The Stripper (rabia version)

By sunshinecabell

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Você já imaginou ter duas vidas? Ser duas pessoas ao mesmo tempo? Aposto que sim. Mas entre pensar e viver ha... More

Capítulo 1 - Duas Vidas
Capítulo 2 - Voltando ao Brasil
Capítulo 3 - The Stripper
Capítulo 4 - Nova Presidência
Capítulo 5 - Primeiro Dia
Capítulo 6 - Conversa e mais tempo juntas
Capítulo 7 - A dança
Capítulo 8 - O beijo
Capítulo 9 - Perdendo o controle
Capítulo 10 - Le Café
Capítulo 11 - Devaneios
Capítulo 12 - Confusão
Capítulo 13 - Presente, carona e conversa
Capítulo 14 - Jogo perverso
Capítulo 15 - Chegada inesperada
Capítulo 16 - Reencontro
Capítulo 17 - Conhecendo a família
Capítulo 18 - Um dia diferente
Capítulo 19 - O jantar
Capítulo 20 - Dura realidade
Capítulo 21 - O troco
Capítulo 22 - Perdidas
Capítulo 23 - Arrisque-se
Capítulo 24 - Toda hora
Capítulo 25 - Caminhos cruzados
Capítulo 26 - Desentendimentos e Desculpas
Capítulo 27 part 1 - Uma nova aliança
Capítulo 27 part 2 - Uma nova aliança
Capítulo 28 - Um dia especial
Capítulo 29 part 1 - Momentos
Capítulo 29 part 2 - Vitória do Inimigo?
Capítulo 30 - A descoberta
Capítulo 31 - Confronto
Capítulo 32 - Turbilhão de sentimentos
Capítulo 33 - Caindo em tentação
Capítulo 35 - Coisas do passado
Capítulo 37 - Pedidos
Capítulo 38 - Erros e arrependimentos
Capítulo 39 - Presente especial
Capítulo 40 - Vai dar tudo certo?
Capítulo 41 - Mentir, sim ou não?
Capítulo 42 - O Prêmio
Capítulo 43 - Noite de descobertas
Capítulo 44 - O inimigo comemora.
Capítulo 45 - Sair, sim ou não?
Capítulo 46 - Decisão
Capítulo 47 - The Lap Dance
Capítulo 48 - Xeque-mate
Capítulo 49 - Estratégia
Capítulo 50 - Nova Era
Nova Fanfic
Capítulo 52 - A perda

Capítulo 51 - Acerto de contas

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By sunshinecabell

Volteeeeei! Estamos na reta final da fic! faltam apenas 4 capítulos.
Não esqueçam de interagir com a fic! boa leitura.

Point Of view Rafaella Kalimann

Abri os olhos devagar, sentindo minha cabeça doer. Virei de um lado para o outro na cama, buscando o corpo de minha mulher. Mas só me restava o vazio. Resmunguei algumas palavras sem nexo assim que meus olhos encontraram a claridade vinda da Janela.

Onde está Bianca? Meu Deus.

Sentei-me na cama, coçando os olhos levemente. A noite ontem havia sido mais animada do que o normal. Depois de uma madrugada intensa na boate com Bianca, Manoela, Mariana, Marcela, Gizelly, Bárbara e bastante bebida, eu não lembrava muita coisa, mas sabia que entre as bêbadas eu estava melhor. Tive apenas a ajuda de Mari que por sinal era a única que tinha juízo, para segurar todas aquelas mulheres.

Deus!

"O que vocês estavam fazendo? - Manoela perguntou assim que pôs os olhos em nós quatro saindo do banheiro.

Ela havia ficado na mesa com Mariana e Bárbara, que agora estava enroscada nos braços de uma bela loira muito bonita.


Marcela soltou uma risada alta e divertida, os efeitos do álcool se faziam presente na mulher.

- Nem queira saber.

Manu arregalou os olhos e abriu a boca.

- Sexo grupal? E não me chamaram? - Disse animada e um tanto bêbada.

- Nem pra dividir, hein. - Bárbara virou para falar. - Saudades, Bianquinha. - Completou soltando uma piscadela para minha namorada.

Eu fitei a mulher de forma seria. A maldita empresária sempre fazia questão de dar em cima de minha mulher. Tudo para me provocar.

- Você pode calar a boca?

- Rafaella. - Bia sussurrou para mim.

- Ela me provoca. – Bufei irritada.

Bianca soltou um sorriso manhoso, e virou de frente para mim, fazendo-me encarar seus olhos castanhos tão intensos.

- Sou sua, provei isso para você, não?!

Soltei um sorriso relaxado, e beijei seus lábios bem devagar. Virando em direção a Bárbara, para mostrar a língua como uma criança de 5 anos.

- Vocês parecem destruídas. Fizeram todas juntas? – A amiga de Bianca perguntou bem curiosa.


- Pela Misericórdia do Senhor, Manu! - Mariana exclamou.- Elas estavam dançando.

- Quase isso. - Gizelly deixou escapar.

- Vou orar muito por você essa noite. Jesus, não vai gostar disso meninas.

