My (Ex) Girlfriend

By rosieghosts

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Sorte definitivamente não era algo que Park Chaeyoung possuía, era na verdade o que mais lhe faltava no momen... More

Park Chaeyoung e Problemas
Lalisa Manoban e Sentimentos
Lalisa e Chaeyoung
Reencontros e Surpresas
Pedidos e Favores
Atuações e Tensões
Declarações e Regras
Injustiças e Obrigações
Certezas e Medos
Brigas e Ressentimentos
Encerramentos e Delírios
Lembranças e Decisões
Beijos e Novos começos
Ciúmes e Arrependimentos
Dúvidas e Fingimentos
Amor e outras coisas que Roseanne não sabe lidar
Arrependimentos e Revelações
A verdade e as palavras não ditas
Casamentos e Finais
Agradecimentos e o que o futuro reserva
FANFIC NOVA

Desilusões e Descuidos

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By rosieghosts

buenos días como estão?

gostaria de dizer que terminei esse capítulo às 3 da manhã num surto e só não postei pq estava exausta e caindo de sono. mas aqui está ele fresquinho pra vocês lerem, espero que gostem, fé fml.

eu disponibilizei o link da playlist da fic no meu perfil, caso alguém queira 🙏

***

(play: if the world was ending - jp saxe feat. julia michaels)

28 de março de 2018

O sol já nascia e clareava a cidade, mas Chaeyoung e Jennie ainda estavam conversando na varanda do apartamento da mais velha. Chaeyoung reconhecia que havia bebido mais do que deveria naquela madrugada e que não seria sábio encher mais uma taça de vinho às seis da manhã de um sábado, mas ignorou tudo aquilo e despejou o líquido na taça e tomou boa parte da bebida no primeiro gole.

— Ok, essa é muito boa — Jennie falou com a voz grogue do seu lado. — Se o mundo acabasse amanhã, o que você faria hoje?

Chaeyoung olhou para a amiga e bebeu mais do vinho enquanto analisava a pergunta. Um sorriso bêbado enfeitou seu rosto enquanto ela se encostava melhor na cadeira e observava o nascer do sol.

— Pegaria o primeiro voo para Busan — ergueu o dedo indicador e engoliu a saliva antes de continuar. — Abraçaria minha família toda e ficaria algum tempo com eles, aproveitando e relembrando algumas histórias e aí iria para a universidade — riu de si mesma e fechou os olhos por um breve momento. — Aí eu iria bater na porta da Nayeon, abraçar ela, pedir desculpas por tudo e falar que eu amo ela até a morte. E depois eu ia correr pro dormitorio da Lisa — olhou para Jennie. —, imagine que nesse momento os meteoros já estão caindo na Terra e eu tenho pouco tempo pra falar com ela, então eu só ia beijar ela e falar que ela ainda é o amor da minha vida mesmo depois de tudo — suspirou pesadamente e bebeu o resto do vinho. — Aí eu poderia morrer.

Jennie ainda olhou para Chaeyoung durante bons segundos, absorvendo tudo que ouviu.

— Isso foi tão sentimental — comentou deitando a cabeça na cadeira. Seus olhos tinham certa dificuldade em focar a imagem de Chaeyoung em sua frente. — Você bêbada poderia escrever um livro bem triste — O sorriso que surgiu em seus lábios rapidamente se tornou uma risada contagiante.

Chaeyoung a acompanhou na risada, logo esquecendo a dor que seu coração sentia.

A muitos quilômetros de distância dali, Lisa sentia que o mundo estava acabando de fato. O sentimento surgiu no exato momento em que ela pôs os pés para fora do dormitório e enxergou as nuvens cinzas no céu. Fazendo uma careta, ela puxou o gorro para que cobrisse melhor suas orelhas e começou a caminhar pelo campus. Os barulhos irritantes de sua festa de aniversário ainda zumbiam em seus ouvidos, Lisa sentia a pior das dores de cabeça por não ter dormido nem por um minuto naquela noite.

Sabia que a intenção de suas amigas foi a melhor planejando aquela festa surpresa, mas ela só estava cansada demais de festas de faculdade e de todas aquelas pessoas aleatórias que só queriam uma desculpa para ficarem bêbadas. Sua participação na própria festa chegava a ser ridícula, já que ela apenas se manteve sentada num canto, segurando sua bebida e usando um chapéu de aniversário de papel na cabeça.

E como se não bastasse todo seu desânimo no próprio aniversário, Momo ainda ficou a rodeando a madrugada toda, Lisa fez o máximo para não retribuir nenhum olhar da mulher, mas ela era tão insistente que em um momento simplesmente se sentou ao lado da tailandesa e começou a falar sem parar. Lisa respondia o mínimo, sentindo que poderia morrer a qualquer momento.

