Beautiful Stranger | Luke Hem...

By finelinerhemmo

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Tudo que eu conhecia dele era um mero personagem. Falas de um roteiro venerado por todo o país. Naquele ponto... More

Trailer
1. Todo Mundo Odeia a Lola
2. Queridinhos da América
3. A Forasteira
4. Aquilo Que Eu Nunca Fiz
5. Nem Verdade Nem Desafio
6. Não Se Aproxime
7. Nenhum Tom de Azul
8. Pare de Me Olhar
9. O Território Inimigo
10. O Que Eu Preciso Esquecer
11. Sonhos e Pesadelos
12. Me Leve Pra Casa
13. Falando Com As Paredes
14. Não Se Mexa
15. A Proposta
16. O Que Ele Gosta
17. Coisas Reais
18. Visita Indesejada
19. Sinais Confusos
20. Opostos e Conflitantes
21. Ponto de Vista
22. O Que Você Quer?
23. Um Bom Time
24. Ninguém Está Olhando
25. Passado e Presente
26. Delicado
27. Sem Planos, Só Improviso
28. A Vilã da Vida Real
29. Lugares Invertidos
30. Todo Mundo Se Machuca
31. Mesma Merda, Outro Dia
32. Água e Fogo
33. O Que Eu Tenho A Perder
34. Pelo Caminho Difícil
35. Uma Solução
36. Inferno
38. O Espelho Atrás da Porta
39. Porque Ele Não Vê
40. Feliz Aniversário (1/7)
41. Vestida para Ma...chucar (2/7)
42. Ela está sozinha? (3/7)
43. Ela quem? (4/7)
44. Escolha ou Destino (5/7)
45. Está Tudo Errado (6/7)
46. Trégua? (7/7)
47. Pessimistas ou Realistas?
48. Sorriso, Sarcasmo e Pânico
49. Dualidade
50. Me Odeie
51. Cair É Quase Como Voar
52. Não Para Sempre
53. Afaste-se, Lola!
54. Boa Noite
55. Pista ou Paranóia
56. Lei de Murphy
57. Podemos Conversar?
58. Acabou a Guerra
59. O Que Eu Posso Fazer?
60. Uma Mocinha, Duas Vilãs
61. Capa de Revista
62. Últimos Logos
63. Deja vu
64. Daqui Pra Frente
65. Expectativas Infundadas
66. Epifania
67. Finalmente
Epílogo
Agradecimentos

37. Ninguém Está Certo

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By finelinerhemmo

"Que mundo cruel. Onde eu devo lhe dizer adeus ou morrer de você"


Fui até a casa do Ashton para que ele me ajudasse a planejar o evento. Tudo que eu posso dizer é que eu quero que seja grande. E inesquecível.

Eu nunca vou esquecer desse dia, claro, mas Luke também não, e o motivo não vai agradá-lo.

Ele pode não se importar tanto agora, mas, nesse dia, nesse grande dia, ele vai se importar. E eu espero que Luke volte pra casa de mãos vazias, sozinho, chutando latas de lixo no caminho, praguejando bêbado para as ruas desertas.

Nesse dia ele vai saber que não se pode ter tudo.

Ele vai escrever uma música sobre isso. O tempo vai passar, mas ele ainda vai sentir. Todas as vezes. Mesmo que eles continuem juntos, ele vai se pegar distraído observando ela tomando um simples café numa tarde qualquer, e aí então a lembrança vai atingí-lo com um soco no estômago. Fulminante.

- Você tem certeza? - Ash pergunta enquanto estamos sentados no sofá.

O baterista tem um caderno e uma caneta na mão e está anotando os preparativos. Ele realmente leva isso a sério.

- Sim, tem que ser assim - confirmo.

- E pra quê você quer o meu quarto? - ele franze a testa.

Faço uma cara e Ash não entende no começo.

- Você é suja, Lola Levine - ele ri.

Dou de ombros.

É final de tarde e nós poderíamos estar lá fora sob o sol dourado, mas preferimos ficar do lado de dentro pois mais alguém chega:

Michael se junta a nós e desvia a nossa atenção da organização da festa.

Faz alguns minutos que o guitarrista está cantarolando uma melodia e começando a criar uma letra, mas parece um pouco frustrado. Ashton ajuda com o trecho trabalhoso e vai esboçar o arranjo na bateria.

Nesse ponto, eu já desisti completamente de continuar o que estava fazendo antes, pois estou focada no processo criativo da dupla.

Observo a cara de concentração de Ash e a forma como vibra quando decide a batida. Mais um pouco e ele já dizendo que a sala está quente.

Claro.

