Desculpem os erros, prometo corrigir mais tarde.
Não esqueçam de comentar durante o capítulo, isso me motiva a continuar escrevendo.
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Mansão da família Morgenstern, Cape May, Nova Jersey - Estados Unidos.
6 de Setembro de 2020 - 14:55 P.M
Depois de deixarem Jimin e Rosé no instituto Graymark. Jungkook e Lisa seguiram para a mansão da família Morgenstern. Onde Namjoon, Taehyung, Yoongi e Jisoo os aguardavam.
Lisa estacionou a moto próxima a fonte no meio do jardim, descendo dela e caminhando graciosamente até a porta. Jungkook veio logo atrás, após estacionar o carro na garagem da mansão.
Ao entrarem, encontraram os outros irmãos na sala de estar. Taehyung tocava o piano no canto da sala, Jisoo estava sentada sobre o piano, os olhos fechados e a cabeça balançando ao som da melodia. Yoongi estava próximo a janela, observando os pássaros voarem em torno da macieira e Namjoon estava próximo a lareira, o copo de whisky pendendo em sua mão e os olhos fixos no fogo.
— Boa tarde, queridos irmãos... e Yoongi. — Jungkook cumprimentou assim que cruzou a porta da sala.
— O que aconteceu para você estar de bom humor? — Namjoon questionou, desviando o olhar do fogo para Jungkook.
— Matou alguém, provavelmente. — Jisoo falou, pulando de cima do piano e caminhando até o sofá. Jungkook sorriu falso para a irmã, que respondeu mostrando-lhe o dedo do meio.
— Onde vocês estavam? — Yoongi perguntou a Lisa, ignorando a presença de Jungkook na sala.
— Com Rosé. — Jungkook se intrometeu, ao ver o desconforto de Yoongi, o híbrido sorriu em escárnio.
— E Jimin. — Lisa acrescentou. — Eles finalmente acordaram e...
— Por que eu não fui avisado?! — Yoongi perguntou, subitamente irritado. Ele estivera esperando notícias de Rosé durante os dois dias que a garota estivera inconsciente, era injusto não ser avisado do despertar de sua amada.
— Eu esqueci de te avisar. — Lisa falou. — Desculpa.
— Esqueceu né, aham. — Jungkook riu, se aproximando da mesa com garrafa de bourbon e se servindo de uma dose.
— Não me provoque, Jungkook. — Yoongi disse entredentes.
— Não foi nada demais, okay? Jimin e Rosé apenas queriam pegar algumas roupas e objetos pessoais, nós os levamos para garantir a segurança deles. — Lisa caminhou até Yoongi e colocou a mão sob o ombro do irmão.
— Achei que isso era trabalho dos caçadores. — Taehyung observou. — Digo, nosso trabalho é capturar quem quer que esteja assassinando submundanos e não cuidar de dois caçadores de sombras novatos.
— Eu adoraria discutir isso com você, Taehyung. Mas há algo mais sério a ser tratado. — Jungkook tomou um gole da bebida e se sentou preguiçosamente no sofá ao lado de Jisoo.
— Como o que? — Taehyung perguntou.
— Encontramos um renegado na casa deles. Acredito eu, que ele estava seguindo ordens do ser que sequestrou a tia deles. E arrisco dizer que é o mesmo ser que está utilizando o nome daquele caçador de sombras. — Jungkook falou.
— Estou começando a suspeitar que talvez, não seja alguém usando o nome de Theodore e sim o próprio. —Lisa opinou.
— Ele está morto. Encontraram o corpo dele queimado. — Jisoo falou.
— Em nossos mil anos de vida, já vimos muitas pessoas voltando a vida milagrosamente, mesmo depois de seus corpos serem destruídos, não seja inocente, Jisoo. — Namjoon ponderou. — Se é mesmo o Thedore, então nosso trabalho será ainda maior e mais difícil. Se me dão licença, irei entrar em contato com a Clave e contar o que descobrimos.
— Então, Lili. Como foi perceber que está afim da namorada do Yoongi? — Jungkook perguntou com um tom zombeteiro. Jisoo e Taehyung arregalaram os olhos enquanto Yoongi encarou Lisa incrédulo.
