Heartbreaker

By bizzleztz

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Addison Moore queria muitas coisas e uma delas era Justin Bieber, o garoto mais bonito do colégio e que para... More

Personagens
Prólogo
1 - Angel
2 - The most beautiful boy in the whole school
3 - My favorite girl
4 - Date
5 - The same boy and the same vacancy
6 - The heart wants what it wants
7 - You really like her?
8 - Damn, Angel
10 - She is not so bad
11 - I'm in love with you
12 - Starting to feel attracted
13 - I hate this girl
14 - Company and embraced
15 - Bob is dog name
16 - Discussion between friends
17 - The vacancy is not her
18 - I need help
19 - I will still conquer him.
20 - Perfect match
21 - Proposal for Angel
22- First kiss.
23 - Call out my name
24 - Justin's party
25 - First Time
26 - Heartbreaker
27 - Cut You Off

9 - A truce

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By bizzleztz

Addison Moore

Canadá — 2016

"Não se afaste, não me cale
Cara a cara, sim, nós podemos apenas deitar aqui
Sim, nós podemos apenas deitar aqui, oh
Você não tem que ser a espada de um guerreiro
Eu não tenho que ser o sangue no campo de batalha
Não temos que nos machucar, não temos que perder
Podemos declarar trégua
E respirar"

O silêncio ensurdecedor que pairava no carro me deixava cada vez mais nervosa pelo fato que eu estava com o garoto que eu sou apaixonada e nós não tínhamos nenhum assunto em comum. Quer dizer, eu poderia puxar algum assunto, até mesmo falar sobre coisas que eu odeio e que talvez ele goste só para o agradá-lo.

Eu sabia que minhas mensagens o irritava, assim como quando eu iria cumprimentá-lo no colégio ou na rua, isso incomodava, mas eu tentava ao máximo não ligar. O importante era só conversar um pouquinho com ele. E eu também sabia que ele sempre conseguia dar um jeitinho de sair fora.

Eu tinha medo de falar algo que Justin não gostasse e ele decidisse ir embora sem ao menos fazer o trabalho, mesmo sem querer e sem fazer a menor questão, ele me dominava facilmente.

Estávamos nós dois trancados em um carro indo para minha casa. E estávamos bem longe dela.

Nós iríamos passar o dia juntos. Isso mesmo, nós dois que o máximo que ficávamos mais tempo perto um do outro era na sala de aula.

Eu ri com isso.

Abby tinha razão. Às vezes eu sou tão boba.

— Hm, eu posso ligar o rádio? — perguntei me inclinando e esticando a mão em direção ao rádio.

— Tanto faz — ele deu de ombros

Suspirei, enfim ligando e ouvindo Selena Gomez começar a tocar. Cerrei os olhos.

Justin não parecia gostar de pop.

— Você escuta Selena Gomez? — eu ri e mexi mais nas músicas, passando — The Weeknd, meu Deus! Beatles!

— O que tem demais? Ela canta bem. — virou a rua.

— Ela é maravilhosa, mas não imagino você escutando pop, nem nenhum deles. — troquei novamente, para ir dando uma olhada na sua playlist— Eu realmente amo a Taylor. — cantarolei quando para em Don't Blame Me.

— Ela, eu não gosto muito. — esticou o braço e puxou o pen drive, passando para a rádio.

Eu cerrei os olhos novamente.

— Sei.

— Eu sou bastante eclético — justificou-se.

— Percebi, mas você tem cara que só gosta de rock pesadão, principalmente quando fica no muro na escola fumando.

— O que isso tem a ver? — me olhou rapidamente, enrugando a testa.

Eu ri.

— Eu não sei — dei de ombros e então percebi que esse era o nosso maior diálogo desde que nos conhecemos.

Então eu decidi que iria perguntar algo para Justin quando vi que voltou a ficar em silêncio.

— Por que você me odeia? — pausei — Quer dizer, eu sei porque mas nada justifica. Eu queria que você me tratasse bem igual tratas as outras garotas da escola.

— Se você quer ser tratada como as outras garotas deveria ser como elas — foi curto e grosso.

