O Erro - Série Amores de Vega...

By MC_Silva_escritora

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Uma cidade, um encontro e uma atração avassaladora... Bárbara Bravanel é uma mulher independente, determinada... More

Avisos
Booktrailer
Prólogo
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Pausa
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 7

Capítulo 6

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By MC_Silva_escritora

Bárbara Bravanel

- Bom dia Barbie, parece de bom humor. - June comenta ao se colocar ao meu lado e caminhar comigo para minha sala.

- Tive uma semana mais leve, adiantei boa parte do trabalho no final de semana passada. - também transei horrores essa semana - Como estão as coisas?

- Ah você sabe. - ela dá de ombros mas vejo um certo rubor aparecer em sua face - Tenho trabalhando com Connor e ele não é muito fácil.

- Entendo. - evito fazer uma careta ao me lembrar no energúmeno que ele é - Mas teve algum problema?

- Não, eu só... - ela respira fundo e fecha a porta atrás de si e se aproxima da minha mesa - Nós trabalhamos até tarde ontem, sabe?

- Sei. - concordo, lembrando-me de tê-lo visto em sua mesa e ela debruçado sobre um monte de arquivos em sua sala - O que tem?

- Eu não tenho muitas amigas, na verdade todas as aninhas amigas ficaram no Arizona e preciso de conselhos rápidos. - assinto, agora realmente interessada no rim da conversa - Ontem, Connor e eu, ele, bem, me beijou.

Droga, devia ter bebido mais café essa manhã. Ainda estava meio letárgica e aquela nova informação sobre uma colega de trabalho não era bem o que eu estava esperando para meu dia.

June sabe, assim como Connor e todos os outros, que existe uma regra bem clara sobre conduta no escritório. Não há nada no contrato que proíba relacionamento entre funcionários mas manter relações dentro do escritório é perigoso.

- Você consentiu, não é? - ela balança a cabeça, corando ainda mais - Então o único problema é que fizeram isso aqui dentro.

- Não, o problema é que ele é um galinha! Sabe, ele é gentil, educado e bonito mas um galinha. - tenho vontade de refutar alguns adjetivos dados a ele - Ninguém aqui já o viu interessado em alguém genuinamente ou em um relacionamento a longo prazo.

- E você quer um conselho do que fazer? - ela balança a cabeça. Observo-a com atenção, anotando todas as característica notáveis sobre ela.

June é bonita de um jeito meigo. O cabelo escuro escorrido está sem preso em um rabo de cavalo elegante ou um coque bem feito, e no tempo em que trabalho aqui a vi duas ou três vezes com os fios soltos. Sua pele é clara como leite e todas as vezes em que suas emoções saem de controle cora como um adolescente. Olhos amendoados. Sua personalidade é naturalmente introvertida, seria a primeira vista, mas com o tempo percebi que era doce e gentil, muito parecida com Valentina.

- Talvez você não goste muito do meu conselho. - aviso. Ela murcha um pouquinho mas não volta atrás em seu pedido - Primeiro, não acho Connor um bom partido.

- Notei isso quando o enxotou daqui. - arqueio uma sobrancelha para ela - Me desculpe a intromissão.

- Segundo, não gosto de Connor e todos os meus instintos gritam para tomar cuidado com ele, sua personalidade arrogante não é o único problema. - guardo para mim que Connor tem as características clara de alguém que não aceita um não. Naquele dia na minha mesa ele percebeu que eu não cederia, tão pouco me intimidaria com o fato dele ter um pênis, por isso recuou - Você é adulta, sabe o que faz. Então, o chame para um encontro.

- Acha que eu devo simplesmente chamá-lo?

- Sim.

- Como? - Ah meu Deus, é sério isso? Quase digo que ela escolheu certa em se mediadora ao invés de atuar em tribunal, ela é facilmente manipulável.

- Você abre a boca e diz: "Ei Connor, quer jantar comigo? Conheço um lugar legal" ou "Recebi a indicação de um lugar, pode me acompanhar?" mas se está procurando um caso rápido, apenas diga a ele que ontem não foi nada comparado ao que você pode fazer em um lugar privado, confie em mim, ele vai entender o recado. - não movo meus olhos para ela de novo, apenas concentro-me no que há na minha frente. Dois minutos depois ainda posso ver seus pés plantados no chão da minha sala - Mais alguma coisa June?

