One More Night

By PizzaDuarda

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Na frente das câmeras, uma amizade. Por trás delas, um amor interrompido por um contrato profissional. Caitr... More

Capítulo 1: Fúria encoberta
Capítulo 2: Eu pensei que você voltaria
Capítulo 3: Uma noite
Capítulo 4: Retorno a realidade
Capítulo 5: Prova real
Capítulo 6: Inconformado
Capítulo 7: Encarando as consequências
Capítulo 8: Escolhas
Capítulo 9: Revelações
Capítulo 10: Depois de tudo
Capítulo 11: Não faça mais isso!
Capítulo 12: Limites
Capítulo 13: Uma noite - parte II
Capítulo 14: Dia da mudança
Capítulo 15: 1° semana
Capítulo 16: Baby bump
Capítulo 17: IFH
Capítulo 18: Happy birthday Sammy!
Capítulo 19: Momentos
Capítulo 20: Loving and fighting
Capítulo 21: Pesadelos
Capítulo 22: Provocações
Capítulo 23: Efeito colateral
Capítulo 24: Cinema, jantar e...
Capítulo 25: Edimburgo - Parte I
Capítulo 26: Edimburgo - Parte II
Capítulo 27: Edimburgo - Parte III
Capítulo 28: Edimburgo - Parte IV
Capítulo 29: Reconciliação
Capítulo 30: Conexão
Capítulo 31: You broke me first
Capítulo 32: Irlanda - Parte I
Capítulo 33: Irlanda - Parte II
Capítulo 34: Irlanda - Parte III
Capítulo 35: Irlanda - Parte IV
Capítulo 36: E a verdade é contada...
Capítulo 37: It's a...
Capítulo 39: To build a home
Capítulo 40: inseguranças e hormônios
Capítulo 41: Tour de divulgação
Capítulo 42: Tour de divulgação - Parte II
Capítulo 43: volta pra casa
Capítulo 44: Papai tem conversa séria com bebê
Capítulo 45: That's a wrap
Capítulo 46: odeio mudanças
Capítulo 47: a volta dos que não foram
Capítulo 48: concessões
Capítulo 49: tudo desmorona
Capítulo 50: 30 semanas
Capítulo 51: Curso de pais
Capítulo 52: O outro
Capítulo 53: welcome, baby girl!
Capítulo 54: o que a madrugada guarda...
Capítulo 55: Happy Birthday, Cait
Capítulo 56: desentendimento
Capítulo 57: jogo de sedução
Capítulo 58: Surpresa
Capítulo 59: Surpresa - Parte II
Capítulo 60: Hormônios
Capítulo 61: O começo
Capítulo 62: O parto
Capítulo 63: Depois do parto
Capítulo 64: pequenos momentos
Capítulo 65: Natal
Capítulo 66: Pai e filha
Capítulo 67: Primeiro encontro
Capítulo 68: afogar o bico do ganso
Capítulo 69: os finalmentes
Capítulo final: Happy Ending - Parte I
Capítulo final: Happy Ending - Parte II
Capítulo final: Happy Ending - Parte III

Capítulo 38: It's a... - Parte II

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By PizzaDuarda

Dedicado a... Bem, hoje é meu aniversário, então digamos que é para mim?

Obrigada por todos os comentários e pelo carinho que vocês tem demostrado, essa fic não seria nada sem vocês!!! 🌹❤️

CAIT

Não. Não. Não.

Não!

Isso não podia estar acontecendo!

Por que isso estava acontecendo?

Eu estava inconformada. Não. Inconformada era pouco. Eu estava furiosa! Fudidamente furiosa com aquele escocês idiota. Ele tinha que estragar tudo quando eu decidia o surpreender pela primeira vez em cinco anos? além da gravidez em si, é claro. Como ele tinha feito isso comigo? Depois de todo aquele tempo, toda aquela dedicação e planejamento por nada.

- Sam Roland Heughan você não fez isso! - esbravejei saindo da cozinha e caminhando a passos pesados até o hall de entrada, onde ele me esperava com um sorriso enorme e um buquê de flores rosas.

- Cait! - exclamou ao me ver, alheio ao meu olhar furioso. E então me abraçou e beijou profundamente.

Eu poderia muito bem chutá-lo agora! Um belo chute naquele lindo traseiro.

- O que são essas flores? - questionei quando ele finalmente me soltou. Pela primeira vez, ele me encarou e viu que eu não estava sorrindo. Ele deu um passo para trás, como se eu fosse atacá-lo a qualquer momento, talvez eu atacasse. - E então?

- Eu sonhei que teríamos uma menininha.

- Você o que? - Repeti furiosa.

5 dias antes

Uma vez por mês era muito tempo entre um ultrassom e outro. Mas tornava o dia de hoje ainda mais especial para nós dois, o dia mais esperado de todo mês já que veríamos nosso bebê. Parecia que fazia anos. ANOS desde a última ultra, mesmo eu sabendo que só faziam vinte e sete dias. Imagina o quanto o bebê já tinha crescido nesse meio tempo e quantas coisas novas ele estava fazendo? E se eu estava ansiosa assim, só podia imaginar o tamanho da ansiedade de Sam, que não pode estar junto na última ultra que foi um pouco antes do seu aniversário?

Eu queria fazer algo para ele. Sei que já estava fazendo muito carregando um bebê e sentindo meu corpo todo mudar, mas em cinco anos, Sam era sempre a pessoa que surpreendia e eu era a pessoa a ser surpreendida... e eu estava decidida mudar isso! Como? Era a ultrassom de 16 semanas, o que significa que hoje saberíamos o sexo de nosso bebê! E eu planejava tornar isso muito mais especial e emocionante do que um anúncio da médica.

