Heartbreaker

By bizzleztz

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Addison Moore queria muitas coisas e uma delas era Justin Bieber, o garoto mais bonito do colégio e que para... More

Personagens
Prólogo
1 - Angel
2 - The most beautiful boy in the whole school
3 - My favorite girl
4 - Date
5 - The same boy and the same vacancy
6 - The heart wants what it wants
7 - You really like her?
8 - Damn, Angel
9 - A truce
11 - I'm in love with you
12 - Starting to feel attracted
13 - I hate this girl
14 - Company and embraced
15 - Bob is dog name
16 - Discussion between friends
17 - The vacancy is not her
18 - I need help
19 - I will still conquer him.
20 - Perfect match
21 - Proposal for Angel
22- First kiss.
23 - Call out my name
24 - Justin's party
25 - First Time
26 - Heartbreaker
27 - Cut You Off

10 - She is not so bad

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By bizzleztz

Justin Bieber

Canadá — 2016

"Quero muito amar alguém
Quero muito dançar a noite toda
Sei que estamos apenas na metade do caminho
Mas você pode me levar até o fim
Você pode me levar até o fim
Quero muito tocar alguém
Penso em você todos os dias
Sei que estamos apenas na metade do caminho
Mas você pode me levar até o fim
Você pode me levar até o fim"

Eu entortei meu nariz e puxei a folha, fazendo uma bola e jogando na lixeira que estava próxima da mesa. Eu tentei mais uma vez e bufei quando vi que não estava ficando como eu queria. Na verdade, estava pior do que eu imaginava.

Eu realmente não servia para desenhar.

Joguei o caderno em cima da mesinha, desistindo de tentar fazer aquilo. Havíamos tido a ideia de fazer ilustrações como nos quadrinhos da HQ's, mas mal começamos e tudo já havia dado errado.

— Eu não consigo fazer isso — levantei as mãos, me rendendo — Desisto! Vamos ter que mudar a idea do trabalho.

— Deixe-me ver — parou de escrever, levantando a cabeça e estendendo a mão em minha direção.

Levantei e entrei, Addison pegou o caderno e logo começou a desenhar.

— Você não vai conseguir, é difícil para caramba fazer essas ilustrações — sou sincero.

— Eu posso tentar — balançou os ombros — Pior que isso não fica — ela riu do meu desenho e eu tive que concordar.

Eu sou bom em tudo, menos nisso.

Voltei e me sentei na cadeira confortável, batendo o pé no chão. Eu desde sempre estava bem ansioso com tudo, nunca conseguia parar quieto sem fazer nada. Minha mãe sempre falava que quando eu era criança se eu tomasse uma lata de refrigerante, então, ela não me aguentava pulando feito um macaquinho.

Eu ri lembrando disso.

— E a sua mãe? Não vi nenhuma foto dela por aqui — quando percebi, já havia perguntado.

Addison se remexeu desconfortável na cama e eu me senti arrependido na hora da minha pergunta. Pode ser que a mãe dela morreu. Eu não sou tão insensível assim.

— Foi mal, não precisa responder — cocei a nuca, sentindo um desconforto no ambiente.

Addison me olhou e sorri de leve.

— Tudo bem, mas não, ela não morreu se você acha isso — ergui a sobrancelha e abri a boca, mas ela completou. — Eu sei que você pensou isso.

— Eu achei estranho não ter fotos dela por aqui — comentei.

— Prefiro não falar disso — olhou em volta, tirando a atenção do desenho — Vi que você gostou do meu caderno, você tem um? — perguntou mudando de assunto, então aquilo significava que não era para eu insistir.

— Não — resmunguei desanimado — Eu fiquei esperando até de madrugada, mas antes de abrir as vendas eu acabei dormindo — eu ri, mas no fundo chateado por ter perdido a chance de comprar o caderno.

— Dorminhoco. Eu fiquei a madrugada toda como você, mas não dormi. E também a ansiedade pra comprar nem deixaria. Eu fui uma das primeiras na fila — ela sorriu triunfante.

— Droga, que sorte!

— Não fica assim, Bieber, posso te emprestar para escrever algum nome se precisar — piscou, brincando.

— Tudo bem, pelo menos vou ter certeza que não vai escrever meu nome de novo lá — entrei na brincadeira — Aqui tem muita coisa maneira — olhei ao redor, percorrendo os olhos por todo lugar.

— Aposto que você achou que meu quarto só tinha pompons e ursos. — chutou.

— Não... — me encarou, erguendo uma sobrancelha — Tudo bem, assumo! Realmente eu achei que não teria nada que chamasse minha atenção aqui.