Eu alcanço o controle do ar condicionado sobre a mesinha de centro e diminuo a temperatura em dois graus, contrastando com a iluminação baixa que faz o ambiente parecer aquecido.

Eles repetem frases, rimas, ritmos e amam as ideias um do outro, é uma cumplicidade invejável. Fácil adivinhar o porquê da banda ter dado tão certo.

Começa a ficar frio demais pra mim. Eu desdobro uma manta amarela que já estava no canto do sofá e me cubro tirando o tênis e colocando os pés pra cima do estofado macio. Deito a cabeça nas almofadas grandes e os vigio.

Mikey está sentado no chão, perto dos meus pés. Ele tem a guitarra no colo e uma caneta na boca, a mesma com a qual Ash estava anotando os planos da minha festa. Ele usa o mesmo caderno também.

Imagino a sequência curiosa de coisas escritas na mesma página: litros de bebida e um pedido de desculpas.

- Precisamos deles - Michael fala.

Ele olha pra Ashton e o amigo pega o celular.

- Yeah.

Bufo fraco.

Eles continuam o processo, mas decidem não avançar tanto até que os outros dois cheguem.

Isso é suficiente para eu não estar mais tão confortável quanto antes.

Calum é o primeiro a aparecer.

Ele chega com a feição relaxada e o sorriso de quem está em paz com o universo. Eu admiro a estabilidade emocional dele.

Faço menção de levantar para cumprimentá-lo, mas ele se abaixa, deixa um beijo no topo da minha cabeça e me chama de "Lolinha". Sorrio pequeno pelo carinho e ele segue até o contra-baixo que fica pendurado na parede.

Cal senta no chão enquanto Michael empurra o caderno em sua direção para que ele veja a letra.

Eu me ajeito melhor no sofá, me cobrindo um pouco mais e torcendo para que essa coberta me faça invisível quando Luke chegar.

Puxo-a até que só o meu nariz e meus olhos não estejam cobertos.

Não muito depois, ouço o barulho da porta abrindo e seus passos se aproximando de nós. Todos os rostos estão virados pra ele, mas eu encaro a mobília.

- Lola - ele diz ao se sentar.

Eu não respondo.

Agora ele está no chão também, ao lado de Calum, encostado no sofá. Infelizmente, daqui eu consigo sentir o seu cheiro. Olho rápido para a nuca descoberta dele, que está usando um coque hoje. É dali que vem o perfume maldito.

Me movo minimamente com a invasão do aroma familiar, não quero chamar a atenção dele.

A banda conversa baixo e a letra é finalizada rapidamente. Há pequenas discussões sobre arranjos antes deles decidirem que é hora de passar a música inteira de forma acústica.

Michael começa o riff e Luke canta lendo o papel.

Eu fecho os olhos porque me parece apropriado, mesmo que a música seja animada. Tem algo importante nascendo aqui e a voz de Hemmings é basicamente o que eu vou lembrar de hoje. A história que eu vou contar será a de que estive aqui quando eles a compuseram.

A música fala de algo com um término previsível, que não pode ser evitado, somente aproveitado. Eu tento afastar as conexões que o meu cérebro faz pois sei que é besteira. Não é nada do que estou pensando.

Aliás, o que estou pensando?

Não importa.

Depois de passarem a música mais duas vezes, Ash busca a garrafa do vinho da minha família que eu trouxe pra ele. Cal vibra quando vê o nome no rótulo.

Luke me dá o começo do que parece ser um sorriso, acho que essa garrafa o traz lembranças demais.

Espero que ele pense que é o único que se lembra, e que não esteja me encarando suspeitando que eu ainda consigo sentir os gostos misturados na minha boca: vinho tinto suave e ele.

Levo tempo demais sustentando o olhar dele e desvio rápido, assim que me dou conta do que estou fazendo.

- Vamos pedir pizza pra acompanhar? - Michael pergunta.

Todos concordam, menos eu.

Eu não concordo pois não quero socializar com Luke enquanto planejo atacá-lo pelas costas.

- Desculpa, gente, não posso ficar - digo me levantando.

- Por que? Vamos pedir marguerita - Ash tenta me convencer.

- Eu tenho um compromisso.

Começo a me ajeitar determinada, claramente demonstrando que ninguém vai conseguir me fazer ficar.

Quando sento no sofá, viro para o lado e encontro os olhos de Luke em mim de novo. Ele quer dizer algo, mas eu espero que não diga. Mesmo assim, conversamos em silêncio por dois segundos antes de eu levantar e seguir em direção à saída dizendo tchau.

Calum estica a taça de vinho para Hemmings pegar. Eu aposto que o gosto não será tão doce quanto da primeira vez.

