IM(PERCEPTÍVEL) | ✓

By angelsfloyd

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Phoebe Reed carregava em seu peito um único sentimento: ódio. Ela não suportava ver alguém sendo feliz, porqu... More

Im(perceptível)
Book trailer
Epígrafe
Prólogo
01| Inferno particular
02| Sensações
03| Perigo
04| Evitar é a melhor opção no momento
05| Eu a quero
06| Perdida
07| Um dia quase péssimo
08| Sonho realizado
09| Nada mais faz sentido
10| Dúvidas
11| Sentimentos estranhos
12| Questionamentos
13| Algo mudou
O PRIMEIRO INOCENTE
14| Proteção
16| Se sentir amada é bom
17| Para amar e cuidar
O SEGUNDO INOCENTE
18| Insegurança
19| Eu não deveria ter confiado
20| Ela estava apenas me usando
21| Não pode ser
O TERCEIRO INOCENTE
22| Dor
23| Por que eu não consigo aceitar o óbvio?
24| Corra
25| Nunca mais ele me tocará
26| Loucura
27| Imperceptíveis
28| Eu não sou mais sozinha
29| Tudo desmoronou
30| Sem rumo
31| Imaginação
32| Desculpa
33| Eu te amo
34| Uma experiência nova
Epílogo
Notas finais
SPIN-OFF

15| Medo

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By angelsfloyd

Tudo estava tão incrivelmente bom que eu realmente estava estranhando. Eu nunca fiquei muito tempo sendo feliz na minha infância e adolescência, talvez por isso, sorrir e se sentir bem não estava dentro da minha rotina, mas ultimamente isso vem acontecendo com muita frequência. E era absurdamente bom. O culpado por isso tinha nome, sobrenome e uns beijos maravilhosos.

Levanto meus olhos até o espelho do banheiro olhando para a imagem que a muito tempo não me agradava. Pensar que ele me fez querer ser mulher, sexy e não se sentir vulgar me faz sorrir de novo. Minha psicóloga disse que tinha pessoas que entrava na sua vida para mudar tudo, e principalmente, para te ajudar. Acho que Axel Coleman foi essa pessoa. Ele me faz querer sorrir o tempo inteiro. Assim como também me faz ter vergonha quando me diz coisas bobas, como por exemplo, como estou linda. Seus elogios me fazem me sentir única. E isso é assustador. Porque as inseguranças vem junto com todas esses sentimentos bons.

E se ele enjoar de mim?

E se ele cansar de esperar pelo sexo?

E se… Sempre surge essas dúvidas.

Eu sinto, do fundo do meu coração que ele realmente conseguiu derrubar todas as barreiras de proteção que eu coloquei ao redor de mim mesma.

Eu sinto quando vejo ele sorrir e meu peito se aquece.

Eu sinto quando ele me toca e eu me arrepio.

Eu sinto quando ele me beija e eu derreto.

E eu tenho medo disso. Eu tenho medo porque ele pode me quebrar de novo, e eu sinceramente, não sei se seria capaz de me reconstruir. Por isso não consigo dizer as palavras, nem contar porque não consigo dar o último passo na nossa relação. E eu sei que ele tem necessidades, mas mesmo assim, eu não consigo. É como se as lembranças se tornassem reais quando o contato maior entre nossas peles acontece.

As vezes eu acho que vou conseguir me desligar de tudo e me concentrar apenas em nós, mas eu recuo, porque não sei se ele vai entender se eu não conseguir ir até o fim. Assim como também tem momentos que eu apenas quero que ele me faça esquecer. As vezes eu sinto que ele pode fazer isso, apenas seus olhos me dizem isso, mas ainda assim, há um pouco de medo.

Balanço minha cabeça, me forçando a não pensar mais nisso, afinal, tenho coisas mais importantes a fazer, como por exemplo, prender uma psicopata. E ao pensar nisso, fico em êxtase ao perceber que finalmente estou mais perto que antes de descobrir quem pôs um fim na vida de Max Thompson.

Me afasto do espelho pronta para sair, mas um objeto em cima do vaso sanitário me deixa intrigada. Pego nele, olhando de mais perto, aparenta ser uma bisnaga de tinta azul. Leio a embalagem, e não gosto nem um pouco do que diz. Na verdade, sinto minhas mãos gelarem, e meu corpo ficar travado com o que tem escrito ali.