- Você está brincando, não é? - sua voz está tão baixinha que tenho dificuldade em ouvi-la - Não posso falar com ele assim, Connor é quase um sócio.

- Não está nem perto. - resmungo.

- O que?

- Ele é um advogado como você, e um ser humano também, não tem muita coisa que ele possa fazer contra você. - minha mente rapidamente me condena por dizer isso - June, se não quer convida-lo, então terá que esperar que ele faça.

- E se ele não chamar?

- Você terá perdido a chance de sair com ele. Se fosse comigo e o cara que eu estou afim, chamaria.

- Então chama.

- O que? - olho para ela. June tem os braços cruzados e um sorriso arrogante nos lábios - De quem está falando?

- Zander.

- Zander? - digo um pouco mais alto do que devia. Para minha sorte, a porta está fechada - Zander Bass? Do que está falando?

- Você e Zander vivem flertando pelos corredores, dando risadinhas. Até mesmo a doutora April os acha um casal bonitinho, a fofoca que corre é que vocês serão o "casal sócio".

- O que?

- Sócios, sabe, você ganha uma cadeira na direção e...

- Cala a boca June, por que não me disse antes? A doutora April ouve essas fofocas? Deus do céu!

- Relaxa, ninguém está te julgando ou julgando a ele, achamos bonitinho. - sua tentativa de me acalmar só me deixa mais nervosa - Podemos fazer o seguinte, me mostre a maneira exata que preciso agir pra chamar um cara pra sair.

- Quantos anos temos, quinze e vamos a um baile? Somos adultas June, você não precisa de um roteiro para falar com um homem.

- Já deve ter percebido que sou tímida, preciso disso. Você Gama Zander pra sair e eu fico observando pra ver como é.

- Por que o Zander?

- Porque ele é o Zeus do escritório, bonito, charmoso, bom de papo e diz a lenda que montado na grana, então se ele não se ofender e aceitar, Connor não agirá diferente.

- Há muitas coisas erradas nesse seu pensamento e muita coisa errada em seu plano.

- Mas...?

- June, eu não quero fazer isso. Zander é meu colega de trabalho e não posso arriscar minha posição aqui por um flerte.

- Você está saindo com alguém. - ela afirma, com uma convocação assustadora.

- Não! Acredite em mim, não tenho visto ninguém.

- Se nossos superiores não veem problema, você está solteira e ele está solteiro, qual o problema? - ok, ela tinha um ponto. Seu plano era terrível e não a ajudaria em nada mas eu não tinha nada a perder, certo?

Com um suspiro pesado eu aceno para ela, aceitando aquela ideia ridícula, sem pé e cabeça.

- Eu tenho uma condição.

- Qual?

- Os relatórios são seus por uma semana inteira. - sua boca se abre e um "O" perfeito se forma.

- Que vadia má você é! - exclama. Acabo rindo de sua exasperação - Certo, faço isso por você. Mas precisa chamá-lo pra sair hoje.

- Não preciso ir ao encontro, preciso?

- Essa parte eu sei fazer. - pelo menos isso né minha filha? - Mas por que não iria? Como eu disse, Zander é maravilhoso, não desperdiçaria se fosse você.

Se você fosse eu, nem um encontro eu teria!

Forço um sorriso para ela e gesticula com a mão, indicando a saída. Meu ato descortês é ignorado e June sai da minha sala alegre.

Ninguém mais me leva a sério?

Por toda a manhã consegui trabalhar sem mais interrupções. Connor passou pela porta e acenou, oferecendo-me um sorriso arrogante - um tremendo babaca, o que June viu nele?.

Na hora do almoço, a mulher vem correndo em minha direção. Ela praticamente me arrasta pelos corredores até a a recepção onde Zander conversa com um outro colega de trabalho.

- Sabe mesmo o que fazer, não é? - olho para ela e tento disfarçar minha chateação.

- June, me dê um fim de semana com você e vou tirar essa neurose da sua cabeça. - me desvencilho de seu aperto. Checo minha aparência em uma janela ali perto - Com licença.

Caminho calmamente pelo lugar, deixando que ele percebesse minha aproximação. Zander sorri e me olha de cima a baixo. O homem ao seu lado murmura um "Com licença" e desaparece.

- Bárbara. - sorrio para ele e deixo um distância socialmente decente entre nós - Em que posso ser útil?