Senti meu estômago revirar e quase vomitei ali mesmo, de tão nervosa.

— São só boatos, Justin — comentei bastante chateada.

Eu nunca fui de ficar questionando meu valor ou me sentir pior que ninguém, mas Justin conseguiu trazer todas essas inseguranças para mim.

Ele riu tão alto que eu achei que havia contado alguma piada.

— Não é isso que os caras do time dizem. — disse com ironia.

— Mas é a verdade! — tentei mais uma vez.

— Você é tão mentirosa! Acha que não te vi com Yuri? Ainda tem coragem de dizer que tudo é boato. Como eu odeio mentiras. — apertou o volante, ele parecia nervoso agora.

— Eu juro... — Justin me interrompeu.

— É sério que você vai continuar com esse assunto mesmo? Já basta ter que fazer esse trabalho com você! — encolhi os ombros.

— Para o trabalho dar certo você tem que baixar essas armas que usa contra mim. Pelo menos uma trégua por causa do trabalho. — sugeri, mas ele não respondeu.

Suspirei, então decidi esquecer aquilo e focar em chegar em casa, porque Justin não vai me dar uma trégua nunca. Ele me odeia.

— Você tem que virar a direita agora e seguir reto até a casa de fechada amarela. — expliquei e assim ele fez, parando em frente a minha casa.

—Aqui? — perguntou, encostando o peito no volante e olhando para a casa sobre o vidro do carro.

— Sim. — respondi destravando o cinto.

Saí do carro sentindo minha canela latejar, mordi os lábios tentando ignorar a pequena dor e incomodo presente.

Angel havia pegado pesado comigo e eu ainda tentava entender como que havíamos nos odiar assim tão rápido. Isso não era bom, mas eu também odiava ela.

Minha casa com certeza não era maior e mais bonita que a de Justin, mas ele não pareceu se importar quando eu abri a porta e ele entrou no lugar. Apesar de pequena minha casa é confortável e eu amo morar aqui.

Justin Bieber

Eu não estava sequer um pouco contente de ter que estar ali, muito pelo contrário. Tudo que eu queria era terminar o trabalho para que pudesse ir embora. Ainda havia prometido a Nolan que passaria na sua casa depois que saísse daqui, o que com certeza resultaria piadas sem graça dele envolvendo Addison e eu.

A casa de Addison não era grande e muito menos luxuosa como a minha, mas estranhamente me sentia bem. É simples e bonita, mas bastante aconchegante.

— Pai? — ela chamou, assim que fechou a porta de entrada — Pai, o senhor ainda está aí?

Passei as mãos pelos meus fios curtos, sentido-os bem menores que dois dias atrás, quando cortei.

— Add — uma voz fina e doce chamou.

Me virei e vi uma garota bastante parecida com Addison entrando na sala. A garota logo percebeu minha presença e corou, parecendo sem graça. Seus cabelos eram castanhos, ao contrário de Addison que era loira, mas o rosto redondo e as pintinhas eram idênticos. Ela não parecia ter mais do que doze anos.

Ela era fofa e me lembrava de Jazmyn nessa idade.

— Lauren, esse é Justin, meu colega. E Justin essa é Lauren, minha irmã — nos apresentou.

Eu sorri levantando uma das mãos e vi a garota suspirar baixinho, ainda sem desviar os olhos de mim.

Não tinha porquê tratá-la mal, a coitada não pediu e muito menos é culpada pela irmã que tinha.

— Oi — disse a garota que ao menos me respondeu, só seguiu me encarando.

Addison revirou os olhos e eu encarei ela confuso.

— Sério isso, Lauren? — ela cruzou os braços e riu — Eu sei que ele é bonito, mas você tem doze anos pirralha.

— E-eu, oi — respondeu sem graça, mas ainda sem desviar o olhar de mim.

Eu ri, quando percebi que ela parecia... Encantada.

— Vamos para o meu quarto, o computador está lá em cima — disse quando percebeu que eu abriria a mochila ali mesmo.

— Seus pais estão em casa? — perguntei curioso.

— Não — deu de ombros — Meu pai está trabalhando, só volta mais tarde.

