Adore You.

By LetciaPereira338

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Sibéria. Dois mil e dezessete. Amber Johnson. Tudo começa quando, um ano após a Guerra Civil, Steve Rogers... More

Cast
Prólogo (0.1)
0.2
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Século XXI (Primeira Parte)
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Segunda Parte.
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Terceira Parte.
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By LetciaPereira338





Meu telefone tocou cerca de duas horas depois que decolamos. Eu estava enrolada em uma manta, tentando ignorar o fato de que eu estava em um avião. E eu sei que não poderia ter atendido o telefone, mas Tony fingiu não ver ele tocando e eu fingi que fui para o banheiro. 

Atendi na terceira vez que tocou, suspirando. 

-Oi. 

-Oi. 

Silêncio. 

-Desculpa ter saído sem me despedir… 

-Tudo bem. - Bucky suspirou pesadamente. - Eu só queria avisar que o Tchalla já avisou que eu vou ter alta meio dia… No caso o meio dia daqui. Eu vou para Wakanda a seguir, já que ele ainda vai ficar com o Steve por uns dias. Você está bem? 

-Tô, sim, Bucky. Não se preocupa. 

-É um pouco difícil não me preocupar, mas juro que vou tentar. Aliás, eu li sua carta e eu te amo também, mas odiei o tom de despedida dela, está bem? 

-Bucky… 

-Não importa o que você acha. Você vai voltar para mim e para MJ e vamos ter um segundo filho! E aí, depois, vamos pensar no terceiro, no quarto… Até a gente fazer um time de futebol! Gosta da idéia?  

Soltei uma risada, tentando não ficar com vontade de chorar. 

-Gosto. Queria você aqui. - Admiti. - Eu te amo muito. 

-Eu sei. Eu também te amo, amor. O Thor tá aí, né? 

-Está! - Confirmei. - Eu preciso desligar agora. 

-Tá. Tudo bem. Até daqui a pouco! 

-Até… 

Guardei o celular e levei alguns minutos para criar coragem e sair do banheiro, voltando à minha poltrona e me enrolando naquela manta de novo. Thor já estava dormindo quando me sentei ao lado dele. Encarei Hope e Natasha mais para frente. Elas estavam dormindo juntas e abraçadas. 

Bufei tentando ignorar minha irritação. Eu preferia mesmo que Bucky ficasse com MJ, sem riscos, do que viver em um mundo onde ele não vivesse. 

Decidi olhar pela janela, vendo um monte de nuvens. Senti meu estômago afundar, então, foquei os olhos nos meus pés, concentrando minha respiração e tentando repetir várias vezes para me convencer de que eu estava segura e não ia afundar através do avião e despencar do céu. Era impossível acontecer, mas minha cabeça não parou de pensar nisso enquanto eu não dormi. 

E eu levei muito, muito tempo para dormir, tendo em vista que eu estava tentando ouvir a conversa de Phill e Tony. Os dois estavam bem mais para frente e quando ficou claro que eu não ia conseguir, desisti. Olhei ao redor e percebi que Clarisse já estava dormindo, assim como Sam e Becca. 

Só então eu fechei os olhos, crente que não ia conseguir dormir. Mas consegui minutos depois. 

Eu tive sonhos agitados e completamente sem sentido. Mas me lembrava de um em particular quando eu acordei. Um deles era eu andando por um extenso corredor e tudo ao meu redor queimava e pegava fogo. Eu via as pessoas implorando por misericórdia e eu não dei misericórdia para elas. 

Corpos pegando fogo cruzavam meu caminho enquanto eu continuava caminhando, sempre em frente, sempre sem hesitar. Meu olhar estava fixo no final do extenso corredor. 

E foi no momento em que o corpo em chamas de Martin parou de se mexer que Tony me acordou, me sacudindo. Por reflexo, levei minha mão à mão dele e apertei, o encarando nos olhos. Ele ergueu uma sombrancelha. 

-Pode soltar? Obrigado! 

-Você me assustou. - Justifiquei, me ajeitando na cadeira e sentindo meu pescoço doer em protesto ao tempo que passei toda torta. - Ai… Já chegamos, Homem de Lata? 

-Para sua informação, é Homem de Ferro. E não, não chegamos. Mas preciso que você vista seu uniforme! 

