A Filha do Presidente

By chaenniet

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É um paradoxo que alguém possa se sentir solitário apesar de ter uma vida cheia de atividades, destinos e tar... More

01. Solidão Presidencial
02. Agente Park, Roseanne Park
03. Uma Primeira Impressão
04. Cumprindo o Papel
05. O Que Pode Tocar o Coração
06. O Que Pode Tocar o Coração II
07. Injustiça
08. Decisões Tomadas
09. Ninguém Sabe o Que o Futuro Reserva
10. Invasão à Casa Branca
11. Salve-a
12. Acordando do Pesadelo
13. Acordando do Pesadelo II
15. Honra e Bravura
16. O Primeiro Dia
17. O Segundo Dia
18. O Certo e o Errado
19. O Erro Mais Lindo Que Já Cometi
20. Permitindo-se
21. Mudanças Positivas
22. Quando Tudo Parece Estranho...
23. A Primeira Vez
24. Este É O Meu Passado
25. Apenas Um Susto
26. Decisões Que Mudarão Nossas Vidas
27. Parabéns, Rosie
28. Eu Tenho Medo, Mas Eu Te Amo
29. Suspeitas, Eu e Você
30. Rumo à Presidência
31. Não Haverá Escapatória
32. Eu Me Alimento Da Sua Beleza
33. Descobrindo a Verdade
34. Segredos Revelados
35. Beco Sem Saída
36. Novos Sentimentos, Quase Um Confronto
37. Amor, Amizade e Uma Nova Realidade
38. Verdade ou Consequência
39. Você Quer Jogar, Rosie?
40. O Perigo Vem de Onde Menos Se Espera
41. O Confronto Pessoal
42. Você Nunca Vencerá a Guerra
43. Para o Inferno
44. O Que Trouxe A Quase Morte
45. Jisoo É Sua Irmã
46. Acertos Em Família
47. A Vida Continua
48. Será Que Ela Volta
49. A Carta
50. Vai Ficar Tudo Bem
51. Podemos Procurar Por Ele?
52. Uma Surpresa Para Roseanne
53. De Repente Tudo Pode Mudar
54. Essa Sou Eu
55. O Pedido Inusitado
56. O Perdão É Para Os Fortes
57. O Resgate do Tempo Perdido
58. O Casamento Presidencial
59. Presidente Jennie Kim

14. Só o Tempo Trará as Respostas

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By chaenniet

Para a maioria das pessoas - em especial para Clare - receber visitas em casa é sempre uma alegria. Já por isso, dispunha de um lugar especial na sala, arrumado com capricho e bom gosto, que traduzia a personalidade dos Park. Contudo, a situação extraordinária deu-se de forma tão surpreendente que toda a pompa com o qual a mulher fazia questão de receber os amigos e parentes, esvaiu-se por completo. Tanto mãe quanto filha demoraram alguns segundos para assimilarem e associarem a figura elegante parada na porta, com o motivo pelo qual estava ali.

- Quem é que chegou? - Mason apareceu atrás de Rosie e Clare, carregando o filho no colo, ficando boquiaberto com a imagem que sua visão captava – Jennie Kim?

Ao ouvir a voz grave do pai é que Park se deu conta de que ainda não havia permitido a entrada da morena em sua residência, ou melhor, na residência seus progenitores.

- Jen...Srta. Kim, queira entrar por gentileza. - A agente fez sinal com a mão, inspirando a fragrância do J'Adore que espalhou-se no ambiente, trazida pela filha do presidente.

Ante uma situação como aquela, exigia se uma boa dose de autocontrole e "savoir vivre", os velhos bons costumes que todos deveriam conhecer e jamais abandonar.

- Bom, o que traz a nossa casa uma visita tão ilustre? - O patriarca tentava aparentar o máximo de amabilidade que era possível, ao passo que sua esposa encarava a mulher com a sobrancelha erguida e o cenho franzido, não se preocupando em disfarçar em leve dissabor por sua presença.