Quando saísse do trabalho. No momento eu estava presa entre dezenas de takes, porque minha mente estava perdida em emaranhados de planos de que eu poderia fazer para surpreender Sam e como manter segredo dele até lá. Eu era uma ótima atriz, todos diziam isso e eu me dedicava bastante nos meus papéis, logo, não iria discordar..., mas não sabia mentir para Sam ou para a minha mãe. Nunca. Nem mesmo quando nós dois nos conhecíamos a apenas alguns dias... eu não conseguia.

- Caitríona o trabalho está te distraindo dos seus pensamentos?

Oh Deus. Fui pega!

Me virei em direção a voz e lá estava a diretora com um sorriso supérfluo. Oh... eu levaria uma bronca. Das grandes.

- Estou tentando lembrar minhas falas. - Menti com um olhar inocente.

É claro que ela não tinha o superpoder da minha mãe e de Sam, porque ela apenas assentiu e disse que tínhamos cinco minutos de folga. Eu precisava colocar a minha cabeça nas gravações ou me atrasaria para a consulta... e eu já tinha esperado demais para ver minha ervilhinha.

Sam estava do outro lado do set gravando com Rik e com John, e apesar de sentir muito sua falta, era melhor que ele não tivesse estado junto para ver o quão distraída eu estava ou ele iria notar que eu guardava um segredo. Não bem um segredo, já que eu ainda não sabia como faria..., mas ele saberia mesmo assim. Será que ele estava sentindo tanto minha falta quanto eu estava sentindo a dele?

- Acabou o intervalo. - Alguém do staff anunciou. Sophie e Maria voltaram de onde estavam.

Respirei fundo e deixei que os pensamentos sobre surpreender Sam se esvaíssem da minha cabeça, ainda tive que repetir alguns takes por me distrair, mas consegui terminar na hora prevista.

Depois de gravar o último take do dia na hora prevista, me despedi da equipe e de quem ainda iria gravar e segui para o meu trailer, encontrando Maril no meio do caminho.

- Maril. - Cumprimentei minha amiga com um rápido abraço. - Não a vi hoje, mas estou indo me arrumar para a consulta...

- A de 16 semanas, não é? - assenti. - Posso caminhar com você?

- Claro.

Nós caminhamos até o trailer conversando sobre as gêmeas. Maril me disse que estava bastante ansiosa para descobrir o sexo do bebê e quase teve um infarto ao descobrir que não era um bebê. Eram dois. Eu a dei um olhar zangado, a qual ela prontamente ignorou e afirmei que minha médica havia sido clara de que teríamos apenas um futuro Heughan entre nós.

- Então está ansiosa para descobrir o sexo?

- Seria ótimo poder finalmente imaginar o rostinho do bebê... - ela assentiu de modo que me mostrava que ela compreendia, já tinha passado por isso antes. - Mas eu queria surpreender o Sam. - Ela se virou para mim, com a sobrancelha arqueada em um questionamento. - Quero que seja emocionante, sabe? Só nós dois... eu não tenho ideia de o que e como fazer ainda, mas não quero descobrir assim e nem quero uma coisa grande...

- Certo. - Concordou. - Mas você sabe que Sam está ansiosíssimo para saber, não sabe? - assenti. - E como você vai convencer ele de que é melhor não saber?

- Suponho que terei que usar minhas habilidades de persuasão...

[...]

Eu precisava ser bem sutil em relação ao meu desejo falso de não querer saber o sexo do bebê e precisava convencer Sam de que era uma ideia genial. Enquanto caminhava até o estacionamento para esperá-lo perto do carro, comecei a pensar no que queria fazer.

Um bolo? Não. Péssima ideia...

Balões? Não. Muito exagerado...

Talvez eu devesse simplesmente contratar um serviço e deixar que eles pensassem isso por mim. Mas não queria que fosse apenas uma surpresa, mas uma surpresa íntima que representasse nós dois.

Talvez eu devesse dar uma festa em um bar e fazer os bartenders vestirem uma camisa escrito "é um menino!" ou "é uma menina!" ... definitivamente estar em um bar nos representava.

Sam apareceu em meu campo de visão e como sempre ele estava lindo de morrer com uma calça jeans, uma camisa e sua jaqueta de couro. Senti um calor se espalhar da minha intimidade até meu rosto. Desejo puro. Nem parecia que ele havia me feito gritar tanto ao ponto de recebermos uma ligação do porteiro com reclamações dos vizinhos pela manhã.

Assim que ele me alcançou, não resisti a me jogar em seus braços - principalmente que agora eu poderia fazer isso livremente - e o dei um beijo saudoso. Sam segurou minha cintura possesivamente e tomou o controle do beijo, me guiando para a beira de um penhasco a qual eu estava disposta a mergulhar com ele. Sempre com ele. Finalizei o beijo e o analisei.

Havia algo errado. Sam estava tenso, como se estivesse se controlando para não quebrar algo, o que não era do feitio do meu namorado. Seu rosto estava franzido, apesar da alegria dos seus olhos ao olhar para mim e o contorno de um sorriso que seus lábios esboçavam.

- Você está bem? - Questionei preocupada. Afinal, era dia de ultrassom! E nada ou quase nada conseguia irritar Sam em um dia especial como esse. Principalmente hoje que era em dose dupla.

- Estou... é que... - o encarei, paciente. Deixando que ele se sentisse confortável para me contar da maneira que achasse melhor. Ele pigarreou, como se o que o incomodasse não valesse a pena e o seu semblante mudou de ranzinza para alegria pura logo depois. Era meio irritante o quanto ele conseguia controlar bem suas emoções... Ele passou seus braços ao redor dos meus ombros em uma postura protetora e começou a nos guiar em direção ao carro. - Senti saudades. Ninguém além de você ri das minhas piadas ou cai na pilha até estar gargalhando tanto que todos envolta também estão. - O dei uma cotovelada fraca no abdômen e ele riu. - E como foi o seu dia? Gravar sem mim deve ser uma monotonia sem fim!

