~ Dener ~
Ficamos no sofá enquanto a casa praticamente pulava ao ritmo da música estrondosa ecoando do jardim e da piscina até todos os cômodos, com as luzes apagadas e com o globo de luz sendo a nossa única forma de ver nitidamente. Mesmo assim, eu, Jéssica, Andy e Benjamin ficamos no sofá conversando. Os três de frente pra mim e para Amber que se sentou ao meu lado, com ambas as pernas cruzadas sobre as minhas, destacando aquele par de coxa totalmente hipnotizante. O salto que ela está usando é totalmente favorável ao resto do corpo, só a deixando mais e mais atraente. Também tentei não me ligar tanto em seu decote que toda vez que a mesma se inclina para ri, ele parece gritar e debochar da minha cara. O cheiro da garota foi a pior tentação que já fui capaz de resistir.
Respirei fundo algumas vezes, tentando acalmar os meus batimentos. Fico feliz de ninguém ter percebido nada, ainda mais Andy que ia com certeza soltar uma piadinha indireta, capaz de me fazer jogar uma taça de champagne no mesmo.
- É sério, aquele ano novo foi uma loucura! - Jéssica disse, enfatizando cada palavra.
Benjamin riu, colocando o braço no encosto do sofá.
- O meu foi muito padrão. Fiquei com minha mãe na cidade natal dela, mas me surpreendi bastante com o frio
- Nem me fale, congelamos demais naquela praia também. Lúcia beijou o Max lá e agora os pombinhos estão dividindo o ninho desde então - Meu melhor amigo negou com a cabeça.
- Incrível como eu, a Julie e a Jéssica levamos casacos e mesmo assim foi impossível ficar de boas. Se soubéssemos tínhamos levado cobertas e travesseiros também
- Os garotos não sentiram frio também? - Benjamin perguntou, fazendo a garota dar de ombros.
- Eu e o Max ficamos bem tranquilos lá.
Benjamin riu de forma fraca e virou o olhar pra mim e para a garota praticamente sentada no meu colo.
- E onde vocês estavam?
Entreabri a boca para responder, mas fiquei tão hesitante que apenas a fechei de volta, tentando parecer o menos ridículo e mais casual possível. Olhei de canto de olho para Amber que ficou com um rubor avermelhado nas bochechas, ainda sem responder. Quando consegui pensar em uma desculpa bem esfarrapada e impossível de se acreditar, responderam primeiro.
- Ah, eles? - Andy riu, bebericando o líquido em seu copo. - Estavam brincando de casinha.
Bati com a palma da mão na testa e Amber esfregou ambos os olhos em sinal de súplica para o sumiço do meu melhor amigo que não tem o menor pingo de senso. Jéssica como se estivesse realmente adorando a situação, explodiu em uma gargalhada, inclinando para frente e depois para trás. Mordi o lábio em frustração enquanto Benjamin ficou com o rosto mostrando vergonha por ter feito tal pergunta, e se encolhendo devagar até pigarrear, coçando a nuca e engolindo a seco.
- Okay, okay. Desculpa, não devia ter deixado a curiosidade falar mais alto - Tentou se redimir, rindo de forma constrangedora.
- Queria tanto que o Andy fosse como você - Falei com o cansaço falso na voz.
Andy colocou a mão no peito, enfatizando dor. Fiz um gesto vulgar que o fez piscar pra mim.
Olhei para a garota ao meu lado que rapidamente retribuiu o olhar também, dando de ombros como se dissesse: não é como se o seu melhor amigo estivesse mentindo. Neguei com a cabeça, erguendo uma sobrancelha e descendo o olhar pelo seu vestido preto e apertado. Engoli a seco, tentando não pensar muito nisso, não pensar muito nela. Talvez no próximo evento eu peça para a Amber usar, sei lá, um moletom que é o dobro do tamanho dela. O problema é que eu não me surpreenderia nada se a mesma continuasse tão sexy como está agora, o que não me ajudou nada nesse momento.
Notando os efeitos que estão acontecendo agora, fechei os olhos e inclinei a cabeça para trás, tentando me distrair o máximo possível. Tirei as mãos das pernas de Amber, tentando não manter nenhum contato capaz de me prejudicar ainda mais. Vai ser impossível levantar nos próximos cinco minutos.
- Dener? - Ela colocou a mão quente sobre o meu ombro.
Dez minutos.
- Hm? - Murmurei.
Não precisei abrir os olhos para saber que Amber sentou-se direito, inclinando um pouco para frente. Já posso imaginar o decote rindo da minha cara.
Quinze.
- Está com dor de cabeça? - Sua voz suave mostrou preocupação.
Se eu te dissesse onde...
Neguei.
- Da pra você me responder o que está acontecendo então?!