Tiro o celular do bolso para checar se o tal do meu compromisso está disponível para um compromisso de verdade.

- Está tarde, tome cuidado! - Ashton grita quando eu já estou longe.

Mal sabe ele que o perigo mesmo tem um metro e noventa e três e está sentado em seu tapete.

- Tudo bem! - respondo alto.

Bato a porta e caminho rápido até o meu carro antes que qualquer um me alcance. É noite e eu não quero ter um déjà-vu aqui.

Presto bastante atenção no chão pois, na pressa que estou indo e com a adrenalina subindo, qualquer coisa pode acontecer no escuro. Mas não vai, não hoje.

Quando entro no carro e ligo a ignição é que o vejo vindo pelo retrovisor.

Ele não tenta me gritar quando eu arranco com o carro, e menos ainda quando já estou tomando o caminho da rua.

Engulo em seco a sensação que brinca com o meu sistema nervoso e passo a marcha.

Luke parece apenas assistir agora, dando passos mais lentos ao perceber que eu não vou parar. Ele me acompanha até o asfalto e tem os olhos fixos no mesmo espelho pelo qual eu o espio.

Continuo dirigindo, mas ele não se move, permanece ali parado, resignado.

[...]

Paro na frente do prédio do Victor e dou uma olhada na minha sacada só porque sinto um pouco de falta da paz de morar sozinha.

Talvez dê tempo de eu ir lá e trocar esses jeans e o moletom, afinal, esse aqui não é realmente um look de encontro.

Apesar da dúvida, permaneço dentro do carro com os vidros baixados aguardando Victor descer.

O rádio muda de alguma música que eu não reconheço para "Girls Talk Boys". Alcanço o botão de desligar imediatamente.

- Hey, eu gosto daquela! - ele aparece do meu lado.

Ele sorri e dá a volta para entrar no carona.

- E aí, está com fome? - pergunto enquanto ele se acomoda puxando o cinto de segurança.

Victor não me beija nem nada e isso é incrivelmente confortável.

- Eu morreria por um hambúrguer agora.

Digo que vou levá-lo à melhor hamburgueria da cidade e ele diz que é a segunda melhor, pois a primeira é ele fazendo um hambúrguer caseiro. Faço-o prometer que vai cozinhar pra mim qualquer dia desses.

Passo um bom tempo me perguntando quando ele vai, finalmente, me beijar de novo e decido não esperar demais.

Depois de comermos e bebermos, seguimos para um mirante de uma praia mais ao leste.

Victor conta que não conhece muito por aqui pois ele e Dean não são da Califórnia.

- Chicago? Você nunca disse.

- Não tinha muito o que dizer - ele ri.

Descemos do carro e eu vou na frente ditando o caminho que corre pela orla. Ele segura a minha mão e entrelaça nossos dedos.

Sorrio pequeno pois gosto disso.

Há um quiosque aberto e umas pessoas ali perto, mas nada que atrapalhe a paz do lugar.

Sentamos em um banco virado para o mar, mas estamos vários metros acima dele. Tentamos adivinhar o que há no horizonte escuro até que os nossos olhos se acostumem com a vista.

Victor passa um braço pelos meus ombros e eu decido que é aqui que vou beijá-lo.

Deito a cabeça para trás e encaro seus lábios para que ele perceba a minha intenção. Ele sorri e não hesita.

Beijo-o lembrando como foi da primeira vez. É estável, confortável. Não tem gosto de segredo, adrenalina de perigo e nem o desespero do desejo. É apenas... pacífico.

Agora eu tenho certeza: vai ser ele.

Voltamos não muito tarde pra casa pois decidimos que não seria bacana eu dirigindo sozinha por aí. Victor até tenta me convidar sutilmente pra dormir na casa dele, mas ainda não é o dia certo.

Deixo-o na portaria onde o busquei e ele me beija novamente.

Depois que ele some no elevador, eu comemoro o sucesso do meu plano. Está dando tudo certo.

Dirijo pra casa de Luke pensando em como meus dias tem sido normais e como eu não tenho recebido mais ameaças. Está tudo bem quieto e me parece quase seguro voltar pro meu apartamento.

Quando estaciono o carro na vaga, a minha cabeça já está feita: vou fazer a denúncia amanhã e contratar um segurança para ficar na minha porta.

Para me proteger de um perigo, eu me coloquei em risco de outra forma. Mesmo quando eu achei que ele também era uma vítima, descobri que ele e Jenna se merecem.

Acontece que nenhum de nós três é santo, nenhum de nós três é certo.

Luke não está em casa quando eu chego. Lembro sobre Ash ter mencionado sobre a necessidade de lançar um álbum logo e isso deve estar ocupando-os. Aproveito pra curtir a minha última noite aqui até que o loiro chegue.