Após cumprimentar os colegas de profissão, que se mantinham parados em postura ereta frente à porta, a loira voltou a sua atenção para a visita.

- Sente-se, senho...

- Jennie, por favor. Somente Jennie. - Roseanne estreitou os olhos por um milésimo de segundo, tamanha a estranheza que o momento causava - Eu não vou tomar muito do tempo de vocês.

De certo que nos dias em que a agente estava hospedada na casa dos pais, foram diversas as vezes em que sua mãe externou a insatisfação para com a herdeira presidencial e suas atitudes extremistas, mas naquele instante, o que importava era mostrar para a mulher o quanto eram civilizados, recepcionando-a com cortesia e boa educação, dispondo de alguns minutos para uma conversa amistosa. Ainda não sabiam o motivo real da presença de alguém tão importante, porém às vezes era somente a cordialidade que Kim esperava, saindo dali com o coração grato pelo acolhimento que teve e ainda arrependida pelas besteiras que cometeu.

- Você aceita um café, uma água, ou... não sei? Desculpe-me, mas não temos o costume de receber... - A matriarca da família interrompeu sua fala ao prestar atenção no homenzarrão que vistoriava sua janela.

- Isso é procedimento de praxe, mãe, para ver se não há movimentação suspeita nos prédios ao entorno daqui. - Park sentou-se ao lado do pai, no sofá em frente à morena.

- Então... deseja um suco, talvez?

- Não se preocupe comigo. Estou bem, mas… uma água seria bem vinda. - Jennie sorria cordialmente, ao menos era o que aparentava.

- Claro! Eu já volto. - Clare alternou o olhar brevemente entre seu esposo e sua primogênita, saindo em seguida, caminhando até a cozinha. Rosie, treinada para decifrar o significado das milhares de expressões faciais que o ser humano usava - mesmo que inconscientemente - para externar as suas emoções, soube de imediato que a morena não estava de todo à vontade, que muitos trejeitos se davam de maneira forçada. 

Esboçou um breve sorriso contido, ao virar-se para brincar com a mãozinha do irmão. Talvez faltasse uma pitada a mais de naturalidade nos atos de Kim, mas a loira tomou o esforço que estava sendo feito como ponto à seu favor.

- E esse bebê? - Jennie sorriu ternamente ao olhar para Theo - Posso...carregá-lo?

- Hã...claro! Esse é o Theo, meu filho mais novo. - Tanto ela quanto Manson levantaram-se. A morena tomou o pequenino nos braços, recebendo uma gargalhada infantil em retribuição às graças que fazia - Ele gostou de você.

- Têm quantos filhos? – Kim perguntou, curiosa.

- Ah, só ele e Roseanne.

- Eu não poderia imaginar que você levasse jeito com crianças. - Clare retornou para a sala, surpreendendo-se com o bebê no colo de Jennie.

- Está falando sério? O destino ainda me não deu indícios de que serei mãe algum dia, mas eu gosto de crianças. Crianças e animais. Não parece, mas amo.

- Definitivamente não parece mesmo! - Enfatizou a mulher de cabelos curtos enquanto colocava o copo com água sobre a mesinha de centro.

Ainda sentindo o clima excêntrico que pairava no ar, Park apressou-se em tecer um comentário sobre um assunto completamente diferente do que estava em pauta no momento.

- Então... eu... estou bem. Tirei a tipóia do braço, os ferimentos tiveram ótima cicatrização. Estou muito bem. E...você?

O caçula da família não permitiu que a morena respondesse de imediato. Reclamando de fome, começou a resmungar palavras ininteligíveis em tom choroso, pedindo o colo da mãe.

- Está na hora da mamadeira dele. - Disse Clare, o pegando dos braços de Kim.

- Parabéns. Seu filho é lindo!

- Obrigada! Com licença.

- Quer ajuda, amor?

- Não precisa. Obrigada! - Ela falava mais alto que o normal, já seguindo em direção à cozinha novamente.

Jennie tomou um gole da água. Estava visivelmente constrangida. Aliás, todos ali se mantinham talhados da liberdade total de ações na presença um do outro, mas deveriam ao menos fingir o contrário.