- Você é um narcisista convencido. - Retruquei. Sam destravou as portas do carro e abriu a porta para mim, coloquei o cinto enquanto Sam dava a volta para entrar do lado do motorista. - Foi muito bom, na verdade. - Recomecei quando ele se acomodou e ele se virou para mim com um olhar cético ou chocado... - Não foi você que só citou as cenas sem mim como suas favoritas? - Dei ênfase no e o lancei o mesmo olhar para ele.

Sam desviou rapidamente o olhar e respondeu: - Eu não me recordo disso. - Acelerou.

Não consegui não rir de sua cara de pau.

- Vai nessa Heughan. Eu me lembro muito bem. - Sam fingiu que estava concentrado nas placas do estacionamento e só voltei a falar quando já estávamos andando pelas ruas de Glasgow. Conversamos um pouco sobre nossos dias e eu mencionei as minhas gafes durante a gravação, responsabilizando a ansiedade de ver o bebê quando na verdade era por conta da ansiedade por surpreender ele.

- A diretora estava começando a ficar brava.

- Ninguém consegue ficar bravo com você, Cait. - Revirou os olhos, mas não neguei. Afinal, eu tinha conseguido contornar a diretora bem facilmente... - Você é tipo uma tia favorita ou um filhotinho de animal. Quem fica bravo com um filhotinho? - Ele me olhou rapidamente, como se me analisasse e então exclamou empolgado como uma criança que acabou de ganhar um doce: - Você é o gato de botas!

Tive que me segurar muito para não cair na gargalhada.

- Então espera. - Falei, fazendo um gesto de pare. - Você me chamou de tia e depois de animalzinho e agora eu sou uma gatinha? - Disse com sarcasmo, ainda segurando a risada. Sam desviou o olhar rapidamente. - Você é muito bom com as palavras, amor.

- Muito bem. - Ele fez um bico adorável e o riso que eu estava segurando, irrompeu de mim como se tivesse vontade própria. Mas a sua carranca não durou muito e logo seus lábios estavam estampados com um sorriso fofo. - Viu isso prova o meu ponto de que ficar bravo com você é impossível.

- Isso é porque você me ama muito.

- Amo muito quanto? - Ele me olhou. Ergui a mão separando um pouquinho o dedo indicador do polegar para demonstrar, deixando um espaço minúsculo aberto. - Só isso?

- Eu não vejo você me trazendo cafeína. Se você me amasse muito ia me trazer um copo de café... - Sam revirou os olhos dramaticamente e estacionou o carro.

- É por amar muito você e ervilhinha que eu não compro café para você. - Ele me deu um selinho rápido e eu o dei língua. - É feio dar língua, sabia? - o dei língua de novo e ele riu. - Muito maduro, mamãe. - Murmurou.

Sam despertava as mais diversas emoções de mim. Desde intenso desejo até uma infantilidade que nos tornava crianças de cinco anos de idade.

- Você desperta as emoções mais maduras de mim, papai. - Revidei ao sair do carro. Sam me mandou dedo do meio e eu retribui com muita ênfase. Uma senhorinha que saia da clínica nos olhou com um olhar de repreensão, fazendo com que Sam ficasse vermelho de imediato o que me despertou outra onda de risos. - Papai é tão fofo, ervilhinha. - Murmurei enquanto ele se aproximava e apertei suas bochechas coradas. - Ele ficou vermelho! - fiz careta e ela gargalhou. - Fofo! - me deu um beijinho na bochecha e me puxou em direção a clínica.

- Você é o demônio, Caitríona.

- E você me ama do jeitinho que eu sou.

Ao entrarmos na clínica de mãos dadas, me dei conta de quanto gostava de fazer as coisas mais simples com ele. Até mesmo andar de mãos dadas fazia meu coração se contrair em meu peito e se aquecer profundamente, como se a chama do nosso amar estivesse se expandido. Sentamos na sala de espera e esperamos.

Bem, eu esperei. Sam tentou esperar. Ele pegou seu celular, olhou o twitter, fechou o aplicativo, entrou em outro, não achou nada de interessante, fechou de novo, bloqueou o celular - me mostrando de maneira não intencional sua nova tela de bloqueio que ela uma foto minha, fofo - e então começou a bater os pés no chão de modo impaciente. Não sabia se Sam ao menos tinha consciência de que estava balbuciando enquanto batia os pés no chão. Era uma maravilha observá-lo... Será que nosso bebê pegaria os seus pequenos tiques e manias? Não seria nada paciente, apesar de sempre chegar atrasado nos lugares; teria uma boquinha tão bem delineada ou um nariz tão bonito? Eu não tinha um nariz bonito assim! Meus pensamentos me distraíram tanto que mal ouvi quando a atendente chamou nossos nomes.

Sam quase me arrastou até o consultório. Ao entrar na sala, contei a doutora Palmer que estávamos juntos rendendo um novo comentário sobre aproveitar o tempo que tínhamos para fazer sexo. Na consulta em que vim sozinha, ainda não estávamos juntos, mas sabia que talvez não durássemos muito tempo apenas de provocações e posso ou não ter perguntado sobre os perigos de ser diverso na cama... então corei. Sam riu de mim e guiou a conversa nos pontos sobre sexo, aquele safado!

A diferença na postura de Sam agora e de meses atrás quando ficou escorado no peitoral da janela do quarto do hospital era nítido. A mudança dele para o apartamento, o havia dado maior confiança e o deixado seguro sobre o seu papel de pai. E ele era muito bom nisso. Em cuidar... ele seria um pai excelente!

- Então, estão prontos para ver o bebê de vocês? - perguntou a doutora Palmer, me despertando do meu transe em observar Sam, enquanto o mesmo dava um pulo de sua cadeira mais do que animado, arrancando risadinhas de nós duas. - Parece que o papai está ansioso.