Então, ali em sua caminhada, foi o primeiro momento em horas que sentiu um pouco de paz, mesmo que ainda estivesse acompanhada de todos os problemas em sua cabeça. Sentou num banco na extremidade do campus e respirou profundamente. Já tinha vinte e um anos agora. O primeiro aniversário sem ela. Lisa fechou os olhos com força e enterrou o rosto nas mãos. Já faz quase um ano, pensou sentindo o coração pesar no peito. Se perguntou se Chaeyoung havia lembrado que era seu aniversário, não que estivesse esperando um milagre onde sua ex apareceria por ali para lhe dar parabéns e reatar com ela, Lisa apenas pensava se a garota que amava ainda se importava com ela de alguma forma.

Sua mão automaticamente deslizou para seu pulso esquerdo, a pulseira amarela ainda intacta estava ali. Olhar para o acessório agora a fazia chorar, mas ela não tinha coragem de parar de usá-lo, tirar ele do pulso seria como dizer adeus mais uma vez para Chaeyoung e seu coração não aguentaria aquilo. Então a pulseira continuava ali, representando o que havia sobrado dela e Chaeyoung, um último resquício de um amor que antes era abundante e infinito.

O rosto de Lisa já estava afundado em lágrimas quando ela ouviu seu nome ser chamado.

— Lisa! Lisa! — A pessoa soava animada.

Lisa fechou os olhos reconhecendo a voz que havia a importunado por horas e horas. Limpou como pode as lágrimas.

— Lisa, Lisa!

A voz continuou reverberando em seus ouvidos, de novo e de novo. Lisa, Lisa, Lisa.

— Lisa!

Lisa deu um salto assustada com o grito de Nayeon. A mulher estava em sua frente, com as mãos na cintura e a fitando com uma careta.

— Finalmente! — Nayeon bufou se jogando na cama ao lado de Lisa. — Parecia que você estava em outro mundo.

Lisa piscou diversas vezes voltando a realidade atual. Certo, Jeju, casamento, Nayeon, Chaeyoung, plano. Seu coração foi acalmando as batidas dolorosas enquanto sua cabeça se recompunha.

— Desculpa — pediu sacudindo a cabeça. — Eu me perdi um pouco, do que você tava falando mesmo?

— Da minha briga com a Roseanne — Nayeon respondeu levando as mãos até o rosto e suspirando pesadamente.

Lisa sentiu o peso cair sobre suas costas novamente. Também suspirou e assentiu, esperando que Nayeon continuasse a contar os acontecimentos anteriores.

— Foi só muito ruim — A mais velha murmurou. — Sinto que a cada segundo eu perco ela mais um pouco. Eu falei tantas coisas idiotas, Lali, mas foi na raiva — sentou na cama e afundou o rosto nas mãos de novo. — Eu não consigo controlar, não queria ver ela chorar. Ela é tipo a coisa que eu mais me importo no mundo, mas tudo tá tão bagunçado que eu não consigo alcançar ela.

Quando as primeiras lágrimas surgiram nos olhos de Nayeon, Lisa não soube exatamente o que fazer. Ela se aproximou da amiga no colchão e afagou suas costas, mas o que sentia vontade mesmo era sair correndo do quarto e pegar um avião pro lugar mais longe o possível dali. Se sentia a pior mulher do mundo sabendo que foi o motivo que desencadeou toda a briga de Nayeon e Chaeyoung.

— Eu falei que só consigo entender o seu lado — Nayeon confessou.

— Nayeon... — Lisa espalmou a mão no rosto.

— Eu sei! — exclamou no mesmo tom angustiado de Lisa. — Só saiu, eu estava com tanta raiva que não controlei, você sabe que eu tento entender os lados de vocês duas na maior parte do tempo.

Lisa afundou o rosto nas mãos.

— Ela vai pensar que você não acredita nela.

— Ela já pensa isso — Nayeon afirmou se sentindo horrível. — Eu não sei como fazer ela sentir que eu acredito nela agora, é claro que eu acredito no que ela falou ver, mas eu também acredito quando você fala que não lembra da maior parte daquela noite e que pensa não ter feito nada. Porra, vocês duas são minhas amigas, não posso deixar nenhuma das duas.

Lisa fitou o chão sentindo uma tristeza extrema.

— Acho que no seu lugar eu só acreditaria na Roseanne e me deixaria.

Nayeon riu achando que Lisa estava brincando.

— Eu nunca conseguiria te deixar, por favor — O riso ainda estava em sua voz.

Quando Lisa levantou o rosto, o riso de Nayeon sumiu. As lágrimas brilhando nos olhos da tailandesa pararam o mundo por um segundo.

— Mas e se ela estiver certa? — perguntou com a voz quebrada e cheia de dúvidas. — E se eu realmente bebi tanto a ponto de fazer uma coisa que eu abomino?

— Lali, você nunca...