- Tenho um grande problema nas mãos agora. - faço um biquinho, ele ri e se aproxima discretamente. Pelo canto do olho vejo June fingir checar a correspondência enquanto escuta a conversa - Um fofoca horrorosa sobre nós tem corrido pelos corredores.

- Fiquei sabendo. - ele não parece minimamente estressado ou preocupado - A incômoda?

- Na verdade não. - mentirosa! Eu na verdade quero esfolar esse bando de fofoqueiro - Mas me sinto mal pela mentira se espalhando.

- Acredita que eu também? Imagina se nossos chefes escutam isso?

- Precisamos fazer algo sobre isso. - concordo. Inclino-me para frente, e usando a brecha ele se curva um pouco mais para que seu ouvido fique na altura da minha boca - Sabe a garota escutando nossa conversa?

- Que está fingindo ler a correspondência?

- Essa mesmo. Ela me desafiou a chamar você pra sair. - continuo sussurrando. June franze o cenho e tenta se aproximar mais. - Porque precisa de inspiração para fazer o mesmo com um ser humano do sexo masculino. - ele ri baixinho - Então, faria o favor de aceitar jantar comigo?

- Favor? - ele balança a cabeça, volta a sua postura ereta, arruma o paletó e sorri - Será um prazer levá-la para jantar.

- Me levar? Eu chamei, eu levo pra jantar. - bato o pé e finjo estar brava - Posso ter seu número pra mandar uma data e horário?

- Se puder mandar uma foto do que vai vestir, pode me preparar para a realidade. - rio mais alto. Seu humor malicioso me lembra muito um outro homem.

O pensamento me assusta e rapidamente me concentro novamente no que meu colega fala.

- Posso pensar no seu caso, só não espere um tratamento especial, costuma ser bem menos legal fora do trabalho.

- Que mulher audaciosa! - coloca a mão no peito - Se continuar me maltratando temo por meu coração.

- Que clichê ambulante!

- Continue zombando do meu coração, mas antes do fim do jantar estará apaixonada e de joelhos.

- Ou você estará de joelhos.

- Podemos revezar, se preferir me ajoelho primeiro e você logo depois, não tenho pressa. - e ali está outra piadinha sexual - Nos vemos por ai Bravanel.

- Senhor Bass. - pisco para ele.

Zander passa por mim, não sem antes me lançar um último olhar pecaminoso. June vem até mim praticamente pulando e vermelha como um pimentão.

- Você flerta como se fosse fácil! Faz isso respirando.

- É mais fácil quando o outro é receptivo ao flerte. - dou de ombros recomeçando a andar - Fiz minha parte, Zander e eu jantaremos em algum dia da semana e você pode se arranjar com seu encontro.

- Antes de fazermos esse acordo você poderia ter me avisado que é uma femme fatale. - resmunga irritada - Jogou sujo.

- Não sei do que está falando. - pressiono o botão para chamar o elevador - Estou morta de fome, e por sua causa tenho alguns minutos a menos. E estou atrasada.

- Um encontro?

- June, pelo amor de Deus! Eu almoço com minha melhor amiga alguns dias da semana, e hoje é um desses dias.

- Ah, bem, eu como na lanchonete aqui do prédio mesmo. - olho-a de relance e vejo seu semblante cair.

Ah não, ah não! Não faça cara de cachorro abandonado.

Fecho os olhos com força e amaldiçoou meu coração mole, que se compadece com esse tipo de coisa.

Quando saltamos no térreo, seguro sua mão e a impeço de entrar na lanchonete da tristeza e desamparo.

- Você vem comigo. - resmungo.

Descemos os degraus da frente e caminhamos pela calçada. O trajeto não é muito longo e logo estamos passando pela porta de vidro. Tina acena para mim, há um sorriso em seus lábios mas não se sustenta o suficiente para me convencer de que está bem.

Franzi o cenho para ela.

- Tina, essa é June uma colega do trabalho e vai almoçar com a gente, porque eu me recuso a deixá-la a comer na lanchonete da tristeza. - Valentina baixinho mas esconde atrás da mão.

- Na verdade é até leg... - lanço um olhar para ela e a calo.

- E June, esta é Valentina, minha melhor amiga. - puxo minha cadeira, de frente a minha amiga e indico a outra para June - Já fez seu pedido?

- Não, estava esperando você. - deixo June olhar o cardápio primeiro, ela logo se distrai com a variedade oferecida no bistrô.

