Amarelo, a nova cor do Amor...

By Bruna2112

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" O mundo é mais colorido quando você sorri. " Elizah dizia isso com muita convicção e com grande sensação d... More

*
01_ Que vergonha.
02_ Thalia e Lary.
03_ Pow Zezinho!
04_ Pikachu.
05_ Ipê amarelo.
06_ Biblioteca.
07_ Papagaio?
08_ THÉO!
09_ É original.
10_ Você gosta de pão?
11_ Que sorriso...
13_ Thank you my brother!
14_ Chuva?
15_ TIA!!!
16_ 3... 2... 1...
17_ Não estamos flertando.
18_ Vem, Elizah.
19_ O que é, o que é?
🌻 Personagens 🌻
24_ Saudades.
Livro Novo
Livro Físico
Epílogo
Bienal

12_ O professor faltou!

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By Bruna2112

Me peguei pensando no sorriso de Daniel e balancei a cabeça em repreensão.

ㅡ Foco no espanhol, Elizah. ㅡ Voltei a me concentrar na matéria por mais alguns minutos, mas logo minha cabeça começou a cansar daquilo. ㅡ Arg... ㅡ Resmunguei jogando a cabeça para trás.

A quietude tomou conta da minha cabeça dolorida e eu respirei fundo. Eu gostava de estudar, mas o calor sempre me desanimava para quase tudo.

O silêncio era bom, mas meu celular começou a tocar me fazendo levar um susto. O que resultou em um tombo para trás junto com a cadeira.

Eu caí com tudo para trás fazendo um enorme barulho. Me coloquei de joelhos e olhei por cima da mesa de um lado para o outro com medo de que alguém tivesse visto aquela cena esplêndida.

Para minha sorte não havia ninguém,  então soltei uma gargalhada e peguei o meu celular para ver quem me ligava. Eu esperava que fosse meus pais ou Mariana, mas era um número desconhecido.

Elizah- Alô?

Número desconhecido- Bom dia! Posso falar com a senhorita Elizah?

Elizah- Bom dia, sou eu. Quem fala?

Número desconhecido- Aqui é do Esporte Clube Bom de bola. Estamos ligando para informar que a senhorita está apta para trabalhar conosco. Começarás hoje às 18h30, horário na qual saí do colégio, correto?

Elizah- Sim, isso! ㅡ Não consegui esconder minha empolgação. Eu havia conseguido o emprego! E pela primeira vez não foi tão difícil. Geralmente eu levo uns vintes nãos até finalmente ouvir um sim.

Número desconhecido- Ok, então esteja aqui na hora para cobrir o seu turno.

Elizah- Está bem, obrigada!

O homem que exalava entusiasmo ( ironia falando) desligou a chamada sem dizer mais nada.

Coloquei o celular de volta na mesa e não pude esconder minha alegria quando dei uma leve comemorada que contou com uma dancinha.

Fechei o livro sem nem pensar duas vezes e carreguei tudo que eu tinha ali para dentro de casa. Coloquei as coisas no sofá e dei mais uma comemorada.

ㅡ Ai, mas agora vou ter que ir direto da escola para lá. Eu saio 18h20 e preciso estar lá 18h30. ㅡ Coloquei a mão no queixo. ㅡ Será que preciso levar roupa? O cara fez 300 perguntas, mas não disse nada sobre meu uniforme. Será que eu levo uma calça? Tenho que ligar para minha mãe para avisar. ㅡ Peguei o celular novamente e me sentei no sofá. ㅡ Espero não estar atrapalhando ela.

Mãe- Oi Elizah, aconteceu alguma coisa?

Elizah- Eu consegui o emprego, mãe! Lá no esporte clube.

Mãe- Mesmo, filha? Que bom! O emprego não é muito pesado?

Elizah- Não, eu só fico no balcão da lanchonete.

Mãe- Ah filha, fico muito feliz. Já comeram os lanches que deixei?

Elizah- Ah... ㅡ Parei de sorrir. ㅡ Não.

Mãe- Então comam, não quero que estraguem. Também não esqueça de almoçar antes de sair da escola.

Elizah- Pode deixar, mãe.

Mãe- Ok, vou voltar ao trabalho. Até mais tarde.

Elizah- Até.

Desliguei a chamada e encarei minha sala vazia. Seria realmente bom ter amigas para estarem comigo agora. Mas...

Dei de ombros e fui na direção da cozinha. Abri a geladeira e me deparei com dois potes de plástico fechados. Um deles continha morangos cobertos com chocolate e o outro uma espécie de biscoitos com nutella. Eram muitos.

Segundo um bilhete dela, também haviam batatinhas no armário e que o que estava na geladeira precisava ser comido hoje para não estragar.

Suspirei segurando o pote de morangos e fui para a sala. Era meio egoísta comer tudo aquilo sozinha, mas o que eu poderia fazer? Dar para  minha amiga invisível? Eu liguei a televisão mas acabei não comendo nem metade de tudo aquilo.

O resto da minha manhã se consistiu em eu lendo aquele livro, almoçando e me arrumando para o colégio. Durante a maior parte do tempo alguma música soava pela minha casa para me deixar mais animada.

Quando deu a hora de eu sair de casa, eu acabei indo até a cozinha e pegando aqueles dois potes. Guardei-os na minha mochila e os levei. Por que? Sei lá. Eu poderia lancha-los no intervalo e também levá-los para o trabalho. Lá eu tinha ao menos  " colegas ".

[...]

