As Crônicas de Zesrhirya: Gue...

By ArielLima606

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Zesrhirya está em guerra! Mais uma vez o mundo se vê numa guerra, como as anteriores, o futuro do mundo está... More

TRAILER
Mapa de Zesthirya
Prólogo
As chamas da guerra
Marcas da guerra
Falsas promeças
Destino sombrio
Infiltração - Parte I
Infiltração - Parte II
O cortar dos cordões
A batalha de Murien - Parte I
A batalha de Murien - Parte II
A batalha de Murien - Parte III
Arrependimento
O primeiro passo
Julgamento por combate - Parte I
Julgamento por combate - Parte II
"Ofereça-me seu coração"
De volta a Balor
A batalha em Argos - Parte I
A batalha em Argos - Parte II
A batalha em Argos - Parte III
Herança. Sina e destino
O Fim - Parte I: Na palma do destino
O Fim - Parte II: Obrigado/ adeus

Catarse

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By ArielLima606

19 de maio de 849 da 10° Era do mundo



A nave voava tranquilamente sobre o oceano a caminho de Murien. Alucard estava pilotando a nave, eu como seu copiloto e Saphira estava sentada numa das cadeiras de tripulantes atrás da cabine de pilotagem.

— Então o conteúdo nas caixas eram cristais de mana... — pensei alto. Alucard me contava o que havia acontecido antes de nós o encontrarmos.

— Sim. Não percebi de primeira, mas tenho certeza — ele confirmou. — Mas por que eles estariam levando os cristais para a estação espacial? — ele murmurou para si enquanto olhava para o horizonte a nossa frente.

— Acho que sei o motivo... — ao me ouvir ele inclinou a cabeça um pouco em minha direção. — Eu lhe disse sobre o porquê deles estarem fora do planeta, não é?

— Sim. Algo sobre "saltarem" para outro universo.

— Sim. Obviamente para fazer um ato desses, precisarão de uma imensa quantidade de energia. Eles provavelmente não tem energia suficiente para "saltar", e por isso foram até Balor. Provavelmente antes de você chegar lá eles já deviam ter carregado outras naves além das que viu.

— Você tem razão — ele virou a cabeça para frente. — Não existe momento melhor.

— O que quer dizer? — virei meu rosto em direção a ele.

— Eles estão muito ocupados preparando tudo para fazer o "salto". Quando Alomër chegar lá, ele irá contar a Lilith o que ouve e eles irão apresar as coisas dividindo sua atenção entre preparar tudo para o "salto", e preparar uma defesa. E essa é nossa vantagem. Eles estarão desorganizados, e essa é nossa chance.

— Entendo... — ele é mais esperto do que pensei... — Então precisamos atacar o mais rápido possível. Temos pelo menos umas vinte e quatro horas para organizar um plano de ataque e preparar as naves.

— Isso não será problema. Mas Adam, diga-me... — ele virou o rosto em minha direção. — Você tem dúvidas sobre o que fazer em relação a Lilith? — não respondi. Não ouve tempo. Ele rapidamente continuou. — Se tiver, é melhor sanar isso o mais depressa possível.

Ele tem toda razão. Não sei se conseguirei lutar contra ela sem nenhuma dúvida. Até onde sei nós só precisamos captura-la e a Alice retirará o Graal do corpo dela. Mas se isso não for possível... é horrível ter o peso do mundo nas costas.

——§——

— Seu... idiota! — Lilith lançou Alomër contra a parede com força. O hangar das naves estava com um ar pesado. — Eu disse para não descer a Balor! Era para termos o máximo de pessoas trabalhando nos preparativos para o salto! E agora você os atraiu para cá! — ela gritou alto e com raiva.

— Eu sinto muito! — ele retrucou. — Na velocidade que estávamos indo não conseguiríamos. Você devia me agradecer! Agora seu precioso Adam voltará para você-...

— Como ousa erguer a voz para mim?! — ela o chutou no estomago. — Adam é um traidor e ele terá o mesmo destino que todos os outros! — ela o chutou no rosto. Lilith se afastou alguns passos e respirou fundo e pesadamente. — Bronn! — ela gritou.

— Sim! — respondi. Ela se virou para mim.