Valentina e eu trocamos um olhar. O dela dizia "não tenho nada a dizer", enquanto o meu berrava "eu te conheço palhaça!".

Nós fazemos nossos pedidos e comemos em meio a uma conversa banal. June estava claramente acanhada mas demonstrava grande afinidade com Valentina, contando suas experiências com arquitetura, baseada em livros de decoração que comprou.

Minha amiga é gentil e sorria para minha colega, incentivando sua tagarelice e risadas escandalosas. Em determinado momento June diz que precisa voltar porque Connor está a chamando de volta. Quase a mando continuar com a bunda ali e dizer ao Connor que ele pode comer merda porque ela está no horário de almoço dela.

Me contenho, evidentemente não quero ser demitida ou ganhar uma má fama no trabalho.

- Você sempre foi baba aí dentro. - murmura quando minha colega se vai - Fez bem em não deixá-la comer sozinha, é bem triste isso.

- Pare de falar ou daqui a pouco a levarei para casa e deixarei que durma no sofá.

- Ela não é um hamster Bárbara!

- Mas parece quando está com vergonha. - Valentina ri e logo depois xinga - Pode rir, eu não vou julgar.

- Mas Deus vai.

- Já vou para o inferno mesmo. - dou de ombros e beberico meu suco - Principalmente do que fiz essa semana.

- Ah meu Deus! - ela resmunga e esfrega os olhos por baixo de óculos de sol - Antes que comece a falar, preciso me preocupar em possivelmente vomitar?

- Talvez. - ela acena para que eu continue - Estou transando horrores.

- E...?

- E tenho novidades. - ela se empertiga e me dá toda a sua atenção - Estou saindo com alguém, ou quase isso. Quer dizer estamos nos conhecendo.

- Com conhecendo você quer dizer...?

- Sim, estamos transando na maior parte do tempo. - digo e inevitavelmente um suspiro me escapa. Droga, Jace! - Tem sido ótimo.

- Estou feliz por você. - ela faz uma careta adorável - Quer dizer, é isso que quer, certo?

- Você sabe que eu não consigo ficar em um relacionamento por muito tempo, as pessoas tendem a me decepcionar com o tempo, então sim, isso é tudo o que quero e preciso no momento. - confirmo com confiança e sorrio para que ela tenha a certeza.

- Posso saber quem é o cara?

- Jace.

- O que? Jace? Jace Roxwell? - franzo o cenho quando vejo Valentina gargalhar - Barbie, Jace é o maior cachorro que eu conheço, tem certeza de que manter uma relação com ele é saudável?

- É só sexo Tina, sexo gostoso e selvagem. Me mantém entretida e satisfeita. - como todas as vezes em que falo da minha vida sexual, Tina finge ter ânsias de vomito - Mas você não pode falar muito, Kaydan trepava mais do que coelho antes de você.

Vejo quando seus ombros cedem e sua postura murcha. Ela brinca com o que restou de seu sanduíche.

- Tudo bem, pode falar. - ela ergue os olhos para mim e vejo a tristeza em seu semblante - Me conte o que aconteceu.

- Ah Barbie, eu não queria desanima-la, me desculpe. - estico a mão e capturo a sua em um aperto reconfortante.

- Eu percebi que tinha algo errado no momento em que a vi passando por aquela porta. - aponto para a entrada da cafeteria - É Kaydan, não é?

- A culpa é minha, eu que não entendi as coisas.

- Me diz o que aconteceu.

- Ele chegou tarde, de madrugada na verdade. E eu senti cheiro de mulher, tudo nele denunciava que esteve com outra. - engasgo-me com o biscoito que roubei da cestinha. A comida vai da minha boca e farelo explode para todo lado - Meu Deus B!

- Canalha! - digo alto. Algumas cabeças giram em nossa direção, apenas ignoro - Filho da puta! Como ele ousa trai-la?

- Não foi traição de verdade. - minhas mãos coçam para segurar aquela mulher e lhe dar um tapa, talvez o cérebro dela precise de um tranco para funcionar direito.

- É claro que foi, vocês estão casados! Será que alguém já explicou a ele como funciona essa instituição?

- Você entendeu o que eu quis dizer. - sua voz baixa sussurra para mim. A xícara gira entre seus dedos, o líquido escuro balançando pela borda - Nós nunca conversamos sobre isso e eu me sinto uma tonta por não ter imaginado que ele acabaria na cama com outra. Até mesmo eu já estou subindo pelas paredes.

