capítulo 10 - Conte a verdade
Capítulo 11 - Behind the messages
Capítulo 12 - Residência Collins
Capítulo 13 - Sensações
Capítulo 14 - Back to school
Capítulo 15 - Brown eyes
Capítulo 16 - Sobre sentimentos
Capítulo 17 - Fora do meu alcance
-
Capítulo 19 - Broken heart
Capítulo 20 - Opostos
Capítulo 21 - I want you for me
Capítulo 22 - Adore You

Capítulo 18 - Perto das estrelas

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Bởi paolabns

Estava disposta a inventar que estava gripada ou qualquer outra coisa para não ter que participar da aula de educação física, mas como sempre, Addie me arrastou para o campo; onde todos os outros já esperavam.

Arthur foi escolhido como o líder da primeira equipe, e um outro garoto foi escolhido para ser o líder da outra.

Xinguei baixinho quando fui escolhida para a equipe do meu irmão postiço. Ethan foi escolhido pelo equipe adversária. Com um sorriso, Arthur escolheu Daniel, que se colocou ao meu lado. Addie foi escolhida pela outra equipe, e depois de alguns minutos as equipes estavam formadas.

— Vocês conhecem as regras. Se posicionem e comecem quando estiverem preparados — disse o professor baixinho.

Addie sorriu para mim e acenou antes de correr para o outro lado do campo.

Empurro os fios de cabelo que se soltavam de meu rabo de cavalo que os envolvia.

— Só evitem serem acertados. Não gosto de perder — Arthur proferiu dando de ombros.

Mal podia esperar para ser acertada e conseguir sair daquele jogo idiota. Conseguia sentir os olhos de Daniel queimando nas minhas costas enquanto eu seguia para frente da linha que separava os times.

O jogo começou assim que Arthur ganhou no cara ou coroa contra o líder da outra equipe, fazendo com que ganhássemos a primeira jogada.

Arthur atirou a bola contra uma garota de cabelos ruivos. Ela soltou um gritinho fino por quase ser atingida. Addie pegou a bola que cairá a poucos centímetros dela e a mirou contra Daniel.

Sinceramente, não estava gostando nada de estar ali. Assisti a bola pular de um lado para o outro, acertando tanto o nosso quanto a equipe adversária. Daniel parecia ter marcado Ethan, mas não obteve sucesso em nenhuma das vezes que tentou acertá-lo.

Então, aconteceu.

Mais rápido que um raio. Tão imprevisível que não tive como captar o movimento. A bola se chocou contra o meu rosto, mais precisamente em meu nariz. A dor latejou contra a minha cabeça, e posso jurar que cheguei a ver estrelas quando caí para trás, caindo de bunda no chão.

Pressiono minhas mãos contra o local atingido. Mesmo com a visão turva, consegui ver as silhuetas se aproximarem, murmurando algo que não consegui decifrar.

— Ah meu Deus...! — uma voz masculina saiu sobressaltada. — Me perdoa! Me desculpe, eu não queria acertar você! Me perdoa.

— Cala a boca, porra! — mesmo com a visão turva e os sentidos lentos, consegui reconhecer a voz irritada de Ethan.

Alguém se agachou ao meu lado, e uma mão foi colocada sobre as minhas costas.

— Me deixe ver — pediu, agora com a voz paciente, como se ele realmente estivesse preocupado.

Delicadamente, suas mãos envolveram as minhas, e ele as tirou do meu rosto. Minha visão se encaixou no lugar, me permitindo ver o rosto dele próximo ao meu.

— Não está quebrado — Ethan constatou, me estendendo a mão para me ajudar a levantar. — Você vai sobreviver — ele piscou um olho para mim, sorrindo de canto.

Me levantei com a ajuda dele, sentindo minhas bochechas corarem violentamente pela atenção que estava recebendo.

Addie escondia um sorriso divertido com as mãos.

— Acha que consegue continuar no jogo, senhorita Campbel? — o professor perguntou, as sobrancelhas erguidas.

Essa era a deixa que eu precisava.

— Huhum — neguei com um aceno. — Minha cabeça está doendo, e estou enjoada pela pancada — mentira. Estava me sentindo bem, apesar do nariz dolorido.

Ouvi Ethan soltar uma risada baixinha pela minha ótima atuação. O som deliciosamente conhecido por mim quase me fez sorrir.

O professor se convenceu a me dispensar do restante da aula, e indicou que eu fosse até a enfermaria.

Addie se ofereceu para me acompanhar. Ethan me lançou um sorriso preguiçoso, acenando enquanto Addie e eu saíamos do campo.

— O seu nariz está vermelho — ela apontou durante o caminho até a enfermaria. — Está doendo?

