𝑻𝑹𝑼𝑬 𝑩𝑳𝑶𝑶𝑫 - Jikook...

By LISAMANIAC

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Roseanne e Jimin sempre foram "os irmãos perfeitos": populares, bonitos, dedicados e cheios de amigos. Mas, s... More

Introdução
Pedido
Cast
Sobre os seres sobrenaturais + Playlist
001.
002.
003.
004.
005.
006.
007.
008.
009.
010.
Novos personagens
011.
012.
013.
014.
015.
016.
017.
018.
019.
020.
021.
022.
023.
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027.
028.
029.
030.
031.
032.
033.
Memes
034.
035.
036.
038.
039.
040.
Capítulo extra: Jikook
Capítulo Extra: Chaelisa

037.

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By LISAMANIAC

Com um rápido movimento, Edward girou um anel três vezes em torno do próprio dedo. Por um momento, nada aconteceu, depois Rosé e Jimin ouviram o som de uma porta se abrindo e viraram instintivamente para ver quem estava entrando na biblioteca. Quando virou mais uma vez, viram que o ar em volta de Edward estava brilhando, como a superfície de um lago vista a distância. O véu brilhante do ar se partiu como uma cortina de prata, em seguida um homem alto estava ao lado de Edward, como se tivesse sido conjurado a partir do ar úmido.

— Graymark. — Disse o homem. — Você está com o cálice?

Edward ergueu o cálice com as mãos, mas nada disse. Ele parecia paralisado, por medo ou por espanto, era impossível dizer. Jimin e Rosé sempre tiveram a impressão de que ele era alto, mas agora parecia encolhido e pequeno.

—Meu Lorde Theodore. — Edward disse afinal. — Não o esperava tão rapidamente.

Theodore. Ele quase não se parecia com o menino bonito da foto em que Rosé e Jimin haviam visto há alguns dias, embora os olhos ainda fossem pretos. O rosto não era como o que eles esperavam, era contido, fechado, introspectivo. Saindo do terno feito sob medida, estavam as cicatrizes brancas que relatavam anos de estela.

— Eu falei que viria a você por um Portal. — Theodore disse. A voz era ressonante e estranhamente familiar. — Você não acreditou em mim?

— Acreditei. Eu só... Pensei que enviaria alguém, não achei que viesse pessoalmente. — Edward respondeu.

—Você acha que eu mandaria outra pessoa para buscar o cálice? Não sou tolo. Conheço o valor desse objeto. — Theodre estendeu a mão. — Dê-me.

— Primeiro quero o que me prometeu. — Edward segurou o Cálice com firmeza.

— Primeiro? Você não confia em mim, Graymark? — Theodore sorriu, bem-humorado. — Farei o que você pediu. Trato é trato. Mas devo confessar que fiquei surpreso em receber sua mensagem.

— Você não sabe como é. — Disse Edward, soltando o ar com uma exclamação sibilante. — Sentir medo o tempo todo...

— É verdade. Não sei. — Theodore deu de ombros, ele tinha desgosto no olhar, um traço de desdém. — Se não tinha a intenção de me entregar o cálice, não deveria ter me convocado.

— Não é fácil trair aquilo em que se acredita, aqueles que confiam em você. — Edward disse, ainda agarrado ao cálice.

— Você está falando dos filhos dos Lovelace? — Theodore perguntou.

— Sim. — Disse Edward.

— Ah, os Lovelace. — Theodore esticou a mão e acariciou o globo metálico sobre a mesa, os longos dedos contornando as linhas dos continentes e mares. — Mas o que você deve a eles, realmente? Você ficou com o castigo que deveria ter sido deles. Se eles não tivessem contatos tão influentes na Clave, teriam sofrido o mesmo destino que você. Hoje, eles estão livres para voltar para casa. — Sua voz quando disse "casa" vibrou como todo o significado da palavra. O dedo dele havia deixado de se movimentar pelo globo, Jimin e Rosé tinham certeza de que ele estava tocando o lugar no qual Idris estaria.

— Eles fizeram o que qualquer um teria feito. — Edward respondeu.

— Você não teria feito. Nem eu. Deixar um amigo sofrer em meu lugar? E você certamente deve ter algum rancor, Graymark, por saber que deixaram esse destino cair sobre você sem qualquer hesitação... — Theodore insistiu.

— Mas não é culpa das crianças. Dylan e Eliza não fizeram nada... — Edward falou.

— Nunca soube que você gostava tanto de crianças. — Disse Theodore, como se achasse graça daquilo. — Dê-me o cálice.