- Mas você não dormiu com o primeiro que apareceu, foi fiel ao acordo. - respiro fundo, controlando meu maldito temperamento. Não posso gritar com ela, Valentina não reage bem a gritos - Ele sabe que foi uma violação ao contrato assinado? E até mesmo no acordo de casamento? Pode não ser uma cláusula mas fica subentendido ou ambas as partes devem estar cientes, caso contrário o acordo se torna inválido.

- Por favor não aja como advogada agora, quero apenas minha amiga boca suja. - mordo meu lábio inferior com força, a ponto de sentir que feria a pele.

- Vocês ao menos conversaram?

- Não, quando ele chegou eu gritei com ele e disse que a partir de agora eu treparia com quem eu quisesse. - choco-me com sua fala, em seguida permito que uma risada me escape - Ele não achou engraçado.

- É claro que não achou engraçado. Ele sabe que fez merda e sabe que se fosse ao contrário não aguentaria o tranco. Sabe o que tem que fazer agora? - ela balança a cabeça - Vingança meu amor.

- Não vou dormir com qualquer homem Bárbara.

- Chata. - beberico meu café. Abandono-o logo em seguida quando o líquido frio transtorna meu estômago - Não precisa ser desse jeito. Faça da vida dele um inferno.

- Como? - eu deveria me envergonhar por estar fazendo isso mas não posso ser julgada por ajudar minha amiga. Seu marido babaca merecia sofrer, se eu pudesse ajudar, melhor ainda.

- Pequena coisas, sabe? Sabotar a temperatura do chuveiro, destruir uma das jaquetas de couro, riscar a lataria da moto, raspar o cabelo, ignora-lo. Ah sim, ignorar é a pior coisa para o homem, o ego masculino é muito frágil e eles precisam da atenção feminina ou muchão como florzinhas no deserto. - meu comentário tem um tom azedo, pois me lembro do seu ex noivo. - Não o perdoe com tanta facilidade. Ele a traiu, se não na instituição do seu falso casamento mas na confiança que deu a ele. Um pouco de sofrimento lhe fará bem.

- Obrigada pelo conselho.

- Você é uma mulher incrível, não deixe que nenhum homem a subjugue mesmo aqueles com corpinhos deliciosos e um pau grande. - orgulho me invade quando consigo fazê-la rir. - Uma última coisa.

- Diga.

- Sei que não gosta disso mas Kaydan já te mostrou um ponto fraco, Ethan. - abre a boca para contestar mas a impeço de fazê-lo  - Só escuta. Não precisa usá-lo, dormir com ele ou iludir o pobre coitado, apenas deixe que Kaydan os veja, uma imagem ou um sorriso é tudo que precisa.

- Vou pensar sobre isso.

E eu espero que pense mesmo.

Logo depois de nos despedirmos, retorno para o escritório. Antes mesmo que eu possa entrar em meu escritório a voz do meu chefe barrigudo e desaforado me chama.

- Minha sala, por favor. - veja só, ele sabe as regras básicas da educação.

Sigo-o, mantendo alguns passos de distancia. Na porta, vejo Zander lá dentro e estremeço. Minha cabeça começa a bolar todo tipo de possibilidade para aquela reunião. Entretanto, tudo cai por terra quando o safado pisca pra mim e me chama com a mão.

- Sim? Algum problema, senhores?

- Nada demais, Bárbara. - o senhor Parker diz, ajeitando-se em sua cadeira - Esta manhã, recebemos a ligação de um homem em especial solicitando os serviços de um advogado de família.

- Certo. - murmuro. Bem, esta é minha área, ou pelo menos, a que eu pretendo me consolidar.

- Zander tomou o caso mas pediu para que tivesse um auxiliar, e April disse que só havia um outro advogado em quem confiava: você. - pisco, aturdia com o tanto de informação que recebi - Em resumo, você e Zander representarão o cliente e trabalharão juntos. Alguma pergunta?

- Não. - eu sempre me orgulhei da minha dicção e facilidade de lidar com o público, porém, naquela situação perdi até a capacidade de andar.

- Então estão liberados, Zander tem todos os documentos e os passará a você. Podem ir.

Zander deixa um cumprimento curto e nos guia para fora, colocando a mão em minha lombar.

Quando estamos fora e a porta fechada, ele s sinclinal e sussurra em meu ouvido:

- Bem vinda ao jogo, Barbie.

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