— O papai não vai gostar de saber que você levou um garoto pro seu quarto —Lauren disse para a irmã.

— Ele não precisa saber porque você não vai contar. Vem, Justin — me chamou e só assim acabei percebendo que ela estava mancando, quando começou a andar.

Com certeza havia sido no jogo com Angel. Ela havia me falado que Addison a empurrou forte no chão e até mesmo reclamou para mim de dores nas costas.

E que ela havia revidado, porque ninguém apanhava calado.

— E meu almoço? O papai deixou o dinheiro no seu quarto — sua irmã chamou nossa atenção toda para ela.

— Eu vou pedir, só me espera trocar de roupa — disse e a garota prontamente assentiu, voltando a me encarar depois.

Certo, que menina estranha.

Segui a Addison passando pelo corredor e observando a decoração da casa. As paredes pintadas em cores pastéis, com uma mesinha marrom e uma vasilha de vidro, em cima havia um quadro de um homem que apostava ser o pai delas, com as mesmas.

Procurei por fotos da mãe e não achei, o que era bem estranho, mas deixei para lá.

Addison abriu a porta do quarto e entrou comigo atrás dela. Me surpreendi ao ver que o quarto dela era bem diferente do que eu imaginava.

Quer dizer, ele era pintado de rosa e tinha um papel de parede de flores pequenas, na metade da parede. Do outro lado, havia alguns ursos de pelúcia em cima da cama e uma grande prateleira de livros que me chamou atenção. Mesmo que suas notas fossem boas, na verdade, ótimas. Addison não era o tipo de garota que lia livros e sim que só pensava em ficar em festas. Como eu.

Me aproximei observando alguns bonecos de pop funko, havia vários da Marvel e DC, o que eu não esperava encontrar em seu quarto de líder de torcida metidinha. Vi alguns quadrinhos iguais aos que tinha, mas no meu quarto havia muito mais deles. Tentei esconder minha empolgação olhando tudo aquilo, eram coisas que eu também gostava.

Na parede havia um quadro cheio de fotos dela, da família, amigos, com as líderes antes do jogo, até mesmo do time e eu aparecia em uma delas, bem no canto. E o mais ridículo ainda era que havia um emoji de uma carinha apaixonada, que segurava a foto justamente perto do meu rosto.

— Eu quis colocar a foto do time de basquete com as líderes — Addison disse, percebendo o que eu estava olhando.

— Eu me lembro dessa foto — comentei, reparando que era do ano passado, no fim do campeonato.

— É do fim do campeonato do ano passado — confirmou o que havia pensado — Eu vou trocar de roupa, pode ficar aqui que eu vou no banheiro.

— Tanto faz — respondi.

Ela não disse nada e saiu levando uma peça de roupa, me deixando sozinho ali.

Peguei o celular e vi que havia algumas mensagens de Angel, me perguntando se já cheguei e como estava indo com o trabalho.

"Já cheguei, mas ainda nem comecei".

"Como está suas costas, anjo?" pergunto, me lembrando dela fazendo careta e me dizendo o quanto doía.

"Estou melhor. Mamãe chamou um médico e eu tomei remédio".

"Que bom, fiquei preocupado que tivesse quebrado alguma coisa".

"Você é tão fofo" e do lado havia um coração.

"Você é mais!" chegou outra em seguida.

"Amorzinho, vou dormir e o remédio me deu sono".

"Ok, quando acordar me liga".

Guardei o celular e me sentei na cama, enquanto esperava, sentindo a fome bater. Não havia almoçado ainda.

Vi um caderno e caneta do Death Note nas suas coisas, sentindo que meus olhos brilhavam. Eu lembrei que havia lançado eu fui atrás deste caderno, mas já estava esgotado deixei para lá. Era uma edição limitada.

Peguei o mesmo e abri, arregalando os olhos enquanto olhava meu nome e de Angel escritos ali. Essa garota é louca!

— Não era pra você pegar isso — eu tomei um susto quando ela apareceu do meu lado e puxou o caderno das minhas mãos.

— Você escreveu meu nome e de Angel aí! — exclamei indignado.