— Ela foi embora por causa disso, Nayeon — cortou em tom sério. — O que ela viu foi motivo o suficiente para ela abandonar a vida dela em Busan. Eu passei esses anos tentando me convencer de que eu nunca seria capaz de trair ela, tentando de tudo pra lembrar dessa noite desgraçada, mas eu não tenho nenhuma lembrança, nada. A única pista que tenho do que aconteceu é o que a Rosie fala, mas ela também estava bêbada, e aí? Eu acredito no que ela fala ou continuo tentando me convencer de que nada aconteceu? É um loop eterno disso na minha cabeça e eu nunca chego numa conclusão.

Lisa deitou no colchão e soltou um suspiro pesado, Nayeon deitou ao seu lado.

— Não é frustrante pensar que a Momo provavelmente é a única que pode dizer o que aconteceu de verdade? — Nayeon indagou.

Lisa fez uma careta.

— Ela disse que não lembra também.

Nayeon arqueou as sobrancelhas.

— E você acredita nela?

Lisa cobriu o rosto com as mãos.

— Claro que não, mas ela nunca vai falar a verdade se eu perguntar de novo.

(...)

— Então essa Anisha — Mina falou e fez uma pausa para beber seu suco. — Ela é tipo sua namoradinha de verão?

Lisa riu por trás do celular, ainda olhava para a foto de Anisha que tinha mostrado a Mina e Nayeon.

— Ela é uma amiga.

Foi a vez de Mina dar risada.

— Eu não transo com nenhum dos meus amigos.

Lisa revirou os olhos e guardou o celular.

— Tá bom, é diferente. Ela está me ajudando muito com toda essa situação, ela me escuta e tira meu estresse, é ótimo.

— E é muito bonita — Nayeon comentou.

Lisa concordou com a cabeça sorrindo, seu olhar cruzou com o de Mina e de repente ela se sentiu intimidada com os olhos decifradores da mulher.

— Pare de tentar me analisar, isso assusta demais — reclamou cruzando os braços e se ajeitando na cadeira.

— Não estou analisando — Mina se defendeu e pegou uma batata frita da mesa. — Só estava pensando como você tá conseguindo dormir com outra pessoa quando a Chaeyoung está por perto.

— Dormi com a Anisha uma noite antes da Roseanne chegar — argumentou. — E ela nem se importa comigo, dormir com outra pessoa não é uma coisa que pesa minha consciência.

— De verdade? — indagou levantando as sobrancelhas. — Você ama a Chaeyoung.

Lisa bufou.

— Claro que eu amo ela, mas nós não estamos mais juntas e ela me odeia agora, então se uma outra mulher linda me quer eu não vou recusar.

— Não dá pra negar que é uma evolução — Mina deu de ombros. — Só espero que você saiba administrar tudo isso.

Lisa sorriu olhando diretamente no fundo dos olhos de Mina.

— Estou caindo em pedaços lentamente e não faço a mínima ideia de como lidar com a presença da Roseanne de novo, mas tirando isso tenho tudo sob controle.

Levantou seu copo no ar, como se estivesse brindando, e bebeu o líquido soltando um som de satisfação depois.

— Esse plano também não ajuda em nada — Nayeon disse.

Lisa suspirou apoiando o queixo numa das mãos.

— Acho que se o plano não existisse tudo estaria ainda pior, a Chaeyoung provavelmente nem iria olhar na minha cara e eu me sentiria muito pior.

— Tem certeza disso? Quero dizer, se ela só te ignorasse você poderia levar isso como um sinal para só encerrar tudo sobre vocês e finalmente seguir em frente.

Lisa fitou Mina por alguns segundos.

— Eu acho que nunca vou seguir em frente cem por cento, uma parte de mim sempre vai carregar a Chaeyoung.

Como se fosse possível, após falar aquilo Lisa sentiu uma onda de tristeza mais forte do que a acumulação de todos os dias que havia passado na ilha na companhia de Chaeyoung. Estabelecer o fato de que Chaeyoung sempre estaria com ela de qualquer forma quase matou Lisa. Até aquele momento a garota não tinha percebido que pelo resto de sua vida seu coração continuaria pertencendo apenas a uma pessoa e por consequência ela nunca mais conseguiria viver um amor onde poderia se doar por inteiro, pois metade de seu peito sempre ficaria presa a algo que não existia mais.

(...)

— Finalmente te achei!

Roseanne levantou o olhar de sua câmera quando ouviu a voz de Jennie.

— Oi.

— Te liguei um monte de vezes — sacudiu o celular.

Roseanne fez uma careta tirando seu celular do bolso e checando.

— Está no silencioso, foi mal.

Jennie suspirou e a fitou com carinho. O vento balançava as duas únicas mechas soltas do cabelo preso de Roseanne, ela as colocou atrás das orelhas, incomodada. A paisagem atrás dela combinava perfeitamente com a expressão triste em seu rosto, muito atrás de seu corpo as ondas na praia tinham um tom azul escuro e algumas nuvens distantes estavam cinzentas alertando sobre a chuva prevista para o fim da tarde.