- Bicalho, cala a boca. - Falei a empurrando.

- Vamos embora? - Bia sussurrou.

- Vamos, meu amor.

- Nada disso! Vamos beber! - Marcela falou levantando a taça para o alto. "

E bebemos, muito. A ponto de não se aguentar em pé. Já fazia longos anos que eu não saia assim e me divertia tanto.


Levantei da cama devagar, e segui em direção ao banheiro. A cada passo em direção ao cômodo, eu podia ouvir o barulho do chuveiro. Soltei uma risada baixinha, e assim que abri a porta eu pude ver o corpo maravilhoso de minha namorada. Ela estava concentrada no banho quente. O Vapor d'água fazia os vidros do box ficarem levemente embaçados. Mas facilmente se notava suas belas curvas.

- Bela visão. - Disse.

Bianca em um solavanco se virou em minha direção.

- Jesus! Você me assustou. - Exclamou assustada.

Eu sorri e me aproximei, abrindo o box, para então fitar ela nitidamente.

- Jesus não, Rafaella. - Brinquei roubando um beijo de seus lábios.


Bianca franziu o cenho e fingiu uma risada. Ela estava simplesmente maravilhosa, completamente nua com os cabelos presos em um coque mal feito, deixando que as finas mexas de seus cabelos ficassem molhadas.

Será que ela sempre seria tão sexy assim?

- Posso tomar banho com você? - Perguntei maliciosa.

Bianca mordeu os lábios e sorriu, virando de costas para mim. Mostrando o belo volume traseiro.


- Nada disso, eu já estou acabando. E temos compromissos na Kalimann Industry.

Fiz uma careta para ela, mas não insisti. Eu estava fodidamente ressacada pela noite de ontem, então não insistiria.

Fiquei no banho enquanto Bianca saia do banheiro enrolada em uma toalha felpuda, deixando que as pequenas gotas de água fizessem um caminho atrás de si.

Deixei a água quente escorrer pelo meu corpo buscando uma maneira de relaxar meus músculos. Não demorei tanto ali, apenas o suficiente.

Depois de estar devidamente vestida, segui em direção a cozinha ouvindo o barulho da música animada. Era maravilhoso ter Bianca em casa, trazia uma alegria fora do comum aquele lugar, e eu facilmente poderia me acostumar com isso.

Fui até ela e deu um abraço por trás, deixou um beijo em seu pescoço a vendo encolher quando sentiu meu corpo gelado em contato com o seu quente.

— Está tão animada — Falei sorrindo, amava ver minha namorada assim.

- Acordei feliz, meu amor. - Sussurrou.

E eu iria fazer de tudo para vê-la sempre assim, feliz.

- Vejo que sim! Apesar de minha dor de cabeça, eu estou também muito feliz.

Bianca virou de frente para mim, envolvendo seus braços em meu pescoço.

— Exagerou na bebida ontem, por isso a dor.

- Você também, surpreende-me estar tão bem disposta essa manhã.

- Sei me cuidar, Rafa. - Falou convencida, beijando minha boca.

Apertei meus braços envolta de sua cintura, prendendo seu corpo junto ao meu. Eu senti ela suspirar entre meus labios de forma relaxada e descontraída.

- Amo ter você aqui, sabia? – Disse olhando em seus olhos.

- Ama?

- Muito, poderia ficar aqui comigo sempre. – Sugeri.

- Você não iria querer sair de casa, Rafaella.

- Não mesmo! Não teria nada melhor lá fora, já que você estaria aqui dentro.

Bia mordeu os lábios e sorriu.

- Assim você me deixa convencida!

- Estou apenas sendo realista. – Disse sorrindo.

- Vamos, sente-se ali. Vamos tomar café da manhã juntas hoje.

- Sim Sra. Andrade. - Brinquei seguindo em direção a mesa, sentando no lugar ordenado por ela.

- Gosto assim, me obedecendo. – Soltou entrando na brincadeira, fingindo seriedade.

Encarei a carioca. Acho que não mencionei que ela estava vestida com uma de minhas blusas sociais. Com os botões da frente parcialmente desabotoados dando-me a bela visão de sua lingerie.

A mulher mais linda do mundo.

Bianca colocou alguns pratos em cima de mesa e foi buscar pelos talheres, eu aproveitei para levantar e organizar os pratos. A mesa estava bem posta, com as louças e talheres. Havia muitas frutas, sucos, pães. E eu apenas poderia sentir o cheiro bom do bacon e ovos mexidos que ela preparava.

- Você caprichou essa manhã.

- Perdemos muitas energias ontem, creio que você e eu precisamos de um café da manhã reforçado. – Ela falou com aquele típico sorriso sacana, colocando a garrafa térmica e o prato com os ovos e bacon sobre a mesa - Prontinho, agora já podemos comer. – Disse animada.

E assim fizemos. Eu realmente estava com bastante fome aquela manhã, Bianca acertou em cheio ao preparar nosso café da manhã, estava tudo divinamente delicioso. Fiquei a observá-la por alguns instantes, ela parecia bem concentrada em seu prato repleto de frutas. Nesse momento ela mordia um pedaço de morango que estava totalmente com um pouco de Nutella. Poderia eu dizer que até comendo ela ficava bonita?