- E como! - concordou.

A doutora Palmer me mandou abrir os botões da calça e me deitar na cama ao lado do aparelho de ultrassom. Sam não hesitou em pegar minha mão na sua assim que me deitei na maca. Ele estava tão nervoso em ver o bebê que chegava a ser fofo, muito fofo. Do tipo de fofo que me fazia querer niná-lo no meu colo como um bebê. Acariciei sua mão em sinal de conforto e ele me olhou com um olhar que definitivamente arrancaria lágrimas de mim com esses hormônios distorcidos de gravidez. Um olhar de devoção pura. Por mim e pelo bebê. Eu não tinha nenhuma dúvida de que Sam seria um pai extraordinário.

- Entre 16 e 17 semanas, certo? - assentimos e a doutora Palmer colocou o gel sobre a minha barriga que já começava a crescer. O simples pensamento encheu meus olhos de água. - Desculpe pelo gel gelado, Cait. - Sorri sem dar importância para esse pequeno "sacrifício" já que seria recompensado na forma de ver o meu bebê. - Preparados?

A doutora Palmer não obteve resposta para a sua pergunta, porque no mesmo segundo o consultório foi invadido pelo som das batidas do coraçãozinho do nosso bebê e todo pensamento que não fosse ervilhinha foi esquecido. Era o som mais maravilhoso, empolgante e até mesmo assustador. E as mesmas emoções entre a felicidade suprema de que meu bebê estava ali dentro de mim, seguro e crescendo, oscilava com as de um medo profundo de que eu não estivesse preparada para ser mãe e não desse a vida que meu bebê merecia. Mas meus pensamentos sobre meus próprios sentimentos ficaram de lado quando pelo canto do olho, notei as lágrimas de Sam, apertei sua mão de novo e ele se virou para mim. Não consegui não sorrir e me emocionar ao ver o quão feliz ele estava. Nós estávamos. Há alguns meses, nenhum de nós esperaria algo assim. Sam levou minha mão até seus lábios e a deu um beijo terno. Senti minha pele queimar pelo breve contato e então Sam ergueu a cabeça e nossos olhares se encontram, ficamos presos um no outro enquanto as emoções eram transmitidas através de nossos olhares e então voltamos a prestar atenção no monitor e no que ele representava para nós.

A doutora Palmer foi discorrendo sobre os pontinhos que apareciam no monitor, dizendo o que era cada coisa e o que significava naquele período de gestação enquanto nós dois absorvíamos tudo.

- Esses são os bracinhos com cinco dedinhos em cada mão. - Sam beijou minha mão novamente sem desviar o olhar do monitor. - E olha só... - A mão do Sam parou de se mover e eu acho que ele tinha parado de respirar, ainda pasma, reuni coragem e perguntei.

- Ele está chupando o dedinho? - A médica confirmou com um manear de cabeça.

- Essa é a coisa mais linda que já vi na vida! - Sam murmurou ao se livrar de seu transe. Nosso bebê continuava a chupar o próprio dedinho enquanto se movimentava pela minha barriga, resisti ao impulso de colocar minha mão sobre o ventre e tentar senti-lo. A tela ondulou e Sam questionou preocupado. - O que foi isso?

- Isso que você acabou de ver foi o bebê soluçando.

- Soluçando? - Sam repetiu a resposta totalmente atônito. - I-i- isso é possível?

- Ele está soluçando? - Repeti chocada, tentando reprimir o meu próprio soluço tampando minha boca com a mão. Meu bebê estava soluçando!

- Está sim. - A doutora confirmou. - E sim, é muito comum que bebês dentro da barriga solucem. - Sam respirou aliviado ao meu lado, enquanto eu permanecia atônita. - Você ainda não pode sentir, Cait. - Maneei a cabeça como se compreendesse a imensidade daquilo, como se fosse algo que eu ouvia todo dia, mesmo enquanto meu coração ameaçava sair pela boca de tanta emoção.

A doutora Palmer ficou em silêncio por alguns instantes para que nós dois pudéssemos apenas observar nossa ervilhinha soluçando e ondulando dentro de mim. Como eu podia não sentir isso? Será que faltaria muito tempo para que eu sentisse? Segurei a mão de Sam mais firme como se ele possuísse todas as respostas para perguntas que eu nem ao menos tinha feito, mas apenas esse gesto tinha me acalmado. Ela voltou a falar, pontuando mais coisas e então parou próximo a perna.

- Vocês desejam saber o sexo do bebê?

- Já está visível? - Sam questionou ávido, seus olhos azuis grandes e brilhantes como uma safira me lembraram do meu desafio atual.

- Oh, sim. O bebê de vocês não é nada tímido... - ele olhou para a tela com atenção como se pudesse por si só ou apenas com sua força de vontade decifrar o que tinha ali, quando não conseguiu se virou de volta para a médica. - E então? - Ela questionou suavemente.

Eu sabia a resposta de Sam mesmo antes de respondermos juntos, mas não consegui não olhar para ele quando o sim ecoou de sua boca. Ele me olhava como se eu fosse uma aberração, o que me deixou meio irritada. Um pigarro ecoou pelo silêncio causado por nossos olhares.

- Eu os darei alguns minutos de privacidade para que tomem a decisão. - Disse a doutora. Ela desligou a tela do monitor, entregou algumas toalhas de papéis para que eu limpasse o gel da minha barriga e então se retirou.

Me sentei o mais ereta o possível, sabendo que aquela batalha em particular precisava de mim em meu modo impassiva, que não cederia fácil por mais que as lembranças de Sam com os seus olhos esbugalhados tentando decifrar o sexo aparecesse na minha cabeça. Era para ele que eu fazia aquilo. Precisava me lembrar disso.

- Você não quer saber se ervilhinha é menina ou menino? - questionou depois de alguns longos segundos e eu neguei com a cabeça resoluta.

