As Crônicas de Zesrhirya: Gue...

By ArielLima606

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Zesrhirya está em guerra! Mais uma vez o mundo se vê numa guerra, como as anteriores, o futuro do mundo está... More

TRAILER
Mapa de Zesthirya
Prólogo
As chamas da guerra
Marcas da guerra
Falsas promeças
Destino sombrio
Infiltração - Parte I
Infiltração - Parte II
O cortar dos cordões
A batalha de Murien - Parte I
A batalha de Murien - Parte II
A batalha de Murien - Parte III
O primeiro passo
Julgamento por combate - Parte I
Julgamento por combate - Parte II
"Ofereça-me seu coração"
De volta a Balor
Catarse
A batalha em Argos - Parte I
A batalha em Argos - Parte II
A batalha em Argos - Parte III
Herança. Sina e destino
O Fim - Parte I: Na palma do destino
O Fim - Parte II: Obrigado/ adeus

Arrependimento

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By ArielLima606

15 de maio de 849 da 10° Era do mundo – Murien



Eu caminhava junto aos guardas em direção à sala de reuniões do palácio de Murien. O dia do lado de fora estava bonito. Tirando uma parte da cidade que foi destruída, está tudo bem. Foi quase um milagre termos conseguido retomar Murien muitas baixas, mas isso foi apenas o começo. O tempo está contra nós, e não podemos nos dar ao luxo de perder o tempo que nos resta lutando.

Continuei caminhando até finalmente avistar a sala de reuniões no fim do corredor. Ao me verem, os dois guardas que guardavam a porta dupla ficaram tensos enquanto ficavam em posição de sentido. Eles então abriram as portas, e ao passar por eles dei em breve aceno com cabeça.

Do lado de dentro da sala, Roth, Clarys e Annie me aguardavam. Eles estavam sentados de frente para o outro. Clarys e Annie num sofá e Roth no outro sofá em frente a elas. Entre eles estava uma pequena mesa de centro. Do lado oposto a porta de entrada para a pequena sala, estava uma outra porta que levava a uma pequena varanda suspensa que dava vista para cidade.

— Onde estão os outros? Alros e Nero? — perguntei ao notar que ambos não estavam aqui. Roth se levantou do sofá e fez uma pequena reverência antes de falar.

— Eles se encarregaram da busca por Lilith. Pouco mais de cinco minutos atrás eles ligaram para avisar que a nave que ela fugiu foi achada na ilha de Iz'Zo.

— Entendo... — falei num suspiro. Andei até o sofá onde Roth estava e me sentei ao seu lado, aparentemente ele ficou um pouco tenso com esta ação. — Como vão as coisas na cidade? — perguntei voltando meu olhar para Clarys. Notei que ela estava com o braço esquerdo enfaixado. Deve ter sido uma luta intensa... todos aqui, inclusive eu, estamos usando nossas roupas de ontem – no meu caso e no de Roth, armaduras.

— Está tudo bem — Clarys respondeu. — Encontramos alguns poucos demônios, mas eles se renderam sem grandes problemas. Alguns humanos que faziam parte do exercito dela se renderam assim que nos viram, todos agradeceram por tomarmos a cidade.

— Soube que ela permitiu que continuassem vivendo suas vidas sem problemas caso jurassem lealdade a ela — Annie apontou.

— Sim, eu soube disso — falei. — Mas agora que retomamos Murien, o resto de Thelari será fácil. Enviem tropas para as cidades e enviem mensagem para os elfos de Izam que eles podem retornar para Thelari, mas antes disso... como está o Adam?

— Ele acordou algumas horas atrás. — Clarys respondeu. — Está se recuperando do surto de mana da Calamidade em seu corpo, mas segundo os healers, ele ficará bom logo.

— Logo quando? — Roth questionou.

— Dois dias — ela respondeu. Ele acenou e afundou as costas no sofá. — Espero que isso tenha valido à pena...

— Eu também... — suspirei. — Falarei com ele hoje a tarde.

— Não esqueça de falar do julgamento — Roth falou.

— Com tudo acontecendo, não acho que temos tempo para perder com isso — falei.

— Não podemos fazer vista grossa sobre o que ele fez. Mesmo que tenha sofrido uma... lavagem cerebral, isso não pode ser esquecido. E foi uma decisão da maioria do conselho.

— Não tem jeito... — suspirei novamente. — Falarei com ele mais tarde sobre isso — falei enquanto encarava o lado e fora do palácio pela outra porta aberta.

——§——

— Estamos quase chegando — disse Bronn sentado na assento a minha frente. Depois da derrota que sofremos ontem, resolvemos reagrupar o exercito em outro lugar. Eu e Bronn estamos numa nave que está indo para lá neste momento.