- Porque está me olhando assim? – Ela perguntou rindo, terminando de mastigar rapidamente, para então pegar o lenço sobre a mesa e limpar o canto dos labios.

- Gosto de olhar para você, Bia.

- Você está me deixando sem jeito.

Eu poderia jurar que Bianca estava corando.

- Não precisa ficar, estou apenas te olhando. Vendo como tenho uma mulher linda ao meu lado.

Por que quando se está apaixonada ficamos tão otarias? Parece que todo e qualquer motivo é o suficiente para te deixar boba. Eu nunca imaginei ficar assim por alguém. Há tempos atrás eu tinha a leve impressão de como era estar apaixonada, mas hoje eu poderia ter a certeza que nada se comprava ao meu sentimento por Bianca.

- Vai me deixar mal acostumada. – Ela falou levantando de sua cadeira, para se sentar em meu colo.

Eu me afastei um pouco da mesa, para que ela colocasse uma perna de cada lado de meu corpo. Bianca sorriu abertamente no exato instante que envolvi seu corpo com os braços.

- Não vou, apenas quero ver você feliz. – Sussurrei para ela.

Seus olhos castanhos me fitavam de forma tão intensa que eu poderia me perder ali. O sol vindo da vidraça refletia em seus olhos, deixando-o mais brilhante em minha direção. Bianca estava linda, seus cabelos estavam agora soltos, com leves ondulações que se modelavam perfeitamente ao redor de seu rosto tão delicado. Ela comprimiu os labios em um sorriso, até seu nariz ficar um tanto enrugado.

- Eu estou muito feliz – Sussurrou, tocando em meu rosto devagar – Com você. – completou para depositar um beijo em meus labios.

- Vai ser sempre assim, ok? Eu prometo.

Eu sempre fui uma mulher muito segura de tudo, sempre tinha certeza em tudo que eu fazia, chegava até a ser meio arrogante. Mas a verdade é que com a Bianca eu tinha medo, medo de não ser a melhor pessoa para ela, medo de não conseguir fazer ela feliz, medo de falhar e acabar vendo o amor da minha vida escapando entre meus dedos.

- Confio em você, Rafa. De olhos fechados. – Suas palavras saíram com a segurança que eu precisava sentir.

Eu inclinei a cabeça um pouco para cima, até sentir os labios macios dela colidirem contra os meus. Nosso beijo foi calmo, porém intenso. Carregado de carinho e muito amor. Eu suguei devagar os labios dela, para em seguida serpentear a língua sobre a sua em uma sincronia perfeita. Levei uma das mãos até seus cabelos, para ajudar o nosso beijo. Quando no final, ela devagar foi parando, depositando pequenos selinhos em meus labios.

- Eu te amo muito. – Sussurrou de forma meiga, fazendo meu coração aquecer com a sensação boa de ouvir aquelas palavras.

- Eu também te amo, meu amor. Mais do que você pode imaginar.

Soltei aquelas palavras da forma mais sincera que eu poderia falar. Naquele instante eu sabia que nada e nem ninguém poderia atrapalhar o que tínhamos. Bianca Andrade chegou a minha vida para virá-la do avesso, de uma maneira que eu jamais poderia imaginar antes. Mas hoje, eu agradecia a quem quer que fosse por isso. Pois se eu estava me sentindo completa, era graças a ela.

[...]

Depois do café da manhã maravilhoso, Bianca não me deu outra alternativa a não ser ir para a Kalimann Industry. De acordo com a mesma não poderíamos nos ausentar tanto, caso contrario as coisas sairiam do lugar. Eu particularmente concordava com a mesma, mas ficar em casa com ela era no mínimo tentador. Nesse exato momento estávamos na sala de reunião, vendo a apresentação de um projeto muito interessante que expandiria a Kalimann Industry por toda a America. Uma nova cede já estava sendo montada, e alguns grandes contratos já estavam avista. Tudo estava progredindo perfeitamente bem, graças a Deus e a mim, modéstia parte.

Tirei os olhos do rapaz que explicava tudo perfeitamente aos acionistas, para fitar minha secretaria que por acaso era minha mulher. Ela parecia bem concentrada, anotava alguns detalhes importantes em sua agenda, enquanto hora ou outra ajeitava seu óculos de descanso no rosto. Isso me lembrava nossos primeiros dias juntas, quem diria não?

A reunião demorou a terminar, logo estávamos todos nos cumprimentando amigavelmente em concordância com tudo que foi explanado. Bianca e eu caminhamos de volta para minha sala, acompanhadas de Igor que estava bem animado com os novos projetos.

- A nova filial tem tudo para dar certo. – Disse ele sentando no sofá em minha sala.

- E vai dar Igor, tenho certeza.

- Vocês desejam alguma coisa? – Bianca perguntou.

- Ligue para Bicalho para mim, diga que quero encontra-lá daqui a uma hora.

Bianca franziu o cenho, provavelmente curiosa.