Suspirei e abri os olhos devagar. Os três em nossa frente permanecem em uma conversa entre eles, entretidos demais para notarem nós dois no sofá da frente. Segurei a perna de Amber de uma forma nada delicada e envolvi o braço em volta de sua cintura, a puxando mais para perto. A garota ficou surpresa, porém não contestou. Em minha defesa, ela que não me deixou quieto enquanto eu estava sofrendo no meu canto.
Me aproximei de sua orelha, sussurrando de forma ameaçadora:
- Você provoca e nem percebe, não é?
A boca de Amber se entreabriu, soltando ar pela mesma.
- Seria tão mais fácil se estivéssemos sozinhos... - A morena fechou os olhos quando meu hálito quente bateu contra a sua orelha, fazendo ela se encolher e virar o rosto para me encarar.
Seus olhos mostraram hesitação porém desejo, e brilharam ao dividir a atenção entre meu olhar e a minha boca. Suspirei pela mesma tentando não fazer nada inconsequente aqui, no meio da festa. Amber saiu do meu colo e virou as costas, ajeitando o vestido e subindo as escadas para o segundo andar da casa sem falar mais nada, me deixando com cara de idiota e uma grande interrogação na testa. Seria mais fácil se eu não a conhecesse tão bem.
Como se eu já estivesse adivinhando, peguei o celular do bolso e pude ver uma mensagem onde ela dizia que era pra mim subir sem alarmar ninguém e muito menos chamar atenção, mesmo que fossem os nossos amigos. Olhei em volta para me certificar de que o olhar de ninguém estivesse sobre a gente, e se agora não estava sobre mim. Diana e James estão perto da piscina com os seus amigos, enquanto os gêmeos estão com Julie, Max, Lúcia e Cindy perto da piscina também. As outras pessoas nem foram capaz de notar a minha presença, e eu nunca agradeci tanto por essa dádiva de passar despercebido.
Levantei casualmente, sem que Andy, Jéssica e Benjamin notassem a minha saída. Quando me certifiquei de que realmente não o fizeram, dei um sorriso de lado e me aproximei da escada, tirando a minha jaqueta preta no começo da mesma e bagunçando meu cabelo escuro. Subi devagar, mas com o sangue quente e berrante nas minhas veias. Cada degrau que ultrapassei fez a minha respiração ficar mais forte e não bati na porta assim que cheguei até a mesma, apenas a abri, dando de cara com a garota de costas, agora de rabo de cavalo, fazendo o seu cabelo ondulado bater uns cinco centímetros a cima da bunda. Ela está com um sutiã preto e uma calcinha de renda preta com detalhes roxos e o salto também. Quase perdi o ar, pondo o trinque.
Ao me notar ali, já que a música lá em baixo está fazendo as janelas chacoalharem, Amber virou na minha direção, deixando visível seus seios fartos e o formato perfeito da calcinha em sua cintura. Seu sorriso malicioso me fez jogar a jaqueta no canto do quarto, enquanto o mesmo está com a luz apagada, exceto pela led vermelha em cima de absolutamente tudo. Me aproximei, sentindo as mãos dela sobre os meus ombros, observando os mesmos até subir para meus olhos que não deixaram de fita-la um segundo.
- Se eu soubesse que esse tipo de vestido te deixa tão animadinho, quem sabe teria usado mais desses - Ronronou.
A coloquei no ombro, arrancando uma risada da mesma e em seguida a jogando na cama com o olhar felino sobre mim. Retirei a blusa branca, e Amber desceu o olhar pelas minhas tatuagens.
- Seria tão fácil culpar o vestido - Fui engatinhando até ela, parando a centímetros de sua boca. Nossa respiração se misturou. - Se não fosse você usando ele, princesa.
O sorriso debochado da garota tomou seus lábios, e em seguida eu os tomei também, deixando meu corpo cair sobre o seu. Amber agarrou meu cabelo, enquanto desci as mãos por todas as suas curvas, erguendo a perna direita dela para atrás do meu quadril. Levei meu toque para a sua intimidade e apenas fiz movimentos leves e superficiais, tirando gemidos involuntários de seus lábios. Levei minha boca até seu pescoço, o mordendo com força e desejo. Amber me pressionou mais contra o mesmo, rodando a cintura mais contra a minha mão.
Deixei trilhas de beijos do seu pescoço até o seu peito, passando a língua devagar o suficiente para tortura-la, que agarrou o meu queixo e o ergueu, me encarando com o olhar em chamas.
- Sabe que não podemos demorar, né?
Concordei.
Amber me empurrou e quando caí de costas na cama, a mesma montou sobre mim, passando a unha do indicador não forte o bastante para machucar, mas o suficiente para deixar um rastro vermelho do meu peito, até meu abdômen e o começo da entrada da minha calça, acompanhando o movimento do dedo com o olhar.
- Então vamos fazer valer a pena. - Mordeu a boca, se inclinando e tomando a minha com a sua.