— Reúna todos os capitães e monte uma defesa — ela ordenou. Eu assenti com um aceno de cabeça. — E quanto a você, seu traste... você tem 17 horas para preparar tudo para o salto. Entendeu?! — ela o encarou com frieza.

— S-Sim... — ele disse com dificuldade. Lilith deu as costas a todos e se dirigiu para o corredor por onde ela veio. Eu corri atrás dela.

— Lilith! — falei já no corredor. Ela parou ao ouvir o eco e se virou.

— Eu lhe dei uma ordem — ela rosnou.

— Eu sei. Mas você não deveria estar no conselho de guerra junto comigo? Você é nossa líder.

— Preciso ver se Adam contou algo sobre nossa posição — ela disse sem me dar muita atenção. — Não podemos ser pegos de surpresa.

— Entendo. Eu vou indo então — que merda! Está tudo dando errado... se continuar assim...!

——§——

A nave aterrissou ao nascer do sol no hangar de aeronaves no porto de Murien. Eu e Alucard nos soltamos dos cintos de segurança e levantamos das cadeiras. — Hm... — ele bufou.

— O que foi? — questionei.

— Mudança de planos — ele disse seriamente. — Falarei com Alice e os outros deuses eu mesmo. Melhor não se envolver nisso — ele disse enquanto passávamos pela sala dos tripulantes. Olhei para Saphira, que estava sentada à direita; ela se levantou e nos seguiu até a comporta da nave. Alucard apertou um botão no painel a esquerda e a comporta começou a abrir.

Não demorou muito e nós já podíamos ver alguns guardas nos aguardando do lado de fora da nave. — Eles estão aqui por minha causa — disse Alucard, ainda num tom sério.

— O que quer dizer? — questionei mais uma vez.

— Ele cometeu uma leve traição ao sair de Murien — disse Saphira em pé ao meu lado. — Sem contar que perdeu uma nave.

— Vai ficar tudo bem — ele deu de ombros.

As comportas então se abriram totalmente. Alucard caminhou na frente em direção ao grupo de guardas. Eles usavam uma armadura simples de aço comum, com uma capa preta balançando em suas costas. — Estamos aqui para escolta-lo senhor Alucard — disse um dos guardas. Agora os vendo mais de perto, alguns possuem traços élficos. Mas este que falou com Alucard era um humano. — Por favor, nos acompanhe — o guarda completou.

Alucard acenou com a cabeça e os seguiu sem olhar para trás. De repente senti uma cotovelada no meu braço esquerdo. Olhei para esquerda e vi Saphira me encarando com um olhar de: "não se preocupe". — Vem, vamos comer alguma coisa — ela disse me puxando pelo braço. Relutantemente a segui.

——§——

— Então eles estão numa estação espacial... — murmurou Alice.

Eu estava na sala de reuniões onde nós julgamos Adam. Eu acabara de contar o que aconteceu em Balor e as informações que Adam passou-me. — Temos que agir logo. A esta altura eles já devem estar se preparando. — falei.

— Sim — disse Nero se inclinando para frente. — Temos que atacar o mais rápido possível — ele fez uma pequena pausa e me encarou com seriedade. — Imagino que o garoto saia onde está a estação.

— Sim, ele sabe — lhe respondi. — Mas não é garantido que ainda estejam no mesmo lugar. Visto que Adam mudou de lado, seria prudente da parte deles mudarem a posição de sua base.

— Alros tem razão. Precisamos ser cautelosos com este ataque — apontou Roth. — Qualquer mínimo erro de planejamento e perderemos nossas naves e possivelmente uma parte de nossos exércitos, que já não são tão numerosos quanto antes.

— Alice, o que faremos? — questionou Nero. — Não podemos deixar um momento como este escapar por entre nossos dedos — todos a encaramos depois de ouvir o que Nero havia dito.

— Preparem o exercito. Vamos atacar!

— Alice, não podemos atacar às cegas! — Roth apontou.

— Não temos escolha. Os lugares com nossos observatórios e telescópios estavam em Anduluhn! — Alice fez uma pausa e continuou. — Deixaremos metade de nossas forças em Karath. Tudo bem para você Alros?

— Sim, claro. Mas você não poderá ir Alice. Se perdermos você nesta batalha tudo estará acabado. Você virá para Karath comigo, pode ser?