- Sim Sra. Kalimann, mas alguma coisa?

- Não Srta. Andrade, pode se retirar.

A morena soltou um sorriso e se retirou.

- Só eu acho estranho vocês se tratarem assim? – Igor perguntou confuso, me fazendo rir.

- Assim como?

- Com essa formalidade toda, sabemos claramente o que vocês fazem. – Ele falou descontraído.

- Isso se chama profissionalismo. Estamos em nosso ambiente de trabalho, devemos respeitar o lugar.

- Rafaella... não vem com essa, conheço você a anos pra saber que você perdeu a cabeça por Bianca. Não quero nem pensar no que acontece nessa sala.

Amassei um papel e joguei no mesmo que soltou uma risada.

- Isso você nunca vai saber mesmo!

- Ok senhora Kalimann, ninguém precisa saber que sua sala vira cenário de filmes eróticos.

- Idiota! – Exclamei rindo.

Até que o telefone tocou.

"Sra. Kalimann?"

"Sim Srta. Andrade."

"Gizelly disse que passa aqui em uma hora, resmungou por eu ter a acordado. Mas ficou feliz com seu convite." – Bianca falou rindo.

" Menos mal, obrigada Bia, quer dizer...Srta. Andrade."

Pude ouvir Bianca soltar uma risada baixa antes de desligar.

- Vai sair? – Igor perguntou.

- Sim! Eu preciso comprar uma coisa importante hoje.

- Posso saber o que é?

- Logo, você vai saber.

Point Of View Bianca Andrade

- Vamos Maria Manoela! – gritei pela quarta vez seguida.

Estávamos agora no estacionamento da Kalimann Industry, já era hora do almoço e encontraríamos com Thelma no bistrô de sempre. Mas a Manu não desgrudava de Igor por nada nesse mundo. Eu nem podia julgá-la, afinal se fosse com Rafa eu faria o mesmo.

- Manoela está muito apaixonada. – Mari falou sorrindo.

- Sim, Igor está fazendo um bem enorme a ela.

- Graças a Deus!

- Manu, deixa pra namorar depois! – Gritei fazendo Mariana rir.

A mulher me fitou seria, depositou um ultimo beijo em Igor e caminhou em direção ao meu carro.

- Boca rosa olha só, eu não fico atrapalhando seu mimimi com a chefa. – Ela falou fingindo irritação.

Soltei uma risada.

- Eu estou com fome, e Thelma já esta nos esperando.

- Já mandou varias mensagens! – Mariana completou.

- Tudo bem, mais tarde vou encontrar Igor mesmo.

- A noite vai ser longa. – Falei enquanto ligava o carro. - Use preservativos Maria! –

- Igor comprou uma caixa hoje cedo.

- Santo Deus, você é uma maquina? – Mariana perguntou assustada nos fazendo explodir em uma gargalhada.

- Eu estou brincando com você, Gonzalez. Nem posso fazer nada, estou nos meus dias. Vamos apenas ver um filme e ficar nos carinhos. – A baixinha falou enquanto colocava o sinto de segurança.

- Isso é um ótimo programa, Jonas me chamou para fazer o mesmo.

- A casa vai estar livre, Bi. Nada de transar com Rafaella em todos os cômodos do nosso apartamento! — Manu falou.

Eu virei em direção a ela e fingi uma carinha triste.

- Fique longe do meu quarto. – Mariana exclamou.

- Não vou ficar em casa. Rafa me chamou para jantar no litoral hoje.

- Jantares milionários são outras coisas não é Mari?!

- Com certeza, eu vou me contentar com um sushi ao lado de Jonas.

- Não sejam bobas! Rafazaa a e eu só queremos passar mais tempos juntas. Estamos em um dia maravilhoso hoje. – Falei enquanto estacionava o carro no bistrô.

Não demorou muito e já estávamos todas reunidas à mesa, fazendo nossos pedidos ao garçom que sempre nos atendia.

- Jantar no litoral? Tem alguma situação especial? – Thelma perguntou enquanto fechava o cardápio para depositar sobre a mesa.

- Não, ela disse que precisávamos aproveitar muito juntas. Que estava feliz por nossa vitoria. – Disse calmamente.

- Até eu estou feliz com isso, sinceramente Rafaella virou minha idola. – Manu comentou enquanto bebida um pouco de sua água.

- Ela é muito apaixonada por você, Bi. – Thelma disse sorridente.

Eu sorrir ao pensar naquilo. Realmente Rafa parecia ser tão apaixonada, a todo instante buscava me mostrar o quão especial eu poderia ser para ela. Confesso que nunca havia me sentido tão amada assim antes.

- Eu também sou muito apaixonada por ela, Mani. Vocês não fazem idéia do quanto sou feliz quando tenho ela comigo. Eu amo tudo sabe? A forma como ela me olha, como me beija e até como segura minha mão.

- O amor de vocês é lindo. – Mariana falou de forma sentimental.

- E sexy. – Manoela continuou nos fazendo rir.

- Você precisava estragar o clima romântico? – Thelminha perguntou empurrando ela devagar.