Edward fechou os olhos. Por um instante, o rosto dele parecia de um dos anjos de mármore sobre a mesa, sofrida, pesada e esmagada sob um peso terrível. Depois resmungou, de forma patética, para si mesmo, e esticou a mão para entregar o cálice mortal a Theodore, embora estivesse com a mão tremendo como folhas ao vento.

— Obrigado. — Disse Theodore. Ele pegou o Cálice e o examinou pensativo. — Acho que você danificou a borda.


Edward não disse nada. Estava com o rosto sombrio. Theodore caminhou até Rosé e Jimin, ele sorriu para a garota, Jimin tentou entrar na frente da irmã para protegê-la, mas Edward o segurou longe. De alguma forma, quem estava de fora era capaz de passar pela barreira invisível.

Rosé gritou ao que Theodore esticou os braços e puxou ela para fora. Edward soltou Jimin em seguida, o loiro começou a chutar e socar a parede invisível, gritando o nome de Rosé e amaldiçoando o homem caso ele ousasse machucar sua irmã. Theodore tocou algo na testa de Rosé e a garota desmaiou em seguida. Ele a levantou gentilmente nos braços como se ela fosse uma criança.

Theodore se afastou e andou de volta à cortina de ar brilhante através da qual havia entrado. Ele provavelmente deixara o Portal aberto, percebeu Jimin. Olhar para a passagem era como olhar para a luz do sol refletida em um espelho. Edward esticou uma mão suplicante.


— Espere! — Edward gritou. — E a sua promessa? Você jurou acabar com a minha maldição.

— Isso é verdade. — Disse Theodore. Ele fez uma pausa, olhou fixamente para Edward, que exclamou e recuou, com a mão voando para o peito, como se tivesse sido atingido no coração.

Fluido escuro passou por entre os dedos esguios do tutor e atingiu o chão. Edward levantou o rosto marcado para Theodore.

— Pronto? — Ele perguntou, ansioso. — A maldição se foi?

— Sim. — Respondeu Theodore. — E que sua liberdade comprada lhe traga alegria. — E com isso ele atravessou a cortina de ar brilhante. Por um instante, ele parecia reluzir, como se estivesse embaixo d'água. Depois desapareceu, levando Rosé consigo.

Edward, engasgando, olhou para trás de si, fechando e abrindo os punhos. A mão esquerda estava completamente coberta pelo fluido escuro e molhado que escorrera do peito. O olhar que tinha no rosto era um misto de exaltação e ódio a si mesmo.

— Edward! — Jimin socou a parede invisível entre eles. O braço doía absurdamente, mas não era nada comparado à dor que sentia no peito. Ele tinha a sensação de que o coração ia saltar para fora das costelas. Rosé, Rosé, Rosé, as palavras ecoavam na mente, querendo ser berradas. Ele as conteve. — Edward, me solte!

— Não posso. — Edward virou, balançando a cabeça negativamente. Ele parecia triste. — Você vai tentar me matar.

— Não vou. — Jimin disse. — Prometo.

— Mas você não foi criado como caçador de sombras. — Edward disse. — E suas promessas não significam nada.

— Mas, Edward... — Jimin disse desesperado — Você viu, ele levou Rosé, ele vai matá-la.

— Ele não vai fazer isso. — Edward estava na mesa agora, pegando um pedaço de papel. Ele pegou uma caneta no bolso, e começou a batê-la com força na ponta da mesa para fazer a tinta fluir. Jimin o encarou. Ele estava escrevendo uma carta?

— Edward.. — Jimin disse cuidadosamente. — Theodore é um homem cruel, ele vai matar a Rosé.

— Jungkook também é cruel, e mesmo assim você o segue. — Edward falou. — Além do mais, é complicado. Você não entenderia. — Edward não tirou os olhos do papel em que estava escrevendo.

— Eu entendo o suficiente. — Jimin falou, parecendo que ia queimar a própria língua com tamanha amargura. — Entendo que todos nós confiamos em você e você entregou o cálice para Theodore, por pura covardia de viver com o castigo que merecia.

— É isso que você pensa? — Edward levantou a cabeça.

— É o que eu sei. — Jimin respondeu.


Edward repousou a caneta, balançando a cabeça. Ele parecia cansado, e tão velho, muito mais velho que Theodore, embora tivessem a mesma idade.

— Você só sabe pedaços e fragmentos, Jimin. E é melhor assim. — Edward dobrou o papel em que estava escrevendo e jogou-o no fogo, que subiu com um verde ácido brilhante antes de desaparecer.

— O que você está fazendo? — Perguntou Jimin.

