As Crônicas de Zesrhirya: Gue...

By ArielLima606

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Zesrhirya está em guerra! Mais uma vez o mundo se vê numa guerra, como as anteriores, o futuro do mundo está... More

TRAILER
Mapa de Zesthirya
Prólogo
As chamas da guerra
Marcas da guerra
Falsas promeças
Destino sombrio
Infiltração - Parte I
Infiltração - Parte II
O cortar dos cordões
A batalha de Murien - Parte I
A batalha de Murien - Parte II
A batalha de Murien - Parte III
Arrependimento
O primeiro passo
Julgamento por combate - Parte I
Julgamento por combate - Parte II
"Ofereça-me seu coração"
De volta a Balor
Catarse
A batalha em Argos - Parte II
A batalha em Argos - Parte III
Herança. Sina e destino
O Fim - Parte I: Na palma do destino
O Fim - Parte II: Obrigado/ adeus

A batalha em Argos - Parte I

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By ArielLima606

19 de maio de 849 da 10° Era do mundo


Os soldados corriam aos montes por todas as direções; alguns carregavam armas, outros apenas corriam para se reportarem ou coisa parecida. Este é o dia mais importante da história de Zesthirya. Se falharmos nesta batalha tudo será perdido.

Eu e meu grupo caminhávamos em direção a nave que nos levaria até a base Argos, o lugar onde Lilith está. As informações fornecidas por Adam nos permitiram nos aproximar o suficiente para causar um dano massivo antes que possam começar a se defender. Para isso devemos nos aproximar pelo lado escuro da lua.

A nave aterrissou a alguns metros de meu grupo. Magnos fez questão de participar, apesar de eu ter sido contra. Annie não irá, ao invés disso decidimos levar Cacio. Olhei para o lado e vi Adam com um olhar distante e pensativo, mas ao perceber a nossa nave aterrissando logo a nossa frente ele voltou a si.

A comporta traseira da nave se abriu. Nero nos aguardava do lado de dentro. — Vamos logo, aprecem-se! — ele gritou enquanto gesticulava para entrarmos. Nós corremos até a comporta e depois de entrarmos nos sentamos em assentos que ficavam paralelos um ao outro. Nos sentamos e apertamos os cintos.

— Onde está o senhor Roth? — Magnos perguntou a Nero enquanto ele fechava a comporta.

— Ele irá em outra nave — Nero respondeu enquanto caminhava para a cabine do piloto. — Espero que suas informações estejam corretas — Nero murmurou para Adam, que não prestou atenção. Ele encarava o piso da nave com o mesmo olhar distante que antes.

— Ei — chamei-o. Ouve um pequeno delay para que ele levantasse o olhar para mim. — Você está bem? — questionei preocupada.

— Sim, sim! — ele disse quase como se estivesse voltando a si. — Eu só estava pensando em uma coisa... nada de mais.

— Não parece ser "nada de mais" — falei erguendo uma sobrancelha.

— Não se preocupe Clarys — ele disse enquanto sorria. — Ficarei bem logo.

Os motores da nave então foram ativados. As paredes de aço começaram a tremer e o som do motor pode ser ouvido; a sequência de decolagem foi ativada. Luzes vermelhas acenderam mudando completamente a iluminação da nave.

A tremedeira nas paredes ficou cada vez mais intensa assim como o barulho do motor ficou cada vez mais alto. — "Preparem-se..." — a voz de Nero soou pelo alto falante. — "Estamos partindo" — logo sentimos a força da decolagem. Não havia janelas na cabine, mas tínhamos certeza que a nave havia decolado.

Minha respiração ficou pesada e meu coração começou a bater mais rápido. Esta era a primeira vez que eu saia do planeta... mas de repente senti um chute fraco contra minha canela. Olhei para frente e vi Adam com um olhar de divertimento. — O que foi? — perguntei.

— É sua primeira vez voando?

— N-Não! Claro que não! por que acha isso?

— Sua cara! Parece que você vai vomitar! — ele riu. — Por favor, não faça isso nas minha botas novas!