- Respondendo à sua pergunta... terei que fazer uma plástica se quiser tirar a cicatriz da cirurgia. Ainda sinto algumas fisgadas, porém nada preocupante. Também sinto dores nas articulações e na cabeça, o que dizem ser comum no tipo de trauma que tive. Enfim, estou me recuperando bem, graças a você.

- Que bobagem. Eu não fiz mais do que a minha obrigação. - Rosie detinha a respiração descompassada devido ao nervosismo, mas tratou logo de controlar-se, uma vez que demonstrar emoções naquele momento, com o seu pai e mais quatro "desconhecidos" a prestar atenção na conversa, não era de fato uma boa idéia.

"Ainda bem que não está dopada, senão ia ser um tumulto a D. Clare ouvindo aquelas baboseiras.", pensou a agente, ao encarar a mulher à sua frente.

- Que modéstia, minha filha! Ela foi bem corajosa, Srta. Kim. Roseanne é mesmo uma das melhores. Posso dizer com conhecimento de causa. Sou militar também. - Mason mostrava-se inflado de orgulho da primogênita.

- Oh, é mesmo? E eu o parabenizo por tê-la criado tão bem. Cometi um erro ao julgá-la precocemente. Inclusive, essa conversa que estamos tendo, a princípio seria com o meu pai. Eu tinha pedido a ele o sigilo das minhas intenções, mas pensei bem e percebi que seria um erro maior ainda não vir pessoalmente para... - A morena pausou a fala por alguns instantes quando Clare sentou-se ao lado do esposo, ajeitando Theo, que mamava avidamente em seu colo. Um pigarro antecedeu a sua continuação - … para agradecer por tudo o que fez por nós. Certamente não estaríamos vivos. Todos teriam sido massacrados naquele ataque. Você arriscou a sua vida, você se pôs na frente de várias armas como escudo para me proteger... - Notoriamente havia emoção em cada palavra de Jennie. O orgulho não a permitiria marejar os olhos, já era demais assumir tudo aquilo em voz alta, indo além de seus pensamentos - Por isso e por todo o resto é que eu gostaria que retornasse à equipe de segurança da Casa Branca. Entendo se estiver magoada, e com razão. A questão é que... nem meus pais, nem eu, confiamos em nenhuma outra pessoa para executar o trabalho tão bem como você fez.

"Eu disse que uma hora ou outra ela ia enxergar o quanto foi estúpida e vir arrastando pedindo para ser desculpada. Minha filhinha sempre foi ótima no que faz." Por fora, Clare mantinha o semblante imparcial, por dentro dava pulos de euforia. O mesmo acontecia com Park. Não esboça vai reações muito evidentes, mas no fundo queria levantar dali e festejar feito uma criança feliz em época de natal.

- Hã... bem... eu retorno amanhã às minhas atividades laborais. Inclusive conversei agora a pouco com o comandante e ele...ainda não decidiu o que farei e como farei. Kwon sabe dessa proposta? - A agente questionou. De cenho franzido, tentava assimilar tudo o que estava sendo dito, no intuito de não cometer nenhuma gafe ou tomar decisões precipitadas.

- Jiyong sabe sim, e no caso, você não vai retornar como uma simples integrante do quadro de colaboradores do Serviço Secreto.

- Ah, não? E seria o quê então? - O Sr. Park intrometeu-se, vencido pela curiosidade.

- Pai... - A loira tocou em sua coxa direita como forma discreta de contenção.

Jennie suspirou profundamente como se buscasse por uma dose de coragem que viesse junto com o ar para os seus pulmões.

- A sua filha será a minha segurança particular, trabalhará quase exclusivamente para mim. Digo quase porque obviamente haverá momentos em que seja necessária a sua intervenção em algum procedimento mais técnico, alguma ordem que tenha que dar aos seus subordinados...