— Como você está? — Jennie perguntou se aproximando.

Roseanne tentou engolir o choro, mas falhou miseravelmente. Logo os braços de Jennie a acolheram e ela pode chorar sem vergonha.

— Ô, meu amor, tá tudo bem — Jennie murmurou acariciando os cabelos de Roseanne.

— Eu queria que estivesse.

Jennie fechou os olhos sentindo seu peito apertar, abraçou Roseanne mais forte. Demorou certo tempo para que Roseanne estivesse recuperada o suficiente para conseguir falar, Jennie foi paciente o tempo e limpou as lágrimas da amiga enquanto ela contava sobre a briga com Nayeon.

— E agora eu perdi ela também — engoliu com dificuldade. Mais lágrimas caíram. — Eu já tinha perdido a Lisa e agora a Nayeon também se foi. Eu não aguento mais perder as pessoas que eu amo, Jennie.

Jennie apertou a mão de Roseanne e suspirou se odiando por não poder tirar toda a dor que ela sentia.

— Você não perdeu elas.

Roseanne negou com a cabeça.

— Eu perdi, Jennie. Perdi Lisa faz tempo, mas eu pensei que poderia ter a Nayeon para sempre. Acho que perdi ela quando fui embora de Busan e só percebi agora, nós nunca mais fomos as mesmas depois disso.

Jennie ficou em silêncio durante algum tempo, apenas acariciava as costas de Roseanne tentando transmitir alguma paz enquanto se perguntava o que poderia dizer para confortar a amiga por enquanto.

— Eu odeio ver vocês duas assim — murmurou colocando a mecha de cabelo de Roseanne atrás da orelha quando ela escapou de novo. — Por favor tente falar com ela quando tudo se acalmar, não dá pra ficar assim, vocês se amam.

— Não sei se a gente vai conseguir manter uma conversa sem brigar agora — confessou com um semblante triste. — É só que… — esfregou as mãos no rosto suspirando. — Eu pensei que ela queria conversar sobre a gente, mas ela só falou da Lisa. Quando foi que a nossa amizade ficou centrada na Lisa? Ela só jogou fora tudo que a gente viveu junto para proteger a Lisa, isso me machuca tanto.

Uma outra crise de choro atingiu Roseanne. Dessa vez foi um pouco mais demorado para ela se recuperar, Jennie a abraçou e olhou ao redor para ver se não tinha ninguém as observando, pois sabia como Roseanne odiava ficar vulnerável na frente dos outros.

— Olha, eu sei que tudo isso está atingindo você de um jeito muito forte agora, ver Lisa depois de tanto tempo deve ter sido algo muito difícil, e isso com a Nayeon é pior ainda, então apenas leve seu tempo e quando você estiver pronta enfrente as duas.

— Só a Nayeon — murmurou com a voz fraca. — Só vou enfrentar a Nayeon.

Jennie suspirou e concordou com a cabeça, não querendo contrariar Roseanne agora que ela parecia melhor.

— Está bem — afagou o braço da amiga. — Tá melhor?

— Um pouco — Roseanne fechou os olhos e soltou o ar pela boca. Quando os abriu de novo avistou de longe seu terceiro pior problema. — Me diz que ele não tá vindo pra cá.

Jennie se virou e não segurou a risada fraca ao ver Jaehyun do lado de fora de uma tenda branca olhando para elas.

— Acho que não, ele só está exibindo pra você a tenda idiota que ele trouxe — revirou os olhos.

— Será que ele me viu chorando? Qualquer coisa fora do comum pode fazer ele desconfiar e o plano acaba.

— Relaxa, nesse ponto ele já aceitou que você está com outra pessoa — Jennie murmurou apertando os ombros de Roseanne.

— Nem você acredita nisso — reclamou.

Jennie riu alto.

— Tá certo, desculpa. Preciso tirar umas fotos agora, quer vir?

Roseanne suspirou e negou com a cabeça.

— Não posso, tenho que gravar os familiares dando alguns depoimentos sobre os noivos — Toda sua expressão corporal mostrava desânimo. — Seulgi e Chaeyoung vão me ajudar.

— Chaeyoung? Ela não tá de férias?

Roseanne riu.

— Ela está se sentindo culpada por eu estar trabalhando e ela não, nada faz ela parar de ajudar.

— Ela é um amor. Eu vou agora, se você precisar de qualquer coisa me liga, okay? — segurou o rosto de Roseanne com as duas mãos e então mordeu de leve uma de suas bochechas. — Ah e se Jaehyun vier te incomodar, bate nele com o tripé — sugeriu com um grande sorriso no rosto. — Te amo — fez um coração com as mãos e mandou um beijo no ar já se afastando.

— Também te amo — Roseanne murmurou em meio a uma risada.