— Está dolorido — confesso, fazendo uma careta, mas logo me arrependendo por conta da pontada de dor que passou pelo local atingido. — É por isso que eu odeio essa aula. Sou um desastre com jogos.

Addie deu risada.

— Foi engraçado. Acho que eu estava precisando rir um pouquinho.

— É um ótimo consolo saber que o meu sofrimento te trouxe felicidade — digo assim que viramos o corredor.

— Ah Lizlinda — ela abraçou os meus ombros. —, sabe que eu te amo — disse, rindo. — Mas foi tão engraçado. Queria ter registrado o momento. Uma pena eu não ter uma câmera por perto.

— Nunca senti tanta vergonha em toda a minha vida — murmuro.

— Queria ter visto — Hilary forma um biquinho triste nos lábios pintados de vermelho.

Estávamos nós três, Addie, Hilary e eu, reunidas em uma das mesas no campus na hora do almoço.

Bufo baixinho.

— Podemos parar de falar sobre isso, por favor?

— Falar sobre o quê? — Louisa ocupou o lugar vago ao lado de Hilary, não dando muita atenção para Addie.

— Sobre a bolada que a Liz levou na cara — Hilary conta, sorrindo com diversão.

Louisa arregala os olhos para mim.

— Como assim?

— Na aula de educação física, um garoto me acertou sem querer — encaro a salada em meu prato, me lembrando da Susie. — Mas estou bem.

— Ah — Louisa riu baixinho, apoiando o prato dela sobre a mesa. — É bom ouvir outro assunto que não seja a festa de Halloween.

Hilary abriu um imenso sorriso.

— Farei com que essa festa fique para a história.

Addie puxou o copo de suco para perto, franzindo as sobrancelhas.

— Ainda nem escolhi a minha fantasia — confessou. — Seria muito sem graça se eu fosse de líder de torcida?

Louisa deu risada, e pela primeira vez depois do que havia acontecido, ela falou diretamente com a nossa colega de quarto.

— Mas você é líder de torcida, Addie.

— É, eu sei — ela deu de ombros. — Mas pensei em utilizar o que já tenho.

— E você Lizita? — Hilary olhou para mim. — Já escolheu a sua fantasia? — as três olharam na minha direção em expectativa.

A verdade é que na última semana tenho pensado em uma boa desculpa para não ter que estar nessa festa. Não sinto vontade alguma em participar.

— Ainda não sei se quero ir.

Hilary arregalou os olhos, indignada.

— O quê?! A pancada te deixou doida foi? — apontou, a fim de dar força as palavras indignadas. — Essa festa será como a nossa despedida do ensino médio. Talvez seja a última vez que vamos nos ver antes de entrarmos na faculdade — completou, apoiando as mãos na mesa.

Antes que pudesse formular uma boa desculpa como resposta, Louisa ergueu os olhos sobre os meus ombros e apontou para trás.

— Acho que está chamando você.

Viro para trás, espionando sobre o meu ombro esquerdo. Encontro Arthur, erguendo as mãos em um pedido silencioso para que eu fosse até ele.

Desvio o olhar quando lembro das palavras cruéis que ele lançou contra mim.

— Quer que eu vá até lá e faça ele comer terra? — Hilary indagou, provavelmente se lembrando do mesmo.

Nego, levantando em seguida.

Louisa e Addie erguem olhares confusos, não entendendo a apreensão sobre Arthur. Apenas forço um sorriso para ambas antes de caminhar até o meu irmão postiço.

Arthur me seguiu até os corredores vazios do prédio em silêncio. As mãos dentro dos bolsos e a portura um pouco oscilante mostrava o quanto ele estava nervoso e envergonhado.

— Pode começar — digo, cruzando os braços quando paramos em um certo ponto do corredor.

Ele tomou fôlego.

— Me desculpa — murmurou o esperado. — Eu estava nervoso e não pensei bem no que estava falando. Aquelas coisas... O que eu disse não é verdade, não é o que eu penso. É que você jogou tudo aquilo na minha cara e eu quis te ferir — em nenhum momento Arthur olhou diretamente para mim enquanto falava. — Sinto muito se te machuquei.

Desvio o olhar para baixo, mordendo a parte interna da minha bochecha.

— Não é como se fosse a primeira vez.

Por um instante, o silêncio pendeu entre nós dois; e tenho certeza que a mesma avalanche de memórias nos atingiu. O quanto brigávamos quando éramos crianças e como juramos que aquele ódio seria eterno.