- Não. - Verbalizei minha resposta. - Não faz diferença para mim se é menina ou menino... vamos amar o bebê do mesmo jeito, não vamos?

Tentei chantagem emocional em primeiro lugar, mas é claro que Sam não cairia nisso.

- É claro que sim! Isso nem deveria passar pela sua cabeça.

- Sam, não é isso. É que... - me calei ao perceber que aquele plano de ação em particular não iria render nenhum resultado. Pensa Caitríona. Pensa Caitríona. Pensa! Um plano rudimentar começou a se moldar em minha cabeça. - Existe uma tradição. - Sussurrei deixando que meu pensamento se tornasse real.

- Uma o que?

- Tradição, Sam. - Repeti mais alto, confiante. Sam não iria se opor a uma coisa de família, ele sabia que os Balfe's eram assim, ele...

- Que tradição, Cait? - Questionou, confuso.

Eu pisquei também confusa, não esperava que ele questionasse, mas as peças do quebra-cabeça começaram a se encaixar e a tomar forma em minha cabeça.

- Eu nunca te contei? - ele negou com a cabeça, me mexi na maca, desconfortável com a mentira, mas certa sobre ela. - Temos uma tradição de família. Os Balfe's esperam até o nascimento para saber o sexo dos bebês... - Pausei para pensar na minha cartada final. - É uma tradição secular.

- Secular? - Ele repetiu incrédulo. Isso não estava saindo como eu esperava... Assenti. - Mas isso é ridículo. - O fulminei com o olhar. Ridículo? Como ele ousava?! Era um plano maravilhoso e era uma coisa bem possível sim dentro da minha família. - Nós não precisamos seguir isso.

- Mas é tradição, Sam! - Retruquei meio irritada, meio desperada. - Nós não devemos saber o sexo pela ultra! Nós não podemos quebrar a tradição!

- Nós vivemos quebrando tradições... - Ele murmurou irritado. Mas ao receber o meu olhar, sua postura inteira mudou. - Amor... você é tão pragmática, tenho certeza de que deseja organizar o quarto do bebê, as roupinhas e tudo isso sabendo o sexo.

- Você acabou de me chamar de maníaca por controle, Sam? - arqueei as sobrancelhas, desafiando-o a afirmar ou negar. Isso tinha se tornado de repente muito divertido!

- Eu disse que gosta de planejar. - Quase cai na gargalhada, mas balancei a cabeça para me controlar e o dei um novo olhar ameaçador, bem mais fraco que o anterior. - Cait, você quer mesmo esperar mais cinco meses para saber? - Enfatizou os meses para tentar me persuadir, bobinho! Eu o estava persuadindo aqui.

Fingi pensar em suas palavras, mordendo meus lábios de forma que sabia que o distrairia de seus objetivos, o que funcionou maravilhosamente bem já que ele encarou meus lábios de forma descarada e então tentou se distrair mudando de posição.

- Sim, Sammy. Eu quero. - Disse por fim e ele deu um suspiro vencido, se aproximando de mim e me dando um beijo terno na bochecha.

- Isso vai me matar de ansiedade, mas você é quem está carregando literalmente o peso de tudo nas suas costas, não posso discordar do seu único desejo.

Sam era o melhor namorado do mundo! Mesmo que desejasse muito aquilo, ele faria do meu jeito porque me amava demais para me negar algo e eu o amava ainda mais por isso! E esperava que ele me amasse ainda mais quando a sua espera de cinco meses fosse reduzida drasticamente para alguns dias e eu o surpreendesse com a revelação.

- Eu vou te recompensar por isso, Sam. - O dei um último beijo e me afastei.

[...]

Os dias seguintes foram repletos de uma organização minuciosa para que tudo estivesse em seu lugar na hora certa e da maneira correta. Queria que tudo se saísse de maneira perfeita e sem nenhuma surpresa! Eu estava planejando aquilo há tempo demais e estava muito empolgada para surpreender Sam pela primeira vez, ao menos em algo tão importante. Ele era o parceiro ligado a grandes gestos românticos e a surpresas, enquanto eu, costumava ser a surpreendida. Não que eu não amasse, eu amava! Mas fora a notícia da gravidez, acho que nunca o surpreendi assim...

Com os mínimos detalhes concluídos, me despedi dos meus amigos no set, agradecendo a Duncan em especial que havia se assegurado de distrair Sam amanhã por tempo o suficiente para que a surpresa fosse preparada em casa. Todos os envolvidos na trama estavam muito felizes por sua participação no plano... A doutora Palmer forneceu um envelope selado com o sexo do bebê depois de uma ligação minha, que foi buscado por Sophie e entregue aos cuidados de Maril, que foi gentil ao ponto de falar com a empresa responsável por organizar a surpresa. Nem eu sabia o que iria acontecer, apesar de saber que algo aconteceria. Esse arranjo em específico foi feito porque eu não tinha certeza se conseguia saber e esconder de Sam, além de que acharia meio desleal saber antes. Então a revelação seria uma surpresa para os dois!

Quando cheguei em casa, encontrei o pai do meu bebê e meu namorado muito gostoso sentado só de cueca no sofá com Eddie deitada em sua barriga como se fosse uma manta. A gata ficava mais traidora a cada dia que passava, mas eu também me aproveitaria se tivesse um homem como ele em casa. E eu me aproveitaria! Larguei as chaves no aparador, removi o casaco e os sapatos rapidamente e caminhei até ele. Ele me saudou com um sorriso caloroso, colocando Eddie ao seu lado no sofá e me puxando para me sentar em seu colo.

- Senhorita Balfe vejo que chegou em casa! - Me deu um beijinho no pescoço, arrancando um gemido involuntário quando este beijinho inocente se tornou em uma língua safada.