- O que? Gente, por favor. Ontem elas estavam transando em um banheiro de boate, ao lado de Gizelly e Marcela.

Mari e Thelma me encararam boquiabertas.

- Obrigada Manoela! – Soltei irônica.

Manu deu de ombros e riu.

- Você fez isso? – As duas me perguntaram quase em uníssono.

- Eu estava bêbada, e excitada. – Falei como se fosse à coisa mais natural do mundo.

- Chocada em Cristo! Eu pensei que vocês estavam dançando!

- Menina, Rafaella tem um fogo daqueles!

- E ela é ótima! – Falei fazendo caras e bocas apenas para provocar Mari.

- Um dia você grava? – Manu entrou na brincadeira. – Tenho curiosidade em ver.

- Ivy viu tudo!

- Jesus! Viu? – Mari perguntou assustada.

- Creio eu que sim. Rafa e eu estávamos na Kalimann Industry no dia da briga, e tenho certeza que ela viu nós duas juntas. E se viu, presenciou um espetáculo.

- Consigo até imaginar!

- Vai por mim, você não consegue! Aquele dia foi o melhor sexo da minha vida.

- Nós podemos comer? Sem falar de sexo.

Nós três rimos juntas, e então continuamos nossa conversa. A todo instante sendo ponderada por Mariana é claro. Depois do almoço Thelma e eu seguimos para a Imperium juntas, Manu e Mari voltaram para a Kalimann Industry, pois teriam muitos compromissos para realizar.

- É incrível como as coisas viraram de cabeça para baixo em poucas horas. – Thelma Exclamou enquanto entravamos na Imperium.

- Confesso que ainda estou assustada. Eu não planejei isso, mas eu não tive escolha. – Falei de forma triste.

- Eu entendo você. Sei que você jamais faria por mal.

A mulher falou caminhando atrás de mim. Estávamos seguindo para a antiga sala de Amber, onde agora seria minha sala. A equipe de reforma fez um ótimo trabalho, a sala ficou bem arrumada, de forma sofisticada e simples, ao meu estilo.

- Ficou muito bonito. – Thelminha falou sorridente.

Eu sorri e me sentei a mesa.

- Precisamos conversar.

A mulher franziu o cenho e me encarou assustada.

- Algum problema? – Perguntou se sentando a minha frente com uma expressão um tanto nervosa.

Eu sorrir procurando passar tranqüilidade.

- Fique tranquila, é uma coisa boa.

Eu pude a ver suspirar aliviada.

- Pois então, me conte.

- Bom, agora você sabe que sou a dona disso tudo certo? – Thelma assentiu. – Sabe também que já estou cansada disso aqui. E que também tem a Rafaella.

- Sim, eu sei do histórico ciumento de sua mulher. – Thelminha falou rindo. – Mas o que tem isso?

- Eu não vou me envolver muito com a Imperium. Sei que você adora isso aqui, então estive falando com a Rafa, e tivemos uma boa idéia. – Soltei um tanto esperançosa.

Ela ficou me fitando, a espera que eu continuasse.

- Confio em você o suficiente para tomar conta de tudo. Eu não te deixaria só é claro, viria aqui para ver os balanços e documentos. Toda a situação burocrática, mas de resto como as dançarinas, os show, pensei em você para cuidar e ficar na linha de frente. Eu estou literalmente deixando a Imperium como dançarina e se você quiser pegar o lugar de dançarina principal eu ficaria muito orgulhosa.

Talvez eu tivesse jogado informações demais para ela. Thelma me encarava um tanto surpresa, sua expressão estática estava sendo até cômica.

- Você quer que eu...

- Sim! Seja a gerente e a dançarina principal. Eu tenho certeza que nenhuma outra mulher aqui dança tão bem quanto você Thelminha.

Ela piscou algumas vezes e tentou pronunciar alguma frase, mas parou.

- Se for demais para você eu vou entender. Mas eu realmente queria alguém de confiança e atitude para isso. E você é a minha melhor opção.

Ela suspirou e sorriu abertamente.

- Mas é claro! Bianca, eu fico muito feliz que tenha pensado em mim para isso!

- Mesmo? – Perguntei animada.

- Sim! Eu amo esse lugar, e quero muito que ele continue. E se para isso você precisa de mim, eu vou estar aqui para te ajudar.

- Nossa, você realmente é maravilhosa. Eu fico feliz, já estava preocupada. Eu gosto daqui, mas quero minha vida distante da Imperium já que agora estou com a Rafa.

- Eu entendo perfeitamente. Não se preocupe, eu vou cuidar de tudo aqui para você. – Falou esperançosa. – Nossa! Eu estou até animada!

Eu sorri e levantei para abraçar minha amiga.

- Sei que estou deixando nas mãos da pessoa certa. – Disse confiante.

- Você não vai se arrepender. – Disse ela sorrindo.

Thelma me abraçou novamente, até que alguém bateu na porta.

- Sra. Andrade? – O segurança chamou.

- Sim, Alexandre?

- A Sra. Mônica Andrade está lá embaixo, disse que precisa falar com a senhora.