— Sempre foi difícil ter a atenção do meu pai para mim — Arthur esboçou um sorriso amargurado. — Ele só parecia ter tempo quando precisava aparecer na escola para resolver as minhas encrencas, ou para me criticar quando cometia algum erro. Sempre foi assim — continuo em silêncio, dando espaço para ele falar. — No começo pensava que aquele era o jeito dele, sabe? Que no fundo, bem no fundo, uma parte dele me amava, uma parte dele me reconhecia como filho, não como um fardo que ele precisou carregar depois que a Diana resolveu nos largar para ir viver a porcaria da vida dela — ele negou com um aceno. — Então, comecei a reparar. Comecei a reparar na forma que ele te tratava, em como ele havia se tornado um ótimo pai para uma garota que sequer era filha dele de verdade. Não era ódio, Anna Liz — suspirou, completando baixinho: — Era inveja. Inveja da sua vida cor-de-rosa. Você tinha uma mãe ótima e um lado do meu pai que nem eu conhecia. Você tinha tudo enquanto eu fui obrigado a viver com as migalhas da minha vida de merda — Arthur negou novamente. — E quando tudo aquilo aconteceu, você passou a receber o dobro de atenção. Acredite, foi um alívio ser mandado para cá.

Não consegui falar. O silêncio pendeu entre nós novamente. Devagar, digeri as palavras que pendiam no ar.

E pela primeira vez estava vendo pelo lado dele.

Se Arthur foi o monstro da minha infância, eu havia sido o dele.

— Eu não... — não soube o que dizer. — Me desculpe — foi tudo que consegui formular no emaranhado de palavras que a minha mente pareceu se tornar.

Ele sorriu, um sorriso que não chegou aos olhos.

— Não se desculpe — deu de ombros, encostando em um dos armários. —, você sempre foi uma filha melhor do que eu, mereceu toda a atenção que teve.

Nego.

— Não é verdade — finalmente olhei para ele. — Quem diria? Arthur Campbel só era uma criança carente — sorri com diversão, com o intuito de dispensar a tensão.

Ele riu baixinho.

— Engraçadinha.

Abri os braços, ainda sorrindo.

— Eai? Vai querer um abraço de paz da sua irmãzinha? — indago em desafio.

Ele se aproximou, dando risada quando me envolveu em um abraço de paz.

Mary, a minha psicóloga, havia me dito uma vez que o melhor a se fazer é soltar as amarras do passado, e naquele momento senti como se uma daquelas correntes realmente houvesse se transformado em poeira.

Pela primeira vez, Ethan já estava na sala de música para o nosso ensaio.

Ele estava sentado em uma das mesas da sala, tocando uma melodia desconhecida por mim no violão em seu colo.

Um sorriso de perder o fôlego traçou o seu rosto quando entrei na sala.

— Como está o seu nariz? — perguntou, fazendo minhas bochechas ficarem vermelhas de vergonha.

— Podemos não falar sobre isso? — murmuro baixinho.

— Claro — Ethan sorriu novamente, e em resposta, uma corrente elétrica agradável correu pelo meu corpo.

Me aproximo, segurando o violino. Precisei saltar para conseguir me sentar em uma mesa de uma distância considerável dele.

Levo o instrumento até o meu ombro, o posicionando da meneira correta.

— Posso começar? — indago, erguendo os olhos para encontrar os dele.

Ele assentiu devagar.

Aperto o arco em meus dedos, respirando fundo antes de começar.

Fecho os olhos quando a melodia de Perfect no som gracioso do violino, preenche o ambiente.

Mesmo depois de tanto tempo, toda vez que toco, parece ser a primeira vez. Os sons ao redor não passam de ruídos e tudo parece acontecer em câmera lenta. Conseguir me conectar com o violino me traz uma paz inexplicável.

Sinto vontade de correr e tomar banho de chuva. Sinto vontade de voar entre as nuvens e de me aventurar nas mais inimagináveis aventuras. Me sinto viva.

Paz.

Me sinto em paz comigo mesma. É como se toda a culpa simplesmente pulasse para fora dos meus ombros.

Quando terminei a minha parte, abri os olhos.

Ethan continuava ali. O sorriso já não exitia mais. Seu olhar queimava como brasa sobre mim. Me sentia impossibilitada de desviar os meus olhos dos seus.

Naquele momento eu notei.

Notei que essa parte vazia do meu coração ainda pertence a ele.

Deixei o violino e o arco na mesa. Pulo, me aproximando com uma coragem descomum. Meu coração batia tão forte quanto as asas das borboletas em minha barriga.

Ethan não disse nada, nem recuou quando o beijei.

Sem perder tempo, ele apertou a minha cintura enquanto aprofundava o beijo. Uma das mãos desceu pelo meu quadril, passando pela minha bunda até se agarrar a minha coxa. E agilmente o quarteback me puxou para o seu colo.

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