— Claro... — ela suspirou. — Nero, você comandará a missão — ela ordenou.

— Isso será um prazer! — ele respondeu orgulhosamente. — Roth virá comigo. Os ataques de longo alcance dele serão de grande ajuda.

— Já que não tem jeito... — Roth suspirou.

— Se perdermos nesta batalha, Karath será nosso último porto-seguro em Zesthirya — disse Alice com pesar.

——§——

— Obrigado por hoje — falei a Saphira. Nós passamos o dia juntos nos divertindo. Algumas pessoas até acharam que éramos um casal, mas ela logo desfez esta impressão. — Já faz tempo que não tenho um dia tão bom — falei enquanto sorria.

— Não foi nada. Eu também precisava disso — ela respondeu com um sorriso gentil no rosto. — Tenho que ir agora. Vejo você amanhã.

— Certo, boa noite — acenei para ela. Ela fez o mesmo e eu fechei a porta.

A luz laranja do por do sol tocava suavemente a parede e a porta. Um vento frio de repente soprou dentro do quarto e um leve arrepio se formou em minha nunca. Uma silhueta se formou na parede um pouco mais para minha esquerda. Era um corpo feminino. Um suspiro deixou meus lábios enquanto eu encarava a silhueta. — O que faz aqui Lilith? — questionei.

— Não estou realmente aqui — ela disse. — Nós temos uma conexão, lembra? — ela disse gentilmente — Vim ver como estava... — sua voz ficou assumiu um tom triste. — Não teremos outra chance de conversar.

— E quem disse que quero conversar com você? — falei com a voz um pouco exaltada enquanto me virava.

— Eu entendo como se sente. Mas não me arrependo do que fiz! Você era... é preciso para mim.

— Eu fui sua marionete por três anos, Lilith — comecei a falar. — Três anos! Três anos matando e destruindo tudo! E agora você... você tem a audácia de dizer... — fiz uma pequena pausa. — Eu nunca conseguirei perdoar você, Lilith.

— Imaginei que diria isso — ela disse friamente. — Então você já revelou a localização da estação.

— Sim...

— Imagino que também tenha dito muito mais que isso...

— Sim... — meu coração começou a bater mais rápido.

— Adam, eu ainda te amo — ela começou a dizer. — Por isso, mesmo que tenha revelado tudo lhe darei uma chance para "saltar" junto comigo e os outros.

— Por que faria isso? Você devia me tratar como todos os outros que estão contra você — falei tentando achar sentido no que ela dizia.

— Você não é como eles, Adam — ela sorriu doce, e gentilmente.

— Talvez inda aja salvação para você Lilith. Entregue o Graal e permita que a Alice concerte o dano que você causou! Eu ajudo com as negociações! Se fizer isso não só sua alma estará salva, mas eu também a perdoarei — os sentimentos dela por mim são reais. Sinto-me mal por jogar assim com ela, mas eu não posso deixar tudo ir pelos ares! — O que me diz?

— Hm! — ela sorriu. — Você é tão ingênuo, Adam — ela disse. — Algo assim nunca irá acontecer.

— Mas-...

— Esperarei você na estação — ela então, num piscar de olhos desapareceu.

— Merda! — gritei. — Ela não tem salvação... — de repente alguém bateu na porta. Já era noite e o quarto estava escuro. Eu estava deitado no chão com meus olhos voltados para o teto. — Era apenas uma projeção... — três batidas ressoaram na porta. Com um suspiro eu me levantei e caminhei até a porta. — C-Clarys? — falei surpreso. O que ela faz aqui?

— É sobre a incursão a base espacial da Lilith, vim te avisar que você está no grupo principal... — ela respondeu.

— Ah, o-obrigado.

— Eu não terminei. O grupo é liderado pelo Nero — ah, pronto! É só o que faltava para terminar de foder minha vida.

— C-Certo... — falei meio desconcertado. — Era só isso? Não precisava ter vindo aqui me dizer isso.

— Bem é que tem outra coisa que eu preciso conversar com você... — ela ficou meio agitada depois de dizer isso. O que aconteceu? — É sobre a Wanda. — ouvir esta palavra fez meu coração bater mais rápido, sentir como se uma boa parte da minha vida tivesse sido apagada. — Já passou da hora de você saber o que aconteceu com ela.

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