— Certo... — falei enquanto olhava através da janela ao lado do meu assento. Eu estava sentada de pernas cruzadas e com o queixo apoiado sobre minha mão direita.

— No que está pensado? — ele perguntou. Movi meus olhos para ele sem mover a cabeça, mas não o respondi. Voltei a encarar a o espaço através da janela da nave. — Não pode ficar assim para sempre Lilith. Você o perdeu, agora siga em frente.

— Dá para calar a boca? — falei sem olhar para ele.

— Sei que está triste, mas não se pode ganhar todas as batalhas-...

— Você é péssimo em consolar, sabia? — eu o interrompi.

"Base Argos avistada minha senhora" — alguém falou pelo interfone.

— Certo. E quanto a Alomër? — questionei.

"Ele aguarda na base".

— Você vai gostar de saber que... — Bronn voltou a falar. — Alomër conseguiu bons resultados no recrutamento.

— Hmm... ao menos uma boa noticia...

"Iniciando sequência de ancoragem. Por favor, apertem os cintos".

Apertei o cinto em minha cintura e voltei a olhar pelo lado de fora. Através da janela, pude ver a base Argos, uma estação espacial localizada no lado escuro da lua, um lugar fora do alcance dos nossos inimigos. Um último refugio para meu povo.

A base Argos possui o formado de uma roda de bicicleta, mas em vez de uma câmara de ar, havia uma atmosfera artificial. Ela é grande o bastante para abrigar todos que trouxe do Reino Demoníaco.

Depois de ancorar, seguimos pela garagem das naves. Haviam muitas naves nossas vindo de Zesthirya, a minha foi uma das últimas. Toda parte militar onde guardávamos naves, armas e outras coisas ficava no "subterrâneo" da nave, sob a atmosfera artificial.

Nos aguardando sentado sobre algumas caixas estava Alomër, o líder do clã dos vampiros. Ele é um homem mais ou menos da mesma altura de Adam. Cabelos negros cortados na altura do pescoço. Usava uma roupa que não tinha nada haver com o clima tecnológico que essa parte da estação transmitia. Ao ver eu e Bronn nos aproximando, ele se levantou e fez uma pequena reverencia.

— Como foi a viagem? — ele perguntou enquanto se levantava.

— Foi bem — Bronn respondeu. — E como vão as coisas por aqui?

— Bem, — ele gesticulou para o seguirmos. — Está tudo funcionando normalmente sem nenhum problema, mas de vez em quando a gravidade oscila, mas já estamos resolvendo isso.

— Acho bom — falei. — Seria um problema se a gravidade caísse. As coisas na atmosfera arterial ficariam problemáticas.

— Sim, mas logo receberei o relatório do andamento do concerto do gerador de gravidade artificial — Alomër me tranquilizou. Não era para virmos para cá tão cedo. O certo seria os vampiros terminarem de ajeitar o que falta para aí sim virmos para cá, mas com a perda de Murien, tivemos que fazer isso. Nós poderíamos ficar em algum outro lugar que conquistamos, mas não conseguiríamos mantê-lo por muito tempo.

Continuamos andando pelo corredor, que devo dizer que estava bem agitado com pessoas indo e vindo. Andamos até o fim do corredor e pegamos um dos elevadores. Ao entrarmos, Alomër apertou o botão para subir até a "superfície".

— Sinto muito pelo que ouve em Murien — Alomër falou quebrando o silêncio do elevador. — Adam era um ótimo rapaz-

— Ele não está morto para trata-lo assim — falei asperamente.

— Mas logo estará, não é? Ele sabe demais e será uma ameaça.

— Deixe isso comigo — falei pondo um ponto final na questão. O elevador continuou subindo até que finalmente chegamos a "superfície". — Incrível! — falei depois que a porta abriu.

O ambiente florestal era incrível. Havia um pequeno lago ali perto, e seguindo a trilha de terra, podíamos chegar a umas das quarenta vilas da estação. Crianças corriam e brincavam. Era um clima totalmente diferente do que estávamos antes, olhando assim nem parece que estamos em guerra. Não pude deixar de sorrir enquanto observava.

——§——

15 de maio de 849 da 10° Era do mundo – Murien

As poucas lembranças que tenho são confusas. Algumas passam rápido demais, outras são lentas e até parecem torturas de tão agonizantes não há uma única memória que seja feliz, e se há, está tão trancada no fundo da minha alma que é impossível reavê-la.