Se sentia a mulher mais sortuda do mundo por ter Jennie como sua melhor amiga.

(...)

Já era quase a hora do pôr do sol quando Roseanne terminou com os depoimentos, Seulgi e Chaeyoung a ajudaram a recolher os equipamentos e já tinham ido até o hotel para guardá-los. Sozinha ela observava a paisagem enquanto fumava, fazer aquilo ajudava a deixar sua mente quieta e calma por algum tempo.

— Sabe, Van Gogh só amou o amarelo porque não conheceu o preto dos seus pulmões.

Roseanne sorriu virando o corpo e encontrando Mina não muito longe dela.

— Não finja que não se sente atraída por mim quando estou fumando — brincou em um tom de voz sedutor.

Mina riu.

— Você é de fato minha fumante preferida — concordou com a cabeça enquanto se aproximava. — Como você está?

Chaeyoung desviou o olhar para as pessoas mais longe delas, muitas circulavam por ali ou apenas estavam sentadas nos bancos conversando.

— Melhor do que antes — deu de ombros. — Não quero falar sobre a Nayeon — falou antes que Mina pudesse começar.

Mina levou as mãos em frente ao corpo. Chaeyoung voltou a pôr o cigarro na boca.

— Tudo bem, a gente não precisa falar sobre ela.

Chaeyoung soltou a fumaça pela boca, em meio a pequena neblina em frente ao seu rosto ela avistou Lisa de longe. Ela estava sentada num dos bancos acompanhada, era a mesma mulher que Chaeyoung havia visto após o almoço no restaurante no outro dia.

— Quem é aquela?

Uma cinza caiu do cigarro quando ela apontou com a mão para Lisa e a garota. Mina acompanhou o olhar de Chaeyoung, levantou as sobrancelhas e tentou segurar a risada quando percebeu a presença de Anisha.

— Anisha.

A risada ainda estava em sua voz, mas então seu olhar caiu sobre o rosto de Chaeyoung e o riso emudeceu quando percebeu a situação. Chaeyoung tinha uma expressão séria e o olhar cravado em Lisa, voltou a colocar o cigarro na boca e tragou mais uma vez antes de falar:

— Elas parecem bem próximas — comentou com a voz mortalmente séria.

Mina abriu a boca para responder, mas nada saiu. Não queria comentar sobre as duas e acabar machucando Chaeyoung de algum jeito. Reprimiu os lábios e cruzou os braços. Se perguntava desesperadamente se deveria contar qual era o tipo de proximidade que elas tinham, mas Lisa a poupou do trabalho quando beijou Anisha.

— Ai, Lisa... — Mina murmurou em agonia, cobrindo o rosto.

Chaeyoung ficou em silêncio durante muito tempo, Mina a olhava com medo enquanto tentava reunir coragem para segurar a amiga caso ela quisesse ir tirar satisfação, mas Chaeyoung não se mexeu nem fez nada. Lentamente ela acabou com o cigarro e suspirou se virando para o outro lado.

— Se eu te perguntar uma coisa você jura responder sinceramente? — Chaeyoung indagou. 

— Depende.

Chaeyoung molhou os lábios com a língua e suspirou antes de perguntar:

— Quantas ela teve depois que eu fui embora? Além da Momo, é claro.

Mina colocou as mãos na cintura.

— É, eu não sou a pessoa pra quem você deve perguntar isso.

Chaeyoung revirou os olhos.

— Esquece.

— Chaeyoung, por favor, a Lisa está bem aqui — estendeu as duas mãos na direção de Lisa. — Por que você só não pergunta pra ela? Vocês duas deveriam estar aproveitando isso tudo pra conversarem e deixarem as coisas claras.

— Claro, vou pedir pelos detalhes para saber exatamente como ela me traiu — murmurou sarcástica.

— E por que não? Pelo menos você conseguiria deixar a dúvida e o resto de tudo isso para trás de vez.

Roseanne fez uma careta.

— Eu não tenho dúvida nenhuma e tinha deixado tudo pra trás — Suas mãos nervosas procuraram pela caixa de cigarro de novo. — Mas ver ela bagunçou tudo, porque é isso que a Lalisa faz, ela fode com tudo na minha vida.

Foi a vez de Mina ficar em silêncio. A quietude se prolongou até que Chaeyoung terminasse seu segundo cigarro.

— Eu só quero saber se demorou muito para ela sair por aí exibindo a Momo como a nova idiota apaixonada dela.

Mina fez uma careta breve.

— Não acho que a Momo seja capaz de se apaixonar por alguém de verdade.

— Isso não responde minha pergunta.

Mina olhou para ela com calma.

— A Lisa não teve nada com a Momo depois que você foi embora, nem com ninguém por muito tempo para falar a verdade.

Chaeyoung suspirou e tomou coragem para voltar à posição onde podia ver Lisa. Apertou o parapeito atrás de si vendo o modo como Anisha sorria ouvindo Lisa falar.