— Não fale besteira, Jungkook. Apenas estou sendo educada com ela. Por mais estranho que pareça, sinto uma afeição inexplicável por essa pobre garota. — Lisa respondeu séria, em uma tentativa de mostrar a Jungkook que aquilo não tinha o mínimo de graça.
— Tem certeza, Lalisa? — Yoongi perguntou. — Não estou querendo dar razão a essa praga, mas...
— Fui promovido a praga? Que bíblico e adequado, já que vou matar várias pessoas quando tudo isso acabar. — Jungkook jogou a cabeça para trás e gargalhou.
— Eu não estou afim da sua ex namorada, Yoongi. — Lisa falou irritada.
— Ex? Você não mencionou que terminaram o relacionamento. — Jisoo se intrometeu, recebendo um olhar repreendedor de Taehyung.
— Nós estamos dando um tempo, muita coisa aconteceu na vida dela e ela precisa de tempo para se reorganizar. — Yoongi respondeu.
— Não foi isso que ela disse a Lisa. — Jungkook cutucou novamente os irmãos, os ânimos estavam se exaltando aos poucos, o clima tenso era quase palpável no ar.
— Jungkook, cale a boca! — Lisa pegou um quadro que estava na parede e arremessou em Jungkook, esse que apenas moveu a cabeça para o lado, deixando o quadro passar ao lado de sua cabeça e atingir a parede do outro lado com força, espedaçando-se.
— O que você quer dizer com isso? — Yoongi perguntou, o rosto estava avermelhado de ódio, ele caminhou até Jungkook e o ergueu pelo colarinho da camisa, jogando-o na parede.
— Ei! Parem! — Jisoo se levantou irritada, correndo até Yoongi e Jungkook e tentando separa-los.
— Não se meta, Jisoo. — Aconselhou Taehyung, voltando a dedilhar pelo teclado do piano.
— Estou cansado de você! Cansado de você gozando da minha cara o tempo todo! Cansado de você me provocando! — Yoongi rosnou, socando o rosto de Jungkook com força, o híbrido cuspiu sangue e sorriu.
— Ah irmão, você nunca aprende não é. Você não tem sorte no amor, quando sua amada não é morta, ela é tomada de você por seu próprio sangue. — Jungkook provocou. — De qualquer forma, você sempre perde. — Yoongi o socou de novo, mas dessa vez Jungkook desviou, dando-lhe uma joelhada nas costelas.
— Chega! — Lalisa gritou, avançando em Jungkook e o empurrando para longe de Yoongi.
— Você acha que sou o único que sempre perde? Ao menos eu tenho um bom caráter. E você, Jungkook? O que você tem, além de seu egocentrismo? Você gosta de pagar de superior, mas todos sabemos o quão inseguro e neurótico você é! Você sempre ataca para não ser atacado, por que no fundo você é um medroso, um covarde, você sempre foi e sempre será. Você é um verdadeiro perdedor Jungkook, você não tem ninguém e nunca terá. Não tem amigos e sua própria família te odeia, você é desprezível em níveis absurdos! — Yoongi desabafou. — Eu tenho pena de você.
— Não sinta pena de mim! — Jungkook gritou, empurrando Lisa para longe partindo para cima de Yoongi. — Nunca mais repita isso! Eu não preciso que um ser insignificante como você sinta pena de mim!
— Se sou tão insignificante por que se preocupa tanto em fazer da minha vida um inferno? Você é como nosso pai! — Yoongi recebeu um soco forte no queixo, tombando em cima de uma mesa e a quebrando com o peso de seu corpo.
— Parem! Chega, os dois! — Lisa gritou, tentando segurar Jungkook, esse que partira para cima de Yoongi e começara desferir socos no rosto do irmão.
— Taehyung, pare de tocar essa porcaria de piano e nos ajude aqui! — Jisoo pediu, segurando o braço esquerdo de Jungkook enquanto Lisa segurava o direito e o puxava para longe de Yoongi.
— Eu não me meto mais em brigas dessa família. — Taehyung disse com um tom de voz cansado.
—- Por Deus, o que está acontecendo aqui? — Namjoon entrou na sala boquiaberto. — Jungkook, Yoongi, por favor, parem.