— Foi só uma brincadeira. Sou bem sentimental e eu estava irritada depois do que vi no boliche — ela disse fechando o caderno e colocando-o de volta no lugar.

Reparei em sua roupa e agora ela não estava mais vestindo o uniforme das líderes e sim um short curto junto com uma blusa também curta.

Desviei o olhar, não querendo que ela me pegasse reparando em seu corpo.

— Isso é um livro da morte, então você queria que a gente morresse. Angel em um acidente de carro e eu em um ataque cardíaco — disse ainda sem acreditar.

Sem dúvidas, Death Note era meu anime favorito.

— Isso é brincadeira, Justin — revirou os olhos — Essas coisas não funcionam e mesmo se funcionasse eu não faria isso né. É sério que vai ficar com raiva por causa disso?

Revirei os olhos também e decidi tirar meu caderno e estojo da mochila.

— Vamos fazer isso logo!

Addison pegou seu celular e vi que ela abriu o aplicativo de comida.

— Eu vou pedir comida, você quer alguma coisa? — perguntou com os olhos presos na tela do celular.

— Não, não estou com fome — respondi e no mesmo segundo minha barriga roncou alto, denunciando a minha mentira.

Corei e a olhei rir, pelo canto dos olhos.

Fui até perto da mesa do computador e me sentei na cadeira que havia ali, vendo ela na cama.

— Imagina se estivesse né — respondeu com ironia — Vou pedir comida mesmo, quer alguma coisa em especial?

— Não, eu como de tudo praticamente — encolhi os ombros.

— Ótimo! — sorriu, desviando o olhar novamente para a tela.

Vi Addison pedir e me concentrei no caderno, dando uma olhada no rascunho que havíamos feito naquele dia durante a aula. Comecei a fazer o trabalho quando escutei ela gemendo, enquanto passava a pomada de forma áspera em cima do machucado na canela, que já estava ficando verde.

Fiz uma careta, percebendo que ela apertava o machucado, o que não ajudava nada já que só machucava e imflamava mais.

Eu sabia lidar com isso, sempre voltei para casa machucado do treino de basquete e agora ainda mais pelos treino com Khalil.

Tentei não prestar atenção, mas já estava me incomodando bastante a forma errada que ela passava a pomada.

— Não é assim — disse sem olhá-la — Não é assim que se passa, do jeito que você está fazendo só vai piorar. — completei.

— Mas incomoda muito, eu quero que passe rápido — resmungou como uma criança birrenta.

Bufei e coloquei o caderno em cima da mesinha, indo até lá, puxando sua perna e colocando em cima da minha coxa. Addison arregalou os olhos surpresa pela minha atitude e suspirou aliviada quando comecei a massagear devagar o local. Estava verde e roxo já, e parecia bem feio para um machucado de um jogo de handebol.

— Você é bom nisso — ela sorriu, parecendo mais aliviada e menos dolorida — Sua mão é leve.

— Todo treino eu volto para casa machucado, então já me acostumei — disse como se não fosse nada, enquanto ainda massageava.

Algumas marcas cicatrizavam e desapareciam, mas algumas ficavam, porém mal percebia. Isso era o que acontecia com quem gostava de praticar esses esportes como eu. E como o melhor do time de basquete, todos faziam questão de redobrar a marcação em cima de mim.

— Os garotos pegam pesado com você. Também né, a estrela do time — mordeu os lábios.

Olhei para Addison e ela parecia mais tranquila, não aquela garota pilhada como era no colégio.

— É. — soltei sua perna e coloquei a pomada na cama, por fim ela sussurra um "obrigado".— De nada!

Vi Addison se levantar e ir guardar a pomada, mancando um pouco menos. Bom, a massagem ajudou.

— Addison — chamei e ela se virou, esperando que eu continuasse — Acho que podemos dar uma trégua... Pelo menos até terminar o trabalho.

Então ela sorriu e eu me perguntei como ela conseguia ficar feliz e animada com coisas tão... Pequenas.

— Acho que podemos sim — confirmou, ainda com um sorriso enorme.

Espero que tenham gostado

Betagem: Isnandss - Wonderful Designs

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