Phoebe Reed carregava em seu peito um único sentimento: ódio. Ela não suportava ver alguém sendo feliz, porque isso a fazia se lembrar da sua antiga vida. De como tudo era falso. De como as pessoas eram sem escrúpulos. E o principal, de como o sorri...
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Olho mais uma vez para as roupas que tenho e nenhuma delas pareceu tão sem graça como agora. Nunca fui uma mulher que gosta de mostrar o corpo por conta de tudo que aconteceu, eu simplesmente não conseguia mostrar nada. Qualquer parte do meu corpo para mim era suja, e não deveria ser vista por ninguém. Mas hoje, é diferente. Eu queria ficar bonita. Queria ser sexy. Para ele.
Eu gosto da maneira como ele me olha, e algo me diz que ele iria gostar de me ver mais feminina. Mas eu não tenho vestidos curtos, nem com decotes. Para não falar que não existe roupas de alça em meu guarda roupas, tenho algumas peças, mas são feias e sem graça.
Me sento na cama, olhando para o teto me perguntando porque tudo é tão difícil. Eu queria fazer algo diferente. Queria ficar bonita. Mas não tem nada interessante aqui. Que droga!
As horas estão se passando e daqui a pouco ele estará aqui e eu nem estou pronta. Não queria ter que usar calça e alguma blusa que sempre uso para ir trabalhar, mas infelizmente, não há nada que eu possa vestir mesmo.
Pego uma calça de jeans claro e uma das poucas blusas que tem algo parecido com um decote e visto, a única diferença no look é porque eu coloquei um salto que não uso a muito tempo.
Depois de “pronta”, me olho no espelho e não gosto da imagem que vejo, mas terá que ser essa mesmo.
A campainha toca avisando que ele chegou. Tento manter um rosto sem expressão mas é praticamente impossível quando se trata dele.
Saio em disparada até a porta e assim que a abro me surpreendo ao ver ele simples, mas incrivelmente lindo. Tudo nele parece ser a combinação perfeita do pecado. Desde a mão no bolso, ao seu sorriso tímido de lado.
Ele parece não se importar com a escolha das minhas roupas, apenas me avalia, como sempre, como se estivesse com admiração. Posso até apostar em devoção também.
— Você está linda… — diz, entrando em meu apartamento.
Não pensei que fosse gostar tanto de ouvir seu elogio até ele fazer.
Um sorriso tímido aparece no meu rosto, posso até apostar que meu rosto ficou um pouco vermelho de vergonha.
— Obrigada… Você está apresentável… — Tento brincar com ele, mas seus olhos zangados me deixa em alerta. Acho que ele não gostou muito do que eu disse.
— Só apresentável amor? — pergunta, colocando a garrafa de vinho que eu nem tinha notado antes em cima da mesinha e se aproximando mais. — Passei horas tentando achar a melhor roupa para vir aqui e você só diz isso? — sussurra, perto demais.
Algum tempo atrás isso seria tão impossível. Ter alguém do sexo oposto ocupando partes na minha vida assim. Mas agora, parece completamente a coisa certa.
— Eu estava brincando seu bobinho… Você está lindo.
Levo minha mão até seu rosto, passando a mão por sua barba por fazer, algo que eu descobri nos últimos dias que gosto muito, ainda mais quando toca na pele do meu rosto.
