Dillon
Megan me olhou confusa mas logo depois começou a rir. Fiquei a encarando sem entender nada.
Meg: Ficou preocupado comigo? - riu.
Dill: Claro que não - revirei os olhos - só fiquei curioso.
Meg: Sei - sorriu irônica - ela só pediu para que eu mostrasse a escola para um professor novo que chegou.
Dill: Saquei.
Meg: Melhor você entrar e prestar atenção na aula, você não pode ficar perdendo aula de matemática. No almoço eu te falo os dias e os horários das nossas aulas.
Dill: OK ruivinha, espero que encontre tempo entre sua manicure e seu cabeleireiro - ela me olhou de uma maneira estranha, foi ai que percebi o que havia falado - desculpa, força do hábito chamar as meninas de acordo com a cor do cabelo delas e... - ia tentar pedir desculpas mas ela me interrompeu.
Meg: Acontece que eu não sou igual as suas amiguinhas. Não fico o dia todo no cabeleireiro nem na manicure, eu tenho coisas mais importantes pra fazer. Faço coisas menos supérfluas como tocar violão, desenhar, cuidar do meu irmão, cuidar da casa, estudar. Eu tenho responsabilidades de verdade - percebi que os olhos dela estavam se enchendo de lagrimas - não mimada igual suas amigas. Luto para conseguir tudo o que eu quero, diferente de você e das suas amigas quem tem tudo de mão beijada.
Fiquei sem reação, perdi completamente a fala. Nunca tinha pensando na Megan assim e percebi que tinha magoado ela. Eu posso ser considerado o garoto mais galinha da faculdade e posso não ser de me apegar, mas ver ela quase chorando e perceber que eu magoei ela foi algo que me causou um impacto muito grande.
Tentei chamar ela e pedir desculpas, mas quando percebi ela já estava correndo pelo corredor com algumas lagrimas escorrendo.