Assenti, levantando da poltrona. Eu estava louca para tirar aquela porcaria de vestido que eu não fazia idéia de quem era. Então, peguei minha bagagem de mão e a seguir, caminhei até o banheiro novamente, ficando nua, para em seguida, enfiar a roupa no meu corpo. 

Eu resolvi não usar luvas. Apenas guardei elas no bolso traseiro e saí do banheiro, encontrando o pessoal em uma rodinha. Aparentemente, Phil ia obrigar todos nós a irmos com armas ou pistolas, então, peguei duas e prendi no meu cinto de utilidades. 

O avião começou a perder altitude cerca de quarenta minutos depois e eu apertei a poltrona para tentar me acalmar. Thor me encarou de lado. 

-Você sempre fica nervosa nos aviões? 

-Sempre! 

-Hm… Você parece levemente esverdeada. 

-É… 

-Vai vomitar? 

Neguei, sem querer falar com ele, realmente. Mesmo assim, Thor não calou a boca um único segundo. Minha vontade foi de incendiar a barba loira dele, mas não fiz. Não quando o avião deu um solavanco e eu comecei a gritar ( sozinha, diga-se de passagem) de desespero, até que ele tenha pousado no chão com um outro solavanco forte. 

Primeiro, fiquei parada verificando se eu estava viva, ou se havia morrido. Quando constatei que estava viva, me permiti relaxar e levantar da minha poltrona. 

Segundo o que Phill Coulson nos informou, aquela parte da Austrália era uma Floresta que invadia a metrópole e eu pude perceber que sim, era verdade, quando saímos do avião. Ele tinha pousado em uma clareira enorme, próximo a um lago. Mas se você olhasse na direção oposta, havia o que, claramente, era uma cidade bem iluminada e cheia de prédios. 

Thor ficou ao meu lado, enquanto aguardávamos as instruções de Phill. Eu confesso que estava impaciente e ansiosa quando ele, enfim, desceu do avião e nos encarou. 

-Escutem, eu acho que é melhor atacarmos de noite, quando eles não estiverem esperando. Não que eles estejam, é claro! Mas acho que temos menos chances de sermos atacados de volta se formos como um fator surpresa. Eu trouxe junto conosco cerca de oitenta dos melhores Agentes da Shield, e eles vão ficar aqui no avião, aguardando instruções. Mas nós? Nós vamos nos hospedar naquela casinha de madeira alí, estão vendo? 

Todos nós nos viramos para o lado onde Coulson aponto e eu vi o que me lembrava uma pousada. E é claro que como o desagradável que era, Sam quem perguntou: 

-Não seria melhor a Amber esperar aqui no avião? Vocês sabem… Casinha de madeira, mais fogo… Eu não quero matar os coalinhas! 

-Samuel! - Reclamei. - Cala a bica ou eu vou matar você! 

-Partindo desse princípio, eu teria que manter o Tony e o Thor afastados também 3 ninguém vai se manter afastado! Alguma dúvida? 

Observei a mão de Tony pairar no ar, enquanto Coulson fingia não ver ela. Como ninguém tentou dizer nada, ele não teve outra opção a não ser encarar Tony e suspirar. 

-Qual a dúvida, Stark? 

-Por que eu teria que me manter afastado? Eu não fiz nada! 

-Ai, mas que cara idiota! - Clarisse reclamou. 

-Você não viu nada, querida! - Hope revirou os olhos, com Natasha concordando com as duas. 

Coulson ignorou e começamos a nos encaminhar para a pousada. Quando chegamos lá, percebi que o lugar estava abandonado, mas mesmo assim, parecia arrumado, apesar da poeira densa e o cheiro de mofo presente no ar. 

Escolhi um quarto ao acaso e usei os próximos vinte minutos para tentar relaxar, enquanto olhava no celular algumas fotos. Em uma delas, a que mais me chamou a atenção, MJ Abraçava Ameixa e mordia as orelhas dela, sorrindo. Suspirei. 

Eu estava fazendo isso por ela. Não ia desistir. 

Encarei o teto de madeira e fiquei quieta. Ao longe, eu conseguia ouvir o pessoal falando animado. Também consegui ouvir passos vindos pelo corredor. Franzi a testa quando eles pararam. Não cheguei nem a contar cinco segundos antes de ouvir um punho bater contra a madeira da porta, com força. 

Suspirei e ergui meu corpo da cama, soltando o ar dos meus pulmões antes de me levantar totalmente. Caminhei passo por passo até a porta e a abri, dando de cara com Clarisse. Ela parecia levemente pálida. 