— Você parece bem melhor agora, não é? O que há com essa mudança de comportamento?

— Nada, eu apenas decidi algo.

— Hmm... o que?

— Lilith — ao ouvir este nome, Magnos e Cacio voltaram seus olhares para Adam. — Depois que a capturarmos... eu mesmo vou mata-la — ele disse seriamente enquanto uma sombra se formava em seus olhos.

— Já estava na hora de você cair na real — disse Magnos.

Não sei se fico feliz com esta decisão... ou se deveria ter dito aquilo a ele. Tenho medo do que esta decisão repentina possa desencadear...

Rapidamente nos vimos em meio à imensidão do espaço. Adam foi chamado para a cabine do piloto para guiar não só esta, mas as outras 300 naves. Parece que a relação entre Adam e Nero está ficando melhor, mas eu posso estar errada.

O tempo se arrastou lento e tediosamente enquanto nos aproximávamos da face oculta da lua. Obviamente ainda havia a chance de nossos inimigos não estarem na mesma posição, mas a julgar que aquela área e totalmente escura, não acho que eles deixariam uma posição tão vantajosa.

(ABERTURA)

——§——

— Tem certeza que estamos no curso correto? — Nero questionou enquanto pilotava a nave. Já fazia algum tempo que havíamos saído do planeta.

— Sim — respondi observando a lua ficar cada vez mais perto. — Falta pouco agora.

— É bom que esteja certo — ele rosnou.

— Algo me diz que você quer o oposto... — murmurei.

— Não nego que não tenho nenhum tipo de afeto por você. Mas Alice e Saphira confiam que você poder ser de grande ajuda... — ele desviou o olhar do horizonte e me encarou. — Lhe darei o beneficio da dúvida, por enquanto.

— F-Fico feliz com isso... — eu também não gosto nenhum pouco de você, mas já que precisamos trabalhar juntos, então que façamos isso da melhor forma possível. — Ah! — exclamei ao perceber que estávamos perto. — Vire 30° graus à bombordo e ative o modo furtivo. — ele relutantemente fez o que pedi e repassou a mensagem para Roth, que por sua vez repassou para as outras naves.

Em pouco tempo nós adentramos no lado escuro. Obviamente era tudo um breu total. As luzes eram inúteis e o silêncio daquele ambiente causava um arrepio em minha espinha, como se eu já tivesse passado por uma situação como aquela. É quase insuportável ficar num ambiente assim tão silencioso...

"Nero, detectamos uma grande quantidade de mana logo a frente" — Roth falou através do comunicador.

— Envie um grupo para checar. Talvez seja a estação — Nero respondeu.

— Estou com um pressentimento ruim — comentei.

— É... imagine eu.

Observamos as cinco naves batedoras avançarem a nossa frente. Tanto eu quanto Nero estávamos tensos. Algo está para acontecer. O silêncio é uma tortura, a calmaria impiedosa fazia nossos corações baterem loucamente enquanto algo no fundo de nossas mentes nos avisava veementemente que algo estava errado. Mas espere... o que... o que é... — Nero, peça para os batedores voltarem.

— Hã? Por que? O que foi?

O que é isso?! Essa... essa sensação! É como... é como se... — Rápido! — gritei. — Eles... eles...!!

"Encontramos algo" — a voz de um dos pilotos soou pelo comunicador. — "Espere... o que é... oh não! isso é-!!" — de repente as cinco naves explodiram. A luz e as chamas da explosão revelaram um campo de distorção ótica ondulando devido à explosão das naves. Era um escudo que servia para camuflar algo ou alguém. A explosão causou uma ondulação que fez com que pudéssemos percebê-lo, mas agora é tarde. O campo de distorção desapareceu revelando a imponente e gigantesca estação Argos. — Era uma armadilha! — Nero exclamou. — Todas as naves, preparar para combate! Formação ofensiva! — ele ordenou. — quase que imediatamente, um mar de naves saiu de dentro da estação. Tal como um enxame de vespas, ela vieram contra nós. — Adam! Assuma as armas!

