Classy Pirouette

By hesbabie

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Louis não deveria sentir atração pelo professor de balé da sua filha. Mas Harry Styles era o professor, e el... More

Capítulo I
Capítulo II
Capítulo III
Capítulo IV
Capítulo V
Capítulo VI
Capítulo VII
Capítulo VIII
Capítulo IX
Capítulo X
Capítulo XI
Capítulo XII
Capítulo XIII
Capítulo XIV
Capítulo XV
Capítulo XVI
Capítulo XVII
Capítulo XVIII
Capítulo XIX
Capítulo XX
Capítulo XXI
Capítulo XXII
Capítulo XXIII
Capítulo XXIV
Capítulo XXV
Epílogo
Bônus

Prólogo

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By hesbabie

Violet acordou mais cedo que o habitual naquela manhã, pulando para fora da cama e correndo em passos curtos até a última porta do corredor. Precisou ficar na ponta do pé para alcançar a maçaneta. Havia crescido alguns centímetros durante as férias de verão, mas ainda tinha dificuldades.

─ Papai? ─ ela balançou seu corpo sem delicadeza alguma. ─ Papai, acorda! Papai...PAPAI!

─ Jesus, Violet! ─ Louis resmungou ainda se espreguiçando, tomando cuidado para não machucar a criança enquanto virava seu tronco. ─ O que aconteceu? Você está bem?

─ Atrasados! ─ Louis alcançou o celular na cômoda e apertou os olhos para ver o horário na tela luminosa.

─ Ainda são seis horas, Let. Suas aulas começam às nove, amor.

─ Nove? ─ ela contou nos dedos com um pequeno beicinho. ─ Faltam três horas!

─ Uma e meia, na verdade. Preciso preparar seu lanche e te arrumar antes. ─ ela assentiu animada antes de ser puxada carinhosamente para o peito desnudo do pai. ─ Agora, vamos dormir só mais um pouquinho, ok?

Tomlinson saiu da cama sorrateiramente minutos mais tarde, esfregando os olhos e bocejando enquanto se despia e deixava a água gelada eliminar qualquer vestígio de sono. Secando os fios de cabelo, ele vestiu um shorts jeans de barras dobradas, uma camiseta escura de algodão e tênis impecavelmente brancos. Tudo isso num silêncio absoluto para que não acordasse a criança.

Uma vez que Louis estava devidamente alimentado (diga-se um café forte com torradas amanteigadas), ele preparou a lancheira de Violet com frutas, iogurte e biscoitos, alimentos leves que seriam suficientes para mantê-la satisfeita até o almoço, além das torradas que comeria antes de partir, é claro.

A garota ficou elétrica após o banho matinal, jogando água para cima enquanto ria animada. O plano de manter seus cabelos intactos foi arruinado e Louis gastou alguns minutos no secador. Ajudá-la com o collant foi complicado, tinha a sensação de estar machucando-a de alguma forma.

─ Não está apertando? ─ ela negou confiante. ─ Jura? ─ acenou positivamente. ─ Tudo bem. Consegue colocar a saia sozinha?

O coque também exigiu paciência e dedicação, mas os grampos conseguiram manter os fios acastanhados presos em um coque alto enfeitados com uma pequena rede e faixa. Violet havia experimentado a roupa semanas antes, no entanto, vê-la devidamente vestida de rosa claro dos pés a cabeça fez os olhos de Louis lacrimejarem de orgulho. Sua menininha estava crescendo.

─ A bailarina mais linda do mundo! ─ ele encheu o rosto da garota de beijinhos, fazendo cócegas na barriga até que Violet pedisse para parar. ─ Ok, mocinha. Vamos.

O trajeto até a escola de balé foi repleto de músicas agitadas e gargalhadas escandalosas. Louis era grato por ter um bom emprego e poder oferecer do bom e do melhor para a filha, então não foi diferente quando ela assistiu uma apresentação de balé durante um passeio escolar e ficou encantada.

Após muita conversa e uma série de acordos, Tomlinson decidiu matriculá-la em uma das melhores instituições de dança infantil da região, o que gerou muito beijos e abraços por parte da criança.

A relação que possuíam daria inveja à qualquer um, viviam brincando e sorrindo na maior parte do tempo. Amizade, diálogo e respeito eram a base daquela pirâmide.