Arrumo as malas, deixo preparada a roupa com a qual vou até a delegacia amanhã e visto pijamas.

Desço para ligar o som alto da TV da sala e encho uma taça do champagne caro dele enquanto corto pedacinhos de queijo para acompanhar.

Sento no sofá, pego o celular e abro o Twitter. Há diversas fotos da mão do Victor na minha bunda, ele beijando o meu pescoço. Pra minha sorte, não tem foto minha fumando.

Somos um belíssimo casal e vários comentários dizem isso, enquanto outros dizem que "Lunna" é melhor.

Bleh. Não é não.

Luke chega sozinho enquanto eu faço careta pra foto dele.

A música está alta o suficiente para não tentarmos conversar. Penso em não falar nada e simplesmente me despedir amanhã antes de ir à delegacia, mas lembro que foi ele que me ajudou quando eu precisei, e eu não posso ignorar isso.

Pego o controle e abaixo a música antes que ele suma no segundo andar.

- Luke - me viro e chamo.

Ele para.

- Agora a gente está conversando? - ele parece chateado.

Opto por ignorar o comentário.

- Amanhã vou fazer a denúncia - solto de uma vez.

A expressão no rostos ele muda, fica mais leve.

- Finalmente, isso é... ótimo - até força um sorriso.

- Também vou contratar um segurança, assim eu posso voltar ao meu apartamento. Então... - respiro fundo - obrigada pelo que fez por mim até aqui.

Ele faz um aceno com a cabeça e não diz mais nada, apenas continua seu caminho.

Busco mais champagne e ligo a música novamente, dessa vez, ligeiramente mais alta já que não há mais nada a ser dito entre nós. Amanhã eu vou acordar, pegar as minhas malas e voltar pro lugar de onde eu nunca devia ter saído.

Respondo mensagens perguntando sobre Victor e reviso a escala de gravação da semana que vem enquanto um álbum acaba e "All Things Must Pass" do George Harrison começa.

Sim, George, tudo passa.

Olho em volta rapidamente numa tentativa simplória de gravar os detalhes da sala antes de ter que me despedir dela e de toda essa fase estranha.

Minutos depois, me acomodo melhor no sofá sentindo que estou começando a pegar no sono enquanto leio uma thread. O assunto é interessante, mas minhas pálpebras estão pesando.

Largo a quarta taça da bebida no meio.

O olho fecha e eu abro-o novamente, o processo se repete algumas vezes até que eu já não entenda mais o texto. Quando o celular despenca da minha mão, eu paro de lutar contra o sono.

Não sei quanto tempo se passa. O meu corpo balança um pouco e meus pés pendem de algum lugar. Reluto em acordar, mas o cheiro dele está próximo demais para que eu não tente ver.

Pisco confusa tentando entender onde estou, aí reconheço o teto do meu quarto e o rosto dele.

Luke me coloca na cama e, antes que ele possa se afastar por completo, preciso falar pra ele o que está na minha mente parcialmente acordada.

- Eu gosto do seu cheiro - balbucio.

- Durma, Lola.

- Você é um idiota.

As mãos dele me deixam e eu me viro de lado fechando o olho novamente.

- Ok, durma - ele insiste.

Mas a minha boca é algo que não fecha.

- Você beija bem. Melhor que todo mundo - continuo.

E é verdade. É tudo verdade.

- Eu sei.

- Você é tão convencido! - não sei como ele entende a minha voz arrastada.

- Mas você gosta - Hemmings retruca sem emoção.

Respiro fundo buscando o perfume dele, agora, longe demais.

- Não, eu gosto não disso, o que eu gosto é algo que eu inventei, não você. Você é um estranho pra mim. Um estranho muito, muito, muito bonito.

Ele não fala nada.

Me livro das coisas que eu nem sabia que precisava dizê-lo, mas eu me acostumei com o efeito dele: Luke arranca de mim coisas que eu pensava que não existiam. Ele me instiga, me leva ao limite, me empurra até a borda. E eu vou dá-lo um gosto disso em alguns dias.

Uma pena isso tudo, pois acho poderíamos ter sido amigos antes dessa guerra começar, antes da gente tentar machucar um ao outro com coisas que não fazem total sentido, mas machucam em sua intenção.

Se eu pudesse escolher, não seria assim.

A condição nos matou antes mesmo de nos conhecermos.

Quando estou prestes a perder a consciência, ouço sua voz mais uma vez.

- Boa noite, Lola.

- Boa noite, Luke.

A última coisa que assimilo é o ruído baixo da porta fechando.

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