- Dar ordem aos meus subordinados? Hã… Jennie, me desculpe, mas não estou entendendo absolutamente nada. - Rosie ergueu o sobrolho ao indagar a morena. Parecia mesmo confusa, assim como os demais presentes.

- Amanhã é que voltará às suas atividades, não é? Pois a partir de amanhã será a nova comandante da equipe, porém com a incumbência de tratar da minha agenda em prioridade.

- Uau! - A expressão deu-se em uníssono pelo casal Park.

- Kwon também sabe disso? - Rosie não conseguia expressar-se com coesão diante de tantas surpresas em tão poucos minutos.

- Se preocupa em demasia com ele, agente Park, ou melhor, comandante Park. Jiyong ficará por conta da USES no escritório. Você é a chefe de segurança agora. Ele te auxiliará com o meu pai. E antes que me pergunte... Kwon está bem conformado quanto às mudanças. Receberá uma gratificação, terá o devido reconhecimento do seu trabalho e não foi destituído do cargo de chefia totalmente, apenas remanejado, como você foi antes da invasão acontecer. - A morena tomou outro gole de água, findando com o líquido do copo.

- Aceita mais, Srta. Kim? Ou... outra coisa? Temos bolo, croissants...

- Não, Sra. Park. Eu estou satisfeita. Obrigada. Quem sabe em uma próxima oportunidade?

"Próxima oportunidade? Essa cena se repetirá algum dia? Impossível!". A ex-agente, agora comandante, sabia que Jennie usava de cordialidade, mas soava demasiado estranho a sua fala associada à possibilidade de um dia os cinco estarem reunidos outra vez. Demorou um pouco para a loira reagir à notícia, tomando a palavra para si, mesmo estando boquiaberta.

- Eu estou sem palavras. Sinto-me... honrada.

- Então isso é um sim? Não está chateada por eu... por eu ter te expulsado?

- Ah, mas isso é claro que sim...

- Mãe! - Roseanne semicerrou os olhos, encarando a sua progenitora em reprimenda - Jennie, eu amo a minha profissão, me dedico, me esforço o máximo que posso, indo até além. Sei que existem muitos por aí com capacidades ímpares que nem devem ser comparadas com as minhas, mas eu sei que posso sempre mais, porque luto por isso todos os dias. Eu estudo, me mantenho atualizada em técnicas, e tudo o mais que é necessário a uma agente secreta dos Estados Unidos. Não digo que sou a melhor, mas digo que sempre busco o meu melhor. Empenho e desempenho são algumas das minhas palavras de ordem. Não foi nada agradável ouvir que era incompetente, que não sabia executar uma tarefa direito, sendo que a única coisa que fiz foi salvar o Billy naquele dia. Entretanto, chateada ou não, magoada ou não, estamos aqui tratando de questões estritamente profissionais. E no âmbito profissional, digo que sim, aceito minhas novas condições dentro da USES. Uma das diversas coisas boas que meus pais me ensinaram, foi saber desculpar um erro alheio quando este é reconhecido. Eu te desculpo e te agradeço por isso.

Tapa com luva de pelica. Essa expressão significa responder ou revidar algo que não gostou de ouvir ou ver de uma forma elegante e educada, ao invés de replicar com grosseria. Responde-se de maneira tão sutil, a ponto de deixar o outro se sentindo mal. Não é nada fácil, mas tem lá seus privilégios. Torna-se uma massagem no ego ver quem lhe incomodou se contorcendo de raiva, pois esperava uma rendição às provocações, a aceitação de um jogo sujo, e não um sorriso terno em meio à palavras proferidas com calmaria.

Para Park, foi deveras torturante conservar a tranqüilidade e não imaginar-se esganando aquela mulher que fez com que a sua artéria carótida quase pulasse pescoço à fora. Contudo, naquele momento pôde reconhecer que a decisão de calar-se por ora foi a mais acertada, pois, no fim das contas, foi Kim quem teve que manter-se cabisbaixa, isenta do direito de retrucar. 

Após alguns segundos de total silêncio, permanecendo apenas os entreolhares, a morena sorriu, levantando-se, seguida pelos demais presentes que estavam sentados.