Demos um beijo nada carinhoso, com nossas línguas queimando ferozmente contra a outra. Agarrei o pescoço da garota, a puxando mais pra mim, que ela respondeu com um arfar. Amber ergueu o corpo, abrindo o zíper da calça e deixando a minha cueca visível, colocando a mão dentro da mesma e puxando meu membro para fora, o largando em seguida como um desafio pra mim fazer isso. Não hesitei, puxando a roupa íntima dela para o lado e o erguendo. Como se não estivesse apenas querendo ir direto lá, Amber agachou por cima, porém, não foi até o final. Ela ficou só no começo, rebolando lentamente e sem desviar o nosso olhar, me fazendo sentir quão úmida está agora.
Gruni de frustração, observando ela se controlar o máximo para não terminar.
- Achei que não quisesse demorar - Falei, soltando um gemido depois após ela agachar mais um centímetro e parar.
Quando a garota sorriu de forma irônica, não me contive. Agarrei com ambas as mãos cada lado de sua bunda com o máximo de força que pude e fui a pressionando para baixo devagar, com medo de realmente machuca-la. Amber por outro lado, pareceu cansada de brincar e afastou mais as pernas com cuidado pelo salto, sentando de uma vez só e gemendo um pouco mais alto do que deveria. Ela subia, descia, parava e rebolava, seguindo a mesma ordem após isso, o que só foi me deixando mais elétrico.
Segurei sua cintura, a fazendo ir mais rápido conforme seu cabelo se debateu contra suas costas e a led vermelha só a deixou com uma aparência nada angelical.
Amber se apoiou na cama para frente, erguendo mais seu corpo para continuar os movimentos precisos, gemendo conforme me olhava, me transbordando desejo. Passei minha mão pelas suas costas, fazendo arrepios se espalharem por todo o seu corpo e ela jogando a cabeça para trás, em busca da sensação viciante.
Dobrei a perna e coloquei força no joelho ao agarra-la com o meu braço em volta de seu corpo conforme deixei Amber de costas na cama, comigo entre a mesma. Ela me olhou com o peito subindo e descendo. Sorri com determinação e me enterrei sem lhe dar uma chance de fala. As unhas dela se cravaram nos meus ombros, me puxando para frente e cada vez mais para dentro. Ambas as pernas da garota se prenderam em volta da minha cintura e ela entrelaçou nossas mãos que ficaram pressionadas contra o colchão.
Me rendi a sensação e sabia que não demoraria muito para atingir o meu limite, sabendo que Amber se contraiu por dentro, me mostrando que já tinha chegado lá.
- Dener... - A pronuncia dela me fez pulsar.
Pressionei os olhos, sabendo que não vou mais aguentar...
Em questão de segundos e após fazer força para baixo pela última vez, saí de dentro dela e acabei sujando o lençol da mesma que com certeza vai falar demais no meu ouvido mais tarde.
Foi só acabar de pensar isso que Amber me encarou com as sobrancelhas franzidas.
- Você está brincando, né? No meu lençol?! - Seus olhos não perderam o brilho.
Me arrumei, pondo para dentro novamente e me sentindo melado. O nervoso me atingiu por completo.
- Olha, em minha defesa é realmente surpreendente que uma adolescente que tem a vida sexual ativa não tem nenhuma camisinha no quarto
- Eu? Por que você não trouxe na carteira?
- Não se coloca camisinha na carteira. A não ser que de princesa você prefira ser mamãe também.
Amber arregalou os olhos e saiu da cama, ajeitando o conjunto de renda que com certeza vou pedi-la para usar mais vezes.
- Sua sorte é que tenho mais lençóis no armário e posso comprar a pílula do dia seguinte - Revirou os olhos.
- Então já podemos confirmar que o seu problema é só reclamar mesmo.
A garota ergueu o dedo do meio pra mim, me fazendo rir pelo gesto vulgar. Me levantei, pegando a minha blusa branca e a vestindo para não levantar suspeitas. Avisei que ia no banheiro pegar papel para limpar essa lambança toda, inclusive para limpar o pouco de maquiagem escorrida do rosto de Amber também. Me aproximei da porta e ao destranca-la fui direto para o outro cômodo, pegando o rolo completo e acabei demorando poucos minutos, me secando com cuidado também já que a última coisa que quero é ficar o resto da noite agoniado por conta disso.
Apaguei a luz do banheiro e ao passar pelo corredor, abri a porta do quarto de Amber mas parei instantaneamente ao ver a mesma ainda seminua, com a boca colada a de ninguém menos do que a do Sebastian. Ao me notar ali, ela o afastou e me encarou com os olhos arregalados. Meus passos foram precisos conforme eu me afastava do quarto para longe do cômodo, para longe deles, para longe dela. Os gritos da mesma chamando o meu nome me quebrou por dentro.
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