Julie, ex namorada de Louis e mãe de Violet, faleceu no parto devido à complicações médicas. A gravidez não foi nada fácil e eles já imaginavam que passariam por algo parecido, mas a mulher decidiu que iria adiante e escolheu a vida da filha ao invés da própria.

O relacionamento do casal estava morno há algum tempo, e assim como duas pessoas de longo convívio, pensaram que talvez uma criança poderia preencher a falta de afeto. Louis não se importou quando soube da relação extraconjugal de Julie, quiçá foi nesse ponto que percebeu que não a amava tanto assim: ele não se importava mais.

Apesar de tudo, eles ainda eram amigos quando a gravidez se iniciou. Após a morte de sua namorada (não se casaram, não era cabível naquelas circunstâncias), Louis teve a confirmação de que o bebê era seu ao precisar realizar um exame de DNA para obter a guarda.

A nomeou Violet em homenagem às flores favoritas de Julie: violetas. Clichê, sim.

Tomlinson sentiu muitas coisas naquele dia, mas a sensação que preencheu seu peito ao encarar os olhinhos azuis da filha pela primeira vez certamente nunca seria esquecido.

Eles tiveram aquela conversa quando Violet atingiu os três anos de idade. Ela teve acompanhamento psicológico e foi liberada no ano passado ao completar cinco anos e, felizmente, o laudo não apresentou nenhum trauma devido a perda precoce da mãe. A criança perguntava sobre Julie algumas vezes, mas a frequência diminuía cada vez mais com o passar do tempo.

Tomlinson conseguia pontuar os bons momentos que tivera com Julie e era feliz pelo fruto que o relacionamento deles gerou. Violet era seu bem mais precioso e ele sempre lutaria com unhas e dentes para protegê-la.

─ Ei ei, espera. ─ ele travou as portas do carro ao que a filha se livrou do cinto rapidamente quando estacionou frente ao prédio.

Violet precisou conter a vontade de sair correndo pois sua mão estava entrelaçada na de Louis. Ele parecia analisar (de novo) cada pedacinho do ambiente para se certificar se era realmente seguro. Sem julgamentos, ele estava pagando (e muito) e confiando a segurança de sua garotinha em desconhecidos. O mínimo que deveria fazer além de conhecer o professor que lecionaria, era averiguar o espaço que Violet frequentaria todos os sábados.

─ Papai, olha! ─ ela apontou para uma divisória de vidro.

Algumas crianças esperavam pacientemente sentadas no material macio do chão. Outras delas pareciam assustadas, provavelmente novatas em tudo aquilo.

Uma funcionária do local foi ágil em atendê-los, orientando-os sobre qual sala Violet faria parte, uma das últimas entre os largos corredores.

─ Há alguma chance delas se perderem? Aqui é bem grande...

Louis era daqueles pais: observadores e questionadores. Ele estava presente no primeiro tour pela escola sem Violet, apenas estava sendo chato ao perguntar tudo de novo.

─ De forma alguma. ─ Stacey garantiu. ─ Cada sala possui um sistema de trava que impede que saiam correndo no meio da aula, por exemplo. Além de ter um banheiro em cada uma, assim como bebedouro para que não andem sozinhos por aí. Há também professoras assistentes, são elas que ajudam as crianças a se trocarem e as acompanham, se necessário.

─ E ali é onde eles tomam os lanches? ─ parecia um quintal, com árvores, bancos e tetos de vidro para que o céu fosse visível.

─ Correto. Os horários são alternados e somente duas turmas da mesma faixa etária comem por vez, sempre com a supervisão de dois ou mais adultos.

Quando Stacey estava prestes a mandar aquele homem ir para o inferno com as perguntas de pai de primeira viagem (a mulher amava crianças, mas Louis esgotava a paciência de qualquer um quando se tratava de Violet), o sino indicando o começo das aulas tocou.

─ Por que está se despedindo de mim? ─ perguntou confuso ao receber um abraço forte da filha. ─ Eu vou ficar te olhando bem daqui, acha que vou perder isso?

A garota fez beicinho quando Louis se juntou a fileira de mamães olhando orgulhosas para os filhos através do vidro.

Louis era um pai babão.

Violet passou timidamente pela porta e foi recebida calorosamente pelo professor e sua assistente.