- Senhor Heughan vejo que está feliz com o meu retorno! - ele me puxou mais contra si e eu arfei ao sentir que ele já estava pronto. - Muito feliz, pelo que posso sentir. - Ele riu em meu pescoço e seus lábios voltaram para o meu rosto.

Ele me deu um beijo em uma bochecha e então na outra, beijou minha testa, minha têmpora, meu maxilar... seus beijos ficando cada vez mais lentos e provocantes e ousados. Ele beijou o canto da minha boca e eu suspirei, pronta para sentir seus lábios nos meus, mas isso não aconteceu. Na verdade, seus beijos pararam totalmente. Abri meus olhos confusa, encontrando seu olhar atento e avaliador.

- Devo arrancar seu segredo aos beijos? - questionou me fitando.

Meu segredo. Oh não! Ele sabia! Não exatamente sabia ou não estaria tentando me seduzir para contar o que era, mas ele sabia que eu tinha um... É claro que sabia! Eu nunca consegui esconder um segredo de Sam antes, por que achei que conseguiria agora? O que eu faço? Só preciso guardar isso por mais um dia...

- Você deveria de fato me beijar, amor. Mas não sei de que segredo está falando... - Ele sorriu. O sorriso que me deixava molhada de imediato e me ergueu em seu colo. - O que você está fazendo, Heughan? - questionei enquanto ele me carregava até a cozinha.

- Eu te prometi usar todos os móveis desse apartamento, não prometi? - Ele me colocou sobre o balcão da cozinha e me deu um olhar que me fez pegar fogo. - Podemos começar com um segredo por uma peça de roupa, o que acha? - revirei os olhos.

- Se fosse pelas suas peças de roupas, eu poderia me sentir tentada pela proposta... - o puxei para mais perto, entrelaçando minhas pernas em seus quadris, grudando nossos corpos. - Mas como você já facilitou... - deixei as palavras morrerem conforme minhas mãos se insinuavam pelo seu corpo. Minha boca se aventurou pelo seu tronco muito bem definido e comecei a beijar, chupar e lamber seu peitoral. Sam me afastou de si com um puxão delicioso no cabelo e colou nossos lábios em um beijo de tirar o fôlego.

- Eu. - Ele beijou meu maxilar. - Vou. - Seu beijo desceu para o meu colo. - Descobrir. - Arfei quando sua boca tomou meu seio mesmo sob o tecido da blusa que eu usava. O contato do tecido molhada contra o meu bico rígido me fez perder o controle por alguns minutos, mas conseguir reunir coerência o suficiente para responder.

- Descobrir o que? - segurei seus cabelos, puxando-os firmemente quando ele fez um movimento delicioso com a boca.

- Você não sabe esconder coisas de mim. - Murmurou enfiando a cabeça por baixo da minha blusa e começando a dar mordiscadas na pele nua da minha barriga. - E eu pretendo arrancá-lo de você enquanto a faço gozar. - Ele murmurou de forma abafada e então sua boca alcançou meus seios sem nenhum tecido no caminho e eu gritei, o agarrando ainda mais pelos quadris.

Dane-se o segredo! Eu quis gritar conforme ele tomava o meu outro seio com a boca e sua mão invadia minha calça jeans para alcançar meu clitóris. Oh céus, eu estava perdida!

- Sam! - Implorei quando sua boca se afastou do meu seio e ele se afastou de mim. - Não pare! - Pedi/implorei. Se ele ameaçasse parar se eu não contasse o segredo, eu provavelmente seria capaz de contar tudo sem nem pensar duas vezes.

Ele me deu um olhar convencido, como se soubesse que era só pedir e meus segredos seriam nossos. Bastardo! Mas ao invés de manter sua boca longe até que a minha começasse a falar, ele tomou minha boca na sua novamente e começou a abrir os botões da minha calça.

- Acho que temos bastante tempo para dividir segredos, querida. - Murmurou contra a minha boca. - Erga os quadris. - Obedeci prontamente e ele me livrou do tecido da calça e da calcinha, me deixando totalmente nua e ao seu deleite. - Eu nunca fico abismado o suficiente quando te vejo nua.

- Talvez você não tenha me visto nua por vezes o suficiente. - Comentei com um sorrisinho, seu olhar se ergueu do meu corpo para os meus olhos. Desejo talvez não fosse o suficiente para descrever aquele olhar...

- Não acho que isso vá mudar pela quantidade de vezes que eu a vejo, amor. Mas você está certa em quanto a não ter visto você nua vezes o suficiente e se eu pudesse ficaríamos meses trancados nesse apartamento.

- Meses? - Debochei, tirando sua cueca com os pés. - Acho que você não aguentaria tanto... - segurei seu pau inchado e latente em minha mão e foi a vez dele de arfar. - E meses talvez não fossem o suficiente para mim... - ele grunhiu, tirando minhas mãos dele e afastando minhas coxas, abrindo-me para ele.

- Você está me matando. - Sorri.

- Então estou fazendo algo muito certo. - Ele guiou a si mesmo para dentro de mim e eu gritei com o primeiro impulso rápido e duro. - Mais. - Pedi e ele me deu um sorriso maligno que seria o suficiente para me fazer gozar, me puxando para o limite do balcão de granito, sendo ele a única coisa que me impedia de cair e entrou de novo.

- Como eu amo estar dentro de você. - Murmurou, suas estocadas se tornaram mais fortes e mais rápidas, suas mãos em minhas coxas eram como brasas e eu estava prestes a me desmanchar inteira.

- E eu amo você dentro de mim. - Murmurei de volta, tombando a cabeça para trás e sentindo suas investidas.