— Enviando uma mensagem. — Edward se afastou do fogo. Ele estava perto de Jimin, separado apenas pela parede invisível. Jimin pressionou os dedos contra o obstáculo, desejando furar os olhos de Edward, apesar de aparentarem tanta tristeza quanto os de Theodore aparentaram fúria. — Você é jovem. — Ele disse. — O passado não é nada para você. A Clave me amaldiçoou porque ajudei Theodore. Mas eu não era o único membro do Ciclo a servi-lo, por acaso, os Lovelace não eram tão culpados quanto eu? Eu fui o único condenado a viver fora da minha vida sem nem sequer poder sair da cidade.

— Isso não é culpa minha. — Disse Jimin. — E não é culpa de Rosé. Por que castigá-la pelo que a Clave fez? Entendo entregar o Cálice a Theodore, mas entregar Rosé? Ele vai matá-la, como matou nossa mãe e nosso pai...

— Theodore não matou o pai de vocês. — Jimin sentiu um aperto no peito. Ele disse que não matou o pai, mas não disse nada sobre a mãe.

— Não acredito em você! Só o que você faz é contar mentiras! — Jimin irritou-se. — Se você ao menos me dissesse onde o Theodore está talvez amenizaria um pouco sua culpa...

— Não. — Edward suspirou. — Dizem que os Nephilim são os filhos de homens e anjos. Toda essa herança angelical nos deu um abismo maior em que cair. — Edward tocou a superfície da barreira invisível com as pontas dos dedos. — Você não foi criado como um de nós. Você não tem nem uma parte dessa vida de cicatrizes e morte. Ainda há tempo para escapar. Deixe o Instituto, Jimin, o mais rápido possível. Vá e não volte nunca mais. — Jimin balançou a cabeça negativamente.

— Não posso. — Jimin disse. — Não posso fazer isso. Não posso deixar meus amigos, não posso abandonar minha irmã.

— Então sinto muito. — Edward disse, e saiu da sala.

A porta se fechou atrás de Edward, deixando Jimin em silêncio. Só havia ele, Lisa semi morta e Jungkook agonizando no chão. Jimin fez exatamente o que dissera a si mesmo que não faria que foi lançar-se contra a barreira repetidas vezes, até estar completamente exausto e com o corpo dolorido. Depois se jogou no chão e tentou não chorar.

Em algum lugar do outro lado dessa barreira, Dylan estava morrendo, enquanto Eliza esperava que Edward voltasse e o salvasse. Em algum lugar além desta sala, Rosé estava sendo acordada brutalmente por Theodore. Em algum lugar, as chances de Ji Woo estavam desaparecendo, a cada segundo, a cada instante. E ele estava preso ali, tão inútil e impotente quanto a criança que já havia sido.

Jimin se sentou, lembrando-se do instante na casa de dona Nari em que Eliza havia jogado a estela no chão. Ele havia abaixado e a pegado. A questão era, ele havia devolvido a Eliza? Prendendo a respiração, Jimin apalpou o bolso esquerdo da calça, estava vazio. Lentamente, a mão foi para o bolso direito, com os dedos suados pegando algo vazio, depois deslizando para alguma coisa dura, lisa e redonda, a estela.

— Jimin... Jimin.. — Jungkook gemia, rolando no chão. Os olhos brilhantes como galáxias dessa vez estavam fechados, reprimidos, o rosto estava suado e pálido. Ele sofria e aquilo apertava ainda mais o pobre coraçãozinho de Jimin.

— O que quer que eu faça? — Jimin se ajoelhou até Jungkook. — Me diga o que fazer, por favor. — Jimin implorou, Jungkook ergueu a mão trêmula até a de Jimin, guiando a mão que segurava a estela até seu peito, a Estela cortou a camisa de Jungkook assim que tocou o tecido.

— Rasgue... Preciso que tire essa estaca... Tire-a de mim. — Jungkook implorou, apertando a outra mão de Jimin.

Jimin entendeu o que Jungkook queria, ele só precisava criar coragem para rasgar a pele de Jungkook com aquela estela. Ele havia se acostumado a cuidar de Jungkook, como na noite do hotel dos vampiros. Ele não estava preparado para machuca-lo, mesmo que fosse para seu próprio bem. Jimin respirou fundo, colocando a adaga entre o peito de Jungkook e a afundando ali, vendo a cortar levemente a pele do híbrido. Ele liberou a respiração com pesar, fechando os olhos e aumentando o corte. Ao contrário do que Jimin imaginou, Jungkook não parecera sentir dor ou talvez já estivesse acostumado com a dor.