Tomlinson não conseguia ouvir absolutamente nada de onde estava. Entretanto, ele pôde observar o quão bonito os corpos dos dançarinos eram, principalmente o do rapaz alto. Ele sabia de homens que praticavam balé mas nunca havia visto um que ensinava. Estava intrigado ao ver, mesmo que de longe, alguém daquela estatura realizar movimentos tão delicados.

Foi o momento de ir ao banheiro e receber uma ligação importante do trabalho que o fez perder a última etapa daquele dia: o lanche de Violet. Geralmente era nesse momento que os pais dos novatos aproveitavam para conversar com o professor, tirando dúvidas e saciando seus anseios enquanto monitores e assistentes ficavam de olho nas crianças.

Louis não poderia perder a oportunidade e não se importou em parar o homem que caminhava para uma sala específica em que somente membros da equipe eram permitidos.

─ Com licença, meu nome é Louis Tomlinson e- Harry?

─ Louis?

Tudo bem, reecontrar um amor antigo era o auge do clichê.

─ Eu não acredito nisso. ─ Louis murmurou levemente chocado. Era realmente Harry, os olhos esverdeados e os cabelos não tão mais enrolados ainda estavam ali, um pouco maiores desta vez.

─ O que faz por aqui? A última vez que tive notícias suas você nem estava em Londres.

─ Longa história. ─ ele deu um sorriso amarelo. Harry estava tão bonito naquela meia calça e blusa cavada, ambas escuras e coladas no corpo.

Na época do colegial, ambos eram da mesma altura. Agora, além da diferença evidente de tamanho (sendo Louis uns centímetros mais baixo), Harry possuía traços mais marcantes como as maçãs de seu rosto e as pernas torneadas. Os músculos pareciam do jeito que lembrava, talvez um pouco mais trabalhados devido à dança, mas nada que apagasse toda a delicadeza de anos atrás.

─ E o que você faz aqui? ─ Styles tentava não soar desesperado. Louis Tomlinson, o ex capitão do time de futebol da escola estava em sua frente, ainda mais sexy do que se lembrava.

Trazendo consigo tatuagens pelos braços e uma barba impecável, Louis ainda tinha o olhar afiado, lábios rosados e sorriso sedutor. Não parecia tão diferente da época acadêmica e os anos o valorizaram como nunca.

Se houvesse um ditado para definir os pensamentos de Harry seria que Louis é como vinho, quanto mais tempo passa, melhor fica!

─ Bem, eu tenho uma filha.

Essa foi bem no estômago de Harry. Ele já fantasiava ao menos por uma noite ardente com Louis, apenas para relembrar os velhos tempos...

─ Não me diga que eu dou aulas para sua filha.

Por favor, não diga.

─ Sim, hoje é o primeiro dia dela. ─ sorriu orgulhoso.

Um pai orgulhoso da sua família...era o fim para Harry e seus hormônios adolescentes recém despertados.

─ Papai! ─ Violet chamou e tentou abrir a porta, sem sucesso. Harry se apressou em ajudar e a garota abraçou a perna de Louis uma vez fora da grama. ─ Oi!

─ Harry, esta é Violet. ─ Styles agachou e sorriu oferecendo sua mão, que foi gentilmente apertada.

─ Nos falamos antes, mas vou reforçar que vai ser muito divertido tê-la durante as aulas!

Deus, o sorriso de covinhas ainda causava sentimentos esquisitos em Louis. Ele observou quietamente a breve conversa amigável entre a filha e o rapaz, sorrindo para a cena que jamais cogitou em sua cabeça.

─ H, dois minutos! ─ uma mulher avisou ao abrir a porta suavemente, fechando em seguida.

─ Eu preciso ajudar Taylor com a saída das crianças. ─ ele explicou. ─ Violet vem comigo para se acostumar, certo?

─ Uhum. ─ ela beijou as costas da mão de Louis.

─ Foi bom te ver, Harry. ─ Tomlinson estendeu seu braço e foi respondido da mesma forma, as mãos se tocando e balançando sutilmente.

─ Igualmente.

Harry ainda sentia o aperto firme do outro, as bochechas coraram ao se lembrar de acontecimentos entre os dois. Era engraçado pensar que a pessoa a qual explorava suas curvas e distribuía tapas em suas coxas era a mesma que o cumprimentou como se fossem recém conhecidos minutos atrás.

Louis beivara ao ceticismo. Mas agora desconfiava que reencontrar Harry não fora totalmente um acaso.

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