-Oi? 

-Oi! Preciso falar contigo! 

Assenti e deixei ela entrar no quarto. Clarisse começou a falar baixo, com pressa. 

-Eu acabei de descobrir uma coisa… 

-O que? 

-O Fury não sumiu quando a Shield incendiou, Amber. O Phill sabia onde ele estava o tempo todo! 

Franzi a testa, mas antes que eu pudesse reclamar ou falar algo, ela segurou meu braço e me encarou. 

-Escuta: O Thor não achou esse lugar aleatoriamente. Ele está infiltrado na NovaCorps como espião. 

-E quem garante que ele não atraiu a gente para uma armadilha? 

-Segundo Phill, os Agentes que ele mandou para verificar a veracidade da história, não do Thor, mas do Fury. 

Fiquei em silêncio por vários minutos. Clarisse suspirou e me encarou, esticando um papel. 

-Aparentemente, ele pediu para falar comigo, mas sinceramente? Eu estou com medo de ir sozinha. 

Não pensei duas vezes antes de encarar ela e anunciar: 

-Você não vai sozinha. Eu vou com você! 

-Mas… 

-Nada de mais, Clarisse! Eu vou contigo! 

Ela suspirou e assentiu, agradecendo. Peguei o papel da mão dela e percebi que era o endereço de algum tipo de galpão. Encarei ela. 

-O Fury passou esse endereço para o Coulson. E ele disse que era para a gente trazer o Fury de volta. 

Assenti, devolvendo o papel a ela. Voltamos a nos encarar. 

-Você sabe como chegar lá? 

-Aparentemente, não é difícil. - Clarisse virou o outro lado do papel. - Olha, tem um Mapa aqui. Parece que é só seguir em frente até depois do avião e, nesse ponto aqui, virar para a esquerda e seguir em frente, atravessando a estrada. 

-Você vai agora? 

-Não sei. Você quer ir agora? - Clarisse engoliu em seco. 

-Se você quiser ir… 

-É melhor, né? 

-Então, vamos! 

Puxei Clarisse pelo braço e abri a porta do quarto. Olhamos para o corredor e como não vimos ninguém, continuamos andando rapidamente. Em poucos minutos chegamos à porta e descemos as escadas de madeira que fizeram um pouco de barulho e nos embrenhamos pela floresta, caminhando calmamente para não nos perdermos. 

-Sabe que eu nunca vi ele pessoalmente? 

Levei um pequeno susto com a voz de Clarisse, já que ela estava calada. 

-O Fury? 

-Aham. - Clarisse suspirou. - Eu não sabia de quem eu era filha. E quando eu ia conhecer ele, fui sequestrada. O resto você já sabe. Mas nunca o vi pessoalmente. Só pela televisão. 

Assenti. 

-E está ansiosa? 

-Sinceramente? Não. Nenhum pouco. Mas temos que trazer ele de volta, né? 

Clarisse me entregou uma algema com um dispositivo eletrônico. Ela começou a me explicar. 

-Essa é uma algema especial de controle. Ela fica ligada nesse dispositivo aqui e se ele tentar fugir, é só apertar esse botão aqui… E pronto! Ele leva um choque e desmaia. 

-Legal! - Olhei ao redor depois de enfiar uma das algemas no bolso da calça. - Melhor a gente se apressar, Clarisse! Temos duas horas antes de ter que ir até a base! 

-É, você tem razão. Vamos acabar logo com isso! 

Seguimos as instruções daquele papel e só paramos de andar quando entramos uma rua de terra sem saída. Segundo o papel, deveríamos bater em um portão de ferro vermelho. Achamos ele no final da rua. Era um galpão aparentemente abandonado. 

Mesmo assim, eu e Clarisse batemos com o código combinado no papel e aguardamos. Por algum tempo, apenas o silêncio era ouvido. Então, a porta abriu e ficou alí, parada, semi aberta. 

Fui na frente, minhas mãos erguidas e o fogo acesso, iluminando todos os metros de galpão escuro. O cheiro de mofo entrou pelo meu nariz e olhei ao redor, tentando identificar se tinha alguém lá. Clarisse estava logo atrás de mim. 

Um estrondo pode ser ouvido quando a porta bateu atrás de nós. Por reflexo, viramos e eu intensifiquei o fogo. Fury estava parado na porta. 