— Pelo jeito temos muito em comum, basta só você se abrir para me conhecer — soltei um barulho com a boca, ignorando — Eu sou bem eclética — disse a mesma coisa que eu já havia falado no carro — Então, olha se ficou bom.

Me levantei, peguei o desenho e me surpreendi por ver que não só havia ficado bom, estava ótimo. Seus traços eram delicados e ela levava jeito.

— Wow, ficou muito foda — sou sincero, encarando o caderno na minha mão — Por que não me falou que sabia desenhar? Eu fiquei quase uma hora rabiscando essas folhas para nada.

— Você queria desenhar, então eu deixei — deu de ombros e me encarou ansiosa — Gostou mesmo?

— Sim, se você investir nisso vai ser uma grande artista — vi seus olhos brilharem com o elogio. Era a primeira vez que eu falava algo bom direcionado a ela.

Se ela fosse diferente, eu até pensaria em elogiá-la mais, porém, essa era a primeira vez que a via fazer alguma coisa boa.

— E eu vou — pegou o caderno das minhas mãos, passando para o outro desenho — Pretendo fazer artes em Yale.

— Você também quer ir para Yale? — cerrei os olhos.

Meu pai era amigo da adolescência de Decano, o diretor da universidade, então o sonho dele era que eu e Jazmyn — quando concluísse  o ensino médio — fosse para lá.

Bom, nem de longe era o que eu gostaria de fazer. O que eu tinha que fazer era focar nos treinos e começar a lutar, o que eu realmente gostava. Meu maior sonho era ser um grande lutador e não um grande empresário, mas falar isso para meu pai parecia tão difícil.

Parecia um pouco ingrato da minha parte, tantas pessoas almejando oportunidades como as que eu tinha, como: um pai rico com uma empresa de grande porte pronta para ser assumida. Mas não era o que eu sonhava, eu deveria ter o direito de escolher, certo? Eu trocaria tudo isso pela compreensão dele, que ele entendesse e apoiasse a minha escolha, não escolhesse por mim. Porém, isso nunca aconteceria.

Será que algum dia irei ter coragem de enfrentá-lo?

Suspirei. Só de pensar no meu pai me subia calafrios. Me sentia um bundão de merda.

— Espera aí, você também quer? — ela me olhou confusa — Ótimo! Mais um pra disputar a vaga.

— Eu não quero, mas não tenho escolha — olhei para os meus tênis — E não vou disputar vaga, uma delas já é minha, com certeza! — um maldito nó se formou na garganta, então engoli a seco.

— Por que você não quer? E por que não vai precisar disputar? Eu sei que você é rico, mas todos têm que concorrer a vaga — disse bastante confusa.

— Meu pai é melhor amigo do Decano, então não vou precisar perder meu tempo com isso — já basta perder cursando. Completo mentalmente e vejo seus olhos arregalados — Não tenho escolhas, tenho que aceitar o que meu pai quer.

— Seu pai não pode achar que manda nesse tipo de escolha, Justin. É o seu futuro, sua vida, é o que você vai ser daqui para frente.

Percebi que mesmo sem saber um terço das coisas ela conseguia me entender bem. Mas a realidade era completamente diferente.

— Diz isso pra ele — soou irônica e quando vejo que ela iria abrir a boca para falar mais sobre o assunto, eu continuei. — Eu não quero pensar nisso agora, sério.

— Tudo bem! — ela sorriu de leve, parecia mais como uma forma de me confortar — Agora eu tenho só uma vaga para disputar com a sua namoradinha — revirou os olhos e sabia que ela falava de Angel —, isso é tão errado.

— Ela está ficando louca com isso — disse me lembrando do quanto Angel estava pilhada falando de universidades todos esses dias.

Ela estava desesperada para entrar no time também, para ajudar no currículo escolar.

— Ela é louca! — saiu de forma ofensiva.

— Qual o seu problema com, Angel? — perguntei começando a ficar de saco cheio, eu nunca tive muita paciência mesmo — Ela nunca te fez nada. E nós não namoramos. Ainda.

— Só me humilhou na frente de todo mundo, espalhou para o colégio que vocês estão namorando, é fingida e... — eu interrompi ela.

— Eu sabia que era você que tinha envenenado a Jazmyn contra a Angel — neguei com a cabeça — Ela ainda tentou negar, mas no fundo eu sabia.

— Eu nunca faria isso, a Jazmyn estava lá e viu tudo. — ela parecia realmente ofendida com a minha acusação —, aquela não anjo é um capeta.

Qual era a moral que Addison tinha para falar de Angel? A garota é um anjo.