Mais. Mais. Mais. Sam parecia ouvir meus pensamentos porque ele se tornava mais frenético a cada estocada, minhas mãos saíram do granito frio e foram realocadas em suas costas, puxando-o mais para mim e arranhando-o ferozmente. Os nossos gemidos preenchiam o ambiente altos o suficiente para se tornar um escândalo, mas eu não me importava com tanto que ele não parasse nunca. Apertei meus tornozelos um no outro mais forte, prendendo-o dentro de mim conforme nosso ápice nos tomava em uma onda de êxtase desenfreada. Arfei uma, duas, três vezes antes de desabar minha cabeça em seu peito. Ficamos na mesma posição até nossas respirações voltarem ao normal. Eu com a cabeça apoiada em seu peito, ouvindo as batidas de seu coração desacelerar e ele com seu queixo apoiado no topo da minha cabeça, acariciando meus braços suavemente. Ergui minha cabeça e o encarei com um sorriso malicioso nos lábios:

- Se você quer mesmo arrancar algum segredo de mim, vai precisar de mais do que isso, Sammy.

- Isso é um desafio, Cait? - arqueou as sobrancelhas com um sorrisinho safado surgindo em seus lábios. - Eu aceito! - ele me pegou no colo, me fazendo soltar um gritinho surpreso e caminho para o sofá, que felizmente agora estava vazio. - Temos muito cômodos para explorar! - ri enquanto ele começava a beijar meu pescoço, mas não ri por muito tempo quando suas mãos alcançaram meu clitóris de novo.

[...]

Por fim, Sam se esqueceu rapidamente de que eu tinha algum segredo a guardar dele conforme nós brincávamos. Na manhã seguinte - por um milagre - acordei antes que ele e consegui escapulir de seus braços sem o acordar, me arrumar e sair de casa. Sam era uma pessoa matinal, ele acordava religiosamente às 5h ou 5h30 para ir à academia - quando eu não o atrasava - mas deveria estar muito cansado pelas atividades de ontem se nem ao menos se mexeu quando eu saí de seu lado. Ele parecia bem inquieto durante o sono... de qualquer forma, eu precisava evitá-lo por algumas horas até a hora da surpresa e tinha pedido a Duncan para mantê-lo distraído fora de casa.

Sam tinha me ligado cinco vezes e nem tinha passado das onze horas. A surpresa estava planejada para as três. Ele também tinha me atolado de mensagens perguntando onde eu estava, porque tinha acordado mais cedo e até sugeriu que eu o tinha drogado ontem a noite para conseguir acordar antes dele me fazendo rir.

[10:44] Amor: Você por acaso me drogou ontem?

[10:44] Eu: Acho que não. Por quê?

[10:44] Amor: Você acordou antes de mim, isso NUNCA aconteceu.

[10:44] Eu: A única droga que eu te dei ontem foi um chá de b*****

[10:45] Amor: Onde você está?! Estou indo te buscar!

[10:45] Eu: Estou fazendo compras. Receio que não posso ir para casa agora...

[10:45] Amor: Quero te contar uma coisa!

[10:45] Eu: Mais tarde, Sammy! Tenho que ir vou receber uma massagem deliciosa no pé paga pela Sophie e pela Maril.

[10:45] Amor: E quem é que vai fazer essa massagem? Só eu posso ouvir seus gemidinhos.

[10:45] Amor: Cait!

[10:45] Amor: Caitríona!

[10:45] Amor: Caitríona!

[10:45] Amor: Caitríona!

[10:46] Amor: Eu vou me vingar!

Bloqueei meu celular com um sorriso no rosto e fui tentar me distrair pelo restante do dia até o horário em que eu deveria estar em casa, o que era bem difícil já que toda hora Sam ou Duncan me mandavam mensagem reclamando um do outro e Duncan me alertava que Sam estava parecendo uma criança de cinco anos - e que eu deveria tomar cuidado com o bebê - querendo ir embora e vir atrás de mim, enquanto Sam, me mandava diversas mensagens falando que precisava falar comigo urgente. Depois de um almoço tardio com as meninas, elas me deixaram em casa. Maril, disse que tinha recebido a confirmação de que tudo estava pronto e me desejou boa sorte antes de partir; Sophie me lançou um sorriso e um olhar animado, me pedindo para eu contar para ela assim que eu tivesse entrosada com a ideia. Por fim, eu entrei no apartamento, encontrando uma Eddie nada feliz.

Minha gata não gostava muito de humanos e muito menos de humanos estranhos e fazia questão de enfatizar isso agora.

[2:53 p.m.] Duncan: Voltando com a sua criança birrona!

[2:53 p.m.] Duncan: Você vai ter mais trabalho com esse do que o que está dentro da sua barriga.

[2:54 p.m] Duncan: Ele ficou emburrado o passeio inteiro!

[2:54 p.m] Eu: Obrigada por isso, Duncan! Fico te devendo uma 😊

[2:54 p.m] Duncan: Sem dívidas, C. Mas já que fiquei com uma missão tão importante neste plano, posso ser considerado como um possível padrinho?

[2:54 p.m] Eu: Isso pode ser arranjado. Muito obrigada mesmo!

[2:55 p.m] Duncan: Chegando no seu apartamento, ele parece estar prestes a saltar do carro antes que o motorista o pare!

[2:56 p.m] Duncan: Ele saltou!

[2:56 p.m] Duncan: Boa sorte, C! Ele está parecendo uma criança sem o brinquedo favorito.

[2:57 p.m] Eu: Muitas referências sobre crianças... por acaso teremos uma novidade em breve?

[2:57 p.m] Duncan: Só me esforçando para ser um padrinho excelente! Sem novidades por aqui.

Ouvi os passos de Sam no corredor e fui para a cozinha pegar uma água enquanto ele abria a porta, claramente eufórico e começou a falar ainda mais eufórico.

- Cait! Você não vai acreditar! - Murmurou fechando a porta da casa. - Eu tive um sonho maravilhosa está noite! - continuou enquanto removia seu casaco. Eu estava parada observando-o, mas ele ainda não tinha me visto. Imagina quão surpreso ele ficaria quando visse a surpresa? Mordi meus lábios em expectativa, pronta para sair do meu esconderijo e revelar meu segredo, quando sua fala me paralisou: - Eu sonhei com o sexo do nosso bebê!