ㅡ Então a partir de 1500 aqui no Brasil nós teremos o Quinhentismo, barroco, arcadismo, Romantismo e entre outros que vamos revisar na semana que vem. ㅡ A professora de literatura falou parada na frente do quadro. ㅡ O romatismo era divido em três gerações, sendo a sua primeira chamada de?

ㅡ Indianista. ㅡ Respondi no automático pensando que toda a sala falaria o mesmo, mas só minha voz soou e isso fez com que todos me encarassem.

ㅡ Indianista... ㅡ A professora aguardou que mais alguém dissesse os outros nomes dados à geração, nomes que eu sabia mas fiquei quieta depois de receber os olhares de todos.

ㅡ Nacionalista. ㅡ Daniel respondeu atraindo a atenção do pessoal também, inclusive a minha. Senti-me envergonhada quando ele sorriu disfarçadamente para mim.

ㅡ E religiosa. ㅡ A professora completou o terceiro nome e virou-se para o quadro para anotar os nomes ali. O sinal do intervalo tocou fazendo todos se levantaram das cadeiras. ㅡ Ok, pessoal, nos vemos na semana que vem.

Alguns alunos já foram saindo da sala e eu abri a mochila para pegar o que eu iria comer.

ㅡ Aí aí! ㅡ O garoto que senta perto da porta apareceu na mesma de repente. ㅡ Professor de matemática faltou! Vamos sair depois do intervalo!

Todos comemoraram de imediato e começaram a guardar seu material. Quem já havia guardado apenas pagou a mochila e já saiu.

Ri da reação eufórica do pessoal e guardei tudo na mochila novamente. Coloquei-a em minhas costas e me dirigi até a porta.

ㅡ Que felicidade porque não vão precisar estudar. ㅡ A professora que saía junto com a gente comentou.

ㅡ Impressão sua, professora. No fundo estamos chorando porque não vamos poder descobrir o valor de X hoje. ㅡ Daniel respondeu fazendo todos rirem.

Nós descemos as escadas e assim que chegamos na parte de baixo que era de frente para o portão, a professora foi na frente para falar com Zezinho que nos encarava.

ㅡ Zezinho! ㅡ Ela chamou por ele.

ㅡ Sim, senhora. ㅡ Zezinho ajeitou a postura.

ㅡ A 3001 está liberada, mas só depois do intervalo! ㅡ Ela falou encarando o homem.

ㅡ Sim, senhora. ㅡ Ele assentiu.

ㅡ Entendeu bem? Não libera eles agora, Zezinho. Só depois do intervalo! ㅡ Ela repetiu e Zezinho assentiu de novo. ㅡ Só depois!

ㅡ Eu entendi. ㅡ Ele respondeu e a professora analisou o rosto dele antes de virar as costas e sair dali. Zezinho olhou enquanto a mulher se afastava e assim que ela virou o corredor, ele abriu o portão. ㅡAté amanhã, pessoal. ㅡ Ele sorriu para nós e todos riram saindo do colégio.

O melhor de tudo era que ele parecia tão ingênuo fazendo aquilo.

Eu pensei em ir, mas estava com fome e não tinha muita pressa de ir para casa ficar sozinha. Então decidi ir para o pátio sentar embaixo da árvore e comer enquanto lia um pouco. Eu nem gosto de ler, mas precisava terminar aquela história.

Virei as costas e me separei da minha turma indo em direção ao pátio do outro lado da escola.

O pátio era cheio como sempre, mas não havia ninguém embaixo da árvore. O que me fez sorrir.

Sentei-me na sombra que a árvore formava no chão e coloquei o pote de morangos sobre a mochila ao meu lado. Peguei o livro e comecei a ler enquanto ouvia músicas no fone.

Poucos segundos se passaram até eu sentir alguém me dar um susto tocando meus ombros.

ㅡ Bu! ㅡ Daniel sorriu para mim e eu arregalei meus olhos com o susto. ㅡ Comecei a notar que você se assusta com certa facilidade. ㅡ Ele falou rindo quando tirei os fones do ouvido.

ㅡ Também comecei a notar que você gosta de me pregar sustos. ㅡ Respondi observando enquanto ele se sentava ao meu lado e tirava uma daquelas revistinhas de sua mochila e um lápis.

ㅡ Por que não foi com o pessoal? ㅡ Ele perguntou se encostando na árvore ao meu lado e abrindo a revistinha.

ㅡ Eu estava com fome. ㅡ Respondi e só aí lembrei dos morangos. ㅡ Ah... ㅡ Peguei o pote que estava do meu outro lado e ofereci à ele. ㅡ Quer? Minha mãe exagerou um pouco na quantidade.

ㅡ Opa! ㅡ Ele sorriu e pegou um. ㅡ Valeu, eu trouxe um negócio para você também. ㅡ Ele começou a mexer na mochila.

ㅡ O que? ㅡ Perguntei meio desacreditada de que ele havia trazido algo para mim.

ㅡ Aqui. ㅡ Ele me estendeu um pote pequeno com tampa amarela. ㅡ Achei que esse pote também combinava com você. ㅡ Ele sorriu e votou a olhar para sua revista.

Abri o pote e encontrei vários gominhos de tangerina já separados ali dentro.

ㅡ Daniel... ㅡ Ri. ㅡ Você não precisava se preocupar ou se dar ao trabalho.

ㅡ Fiquei com medo de você passar mal de novo. ㅡ Ele respondeu sem tirar os olhos da revista, o que o impediu de me ver totalmente corada.

●●●
Continua...
Estava entediada hoje e escrevi mais um.

Obs: Zezinho existe de verdade e era o porteiro do meu colégio antes de eu me formar em 2019. Ele realmente liberava a gente antes da hora e era o maior caozeiro.

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