Tinta para desenhos corporais.

O que porra significa isso? —  penso, a jogando no saco de lixo.

Minha respiração fica um pouco mais acelerada e eu não consigo controlar. Me encosto na pia, ainda olhando o objeto que acabei de jogar.

Como uma tinta para tatuagem veio parar dentro da minha casa? Para começar, eu odeio tatuagens, e tenho certeza absoluta que não foi eu que trouxe isso para cá.

Fico olhando para o chão tentando achar alguma lógica sobre isso, mas nenhuma vem, porque nada disso faz sentido.

Sou tirada dos meus pensamentos pelo toque de meu celular, vindo um pouco distante. Me retiro do banheiro, pegando o aparelho em cima da minha cama e o atendendo.

— Pode falar… — falo, um pouco área ainda.

Escuto a respiração pesada do outro lado, como se ele tivesse procurando as palavras certas para dizer algo.

—  Tá tudo bem Axel? —  insisto, tentando entender.

—  Temos mais uma vítima Phoebe… — diz, bem baixo, parecendo cansado.

Afasto o celular do meu ouvido, com uma vontade absurda de gritar, mas algo me impede.

—  Manda o endereço da cena do crime, estou indo diretamente para ir!

—  Tem mais uma coisa que você precisa saber… A vitima é conhecida

Suas últimas palavras me deixam em alerta, porque nenhum até agora tinha sido.

— Quem foi?

— O policial White… — sussurra.

Já eu, não sei exatamente o que pensar… White é o policial da discussão no bar e essa morte não é nada boa, mesmo ele tendo sido morto pelo nosso assassino, isso ainda significa que tem algo de muito errado acontecendo ao meu redor. Algo que está ligado a mim.

(...)

Quando desço do carro, vejo que há muito mais viaturas do que o normal, afinal, foi um colega de trabalho nosso que se foi.

Vejo axel conversando em seu telefone do outro lado da rua, ele parece estar um pouco exaltado, mas não me aproximo, vou direto para dentro do mesmo bar em que viemos naquela noite.

Tem alguma coisa que está ligando esses crimes agora, não parece ser mais sobre os atos nobres dela de matar e salvar crianças, parece ser algo pessoal, e eu sinceramente, tenho medo de descobrir que ela possa me conhecer e essas pessoas estão sendo mortas por minha causa.

Assim que vejo o corpo, estirado no chão, paraliso, isso não pode ser real. Não tem como.

Dessa vez, ela mudou sua tática, de novo.

Há alguns cortes em seu rosto e em seus braços e mãos. 

Me aproximo de um dos legistas, pedindo o relatório.

— Não houve embate corporal novamente, não tenho muita certeza ainda, mas aparentemente a morte foi ocasionada por algum tipo de droga pesada porque os cortes são superficiais demais… Ela deixou isso aqui escrito, mas não sei exatamente o que significa, está em outra língua.  —  ele conclui me entregando, um papel de guardanapo com uma frase escrita em mandarim. E eu juro por tudo, que não queria entender o que estava escrito ali, mas eu entendi.

“Nem sempre o que você mostra, é de fato o que você é”

—  Você entendeu? — ele me pergunta, ainda olhando para mim.

— Sim… Eu aprendi um pouco de mandarim no colégio…

Ele ia dizer algo, mas Axel se aproxima, me fazendo me virar na direção dele. 

—  O que você acha que rolou aqui? —  olho em seus olhos escuros, sentindo que há algo de errado com ele. Talvez a ligação tenha o afetado de alguma forma.

—  Não sei… Quem sabe ele descobriu quem ela é e a ameaçou… São infinitas possibilidades, ainda mais para um enigma como o nosso assassino.

—  Não tem digital, ninguém no bar viu nada e as câmeras aos arredores parecem terem sido desligadas, como sempre. As vezes me parece que ela é profissional demais… Você não acha? Não deixa erros, só avisos, como se ela quisesse afetar alguém.

Sua conclusão me faz encolher um pouco, porque eu concordo, e o pior de tudo, é que eu acho que ela quer me afetar. E acredite, ter um serial killer querendo te atingir, com toda certeza algo de muito ruim você fez para ele, o único problema, é que eu não faço ideia do que possa ter sido.

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