O que?

Não. Não. Não.

Não!

Isso não podia estar acontecendo!

Por que isso estava acontecendo?

Ele não podia simplesmente sonhar com o sexo do bebê! Não é assim que as coisas funcionam!

Eu estava inconformada. Não. Inconformada era pouco. Eu estava furiosa! Fudidamente furiosa com aquele escocês idiota. Ele tinha que estragar tudo quando eu decidia o surpreender pela primeira vez em cinco anos? além da gravidez em si, é claro. Adivinhar o sexo do bebê antes que eu contasse era uma forma estúpida de estragar tudo! Como ele tinha feito isso comigo? Depois de todo aquele tempo, toda aquela dedicação e planejamento por nada.

- Sam Roland Heughan você não fez isso! - esbravejei saindo da cozinha e caminhando a passos pesados até o hall de entrada, onde ele me esperava com um sorriso enorme e um buquê de flores rosas.

- Cait! - exclamou ao me ver, alheio ao meu olhar furioso. E então me abraçou e beijou profundamente.

Eu poderia muito bem chutá-lo agora! Um belo chute naquele lindo traseiro.

- O que são essas flores? - questionei quando ele finalmente me soltou. Pela primeira vez, ele me encarou e viu que eu não estava sorrindo. Ele deu um passo para trás, como se eu fosse atacá-lo a qualquer momento, talvez eu atacasse. - E então?

- Eu sonhei que teríamos uma menininha.

- Você o que? - Repeti furiosa. - Eu não acredito que você sonhou justo quando eu resolvo fazer uma surpresa! Típico você, Heughan, sair na frente quando eu planejo algo.

- Que surpresa? - Ele retorquiu atônito. O peguei pela mão, guiando-o até o nosso quarto, mas não abri a porta.

"Teríamos uma menininha" ecoava em minha cabeça e meus olhos já estavam cheios de água, mesmo antes de ter alguma confirmação além do sonho de Sam. Será que ele estava certo ou queria tanto uma menina que tinha sonhado com isso? Seja o que fosse saberíamos quando abríssemos a porta e eu não sabia se estava pronta. Enterrei meu rosto no peito de Sam e ele acariciou meus cabelos pacientemente, aguardando.

- Você tinha que estragar tudo sonhando com isso? - Sussurrei contra sua camisa, senti seu peito vibrar com a risadinha.

- Então acredita em mim?

- Eu não sei... - me afastei, olhando-o nos olhos. - E se você quer uma menina e por isso sonhou com isso, Sammy?

- A alternativa ainda é maravilhosa, querida. - Funguei. - Mas agora acho que você quer que ervilhinha seja uma menina.

- Por causa da sua boca grande! - acusei. Ele riu e limpou minhas lágrimas com os dedos para logo depois segurá-lo entre suas mãos com ternura.

- Você preparou uma surpresa para mim?

- Para nós dois, na verdade. - Funguei. - Eu ainda não sabia o sexo...

- E a tradição?

- Eu tinha que inventar alguma coisa. Foi o melhor que consegui em tão pouco tempo...

- Eu sabia que você estava escondendo algo.

- Você é extremamente irritante!

- Amor?

- Sim?

- Pronta para descobrir se vamos realmente ter uma menininha? - assenti. Ele me deu um beijo castro e abriu a porta do quarto, me puxando consigo.

Aquilo era... lindo!

O quarto estava repleto de pétalas de rosas brancas cobrindo o chão, enquanto os tetos estavam cheios de balões dourados... Sam puxou um pela cordinha em nossa direção:

"It's a girl"

Meus olhos se encheram de água mais uma vez e Sam me tomou em seus braços em um abraço apertado.

- Uma menininha! - Sam me pegou em seu colo e me girou no ar.

- Uma menininha! - Repeti incrédula.

- Cait, nós vamos ter uma menininha linda igual a você! - Sam me colocou no chão e segurou meu rosto entre suas mãos novamente.

- É por isso que você queria tanto uma? - Questionei.

- É um motivo nobre! - Ri, incapaz de controlar minhas emoções, enquanto mais lágrimas rolavam por minhas bochechas. - Eu te amo tanto!

- Eu tamb... - Olhei em direção a minha barriga, incapaz de continuar a falar. Isso... ela...

Sam percebeu meu silêncio súbito.

- Cait, está tudo bem? Você?...

- Sam... - Disse sem fôlego, como se tivesse corrido uma maratona. Lágrimas preencheram minha visão novamente.

- Caitríona, o que há de errado? Fala comigo! - Neguei com a cabeça, incapaz de falar. - Cait, por favor!

- Nossa ervilhinha... nossa filha... amor... ela acabou de chutar!

- Ela chutou? - Ele repetiu. Assenti sorrindo e chorando, enquanto ele fazia o mesmo. Sam se jogou no chão e beijou minha barriga com tanta ternura que eu senti meu coração se contrair em meu peito. - Oi filha... - Ele disse com a testa encostada na minha barriga e então olhou para mim, cheio de lágrimas nos olhos e eu assenti. - Papai está aqui, minha menininha.



Nota: Oi genteeeeee, tudo bem? Eu sei que prometi que talvez postasse o capítulo antes, mas fiquei muito enrolada com a faculdade e depois decidi que seria legal ter 26/06 na data de publicações, ajsjskdkakksks. Enfim, espero que tenham gostado do capítulo duplo feito com muito amor e carinho e se emocionado com esses dois.

Nota 2: Cait puta porque o Sam descobriu antes ajskajdkakdkkakskskskso, mas no final, ela acabou revelando uma surpresa também, não é?

Vejo vocês em duas semanas!!!! ❤️❤️❤️❤️❤️🌹

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