— Eu vou embora. Eu pensei que poderíamos dar uma trégua, mas não vou ficar ouvindo você falar de Angel assim.

Eu realmente tinha tomado as dores de Angel, por conhecer Addison.

Comecei a pegar minhas coisas e Addison pulou da cama, puxando meu braço.

— Não! Precisamos terminar o trabalho, você não pode ir agora — soltei meu braço de suas mãos em um tranco — Desculpa, eu não vou falar mais dela. Eu juro! Só... Fica.

— Tudo bem, temos que terminar o trabalho mesmo — me sentei, dando por vencido.

Ficamos em silêncio por alguns minutos, até que ela decidiu puxar assunto.

— Eu aprendi a desenhar ainda pequena, o primeiro desenho legível que eu fiz foi a Annabelle, minha antiga boneca assassina. — contou, como se eu quisesse saber, então deixei para lá, deixando que ela falasse.

Logo eu iria embora e tudo voltaria como antes, eu não teria mais que aturá-la. Bom, tirando as mensagens que eu sabia que ela ainda iria continuar me enchendo o saco.

— A Annabelle mesmo? A do filme de terror? — abri a boca, pasmo.

— Sim — Addison riu — Eu não sei porquê, mas eu fiquei apaixonada naquela boneca, não queria nem sequer saber se ela era assassina, eu só queria uma.

— Que bizarro! — exclamei.

— Meu pai ficou assim também quando eu pedi, mas eu queria tanto. Você tem medo do filme dela?

Engoli a seco. Eu sentia sim certo medo quando era criança e talvez, bem talvez, eu ainda sentia um pouquinho atualmente. Só que nunca irei assumir isso, ainda mais para uma garota. Seria vergonhoso.

— O quê? Óbvio que não! — eu ri como se ela tivesse falado um absurdo — Eu sou homem.

— Isso foi machista — negou com a cabeça.

— Tanto faz.

Ela não seria a primeira a achar isso sobre mim mesmo. Fora que não me importava.

— Eu terminei, só falta escrever mais algumas frases — disse depois de um tempo.

— Eu termino em casa então e levo amanhã.

Eu estava querendo ir embora logo, o dia havia sido longo.

— Pode... — escutei algumas batidas na porta, nos fazendo olhar para a mesma, quando um homem loiro passou por ela.

— O que é isso?

— Pai! — disse e então concluí que era seu pai.

O homem não parecia muito com Addison, fora o cabelo loiro, mas fora isso quase nada. Então com certeza que ela e a irmã eram mais parecidas com a mãe.

— Quem é você? — me encarou sério e colocou a mão na cintura — Addison, o que já te disse sobre garotos no quarto? E ainda com a porta fechada?

— Pai, só estamos fazendo o trabalho.

Eu quase tive um ataque de risos ali, mas mordi os lábios para tentar segurar. Parecia que ele não sabia do que a sua filha fazia no muro do colégio. Com certeza, ficar no quarto com um garoto era o de menos.

Vi  sua irmã menor entrar também no quarto e ela ainda me olhava estranho.

— Pai, eu avisei ela, mas Addison não quis me ouvir..

— Ah sua pirralha! — resmungou contra Lauren — Pai.

— Eu confio em você, sei que não fez nada de errado — chegou mais próximo de Addison e beijou sua testa com tanto carinho.

Me sentia incomodado com aquilo, o que me fez desviar o olhar. Há quantos anos meu pai não me dava nenhuma demonstração de carinho? Quer dizer, eu sabia que era um homem e não queria ficar recebendo beijinhos do meu pai, mas ele só falava sobre seu trabalho. Ele não saía mais comigo para fazer as coisas que fazíamos antes, como jogar basquete, ir a jogos de hóquei, ir na casa de praia dos meus avós. Agora eu era só seu primogênito que iria assumir a empresa. Ele não ligava se eu precisava de um pai que me apoiasse em minhas decisões, ou até mesmo se precisava conversar sobre garotas.

E observar Addison e o pai tendo demonstrações de carinho na minha frente não era muito legal.

— Já estava com saudades, paizinho — a garota disse e o homem sorriu.

— Eu também, pequena — respondeu carinhoso.

— Ah, pai — limpou a garganta e voltou sua atenção para mim — Esse é Justin, meu colega e Justin, esse é meu pai, Christian — Addison nos apresentou.

— Prazer — estendeu a mão me dando um sorriso caloroso e eu peguei, me sentindo estranhamente bem.

Ele não parecia me odiar pela primeira impressão e por ter me pegado no quarto da sua filha. Ele era até bastante simpático.