-Olá, garotas… 

-Estica as mãos! Agora! - Clarisse falou alto e firme, mas com a voz levemente abalada. 

Fury suspirou e obedeceu, pondo as duas mãos para frente. Clarisse andou até ele e pôs as algemas em suas mãos. 

Não diminuí meu fogo quando o encarei. 

-Então… Tudo não passou de um plano? 

-Você sabia do incêndio da Shield? 

Fury negou, encostando as costas na porta do galpão. 

-Claro que eu não sabia! Mas eu fui honesto quando eu disse que eu ia estar do lado de quem me desse mais poder e que esse lado, no caso, era a Shield. - Ele fez uma pausa. - Eu e Phill tínhamos um plano, afinal, sabíamos que Martin ia tentar me trazer de volta. Nós combinamos de fingir que eu sumi. 

-Como conseguiu entrar em contato com o Coulson? 

Fury rolou os olhos e encarou Clarisse. 

-Qual é, menina? Eu sou o Fury. 

-E daí? 

-E daí que os segredos dele tem segredos. - Expliquei. - O que você queria falar com a Clarisse? Anda logo que só temos poucas horas! 

Fury assentiu, e suspirou, de novo. 

-Para falar a verdade, eu queria falar com as duas. Eu tenho uma informação valiosa para você, Amber. Mas antes, eu… Eu queria pedir desculpas para você. 

Clarisse não alterou a expressão fria enquanto encarava Fury. 

-Pelo que?! Por ter abandonado a minha mãe? Por nunca ter aparecido nem para dar um "oi"? Por ter me sequestrado? Feito eu sofrer das piores formas possíveis? Ter me deixado congelada por anos, só para usufruir da "vitalidade" de poderes que eu nem queria?! 

-É, é por isso mesmo. 

Clarisse soltou o ar e deu um sorriso irônico. 

-Está bem! Está desculpado! Era só isso, Senhor? 

Fury negou com a cabeça, mas acho que decidiu que aquele não era o melhor momento para tentar uma reconciliação familiar, então apenas virou o corpo para mim e me encarou. 

-Quando você chega no local certo, há um botão na árvore à direta. Ela abre um compartimento secreto e libera a "miragem", fazendo com que a base se revele. Para entrar sem ser visto, a senha é 1089067400. 

-Você vai escrever isso, certo? - Perguntei. - Porque eu já até esqueci. 

Fury assentiu e voltou a falar. 

-A base sempre fica relativamente vazia depois da meia noite. Martin dorme no segundo andar. Terceiro quarto à esquerda. Não tem erro. Vocês tem um plano para lidar com os agentes, certo? 

Assentimos. Fury também. 

-Bem, ele está fraco. Bastante. Já deveria ter refeito a injeção que o mantém vivo há muitos anos, mas você não colaborou. 

Um silêncio constrangedor pairou no ar. Nos encaramos. 

-E então? Vocês vão me levar para o Coulson agora, não é? 

-Pode apostar que sim! - Clarisse sorriu. - Vai, começa a andar! E nem tenta gracinhas, hein! 

Fury encarou nós duas. Esperamos ele se mover. Ele bufou e rolou o olho. 

-Como vou conseguir andar para fora se minhas mãos estão atadas?! 

Clarisse bufou e caminhou até a porta, a abrindo. Fury passou para fora e começamos a caminhar, seguindo ele até a pousada. O dispositivo estava firme e seguro na minha mão e qualquer movimento brusco dele, faria com que eu ativasse os choques. 

Para minha surpresa, ele não tentou fugir e nos acompanhou até a pousada, onde Phill nos liberou para nos prepararmos, tendo em vista que entraríamos em guerra em breve. 

E foi só naquele momento quando eu saí do banho, antes de por meu uniforme, onde percebi todas as veias do meu corpo pegando fogo, que eu senti que, talvez, eu não fosse morrer. 

Mas que eu estava mais do que pronta para matar. 





Ooie, Pessoal! 💥

Cheguei com o primeiro capítulo dessa semana! E eu não sei vocês, mas eu até que gostei dele! 🤭💕

O próximo está incrível e eu juro que vou tentar postar nessa quinta ainda, mas se não conseguir, Vocês já sabem! 😔👀

Bem, espero vocês nos comentários! Até lá!

Beijos! 💋💋

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