— E agora? O que faço? — Jimin perguntou.

— Enfie a mão... Enfie a mão aí dentro e puxe a estaca. — Jungkook gruniu.

A mão de Jimin tremeu, ele não queria enfia-la no meio das entranhas de Jungkook e se ao invés de puxar a estaca ele retirasse algum órgão? Jungkook seria capaz de viver seu uma parte de seu corpo? Mesmo sendo imortal?




— Não consigo. — Jimin engoliu em seco.

—Consegue sim. — Jungkook apertou levemente a mão de Jimin, encorajando-o.




Jimin respirou fundo novamente e abriu o corte de vez, enfiando a mão dentro do peito de Jungkook e sentindo alguns órgãos ali. Ele reprimiu a ânsia em sua garganta. Jimin tocou a ponta da estaca com os dedos, afundou mais a mão e conseguiu envolve-la na estaca. Jimin a puxou com firmeza e precisão, retirando-a por completo. Jungkook pareceu aliviado, mas seus olhos se fecharam.




— Jungkook.. Jungkook! — Jimin chamou o híbrido.

— Estou vivo. — Jungkook resmungou. — Mas preciso de sangue. Você precisa sair daqui e buscar sangue para mim. Não vou conseguir me levantar, estou fraco.

— Não consigo sair daqui, preciso da sua ajuda. — Jimin disse afoito. — Se precisa de sangue, tome o meu.

— Jimin.. — Jungkook abriu os olhos. — Não posso pedir isso a você.

— Não está pedindo, eu estou oferecendo. — Jimin respondeu. — Vamos, tome. Pegue o quanto quiser. — Jimin estendeu o pescoço para próximo de Jungkook.





Jungkook hesitou, mas vendo que Jimin não iria recuar, ele passou a mão pela nuca de Jimin e o trouxe para mais perto. As presas afiadas como adagas se libertaram, ele pensou em avisar Jimin que ele sentiria uma dorzinha, mas achou que o Park já estava preparado, afinal ele apertava a mão suada na mão livre de Jungkook. Jungkook mordeu o pescoço, sugando o sangue doce de Jimin, ele poderia passar longos minutos provando do delicioso gosto de seu pequeno Park. Mas sabia que eles não tinham tempo, além do mais, ele deveria tomar apenas o necessário para recuperar suas forças.

Ele retirou as presas do pescoço de Jimin, deixando um selar no local que escorria um pouco de sangue. Ele se afastou, vendo Jimin colocar a mão sobre o pescoço marcado por suas presas.





— Pronto, agora preciso acordar Lisa. — Jungkook falou. Jimin se levantou, com o coração acelerado, e apalpou a parede invisível com a mão esquerda. Ao encontrá-la, recompôs-se, algo dentro dele dizia para usar a estela em sua mão. Ele suspirou, esticando a ponta da estela para a frente com a outra mão até não estar apoiada em mais nada além do ar. Uma imagem já se formava na mente dele, como um peixe subindo em água turva.





Lentamente no início, depois com mais confiança, elecpassou a estela na parede, deixando linhas brilhantes no ar à frente.

Ele sentiu quando o símbolo estava pronto e abaixou a mão, respirando forte. Por um instante, tudo ficou parado e silencioso, e o símbolo estava ali como néon brilhante, queimando-lhe os olhos. Depois fez-se um ruído como o estilhaçar mais alto que Jimin já tinha ouvido, como se ele estivesse em uma cachoeira de pedras ouvindo-as baterem no chão ao redor. O símbolo que desenhou ficou preto e se desintegrou como cinzas, o chão sob seus pés estremeceu, depois parou, e ele soube, sem qualquer sombra de dúvida, que estava livre.

Ainda segurando a estela, ele correu para a janela e abriu a cortina. O crepúsculo caía e as ruas abaixo eram banhadas por um brilho avermelhado. Jimin viu Edward atravessando a rua. Ele voltou o olhar para Jungkook e o viu se levantando ao lado de Lisa.





— Vamos. — Jimin chamou os dois.





Eles correram para fora da biblioteca e desceram as escadas, Jimin parou somente para colocar a estela de volta no bolso. Eles desceram as escadas correndo e chegaram à rua, onde uma multidão já estava se formando. Eles voltaram a correr, com Jimin contando todo o acontecimento até então pelo caminho.

Eles chegaram ao cruzamento onde Jimin tinha visto Edward. Por um instante, Jimin achou que o tivesse perdido. Ele correu pela multidão perto da entrada do metrô, empurrando as pessoas, usando os joelhos e os cotovelos como armas. Suado e ferido, Jimin se libertou da multidão a tempo de ver um fragmento do terno desaparecer em uma esquina de um beco entre dois prédios.