— Eu não acredito.

— Bem, então não posso fazer nada por você. Eu não aguento mais ver vocês duas sofrendo por isso e não decidindo o que querem.

— Ei, eu não estou sofrendo! — exclamou quase ofendida.

Mina soltou um riso nasal.

— É, só está em negação — debochou e então espalmou as mãos nos ombros de Chaeyoung. — Olha, Chaeng, alguma hora a curiosidade vai te vencer e você vai acabar perguntando tudo que quer para a Lisa.

Chaeyoung sorriu convencida e negou com a cabeça.

— Eu estou ótima.

Manteve o tom de voz normal, mesmo que a caixa de cigarro estivesse amassada em sua mão por toda a força que aplicou, ainda via Lisa e a outra garota pelo canto do olho.

(...)

Depois de se despedir de Mina para subir até seu quarto e tomar banho, Chaeyoung se arrumou de uma forma rápida e desceu novamente. No meio do caminho percebeu o cadarço de seu tênis desamarrado, então se abaixou para arrumar, foi quando sem querer parou exatamente do lado da tenda que Jaehyun tinha instalado. Não tinha percebido aquilo até ouvir a voz do homem vindo de lá.

— Eu estou te falando, Chan — Jaehyun soava irritado. — Isso tudo é ridículo e eu sou obrigado a aguentar e simplesmente engolir quieto.

Roseanne olhou para o lado assustada, mas se aliviou ao ver que Jaehyun havia abaixado o fechamento lateral da tenda.

— Talvez seja melhor você só aceitar a realidade, cara.

Roseanne franziu o cenho e se levantou com calma, se aproximando silenciosamente da tenda.

— Antes de você vir com esse discurso só me escuta. Ela nunca tinha mencionado essa Lisa para nenhum de nós, a garota surgiu do nada! Como alguém consegue esconder um relacionamento desse jeito?

— A Chaeyoung só gosta de privacidade, qual o problema?

— O problema é que as duas parecem de tudo menos um casal, não vi até agora elas darem um beijo, tudo que fazem é ficarem abraçadas e de mão dadas por aí.

— De novo, elas gostam de privacidade, não vão ficar se beijando em público.

— Não é isso não, tem alguma coisa errada ali. Sabe, se a Lisa fosse um cara eu só aceitaria o meu fracasso.

Roseanne sentiu seu peito queimar em ódio, aplicava tanta força em seus punhos cerrados que podiam sentir as unhas cravadas nas palmas das mãos.

— Às vezes você perde a chance de só ficar quieto.

Chan murmurou com a voz abafada, Roseanne deduziu que ele havia tapado o rosto com as mãos. Teve que segurar a vontade de entrar naquela tenda e discutir com Jaehyun. Estava quase estragando tudo que havia construído até ali, quando Seulgi salvou o dia. O celular de Chaeyoung vibrou no momento que ela deu um passo em direção a tenda, era uma mensagem no grupo que Seulgi havia criado mais cedo com ela, Jennie e Jaehyun.

Seulgi 🐻

podem descer para o salão
o ensaio da cerimônia vai começar daqui alguns minutos

Roseanne engoliu toda a raiva que sentia e se virou para o lado oposto de onde ia, com a intenção de não cruzar com Jaehyun no caminho. Pisava forte e tinha uma carranca no rosto quando estava perto do salão, na porta do lugar enxergou Lisa acompanhada de Jisoo e Nayeon, deixou de lado a sensação ruim que sentiu ao ver Nayeon ali, pois num ponto mais longe das meninas viu Jaehyun e Chan chegando também.

Ignorou a parte racional da ideia que teve em seguida. Diminuiu o passo, esperando que os dois homens se aproximassem mais um pouco e então caminhou na mesma velocidade que eles. Jisoo foi a primeira que a viu, sorriu levantando a mão a cumprimentando de longe. Chaeyoung colocou seu melhor sorriso no rosto e checou para ver se Jaehyun olhava.

— Oi, gente — falou mais alto do que o normal. Olhou para Jisoo, pulou Nayeon e então sorriu para Lisa. — Oi, meu amor.

Seu coração pulou nervoso quando ela se inclinou rapidamente e segurou o rosto de Lisa com uma mão para beijá-la. Foi apenas um selar de lábios demorado, mas o suficiente para Jaehyun presenciar e o coração de Lisa quase parar de bater. Quando Chaeyoung se afastou, Lisa a fitava assustada e confusa, mas seu peito vibrava e ela quase flutuava.

Chaeyoung ficou presa nas íris castanhas a olhando daquele jeito, tentou avisar pelo olhar que aquilo tinha feito parte do plano, mas a energia que Lisa emanava interferiu em sua mensagem.