Após ouvir a voz dura e séria de Namjoon, Yoongi se levantou do chão e se afastou de Jungkook. Enquanto Jisoo e Lisa ainda seguravam os braços do híbrido. Jungkook se debateu até que as irmãs o soltaram.
— Falei com a Clave e com Edward. Espero que já tenham se acalmado, há muito o que conversar. — Namjoon disse. — Vamos até a sala de jantar, por favor.
Instituto Graymark, Cape May, Nova Jersey - Estados Unidos.
6 de Setembro de 2020 - 18:35 P.M
— Como assim a Clave acredita que minha mãe está com esse tal cálice mortal? — Hoseok perguntou exasperado. Hoseok havia chegado ao instituto há alguns minutos, Edward oferecera abrigo a ele também, por mais duro que ele fosse, não achava justo separar o trio de primos naquele momento.
— Falei com a Clave e o Namjoon, o líder dos vampiros originais. — Edward explicou. — Namjoon acredita que Theodore está vivo e atrás do cálice novamente. Já a Clave acha que é alguém do submundo se passando por ele.
— Mas esse Theodore não se matou e destruiu o cálice consigo? — Rosé perguntou, se lembrando da conversa que tivera com Jimin.
— É o que todos pensamos durante esses dezessete anos. — Edward falou, apoiando os cotovelos sob a escrivaninha da biblioteca. — Pelo menos agora sabemos quem mandaria um demônio atrás de sua mãe. Quem quer que esteja por trás disso, acha que ela está com o cálice mortal.
— Isso é completamente ridículo e impossível. — Disse o Jung.
— Tem certeza? — Perguntou Edward, ele encarou Hoseok com olhos opacos como vidro embaçado. — Agora eu sou sua melhor chance de encontrar sua mãe, precisa confiar em mim. Se tiver algo que possa me contar sobre...
— Não tem, nunca vimos nenhum cálice em casa. Nós nem de quer tínhamos taças, quem dirá um cálice. — Jimin falou com pouca paciência.
— Tudo bem, escolho acreditar em vocês. — Edward falou. — Se vocês encontraram mesmo um guerreiro renegado, significa que o Ciclo está ascendendo novamente.
— Então você acredita que esse Theodore está de volta? — Rosé perguntou.
— E o que é o Ciclo? — Jimin indagou curioso.
— É hora de mostrar uma coisa. — Edward se levantou, indo até as prateleiras enormes de livros.
— Edward, se você precisar de ajuda para procurar... — Hoseok começou, mas fôra interrompido.
— De maneira alguma. — Edward alcançou um livro. — Encontrei. —
Ele voltou a mesa trazendo um livro enorme, encapado com couro marrom. Ele passou as páginas com um dedo ansioso e sussurrando. — Onde... onde... ah, aqui está! — Ele limpou a garganta e leu em voz alta — Por intermédio deste, afirmo obediência incondicional ao Ciclo e a seus princípios... Estarei pronto a arriscar minha vida a qualquer instante pelo Ciclo, de modo a preservar a pureza da linhagem de sangue de Idris, e pelo mundo mortal cuja segurança nos é confiada.
— De onde é isso? — Jimin fez uma careta.
— Era o juramento de lealdade do Ciclo de Raziel, há quase vinte anos. — Disse Edward, soando estranhamente cansado.
— Que coisa arrepiante — Disse Rosé. — Parece uma organização fascista, ou algo do tipo.
Edward repousou o livro. Ele parecia tão sofrido e tão estático quanto as estátuas de anjos espalhados pela biblioteca.
— Eram um grupo. — Disse Edward lentamente. — De Caçadores de Sombras, liderados por Theodore, dedicados a livrar o mundo dos habitantes do Submundo, e devolvê-lo a um estado "mais puro". O plano deles era esperar que os membros do submundo chegassem a Idris para assinar o acordo. Aproximadamente a cada 15 anos, eles têm de ser assinados novamente, para manter sua mágica potente. — Ele acrescentou, para que eles pudessem entender. — Depois, planejavam matar todos eles, desarmados e indefesos. Esse ato terrível, eles pensaram, traria a guerra entre os humanos e o povo do Submundo, uma guerra que eles pretendiam vencer. Essa foi a Ascensão. — Edward limpou a garganta. — O nome de Theodore ou do Ciclo não é dito com frequência nos dias de hoje. Sua existência se mantém como uma vergonha à Clave. A maioria dos documentos ligados a eles foi destruída.