— Sim! — eu saí da cabine de pilotagem e desci as escadas. A porta para a sala onde controlava-se as armas era logo em baixo.

— Adam, o que está acontecendo? — Cacio perguntou meio assustado.

— Não ouviu os gritos de Nero?! Estamos sob ataque! Clarys venha comigo! — falei enquanto entrava na cabine. Vi de relance Clarys se levantar.

Na cabine haviam duas cadeiras postas uma do lado da outra. Em frente a elas havia um grande monitor com os controles das armas, nada muito complexo... alguns poucos botões e dois volantes em formato de um U quadrado com dois botões na partes de cima.

Sentei na cadeira e coloquei um dos headset's que estavam em cima dos controles na cabeça. Clarys entrou e fez o mesmo. — Eu nunca fiz isso antes... — ela disse.

— É fácil — falei. — Imagine que está pilotando um carro.

— C-Certo... um carro... — ela murmurou. Olhei de relance para ela, mas logo votei minha atenção para o monitor a nossa frente. Eu o liguei clicando num botão com uma runa élfica que significava "ligar/desligar".

Ao clicar nele, os controles acenderam e nossas cadeira se calibraram. Um capacete se formou em minha cabeça assim que a cadeira foi calibrada. O visor na frente de meus olhos me proporcionou uma visão em primeira pessoa da nave, como se eu a estivesse pilotando, uma interface virtual de hologramas surgiu em meu campo de visão.

— Certo Clarys. Não tem segredo. Só aperte os botões acima do volante para atirar. Espere a nave inimiga passar em frente a esta mira em formato de triangulo no centro d seu campo de visão. Ou você pode mover a mira com este volante.

— Como sei qual é a nave inimiga? Todas tem basicamente o mesmo desing!

— O triangulo ficará vermelho sempre que uma nave inimiga passar por ele — falei. — Certo... pronta?

— S-Sim!

— Então vamos lá! — as neves inimigas então começaram a atirar. — AAAAH! — gritei enquanto atirava. Os tiros eram rápidos e frenéticos. Acertei duas naves uma seguida da outra. — Acertei duas!

— Hm! — ela exclamou soando orgulhosa. — Já estou em quatro! — ela disse.

— Bem, então vamos acabar com eles! — Os tiros se seguiram freneticamente. 1, 2, 4, 8, 16... uma a uma nós destruíamos as naves inimigas. É... espere por mim Lilith... eu estou chegando!

——§——

— Então nossa armadilha funcionou... — Lilith disse enquanto observava o desenrolar da batalha. — Os preparativos estão prontos? — ela perguntou dando as costas para o vidro da grande janela se virando para mim.

— Sim — respondi. — basta ordenar.

— Hmm. Muito bom — ela disse se virando novamente para o vidro.

— Está preocupada com ele? — perguntei.

— Obviamente ele não aceitará meu pedido — ela disse num tom triste. — Mas se é isso o que ele quer, tudo que posso fazer é... aceitar... — ela parou de falar e mais uma vez se virou para mim. — Ei, Bronn... não. Não é nada. Vá e aguarde o momento certo; nós só temos uma chance.

— E-Entendido...

——§——

Os lasers voavam por todas as direções. Para qualquer lado que eu olhasse eu poderia ver uma nave ser despedaçada numa explosão. Nero pilotava a nave com uma habilidade sem igual. O mito popular que deuses não se dão bem com tecnologia parece bem tolo agora.

Um laser voou em nossa direção. A nave foi jogada abruptamente para direita quase como num drift. O raio de luz passou raspando pela asa direita. Rapidamente eu identifiquei de o disparo havia vindo. Uma nave de médio porte com um dising muito semelhante a esta na qual estou.

A nave passou pelo triângulo da mira, que ficou vermelho; meus polegares erguidos recaíram com força contra os botões de disparo sobre o volante. Os disparos lasers voaram rapidamente em direção a nave inimiga, atingindo-a diretamente na cabine dos pilotos. A neve explodiu.