Jisoo virou a cabeça bruscamente para todos os lados tentando procurar por algum motivo pro beijo inesperado, e encontrou. Jaehyun estava parado a alguns metros e olhava para toda a cena com uma expressão desolada, do seu lado Chan cobria a boca, provavelmente rindo. Jisoo cutucou Nayeon, que ainda olhava para Chaeyoung e Lisa com uma expressão de puro choque, e mostrou discreta os dois homens.

— Como você está, Chaeng? — Jisoo perguntou, soltou um riso nervoso sem querer.

Chaeyoung finalmente quebrou o contato visual intenso de Lisa, botou o sorriso falso no rosto e abraçou o corpo da ex-namorada de lado.

— Muito bem — anunciou em voz alta novamente, por mais que nem tenha olhado para ver se Jaehyun continuava ali ou não.

Lisa se mexeu nos braços de Chaeyoung, virou a cabeça para olhar na mesma direção que Nayeon olhava e então finalmente entendeu tudo. Ao ver Jaehyun parado ali, não soube dizer se sentiu alívio ou uma tristeza extrema. Seus lábios ainda formigavam pelo beijo e seu coração não dava indícios de que iria se acalmar rápido.

Jaehyun sacudiu a cabeça e voltou a caminhar quando viu o olhar de Lisa sobre ele. Chegou perto do grupo bem a tempo de Seulgi aparecer na porta e salvar todo mundo de ter que ouvir seja lá o que o garoto diria.

Antes de entrarem no salão, Lisa agarrou a mão de Chaeyoung, sabendo muito bem que mais da metade de sua família já estava ali. Seu coração ainda palpitava no peito e sua cabeça estava um caos, sentia tantas coisas que mal podia dizer se o sentimento que predominava era amor, tristeza ou indignação, mas o que sabia era que ainda sentia os lábios de Chaeyoung e mataria para tê-los nos seus novamente.

(...)

Enquanto trabalhava Chaeyoung se sentia sufocada pelos olhares que recebia, Chan tinha um ar de riso toda vez que seus olhos se encontravam, Jisoo a olhava com certa reprovação, Jaehyun parecia ferido
e toda vez que Lisa a olhava ela transmitia algo diferente.

Ela só queria que o ensaio acabasse logo para que pudesse sumir em seu quarto. Aquele dia havia acabado com ela, se sentia exausta e sem paciência para mais nada que exigisse muita energia, então quando foram liberados ela tratou de recolher suas coisas e sair do salão o mais rápido que pode.

Acendeu outro cigarro no caminho alternativo que fazia até o hotel, era um caminho mais longo, mas Roseanne não ligava pois significava que tinha menos chances de esbarrar com qualquer conhecido. Era o que pensava, até ouvir os passos pesados e a voz de Lisa.

— Ei, Roseanne!

Roseanne parou de caminhar e fechou os olhos com força. Aquilo era tudo que ela menos precisava no momento.

— Você me seguiu?

Se virou e encontrou Lisa a alguns passos dela.

— É claro, você saiu feito um furacão de lá.

Roseanne suspirou cansada.

— O que você quer? — perguntou para logo colocar o cigarro na boca.

Lisa acompanhou seu movimento com os olhos e pareceu surpresa.

— Você fuma agora? — perguntou em choque.

Roseanne franziu o cenho e deu de ombros.

— Sim, por que o choque?

Lisa cruzou os braços e inconscientemente se afastou um pouco.

— Sei lá, nunca pensei que você fosse o tipo de pessoa que fuma.

Roseanne soltou a fumaça pelo nariz.

— Bom, eu nunca pensei que você fosse o tipo de pessoa que trai, mas estamos aqui não é — sorriu sarcástica.

Lisa apenas desviou o olhar de Roseanne e não disse nada. Roseanne levantou as sobrancelhas observando a garota, Lisa tinha um semblante triste. Cada dia a atuação fica melhor, pensou tragando mais uma vez.

(play: consequences - camila cabello)

— Você não pode fazer aquele tipo de coisa sem me avisar antes — Lisa falou ainda sem encarar Roseanne.

— Por que não? Faz parte do plano.

Lisa a olhou indignada.

— Não faz não, a gente nunca combinou isso, você mesmo criou um monte de regras sobre contato físico desnecessário.

Roseanne desviou o olhar e bufou, irritada por Lisa estar certa.

— Mudei de ideia, isso é permitido?

Lisa fechou os olhos e colocou as mãos na cabeça, tentava respirar calmamente para não acabar causando uma discussão maior.

— Você pelo menos poderia ter me avisado um pouco antes para eu me preparar.

Roseanne jogou o cigarro no chão e pisou em cima.

— Não deu tempo.

Então começou a contar tudo que ouviu Jaehyun falar. Lisa ouviu tudo quieta e no final, quando Roseanne esperava alguma compreensão, ela só parecia mais indignada.

— Você não parou pra pensar que me beijar logo depois de ouvir ele falar isso pode fazer ele desconfiar ainda mais?

Roseanne franziu o cenho.