— Então por que você tem uma cópia desse juramento? — Perguntou Hoseok. Edward hesitou apenas por um instante, mas Rosé e Jimin perceberam, e sentiram um pequeno e inexplicável calafrio de apreensão atravessar a espinha.
— Porque — Ele disse, afinal. — Ajudei a escrevê-lo.
— Você fazia parte do Ciclo. — Rosé murmurou.
— Fazia. Muitos de nós fazíamos. — Edward estava olhando diretamente para a frente. — A mãe de vocês também.
Jimin e Rosé recuaram, como se tivesse levado um tapa.
— O quê? — Rosé perguntou, as mãos trêmulas e o coração disparado.
— Eu disse... — Edward começou, mas fôra interrompido por Jimin.
— Nós sabemos o que você disse! Mas nossa mãe jamais teria pertencido a uma coisa dessas. Uma espécie de... uma espécie de grupo de ódio. — Jimin defendeu a mãe. Mas Rosé sentiu seu ombro pesar, a verdade é que eles nunca a conheceram para saber se ela era capaz ou não de algo assim. Apenas sabiam dela o que Ji Woo contava.
— Duvido que tenha tido escolha. — Edward disse lentamente, como se as palavras doessem.
— Do que você está falando? Por que ela não teria tido escolha? — Rosé perguntou.
— Porque.. — Começou Edward. — Ela era mulher de Theodore.
Houve um instante de silêncio antes que Jimin e Rosé, atônitos, começassem a falar ao mesmo tempo.
— Isso é impossível! — Rosé se levantou do sofá.
— Nossa mãe jamais teria... ela só foi casada com o meu pai! Ela não tinha um ex-marido! — Jimin falou e Edward levantou as mãos, cansado.
— Crianças... — Edward falou.
— Não somos crianças! — Rosé virou-se de costas para a mesa. — E não quero mais ouvir nada.
— Roseanne — Disse Edward. Não havia mais tanta gentileza em sua voz. Ela se virou lentamente, e olhou para ele do outro lado da sala.
— Minha mãe não teria... — Ela começou e parou no meio. Ela não podia afirmar, não sabia nada sobre sua mãe.
— Sua mãe deixou o Ciclo. — Disse Edward. Ele não se moveu em direção a ela, mas observou-a através da sala com a quietude de um pássaro. — Quando percebemos o quão radicais se haviam tornado os ideais de Thedore, quando estávamos preparados para tal, muitos de nós o abandonamos. Ji Woo foi primeira.
— Mas ela era uma licantrope não era? — Hoseok perguntou.
— Sua mãe foi uma caçadora de sombras também, Hoseok. Mas ela foi mordida por seu pai e acabou se tornando uma licantrope. — Edward explicou.
— Houve quem se mantivesse leal. Pangborn. Blackwell. — Edward citou nomes desconhecidos para os três.
— E você? Quando saiu? — Rosé perguntou.
— Eu não saí. — disse Edward, suavemente. — Tive medo, muito medo do que ele poderia fazer. Depois da Ascensão, os mais leais, como Blackwell e Pangborn, desapareceram. Eu fiquei e cooperei com a Clave. Dei nomes. Ajudei a encontrar os que haviam fugido. Por isso recebi clemência.
— Por que ninguém nos contou antes? — Jimin perguntou. — Que nossa mãe foi casada com o Theodore.
— Ji Woo não achou justo jogar um peso tão grande sobre vocês. — Edward suspirou cansado.
— Mas por que ele quer tanto o Cálice? — Hoseok perguntou. O rosto de Edward estava sombrio.
— Não é óbvio? — Indagou Edward. — Para formar um exército para si e destruir os submundanos.
— Hora do jantar! — Era Eliza, na porta da biblioteca. Ela estava com uma colher na mão e o cabelo escapando do coque e caindo nos ombros. — Desculpem se estou interrompendo. — Disse após um breve cumprimento.
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Eu não sei vocês mas eu me racho como a família Morgenstern briga com facilidade.