Thelma me encarou desconfiada, e eu apenas suspirei. O que diabos aquela mulher poderia querer comigo?

- Diga a ela que suba, eu estou esperando aqui.

O homem prontamente assentiu e se retirou.

- Eu vou saindo, acho que você precisa ficar sozinha com ela.

- Tudo bem, amiga. Amanhã nós vemos tudo direitinho aqui.

- Deixe comigo, ligo para você mais tarde. – A mulher falou antes de se retirar.

Caminhei lentamente até a estante do canto, me servindo de uma boa quantidade de café. Aspirei o aroma que emanava da xícara até provar do liquido quente. Algo bom ali que não fosse uísque. Digitei uma rápida mensagem para minha namorada, dizendo que ainda demoraria na Imperium, afinal mais um problema havia chegado para resolver. Sentei em minha cadeira, quando a porta de entrada se abriu, dando espaço para a mulher cujo mundo chamaria de minha mãe.

A mulher me olhou desconfiada, porém se aproximou.

- O que quer comigo? – Perguntei diretamente a fita-la.

Moni sentou-se a minha frente, colocando sua bolsa sobre a cadeira do lado.

- Isso é jeito de me receber?

Revirei os olhos e bufei.

- Soube a poucos minutos que você é a dona desse lugar.

- As noticias correm rápido. – Soltei friamente.

- Como comprou isso?

- Não devo satisfações da minha vida para você.

- Tem toda razão, mas imagino que esteja bem demais. É a empresaria com quem está namorando?

Fechei os olhos e suspirei.

- Pode falar de uma vez o que quer? Eu tenho muitos compromissos.

Eu não daria chances para Monica se meter em minha vida novamente, eu já a conhecia muito bem para saber o que ela realmente queria ali, sua calma e palavras serenas deixavam bem claro. Mas apenas deixaria que falasse.

- Sandro foi embora.

Soltei uma risada sem humor. Mas nada falei, a mulher me fitava ansiosa, quase nervosa.

- Eu estou sem nada, Bianca, ele levou todo meu dinheiro.

Ficamos em silencio por alguns minutos, e então me levantei. Aproximando-me do pequeno bar que havia dentro da sala para me servir de uma pequena dose de uísque. Agora eu entendia o porquê de Rafaella tomar aquilo, precisava acalmar os ânimos.

- O que eu tenho com isso? – Perguntei depois de alguns minutos calada.

- Você precisa me ajudar.

- Eu? Depois de tudo, você tem a coragem de vir pedir ajuda para mim? – Perguntei incrédula.

Ela fechou os olhos e suspirou.

- Você quer a sua irmã passando por dificuldades? Morando na rua? Você está bem de vida! Está com aquela milionária que comprou esse lugar para você! Como aquela cafetina permitiu? – Perguntou referindo-se a Amber.

- Não interessa! Não envolva a Íris nisso. Eu sempre estou à disposição de minha irmã. E não é porque estou com Rafaella que sou rica.

- Não seja ingênua, aquela mulher pode te dar tudo! – Exclamou.

- Que seja! Eu não tenho motivos para te ajudar! – Gritei.

Moni se fez de ofendida. Deus! A raiva que me consumia nesse instante não havia tamanho.

- Eu sou sua mãe Bianca!

- Agora você lembra que é minha mãe? Já esqueceu tudo que me falou? Todas as palavras sujas que me magoaram? Isso é ser mãe pra você? – Falei de forma rude, cuspindo as palavras em sua cara.

- Como você quer que eu haja? Eu sempre quis o melhor para você! – Exclamou exaltada.

Eu rir sem nenhuma gota de humor.

- Você só está aqui agora porque ele te abandonou como eu disse que faria. Você está vendo que eu estou bem, eu estou feliz e vem desgraçar a minha vida mais uma vez. Você deveria ter me ouvido Monica, eu avisei que ele não vale nada!

- Não fale do seu pai assim!

- Ele não é meu pai! – Gritei. – Um viciado em jogo, que nos deixou na miséria! Você vive uma vida desgraçada por culpa dele! Ele nunca ligou para gente, e você sabe disso!

- Ele não tem culpa...- Sussurrou.

- Você e ele são os culpados disso tudo. Nós poderíamos ter sido uma família normal, poderíamos estar todos bem. Mas vocês não nasceram para fazer alguém feliz. Eu estou louca para conseguir tirar minha irmã disso. Ela é a única que merece toda a felicidade do mundo, e eu vou dar a ela.

- Você não vai tirar Íris de mim! Ela é minha filha!

- Desde quando você liga para suas filhas? Você é doente por aquele homem. Você só quer o meu dinheiro. Quando ele vê que você está bem novamente, ele vai voltar e tomar tudo que é seu de novo. Eu já conheço essa historia Monica.

- Você não vai me ajudar?

- Não era o meu dinheiro que era sujo? Não era esse dinheiro que você nunca quis? – Soltei com um sarcasmo ferido.

Ela fechou os olhos e negou com a cabeça.