— Não? Ele não me viu.

— Tá, mas não é super conveniente ele ver a gente se beijar logo depois dele reclamar disso? Se o garoto for esperto vai perceber que tem algo de errado.

Roseanne cruzou os braços e revirou os olhos.

— Você está certa — admitiu a contragosto. — Da próxima vez eu te aviso.

Lisa pode jurar que seu coração parou de bater por um segundo. Sentiu o nervosismo a destruir por dentro quando olhou para Roseanne e percebeu que ela falava sério.

— Não — Sua voz saiu esganiçada. — Não sei se consigo fazer essa parte.

— O que? Por que não?

— Não dá — negou com a cabeça evitando olhar para Roseanne.

— Lisa, não é nada demais.

— Claro que é, como você conseguiria fazer isso?

Roseanne deu de ombros.

— A gente já se beijou milhares de vezes, qual o problema?

— Tem muitos problemas!

— Esse plano também tem, mas ele tá dando certo por enquanto.

Lisa colocou as mãos na cintura e negou novamente. Nesse ponto seu coração quase saía pela boca.

— Isso eu não posso fazer, Roseanne — Manteve o tom de voz sério.

Roseanne estava irritada.

— Pare de se fazer, você não tem problema nenhum em beijar alguém em público, hoje mesmo estava se agarrando com uma garota qualquer por aí.

Lisa prendeu a respiração e sentiu seu rosto ficar vermelho.

— Você viu? — perguntou nervosa, coçando a lateral do pescoço.

— Claro que sim, todo mundo que estava lá viu.

— Ah não — murmurou sentindo um começo de ansiedade. — Droga, eu sei que isso pode ter estragado o plano, mas nenhum dos seus amigos parecia estranho com a gente, bem só o Jaehyun, mas ele sempre é estranho…

— É, isso pode ter estragado o plano! — Roseanne a cortou.

Lisa olhou para ela e ficou surpresa ao encontrar Roseanne de cenho franzido e com o olhar perdido, como se só tivesse se lembrado do plano naquele momento.

— Você beijou outra garota em público, se alguém tivesse visto, isso tudo iria pelos ares.

Lisa ficou confusa.

— É, eu sei, me desculpa foi um descuido.

Roseanne agora parecia brava de verdade.

— Então qual a sua desculpa? Você pode beijar outra garota por aí e acabar com tudo, mas não pode me beijar de vez em quando pro bem desse plano?

— É diferente, e eu vou tomar mais cuidado com a Anisha agora, não se preocupe.

— Que diferença tem?

— Tem uma diferença gigantesca, Roseanne.

O nervosismo de Lisa foi gradualmente sendo substituído por raiva. O jeito que Roseanne agia a tirava do sério.

— Qual?

— Eu amo você porra! Ficar te beijando por aí iria me destruir.

O silêncio predominou. Lisa tinha os olhos arregalados, chocada com a facilidade que aquilo escapou. Roseanne a olhava como se tivesse sido abatida, nada saía de sua boca e nenhum músculo mexia. O silêncio perdurou por mais longos segundos, Lisa sentia as mãos suando e não fazia ideia do que dizer ou fazer.

— Você não me ama, Lisa — Roseanne cortou o silêncio. Sua voz soava tão séria que assombrou Lisa. — Nem começa com isso.

Lisa engoliu seco percebendo que já tinha começado com aquilo e não conseguiria voltar atrás. Tomou ar antes de falar de novo:

— Eu amo você — respirou fundo olhando para Roseanne. — Eu nunca parei de amar você.

— Para com isso! — Roseanne explodiu. — Você tem noção do que tá falando?

— Claro que tenho!

— Não tem não, você só quer foder com tudo isso de novo — Roseanne avançou na direção de Lisa apontando o dedo para ela. — Como você tem coragem de falar uma coisa dessas?

Lisa sentiu o coração doer.

— Porque é verdade, Rosie — falou com a voz já falhando.

Sentia o choro vindo e sabia que não conseguiria segurar.

— Para de mentir, eu não sei o que você quer ganhar com isso, mas não vai conseguir.

Lisa jurou que a voz de Roseanne embargou no final, mas não pode ter certeza porque no outro segundo ela já estava se afastando.

— Eu… — Lisa até começou mas a voz de Roseanne a cortou de novo.

— Chega por favor, eu não quero mais ouvir nada de você hoje.

Lisa não tentou de novo, apenas chorou em silêncio e observou Roseanne caminhar para longe.

O caminho até o hotel foi automático, quando Roseanne percebeu, ela já havia trancado a porta de seu quarto. Caminhou até a cama pelo cômodo escuro e nem se deu o trabalho de trocar de roupa antes de deitar. A voz de Lisa falando que a amava estava impregnada em sua cabeça quando ela se encolheu na cama e, pela primeira vez em muito tempo, se permitiu chorar por aquilo.

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