— Prazer, senhor Christian — apertei com firmeza sua mão e soltei — Hum, eu preciso ir — cocei a nuca, indo pegar minhas coisas pelo quarto.

— Sem senhor, garoto. Acho que não estou tão velho assim, ou você acha que eu estou? — perguntou rindo e eu logo neguei.

— Lógico que não — arregalei os olhos.

— Relaxa, Justin — Addison ri — meu pai não morde.

— Mas você já vai? Fique para jantar, eu vou fazer o prato favorito dessas garotinhas aqui — abraçou as filhas de lado, beijando a testa de cada uma.

Me sentia ridículo por inveja-lós.

— Strogonoff, papai? — Lauren perguntou com os olhos brilhando e o pai assentiu — Eba!

— Modéstia parte, meu strogonoff é o melhor que já comi. Você com certeza vai gostar — disse me olhando.

— É Justin, fica, o Strogonoff do meu pai é o melhor do mundo — Addison pediu.

— Eu realmente não vou poder ficar, tenho algumas coisas para fazer — olhei para as horas na tela do celular.

— Ah, é uma pena — ele realmente parecia querer que eu ficasse, não era só um convite por educação — Volte outro dia então, não vai querer ir embora depois que comer minha comida.

Se ele soubesse que eu estava louco para me livrar da filha dele e que ao menos gostava dela, não me convidaria com tanta vontade assim.

— Pode deixar — disse por dizer.

Eu não ia voltar mesmo.

— Me deixe te levar na porta então — Addison disse, se soltando do pai e vindo para meu lado.

— Ok!

Me despedi de Christian e Lauren, a garota meio estranha. O mais velho reforçou o convite novamente e eu disse que voltaria sim.

Aham, claro que vou! Pensei com ironia.

Addison me levou até a porta e eu praticamente corri para o meu carro.

— Justin! — me chamou, fazendo-me revirar os olhos.

Me encostei no carro, com as costas apoiadas nele e cruzei os braços. Addison veio apressada até mim.

— O que foi? Eu preciso ir — tudo que queria era sair o mais rápido dali.

— Quero te dar tchau direito — se aproximou e beijou minha bochecha, como ela sempre fazia toda vez que forçava alguma conversa comigo no colégio — Até amanhã, Bieber!

Revirando os olhos, eu entrei no carro observando ela se afastar.

Tenho que assumir que o dia não havia sido tão ruim quanto eu achava que seria.

Addison Moore

Entrei para dentro de casa com um sorriso de orelha a orelha, me sentindo feliz por finalmente ter tido um dia produtivo com Justin. Ele não tinha sido tão grosso e até mesmo conversamos, fora a parte que ele queria ir embora porque eu havia falado mal de Angel.

Eu não devo falar assim dela quando estiver perto dele. Anotei mentalmente.

Fechei a porta e vi meu pai me encarando com um sorrisinho no canto dos lábios.

— O que foi, pai? — eu perguntei me sentando no sofá. Peguei uma almofada e coloquei em cima do meu colo.

— Que machucado foi esse? — mudou de assunto e questionou, enquanto olhava preocupado para minha canela.

— Foi no colégio, nada demais — olhei para o mesmo e sorri ainda mais ao lembrar das mãos de Justin me massageando horas atrás.

Ele havia sido tão cuidadoso naquele momento.

— Cuidado da próxima vez, ok? Se doer demais me avise e te levo ao médico.

— Sim, senhor.

— Agora... — voltou com o mesmo sorrisinho de antes — Esse garoto é seu colega mesmo?

— Sim pai — revirei os olhos — Ah, nem vem senhor Christian Moore.

— Você parece gostar dele, nunca vi seus olhos brilharem tanto olhando para alguém — comentou.

— O senhor está enganado — desviei o olhar, olhando para as minhas unhas.

Definitivamente, não ia contar o quanto eu gostava de Justin para meu pai.

— Addison...

— Pai...

— Eu te conheço!

— Eu gosto dele — assumi cansada e me levantei — Mas eu não vou ter essa conversa com o senhor. Por favor, esquece.

— Mas por que? Eu sou seu pai.

— Paizinho — tombei a cabeça para o lado — Prefiro conversar isso com as minhas amigas. Desculpa!

— Tudo bem — se deu por vencido — Mas não quero garoto nenhum quebrando o coração da minha filha.

— Não vai — eu dei um sorriso confiante, para confortá-lo.

Até porque Justin já havia feito isso.

Olá, espero que tenham gostado! não deixem de votar e comentar! Até o próximo
Betagem: Isnandss - Wonderfuk Designs

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