— Adam? — uma voz familiar chamou o meu nome. Ao levantar o rosto me deparei com Clarys de pé ao lado da cama. Eu estava na área medica, porém meu corpo não estava tão ferido assim para eu estar aqui. Eu só estou aqui para ficar em observação. Meu corpo sofreu grande exposição a mana da Calamidade e por isso pode ser perigoso se eu não ficar em observação por um tempo. — Adam, você está bem?

— Sim, eu estou bem — falei enquanto lhe mostrava um sorriso dolorido. — E como foi a reunião? — hoje mais cedo Clarys e a Sniper Annie foram conversar alguma coisa com Alice, aparentemente a meu respeito.

— Foi bem — ela respondeu, mas seu tom de voz parecia preocupado.

— O que foi?

— Ainda não encontramos nada da Lilith... — ela disse quase que num murmúrio, como se estivesse com vergonha de não a terem encontrado.

— Hmm... claro que não... — murmurei para mim mesmo.

— Ei Adam... você — ela começou a falar. —... não sabe onde ela está, não é...?

Na verdade eu sei, mas não posso revelar a ela. Preciso de um acordo para manter minha segurança. Provavelmente haverá um julgamento para decidir o que farão comigo, revelarei isso lá. Mas caso não tenha um julgamento, terei que negociar essa informação de outro jeito... de qualquer modo, acabei não respondendo a pergunta dela, e sem querer deixando uma pulga atrás de sua orelha por causa de sua expressão. De repente a porta de meu quarto se abriu, e meus olhos se arregalaram em surpresa.

— M-Minha senhora Alice?! — Clarys parecia tão surpresa quanto eu. — O-O que faz aqui?

——§——

"O-Onde estou?"

"Calma, está tudo bem, como se sente?"

"Me sinto fraco... como se todas as minhas forças... estivessem sido levadas..."

"Calma. Tente não se levantar! Seu corpo ainda está se recuperando".

"Eu não... eu não me lembro de nada... não consigo me lembrar de nada! meu nome... qual é o meu nome?!"

"Não se desespere! Fique calmo. Eu vou lhe contar tudo... Adam".

"A-Adam...? este é o meu... o meu nome?"

"Sim. Eu sou Lilith. Não se preocupe tudo ficará bem".

— Minha senhora? — a voz de Alomër me trouxe de volta de meus pensamentos. Estávamos sentados um de frente para o outro em uma das salas de reuniões do setor 4 da estação. — Está tudo bem?

— Sim, continue — falei tentando voltar à realidade. Odeio me sentir assim tão... vulnerável e sensível...

— Como eu ia dizendo, temos recursos para ficar onde estamos por um ano, mas não tempos capacidade de fazer um Salto. Fazer tal coisa consumiria toda a energia da estação, sem contar que os geradores de gravidade artificial ainda não estão funcionando em 100%.

— Quanto tempo até resolvermos essas pendencias?

— Cinco meses, no mínimo — ele respondeu com pesar.

— Não temos tudo isso. Não existe mais nenhum modo de resolver isso mais rápido?

— Sim, mas... você não vai gostar.

— O que teríamos que fazer? — questionei já impaciente com esta conversa.

— Absorver a mana Celestial de um dos deuses, ou... a mana da Calamidade de... um certo alguém....

— E... o quanto precisaríamos? — perguntei. Mesmo tendo uma breve noção do que ele diria, ainda assim me agarrei a uma pequena esperança de uma resposta satisfatória. Mas...

— De tudo — ele respondeu rápido e friamente.

— Entendo... — falei pensativamente enquanto minha mente era mais uma vez tomada por memórias de uma época mais feliz.

——§——

Alice entrou calmamente no quarto enquanto eu e Clarys a encarávamos surpresos.

— Por que está assim tão surpresa Clarys? — disse Alice enquanto ria um pouco com a situação. — E então?

— A-Ah, assim! Adam... — ela disse enquanto se levantava para me nos apresentar. — Esta é Alice, a deusa da Criação.

— M-Muito prazer... — por algum motivo eu estou muito nervoso. Ao mesmo tempo que Alice transmitia uma enorme confiança e uma presença muito forte, ela também parecia que não ligava muito para essa coisa de hierarquia.

— Clarys, posso conversar com ele em particular?

— C-Claro! — Clarys respondeu aparentemente desconfortável com isso tudo. — Virei vê-lo mais tarde Adam — ela disse enquanto me encarava com um olhar tipo, "aguente firme", ou algo assim. Alice encarou Clarys enquanto a mesma caminhava hesitantemente até a porta.

— Bem... — Alice começou a falar enquanto se sentava onde, a alguns momentos atrás Clarys estava. — Vamos conversar — ela disse calmamente

— O-O que temos para conversar? — indaguei.