- Eu fui uma péssima mãe, eu sei. Mas eu preciso de você agora, você tem dinheiro. Aquela mulher pode dar!

- Rafaella não tem obrigação nenhuma de me dar dinheiro, e eu nem quero isso. Eu não vou sustentar suas loucuras! Você entregava todo meu dinheiro para ele continuar nesse vicio nojento no qual nos destruiu! Não seja burra! – Gritei batendo na mesa com força.

Moni arregalou os olhos, me fitando de forma desconfiada.

- Desde quando você se tornou tão cruel Bianca? – Perguntou ofendida.

- Desde quando você me fez assim. Eu sempre fiz tudo por você, eu procurei trabalho, eu me esforcei. Eu passei por coisas que você não faz a menor idéia apenas para te ajudar. E tudo que eu recebi em troca foi o seu desprezo, suas palavras horríveis que até hoje estão marcadas em mim. Você tem idéia do quanto isso dói? Do quanto eu chorei por meses por você ter me deixado só? Você nem se importou comigo, nem teve a coragem de ver os motivos de meus atos. Apenas me esculachou como se eu fosse uma qualquer, quando na verdade eu estava lutando pela nossa família. Estava lutando para você e minha irmã não morrerem de fome! – Disse soltando toda a magoa que estava em meu coração, todas aquelas palavras saiam acompanhadas de minhas lagrimas de puro ressentimento. Eu precisava me libertar daquilo.

- Você escolheu o caminho errado, entrou pra esse lugar!

- Cala a boca! Cala essa maldita boca! – Gritei fazendo-a me encarar – Você não tem direito de falar nada! Eu nunca me deitei com alguém por dinheiro! Nunca! E mesmo que tivesse, seria uma escolha minha. Vocês dois não sabem o que é ter uma família, não sabem o que é ser amado ou amar alguém. Mas graças a Íris, as minhas amigas e a Rafaella eu sei o que é isso. Eu vou te dar dinheiro, vou porque eu não sou tão rancorosa assim, eu tenho magoas em mim, mas apesar de tudo eu sou uma pessoa melhor hoje e isso não é graças a você.

- Eu sabia que você ia me ajudar. – Seu tom de voz poderia até passar uma sensação de arrependimento, mas eu a conhecia perfeitamente bem.

- Não se acostume com isso.

Ela assentiu.

- Venha amanhã, eu vou te dar o dinheiro.

A mulher assentiu novamente e se levantou.

- Obrigada, Bianca.

Eu nada respondi, levantei de minha cadeira e tomei até a ultima gota do álcool em meu copo, para voltar a colocar novamente. Até que eu pude ouvir a porta ser fechada. Respirei fundo sentindo meu peito doer, não era possível que aquilo nunca iria parar. Eu tinha magoas muito fortes dentro de mim, mas eu a amava. Afinal de tudo, ela ainda era minha mãe. Neguei com a cabeça lentamente, quando a porta se abriu.

- Eu disse para você vir amanhã! – Exclamei irritada.

No instante que virei em direção à porta, eu pude ver que não era Monica que estava ali, e sim Amber.

- O inferno é esse lugar. – Disse de mau humor.

Amber me fitava sem falar absolutamente nada.

- O que quer aqui? Já disse que não quero você nesse lugar. – Falei firme.

Amber nem respondeu, apenas fechou a porta com um sorriso.

- Achou mesmo que eu iria sair assim? E deixar você ficar com tudo que é meu, Jennyfer? – Perguntou com ironia.

- Seu? Não tem nada seu aqui. – Retruquei.

Ela soltou uma risada quase diabólica.

- Tudo aqui é meu!

- Você ainda insiste? Provei para você que sou dona disso tudo agora.

- Não, eu não posso permitir isso. Eu lutei demais pra construir esse lugar.

A voz da mulher era calma, porém ameaçadora.

- Lutou? Amber você não fez nada! Todas as mulheres que dançaram e se prostituiram aqui dentro que construíram esse lugar!

- Obrigação delas, eu trato de negócios. – Falou rindo.

Eu não sei o que estava acontecendo. Mas a loira me parecia diferente, seus olhos eram frios e inexpressíveis. Ela carregava um sorriso sarcástico, e um ar pesado. Eu poderia me sentir mal em apenas estar no mesmo lugar que ela.

- Negócios sujos. – Cuspi as palavras.

- Pode ser! Você não me conhece, não sabe do que eu sou capaz de fazer com quem se mete comigo. – Sussurrou ao se aproximar.

- Não tente tomar isso de volta, você não vai conseguir!

- Não, eu sei bem disso. Mas não vim aqui para ter a boate de volta. Eu vim para prestar contas com você.

Ela ficou a poucos centímetros do meu corpo, me encarando profundamente.

- Do que está falando?

Ela sorriu de canto.

- Você brincou demais, está na hora desse joguinho acabar. – Falou enquanto me encarava.

- Já acabou há muito tempo! Vai embora daqui! – Gritei.

- Só acaba quando eu disser, e para sua infelicidade vai acabar hoje.