Ele passou por um lixão e entrou no beco. O fundo da garganta parecia queimar cada vez que ele respirava. Apesar do crepúsculo na rua, no beco estava escuro como a madrugada. Ele só conseguia enxergar Edward, no lado oposto do beco, que acabava nos fundos de um restaurante fast-food. O lixo do restaurante estava acumulado do lado de fora, sacos de comida e talheres de plástico que quebravam desagradavelmente sob os sapatos dele enquanto ele virava para olhar para encarar Jimin, Jungkook e Lisa.





— Você escapou.. — Edward disse. — E me seguiu.

— Eu o deixarei em paz se me disser para onde Theodore levou minha irmã. — Jimin falou com nervosismo.

— Não posso fazer isso. — Edward disse. — Ele vai saber que contei e minha liberdade será tão curta quanto a minha vida.

—Já vai ser assim quando a Clave descobrir que você deu o cálice mortal a Theodore. — Disse Lisa. — Depois de nos manipular para o encontrarmos para você.

— Como você pode viver sabendo o que ele planeja fazer? — Perguntou Jimin.

— Tenho mais medo de Theodore do que da Clave, e vocês sentiriam o mesmo se fossem espertos. — Edward disse. — Ele teria encontrado o cálice de qualquer jeito, com ou sem a minha ajuda.

— E você não se importa com o fato de que ele vai utilizá-lo para matar crianças? — Jimin perguntou.





Um espasmo passou pelo rosto de Edward enquanto ele dava um passo para a frente, Jimin viu alguma coisa brilhar nas mãos dele.





— Isso tudo realmente importa tanto assim? — Edward perguntou.

— Como disse antes.. — Jimin começou. — Não posso simplesmente largar tudo.

— É uma pena. — Edward disse, e Jimin o viu levantar o braço, e de repente se lembrou de Dylan dizendo que a arma de Edward era o chakram, os discos de arremessar. Jimin se abaixou mesmo antes de ver o círculo brilhante de metal girar sonoramente em direção a ele. Lisa o segurou no ar. Jimin olhou para cima. Edward continuava encarando-os, com o segundo disco de metal na mão direita. — Vocês ainda podem correr. — Ele disse.





De repente, alguma coisa lançou-se violentamente na frente dele, algo grande, preto e vivo. Tudo aconteceu rápido demais. Jimin ouviu Edward soltar um grito de horror. Recuando de forma cambaleante, Jimin viu a coisa com mais clareza enquanto esta saltava entre ele e Edward. Era um lobo gigante, a pelagem preta e os olhos vermelhos. Era Jungkook.

Os lábios do lobo se contraíram, deixando os dentes à mostra, e Jimin viu a língua vermelha dele. Os olhos se encheram de ódio ao avistarem Edward, um ódio puro e genuíno.





— Ainda há tempo para você.. — Disse Edward. — Você é poderoso, temido pela Clave, Theodore certamente te aceitaria no Ciclo...





Com um uivo, Jungkook atacou. Edward gritou novamente, depois viu-se um flash prateado, e também um barulho horrível enquanto a chakram se enterrava na lateral de Jungkook. Ele empinou, e Jimin viu a ponta do disco em sua pele, cheio de sangue, exatamente quando ele atingiu Edward.

Edward gritou uma vez enquanto caía, as mandíbulas do lobo se fechando sobre o ombro dele. Sangue voou no ar como o spray de tinta de uma lata furada, respingando a parede de cimento de vermelho. O lobo levantou a cabeça do corpo do tutor e voltou o olhar avermelhado e lupino para Jimin, com os dentes pingando um líquido vermelho.

Jimin não gritou. Não tinha ar suficiente nos pulmões para que pudesse produzir algum barulho.





— Acabe com ele logo, Jungkook. — Lisa mandou, seus olhos tinham uma fúria inexplicável. Jungkook ainda olhava Jimin, como se pedisse permissão para tal coisa. Tomado pelo ódio, Jimin apenas balançou a cabeça positivamente e então Jungkook atacou o pescoço de Edward. Dilacerando-o.

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Além do mais, sei que vocês esperam mais pegação de chaelisa e jikook como em outras fanfics, mas eu realmente gosto de trabalhar a relação deles aos poucos, gosto de fazer pequenos gestos e atitudes repletas de significado. Gosto daquele famoso mistério de vai rolar ou não. Espero que tenham paciência para isso.

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