— Lilith, os planos dela, onde ela está escondida e por qual lado irá lutar — ela respondeu pausadamente cada tópico sem tirar os olhos de mim.

— Por que eu ficaria do lado dela depois de tudo que ela fez?

— Você está confuso e não sabe bem o que está acontecendo, sem contar que suas memórias não são confiáveis — é. Ela tem razão. — Adam, serei o mais direta possível. — Se nos ajudar a salvar o que restou do mundo, eu posso lhe dar algo que você quer.

— E o que seria? — questionei erguendo uma sobrancelha.

— Matar Lilith.

— Isso não é o que todos querem?

— Sim, mas... você é especial.

— O que quer dizer? Onde quer chegar? — estou começando a ficar impaciente.

— Eu tenho um plano para salvar este mundo da destruição — destruição? O que ela quer dizer? Ela disse que seria direta, mas está enrolando mais que tudo. — Este mundo está com os dias contados, e apenas dois desfechos são possíveis: o fim absoluto desde universo, ou a salvação dele.

— C-Como assim?

— Ao fazer o que fez em Tamura, Lilith desencadeou uma deterioração no espaço-tempo. Apenas minha mãe podia fazer algo daquele porte sem consequências, mas Lilith não é uma deusa superior. Motivada por minhas ações inconsequentes no passado, e por ideais bons e distorcidos, ela condenou a todos.

— Isso que você mencionou... "ações inconsequentes". O que quer dizer? — uma sombra se formou em seu rosto enquanto ela retraia os ombros e abaixava a cabeça.

— Fiz algo parecido com o que ela fez a cinco anos... — ela disse pausadamente como se estivesse tentando atrasar a se mesma de terminar a frase. — Eu...

— Alice?

— Para criar o Reino Demoníaco, eu tive que sacrificar os dois mil prisioneiros demônios que havíamos capturados durante a rebelião de Victor. Ouso os gritos de dor e desespero deles até hoje... — lágrimas começaram a rolar por seu belo rosto enquanto ela se abraçava na tentativa de se consolar. — Eu sabia que aquele Reino não seria como o Reino Celestial. O mundo que fiz para os demônios definharia e morreria, assim matando todos que lá viviam.

— E... e você sabia eles sofreriam no futuro, e mesmo assim sacrificou os dois mil prisioneiros?

— Sim... — ela disse entre os soluços.

Puta que pariu! Agora tudo faz sentido! O ódio de Lilith, a sede de sangue, os sacrifícios que ela fez para salvar seu povo... me pergunto qual deles está mais errada... não. Ambas fizeram o que acreditavam, e depois do que andei fazendo nos últimos três anos, eu sou o que menos tem direito de julga-las.

— Alice... por que está me contando tudo isso?

— Você é meu plano reserva — ela disse enxugando as lagrimas.

— O que quer dizer?

— Alguns dias atrás ouve uma reunião, onde a qual e contei aos lideres dos países ainda livres do domínio de Lilith que nós tínhamos pouco tempo antes do Fim. Contei-lhes que tínhamos pouco mais de sete meses antes de todos morrerem, mas...

— Você mentiu. Disse a eles que tínhamos mais tempo do que realmente tínhamos, não é?

— Sim... só nos resta uns três meses, no máximo...

— Por que? — perguntei com um peso imenso em meu peito.

— Era para dar-lhes esperança — ela disse encarando algum ponto do chão. Seus olhos então se levantaram e encontraram com os meus.

— Ele tinham o direito de saber. Você não deveria ter mentido.

— Eu não deveria ter feito muitas coisas...

— E sobre eu ser seu... "plano reserva"? O que quis dizer?

— Isso eu só lhe contarei depois do julgamento — sabia que algo assim aconteceria... — Amanhã a noite você será julgad-...

— Espere, e temos tempo para perder com isso?! Não devíamos nos concentrar em evitar o Fim?

— Você só cumprirá a sentença depois que guerra acabar, e se perdermos... — ela parou de falar e se levantou. — Esteja pronto daqui a dois dias, no dia 17, à tarde. Disseram-me que seus ferimentos estariam curados até amanhã, então não deve ser problema. Vou indo agora... — ela então se virou e deu alguns passos, mas antes de chegar à porta, ela se virou para mim. — Se perdermos, tudo dependerá de você — ela então deu as costas e saiu do quarto.

Isso está ficando cada vez melhor... guerra, fim do mundo... por que será que ela tem tanta confiança em mim? O que eu tenho que valha tanto esforço? Estou fazendo a coisa certa? Alice e Lilith... dois lados da mesma moeda...

Porra, mas que situação de merda!

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