- Comandante, hã... há mais uma coisa que ainda não citei. Em alguns dias teremos uma solenidade em comemoração à reconstrução da Casa Branca e, por conseguinte, a cerimônia para a sua condecoração.

- O quê?

- Condecoração, Park; aquilo que se dá a militares ou suas unidades por atos de heroísmo ou por bons serviços prestados. - Um pequeno sorriso divertido pôde ser notado no rosto da morena.

- Eu sei o que é condecoração, só não acho que...

- Aposto que seu pai está de acordo, não é, Sr. Park?

- Oh, sim. Claro! Roseanne merece. - O homem tocava no ombro da filha, ao passo que a olhava emocionado, assim como sua esposa.

- Pois... agora que eu disse tudo o que pretendia, devo partir. Demorei mais do que o necessário. - A mulher deu alguns passos em direção à Clare - Adoraria ver esse garotão lá. É...vai ter uma festa para a sua irmã. Vai sim... É… - Kim brincava com Theo, arrancando gargalhadas do garotinho - Até mais. - A herdeira presidencial meneou com a cabeça seguindo para a saída.

- Jennie! - Rosie alcançou a maçaneta, pondo-se frente à morena - Obrigada. - Uma sorria genuína e discretamente, enquanto a outra arfava o peito. 

Alguns instantes de silêncio deram-se no ambiente. Sem desviar os olhos um segundo sequer, Park encarava as íris castanhas de Jennie, e esta, por sua vez, encarava as esverdeadas que tanto brilhavam.

- Eu te vejo amanhã, comandante.

"Dois olhares que se cruzam tão intensamente são duas almas que se beijam em silêncio."

Parafraseando a expressão, podemos descobrir o quanto mais é carregada de sentimento e entendimento do que à primeira lida. Em pensar nas simples experiências cotidianas, que muitas das vezes passam despercebidas, ou nas que marcaram e marcarão uma vida inteira, a frase assume um peso colossal.

Certas relações pessoais são construídas com valores muitas vezes ocultos e delicados. Portanto, não devem ser consideradas com parcimônia. É necessário fino trato, entendimento, respeito, amor.

Sim, amor. E só esta palavra dizia tudo o que estava acontecendo naqueles segundos - que mais pareceram eternidade - enquanto as mulheres se olhavam.

O amor surge sobre as mais diversas formas, pelas mais diversas pessoas e relações. Mas, em todo e qualquer caso, não deixa de ser amor e nele abarcando uma série de outros substantivos.

Naquela situação, os olhares cruzaram-se, respeitaram-se e simpatizaram-se, como em tantas outras situações do dia-a-dia, mas sem o conhecimento prévio de que era algo especial, ou ao menos se tornaria assim um dia.

Roseanne e Jennie transmitiram mutuamente uma série de sentimentos e impressões que poderiam facilitar, ou mesmo dificultar aquela relação. E quando facilitaram, os olhares que se cruzaram, efetivamente estavam a se beijar; as almas tocaram-se em um ritual de empatia e carinho oculto.

A loira abriu a porta por onde Kim e os seguranças passaram, fechando-a em seguida. Estática, continuou a olhar para o pedaço de madeira, como se ainda pudesse ver a imagem da filha do presidente através dele. Engoliu em seco, sentindo um aperto no peito de significado desconhecido.

"O que é isso? O que acabou de acontecer aqui?" Teria faltado coragem parte à parte? Talvez. Mas Park não se arrependia de não ter travado conhecimento sobre o que se sucederia após aquele silêncio constrangedor e torturante. Os segundos tornaram-se especiais, como algo que talvez tenha tido mais sabor por ficar na incerteza da sua continuidade... O eterno mistério do que poderia ter sido. E tudo isso porque, recentemente, dois olhares se cruzaram, duas almas beijaram-se em silêncio. Ela sentiu, Jennie sentiu. No entanto, não faziam idéia do que poderia significar.

O tempo trará as respostas. Somente o tempo trará...

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