— Ótimo tiro! — disse Clarys. Ela rapidamente se adaptou ao sistema da nave; ela já deve ter abatido umas oito naves a mais do que eu.

"Não se distraiam!" — Nero exclamou através do comunicador. — "Mantenham sua atenção na batalha!"

— Nós estamos fazendo quase todo o trabalho aqui! — falei. — Se alguém tem que ter atenção aqui é você!

"Nenhum dos dois está mantendo a atenção na batalha" — Roth falou. — "Parem de agir como crianças!"

— Ouviu isso "senhor das aguas"? — falei sarcasticamente.

"Eu te odeio moleque!" — ele rosnou.

"Chega!" — Roth rosnou. — "Adam existe algum meio de entrar?"

— Sim, mas estamos muito expostos aqui! Quando nos aproximarmos estaremos no alcance dos canhões da estação.

"Bem, já que é assim..." — de repente um cruzador de classe mecha, uma das maiores naves de ataque surgiu acima da estação espacial. Ela estava sob disfarce de um campo de distorção ótico. Na parte de baixo da nave, duas grande comportas se abriram para fora revelando um canhão imenso. — "Inmadés!" — ele disse alegremente. — "Acho que ela será o bastante..."

O canhão disparou um feixe de mana. Olhando de longe ele parece uma bola de fogo, porém muito, muito maior e destrutiva. O feixe de mana bateu com tudo contra o escudo da estação. Logo em seguida, naves começaram a sair do cruzador pela abertura do canhão. As naves voaram em direção a estação, que também enviou algumas naves para se defender. Porém agora nós estávamos em vantagem numérica.

— Acho que isso serve... — falei boquiaberto.

"Muito bem, vamos lá!" — Nero disse. Nossa nave, assim como a de Roth seguiram em direção a estação. Algumas naves vieram conosco. Porém mesmo assim não foi fácil nos aproximar da estação. Algumas dezenas de naves saíram da nave assim que nos aproximamos. Mais uma vez nos vimos em outra batalha.

De repente um feixe de mana foi disparado da estação. Uma cor esverdeada montava uma bola de fogo, que ao se chocar com algumas de nossas naves, causou uma enorme explosão verde. — Que tipo de mana essa?! — gritei assustado. Era incrivelmente assustador tal nível de destruição. Eu nunca vi nada assim em minha vida!

— É mana reversa! — Clarys disse. — É feita a partir de necromancia e outros atos hediondos. Se espalha rápido e como podem ver é bastante eficiente em destruir.

"Ah, que ótimo!" — Nero rosnou.

— Calma! Estamos perto da entrada! Nero, troque de lugar comigo! — falei desacoplando o capacete de minha cabeça.

"Certo!"

Saí da sala onde estava. Vi de relance Magnos e Cacio segurando nos cintos de segurança como se suas vidas dependessem disso. Nero desceu as escadas. Trocamos um rápido e afiado olhar antes de eu subir as escadas e entrar na sala de pilotagem.

Ao chegar lá. Eu me sentei sem nem ao menos colocar o cinto de segurança. A nave estava no modo piloto automático, que rapidamente desativei e assumi o controle. — Certo... sigam-me! — eu fiz a neve avançar em velocidade máxima assumindo o a dianteira do esquadrão. — Todas as naves atirem contra o escudo nas seguintes coordenadas: 754, 88, 6632!

"Travado no alvo"

"Pronto!"

"Aguardando!"

Uma a uma todas as 44 naves confirmaram. — Fogo! — gritei enquanto apertava o gatilho. As armas disponíveis para controlar da cabine de pilotagem são bem mais fracas que as outras armas controladas pela outra sala, mas temos que usar todo que temos.

Todos os disparos num único lugar causou um rasgo no campo de força da estação. O rasgo era largo o suficiente para duas naves passarem lado à lado.

"Conseguimos!"

"Viva!"

— Não comemorem ainda — alertei. — Agora tudo ficará mais perigoso... — sim. Lilith... eu estou chegando!

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