Eu franzi o cenho, e fiquei sem entender. Até que a loira tirou o objeto de dentro da bolsa, colocando em minha direção. Eu juro que naquele instante meu corpo inteiro esfriou, e meu coração explodiu em batidas frenéticas. Amber estava com uma pistola prata apontada em minha direção.

- Você não pode fazer isso. – Sussurrei em um fio de Voz.

Ela abriu um sorriso diabólico.

- Posso, claro que posso. Achou que eu ia deixar barato? Que você iria me deixar na miséria e sair impune pra viver esse romancezinho com aquela vagabunda? Você não poderia ter me traído Bianca! – Gritou furiosa.

As mãos de Amber tremiam, ela estava visivelmente nervosa a ponto de estar quase desesperada.

- Se acalme!

- Me acalmar? Você acha mesmo que vou me acalmar? Você me destruiu!

- Eu não fiz nada, foi você que me traiu. – Sussurrei.

Eu não sabia o que sentir o que pensar. A adrenalina que corria em minhas veias me fazia esquecer tudo e pensar em uma única pessoa.

Rafaella.

- Você se juntou para me derrubar! Mas eu vou mostrar para você e para a Kalimann que quem ganha nesse jogo sou eu. Como será que ela vai ficar quando ver a pobre stripper morta?

Fechei os olhos e recuei alguns passos até que a porta se abriu.

Point Of View Rafaella Kalimann

Eu ouvia a musica Primeira Vez de Clau animada no carro, quando o visor de meu celular piscou algumas vezes. Peguei o aparelho vendo a notificação. Era Bianca.

" Estou na Imperium ainda, aconteceu um imprevisto. Vou me atrasar, mas não se preocupe logo nos vemos. Te amo!

Sua Bia."

Eu sorrir no instante que li sua mensagem.

- Que sorriso idiota é esse? – Gi perguntou.

- Bianca, disse que vai se atrasar um pouco. E disse que me ama.

- Você está realmente uma boba apaixonada. – Minha melhor amiga falou rindo.

- Não venha com essa! Você está igual pela Marcela.

- Essas mulheres acabam com a gente Kalimann. Marcela até me ligou hoje, disse que vamos sair.

- Pelo menos as coisas estão se ajeitando. Todas nós vamos ter noites maravilhosas hoje! – Falei animada.

- Eu espero que sim! Quero muito sexo! - Ela disse fazendo gestos obscenos.

- Você não tem jeito mesmo. E trate de fazer tudo certo com a Marcela, lembre-se que já a perdeu uma vez.

- Relaxa, cabeção. Eu sei muito bem disso! Vou tratar ela perfeitamente bem, mas quero uma boa noite de sexo com ela. Nós nos completamos na cama, você precisa ver!

- Não, obrigada! - Falei rindo, fazendo a mesma rir também.

- Até que você viu ou escutou um pouco ontem. – Gizelly deu de ombros.

Realmente, eu havia ouvido mais do que queria na noite anterior.

- Ao contrario de você eu vou ter uma noite muito romântica com minha mulher. – Disse de forma convencida.

- Eu ainda nem acredito que você vai pedi-la em casamento! Meu Deus, você casando? Essa é inédita!

- Bicalho, eu sou uma mulher romântica.

- Só com a Bianca. – Completou.

- Porque ela é a mulher da minha vida. Eu a amo tanto sabe? Bia resgata o que tem de melhor em mim, e eu sinceramente quero ficar com ela pelo resto de minha vida. E creio que o primeiro passo para isso é pedi-la em casamento.

- Com certeza! Vocês vão formar uma linda família. – Gi disse de forma sincera.

- É o que eu mais quero.

[...]

No meio do caminho para casa deixei Titchela em um restaurante fino, onde Marcela estava a esperando e resolvi esticar até a Imperium. Bia já estava lá então não seria nada mal passar para vê-la. Estacionei meu carro em frente ao enorme prédio, saindo do veiculo devagar. Coloquei as mãos nos bolsos do sobretudo para confirmar que a pequena caixinha com o anel de noivado ainda estava ali. E realmente estava. Confesso está incrivelmente ansiosa e até nervosa para esse momento, mas tudo seria feito do jeito certo. Do jeito que Bianca merecia.

Na entrada o segurança assentiu simpático, e eu prontamente perguntei por Bianca.

- Ela está na sala principal com a Sra. Campbell.

- O que? Amber está ai? – Perguntei com uma raiva iminente.

- Sim senhora, já tem alguns minutos.

- Porque diabos você a deixou entrar? Não deixei ordens restritas que ela estava proibida aqui dentro?! – Falei furiosa entrando na boate.

O homem me encarou assustado, tentando explicar por sua falha enquanto caminhávamos apressadamente até a sala de Bianca. Mas o mesmo apenas se embolou com as palavras quando ouvimos um barulho forte vindo do andar superior.

Um disparo.

Eu corri, e subi aquelas escadarias de uma maneira quase desesperada até alcançar a porta na qual abri. E a única imagem que eu pude ver foi de Bianca caída ao chão com sua roupa sendo manchada pela vermelhidão do sangue.

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Sejam fortes! perdas estão por vir 😭

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