JOSH:
-Com licença senhorita eu estou aqui para falar com a Any, ela está ocupada?
-E quem eu devo anunciar?
-Sou o piloto de fórmula 1 e o noivo da senhorita Soares, Josh Beauchamp, mas estou aqui porque tenho uma entrevista agendada com ela hoje para o jornal.
-C-Claro senhor Beauchamp, vou anunciá-lo, só um minuto, o senhor aceita uma água ou um café?
-Não, obrigado.
Deixo a moça que ainda me olha com a boca aberta fazer uma ligação para Any, enquanto me sento um uma das poltronas que estão vazias na recepção da redação.
Várias pessoas que passa por aí que olha pra mim espantados ou chocados, mas eu não me importo, estou aqui por Any e nada mais.
-Senhor Beauchamp, a senhorita Soares está no RH, mas já pedi para avisá-la, mas enquanto o senhor a espera chegar aceita uma água ou café?
-Não, obrigado, mas será que posso falar com o chefe da Any?
-O senhor Roach é o único que se encontra na redação neste momento, é com ele que você quer falar?
-É ele mesmo.
-Me acompanhe até o escritório dele, pois tenho que entregar uns papéis para ele assinar e já aviso sobre você querer falar com ele.
-Tudo bem.
Sigo ela pelos corredores da redação, e acabo vendo Joalin com a cara toda roxa passando por mim e tenho que segurar para não rir, afinal ela está horrível.
Ela parece bem surpresa ao meu ver ali no jornal, e acaba resmungando alguma coisa sobre a Any, que me faz parar na hora.
-Avisa lá para aquela coisa que eu irei processá-la por agressão.
-Tenta a sorte, mas saiba que quem sairia prejudicada seria somente você mesma, mas vai em frente se tem coragem, vadia.
A última fala eu digo bem baixo para somente ela escutar, e saio de perto dela.
-Com licença senhor Roach, o piloto Josh Beauchamp, queria falar com o senhor.
-Não acredito, senhor Beauchamp é uma honra recebê-lo aqui na redação, mas se soubesse antes teria preparado uma recepção para te receber.
-Não preciso de recepção, afinal eu só estou aqui pela minha noiva, mas como ela está um pouco ocupada no momento, eu resolvi falar com você sobre um assunto que não é do meu agrado.
-Karen nos deixa a sós, por favor, não quero que ninguém nos interrompa.
-Tudo bem senhor Roach, só irei deixar esse documento aqui na sua mesa para ser assinado depois.
-Obrigada Karen.
Assim que ficamos os dois sozinhos, ele me convida para sentar.
-Senhor Beauchamp, pode falar que estou te ouvindo.
-Pois bem senhor Roach, eu estou aqui para conceder uma entrevista para Any, mas estou fazendo isso unicamente por ela, já que esse jornal tem a credibilidade bem duvidosa.
-Não entendi essa colocação senhor Beauchamp, o que faz você pensar tão mal da minha redação?
-Não está óbvio?
-Não pra mim.
Ele tem a cara de pau de fingir que não sabe do que estou falando.
-Deixo esclarecer então, em primeiro lugar Any foi muito prejudicada aqui no seu trabalho por conta de outras funcionárias e ninguém fez nada para defendê-la, pelo contrário impôs uma meta de 1 mês para consegui uma matéria fenomenal ou iria ser demitida, sendo que uma vadia que é comida pelos próprios chefes tem modormia e uma pessoa que trabalha com dedicação não tem.
-Do que você está falando, aqui ninguém tem privilégios, todos os funcionários são iguais.
-Jura, então me diga como as melhores matérias sempre foi direcionada somente para a Joalin Loukama?
-Senhor Beachamp, eu não estou entendendo aonde você quer chegar com essa história.
-Eu só quero avisar que estou feliz que minha noiva vai sair dessa porcaria de jornal, que mais parece um prostíbulo, e outra coisa quero que essa entrevista seja benéfica para a carreira da minha mulher, caso alguém além dela ganhe crédito, eu fecho esse jornal e ainda meto um enorme processo em cima de vocês e acabo com a festa, e eu tenho meios e dinheiro para fazer isso, o aviso está dado.
-Senhor Beauchamp, não precisa de nada disso, podem.....
-Eu já disse tudo que tinha que falar, agora só quero dar minha mulher o valor que ela nunca teve aqui como a profissional competente que sempre foi, aliás depois disso faço questão de tirá-la desse inferno.
Saio antes que ele tente falar mais alguma coisa e já vou direto para a sala da Any, que recebe com seu sorriso lindo que amo tanto.
-Senhor Beauchamp, que bom ver você outra vez.
-Senhorita Soares, devo lhe informar que nos vimos ontem e hoje, já que quando você acordou comigo no meio das suas deliciosas pernas.
-É verdade, foi uma deliciosa maneira de ser acordada, mas pare de falar assim ou arruinará minha calcinha.
-Hummm, melhor não dizer ou serei obrigado a arruinar sua calcinha, mas com as minhas mãos rasgando-a toda aqui na sua sala mesmo.
Ela cora e morde o lábio, mas acaba mudando de assunto.
-Karen me falou que você estava no escritório do senhor Roach, posso saber o que você foi falar com ele?
-Eu fui dizer umas vezes para aquele idiota, e você acredita que ele tentou passar pano para o que tem rolado por aqui.
-Estranho, mas com certeza ficou medo de perder o jornal.
-Mas isso não importa, já que você não vai ter que trabalhar neste lugar horrendo e sem ética, mas você vai sair daqui com a cabeça erguida, podemos começar a entrevista?
-Na verdade eu mudei de ideia a respeito dessa entrevista meu amor, eu não irei fazê-la.
-Posso saber o porquê dessa sua decisão?
-Na verdade mesmo meu nome aparecendo na entrevista como jornalista, mas é o jornal que ganhará mais crédito e eu não quero que isso aconteça, já que não fui valorizada aqui como deveria, agora se você puder me conceder essa entrevista no meu novo trabalho eu ficarei lisonjeada.
-A decisão é sua meu amor, e você tem razão, mas tenho uma ideia melhor, que tal você ser a dona do seu próprio jornal?
-Como assim, Josh eu não tenho dinheiro pra isso.
-Any você vai se casar comigo, e dinheiro não é problema, eu quero poder fazer isso para a mulher que eu amo, chega de ser funcionária, você merece ser CEO da sua empresa, assim eu também terei mais tempo ao seu lado, já que terá pessoas para trabalhar com você.
-Eu nem sei o que te dizer.
-Que tal eu te amo?
-Eu te amo muito, Josh.